ENTRE-LUGAR

Ensino de Geografia e Climatologia: novas formas de dialogar em tempos de isolamento social

Edson Soares Fialho — Thu, 09 May 2024 00:00:00 +0000

Territorialidades de fronteira(s): uma análise da realidade socioespacial de Porto Murtinho (BR)/Peralto Carmelo (PY) a Fuerte Olimpo (PY)

Cláudia Marques Roma, Débora Egda da Silva Cruz, Leonardo Martins Maior — Thu, 09 May 2024 00:00:00 +0000

As análises e observações apresentadas nesta nota referem-se ao Trabalho de Campo realizado na fronteira entre Brasil-Paraguai, no trecho da zona de fronteira situado entre as cidades gêmeas de Porto Murtinho (BR)/Peralto Carmelo (PY) e a cidade de Fuerte Olimpo (PY) – especificamente, na comunidade indígena Ayoreo (PY); Puerto Guarani (PY); comunidade indígena Virgen Santisíma, Pueblo Ishir, Chamacoco (PY); e a cidade de Fuerte Olimpo (PY), localizadas às margens do Rio Paraguai, no Departamento de Alto Paraguay. O trajeto foi realizado por via fluvial, no qual o Rio tornou-se elemento central para a compreensão das diversas e diferentes dinâmicas fronteiriças. Por todo o percurso, objetivou-se compreender as dinâmicas socioespaciais fronteiriças, marcadas por via fluvial; apreender a relação entre corpo, vida e territorialidades de fronteira; conhecer a realidade das comunidades indígenas na linha de fronteira internacional; e, assim, apreender a existência de múltipla(s) fronteira(s). Utilizamos o Trabalho de Campo como procedimento teórico-metodológico, que é, por excelência, o Laboratório do Geógrafo; leituras sobre espaço, lugar, paisagem, território, territorialidade e fronteira; diário de campo; e entrevistas. O território produzido/reproduzido no recorte territorial de análise perpassa pelo Estado e pelas Gentes dos mais diversos Entre-Lugares, o Rio Paraguai opera como elemento central na compreensão das dinâmicas socioespaciais e as cidades gêmeas apresentam uma articulação em rede.

Geografia da resistência LGBTQIA+ no Brasil

Wilians Ventura Ferreira Souza — Thu, 09 May 2024 00:00:00 +0000

O presente artigo buscou discutir a trajetória do Movimento LGBTQIA+ brasileiro a partir de uma perspectiva histórico-geográfica, dando ênfase para a abordagem socioespacial e socioterritorial desse movimento tão diverso e relevante para a história de luta que se vincula a temática dos direitos humanos e cidadania no Brasil. Buscou-se a construção de um diálogo em torno das ações já consolidadas dos movimentos socioespaciais que se vinculam a diversidade sexual e de gênero, como a Parada LGBTQIA+, até as novas tipologias de ação pensadas em diferentes movimentos tradicionais que, na atualidade, tem incorporado a temática da diversidade como um elemento necessário e fundamental para a urgente ampliação do escopo e das discussões presentes nos sujeitos que constituem essas organizações. As questões e diálogos surgem como uma centelha em busca de uma compreensão geográfica do Movimento LGBTQIA+, possibilitando uma real intelecção entre as ações e pautas construídas e o contexto sociopolítico brasileiro. Para a sua construção, adotou-se a abordagem socioespacial e socioterritorial trazendo luz para a dimensão geográfica dos conflitos que produzem a mediação e apropriação do espaço geográfico, desde o corpo até a construção de efetivas políticas públicas direcionadas para a cidadanização dessa população. Para alcançar o objetivo proposto, foi realizado um levantamento bibliográfico que buscou evidenciar os aspectos históricos, políticos e geográficos das primeiras organizações voltadas para temática LGBTQIA+ no Brasil. Posteriormente, foi construído um banco de dados e mapeamento das ações dos movimentos socioespaciais e socioterritoriais urbanos que se vinculam à temática da diversidade sexual e de gênero e que não são movimentos exclusivamente LGBTQIA+. Observa-se que nas últimas décadas os diferentes movimentos e coletivos que foram fundados com objetivos distintos, incorporaram essa discussão e produziram um conjunto de novos significados e dimensões para a disputa urbana em consonância com as interseccionalidades presentes em sua nova formação e configuração.

