Sociabilidades, subjetividades e representações de gênero na imprensa dos anos 20
DOI:
https://doi.org/10.30612/rehr.v14i28.12071Palavras-chave:
Mulheres. Gênero. Revistas. Jornais. Recife.Resumo
A cidade de Recife dos anos 1920 acompanhou a divulgação em jornais e revistas de modos e modelos a serem seguidos por homens e mulheres. No entanto, a década de 20 ocasionou uma profunda transformação na maneira de como as mulheres e homens se comportavam e/ou adquiriam novos costumes. Enquanto os homens procuravam assegurar a sua condição de chefe de família, a mulher ia gradativamente assumindo um papel de independência em relação aos costumes dominante. Agora ela ocupava espaços de trabalho e deixava, em alguns casos o lar e o cuidar dos filhos para os homens. O objetivo deste artigo é apresentar o quanto os jornais e revistas do Recife construíram modelos de mulheres a partir da escrita dos homens, que ocupavam as suas redações.
Downloads
Referências
ALBUQUERQUE Jr., Durval Muniz. Nordestino: Uma invenção do falo - Uma História do Gênero masculino (Nordeste – 1920/1940). Maceió: Edições Catavento, 2003.
BORBA, Francisco S. (org.). Dicionário UNESP do Português Contemporâneo. Curitiba: PIÁ, 2011.
BUITONI, DULCÍLIA. Mulher de Papel: a representação da mulher pela imprensa feminina brasileira. São Paulo: Edições Loyola, 1981.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
CASTELO BRANCO, Pedro Vilarinho. Mulheres Plurais: a condição feminina em Teresina na primeira república. Teresina: FCMC, 1996
CERTEAU, Michel. A Escrita da História. 2ªed. RJ: Forense Universitária, 2002.
CHARTIER, Roger. A História Cultural. Entre práticas e Representações. Lisboa: Difel, 1988.
COSTA, Jurandir Freire. Ordem Médica e Norma Familiar. 5 ed. Rio de Janeiro: Edições Graal, 2004.
COTT, Nancy. A Mulher Moderna: o estilo americano dos anos vinte. In: THÉBAUD, Françoise. (dir.) História das Mulheres no Ocidente. Vol. 5. Porto: Edições Afrontamento, 1991.
DEL PRIORE, Mary. História do Amor no Brasil. São Paulo: Contexto, 2005.
FOUCAULT, M. “Poder e Saber”. In: Ditos e Escritos. Vol. IV. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003.
FOUCAULT, Michel. A Arqueologia do Saber. 7 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005.
FUNCK, Suzana Bornéo; WIDHOLZER, Nara. Gênero em Discursos da Mídia. Santa Catarina: Editora Mulheres, 2005.
MALUF, Marina & MOTT, Maria Lúcia. Recônditos do mundo feminino. In: SEVCENKO, Nicolau. (org.) História da Vida Privada no Brasil. Vol.3. São Paulo: Companhia das Letras.1998.
MARTÍN, Marcia Castillo. “De corzas, climas, vegetales y otras feminidades: Ortega y Gasset y la idea de feminidad em los años veinte”. In: Separata de la Revista de literatura y cultura España Contemporânea. Tomo XVI, n°. 1. 2003.
NASCIMENTO, Luís. História da Imprensa de Pernambuco. Vol. VIII. Recife: Editora Universitária, 1982.
OLIVEIRA, Iranilson Buriti de. Façamos a família à nossa imagem: a construção de conceitos de família no Recife Moderno (1920-1930). Tese Doutorado em História. Recife: UFPE, 2002.
PERROT, Michelle. Os excluídos da História: operários, mulheres e prisioneiros. 2 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
PINTO, Estevão. História de uma estrada-de-ferro do Nordeste. Rio de Janeiro: José Olympio, 1949.
REZENDE, Antônio Paulo. (Des) encantos modernos: histórias da cidade do Recife na década de vinte. Recife: FUNDARPE, 1997.
SCOTT, Joan. Gênero: Uma categoria útil de análise histórica. Recife: S.O.S Corpo, 2000.
SILVA, Alômia Abrantes da. As escritas femininas e os femininos inscritos: imagens de mulheres na imprensa paraybana dos anos 20. Recife, Dissertação (Mestrado em História), UFPE, 2000.
SOUZA BARROS, M. A década de vinte em Pernambuco (uma interpretação). Recife: FCCR, 1985.
VEYNE, Paul. Foucault Revoluciona a História. 4 ed. Brasília. Ed. Universidade de Brasília, 1998.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores devem aceitar as normas de publicação ao submeterem a revista, bem como, concordam com os seguintes termos:
(a) O Conselho Editorial se reserva ao direito de efetuar, nos originais, alterações da Língua portuguesa para se manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
(b) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil (CC BY-NC-SA 3.0 BR) que permite: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material.
A CC BY-NC-SA 3.0 BR considera os termos seguintes:
- Atribuição: Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial: Você não pode usar o material para fins comerciais.
- CompartilhaIgual: Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais: Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.