Escola e Trabalho no Posto Indígena Apucarana: Indigenismo e Ação Kaingang

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30612/rehr.v15i29.11404

Palavras-chave:

Pedagogia da Nacionalidade, Escola, Trabalho, Kaingang.

Resumo

O presente estudo analisa as relações entre indígenas e não índios do Posto Indígena (PI) Apucarana, no período entre 1942 a 1967. O objetivo central é evidenciar a ação indigenista e a política dos Kaingang perante a estruturação da sede do Posto, no que tange a instalação da escola e a oferta de trabalho aos índios, para prepará-los ao mercado de trabalho regional, utilizando-se da chamada pedagogia da nacionalidade. A pesquisa utilizou-se da documentação produzida pelo Serviço de Proteção aos Índios (SPI), como dados escolares, demográficos, produção agrícola e relatórios diversos. Os resultados revelam as múltiplas estratégias, os jogos de interesses e as tensões entre os sujeitos presentes no PI Apucarana, com destaque ao protagonismo Kaingang, sua leitura e interpretação daquele contexto.

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Biografia do Autor

Éder da Silva Novak, Universidade Federal da Grande Dourados - UFGD

Doutor em História pela Universidade Federal da Grande Dourados - UFGD.

Professor do curso de graduação e pós-graduação em história da UFGD - Dourados, Mato Grosso do Sul, Brasil.

Email: edernovak@ufgd.edu.br

Telefone: 044 98456-0843

 

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Publicado

30-06-2021

Como Citar

Novak, Éder da S. (2021). Escola e Trabalho no Posto Indígena Apucarana: Indigenismo e Ação Kaingang. Revista Eletrônica História Em Reflexão, 15(29), 1–24. https://doi.org/10.30612/rehr.v15i29.11404

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