Geografia e Turismo: seus desdobramentos no estado do Maranhão

Thu, 09 May 2024 00:00:00 +0000

O estudo da atividade turística no viés do pensamento geográfico possibilita verificar a sua dinamicidade na sociedade e incidências que pode ocasionar nos territórios implicações econômicas, culturais e políticas. A presente pesquisa analisa, de modo teórico, a relação entre o Turismo e a Geografia, e seus desdobramentos sobre o território maranhense. Para o desenvolvimento da pesquisa foi necessário o levantamento bibliográfico que abrange a Geografia e o Turismo, e levantamento documental e fotográfico sobre pontos turísticos do Maranhão. É notório que o Turismo e a Geografia se aproximam cada vez mais, ampliando os horizontes na pesquisa científica e que envolve o fenômeno turístico, caracterizado como fenômeno social, com ações, sensibilizações, desafios e geradora de atividades e manifestações sociais, culturais e econômicas. E o Maranhão constitui-se como polo de desenvolvimento turístico expressivo com seus atrativos naturais e culturais, porém, é um estado pouco visitado, tendo os Lençóis Maranhenses como principal “carro chefe” do turismo no estado. Ressalta-se a importância do ordenamento do território por meio do planejamento como medida para efetivação de resultados, a médio e longo prazo ao município, referentes à atividade turística no Maranhão.

A produção do lugar turístico em Bonito – Mato Grosso do Sul

Elaine Ketelin Pinto Luz — Thu, 09 May 2024 00:00:00 +0000

O município de Bonito se localiza na microrregião da Bodoquena, sudoeste do estado de Mato Grosso do Sul, região que apresenta características hidrogeológicas singulares, cuja ocorrência proporciona o surgimento de feições morfológicas variadas, por exemplo, cavernas, dolinas, rios subterrâneos, sumidouros, ressurgências, tufas calcárias, rios de águas cristalinas, entre outras. Esses atributos físico-espaciais despertaram a criação de um imaginário de atividades recreativas a partir da exploração dos elementos naturais da paisagem, tendo em vista a valorização da peculiaridade dos fenômenos ali encontrados. Nesse sentido, Bonito se consolidou ao longo do tempo como um dos principais destinos ecoturísticos do Brasil, que também possui grande atratividade internacional. Nesse trabalho, utilizamos como método revisões bibliográficas e entrevistas para compreender como a cidade de Bonito foi transformada em um lugar turístico e quais são os agentes responsáveis por essas mudanças, além de analisar as alterações do modo como sujeitos percebem a paisagem e, assim, se apropriam dela enquanto fonte de lucro ou como meio de sobrevivência através do trabalho assalariado ou informal.

Paisagens fílmicas, discursos espaciais e viagem: Geografia e Turismo em “Até a próxima vez”

Francyjonison Custodio do Nascimento — Thu, 09 May 2024 00:00:00 +0000

A relação Geografia-Cinema é antiga e tem diversos modos de se construir. Entre eles, está a interpretação de discursos geográficos em filmes. De fato, investigar os imaginários e discursos sobre os espaços tem sido uma tarefa dos geógrafos. De igual modo, as viagens também são preocupação geográfica. Os filmes de viagem, então, são uma oportunidade de reflexão geográfica, posto que revelam maneiras de ver o mundo e rompem a dicotomia material-simbólico. Diante disso, o artigo objetiva interpretar os discursos geográficos presentes no filme “Até a próxima vez” (2022), gravado no Peru. Para isso, além de uma revisão bibliográfica sobre as relações entre Geografia, Turismo e Cinema, o artigo usa a análise dos elementos fílmicos de Maria Helena Costa (2013), interpretando a intertextualidade, a locação, estrutura narrativa e a paisagem fílmica. Conclui-se que os discursos geográficos apresentam o Peru a partir de estereótipos e com um olhar turístico e eurocêntrico.

Mapeamento de índices de erosão pela cobertura da terra na microbacia do Ribeirão Guaiuvira em Pompeia - SP

Alyson Bueno Francisco — Thu, 09 May 2024 00:00:00 +0000

A erosão de solos tornou-se um problema na região de Marília, interior de São Paulo, devida alta suscetibilidade das condições geomorfológicas e formas de uso e ocupação do solo. A microbacia do Ribeirão Guaiuvira está localizada na bacia do Rio do Peixe, uma das mais afetadas com os processos erosivos no Estado de São Paulo, ocorrendo a necessidade de elaboração de bases cartográficas para diagnosticar as áreas degradadas e apontar formas de disciplinar a ocupação do solo na escala municipal. Para a geração da carta de índice erosivo da microbacia hidrográfica, foram analisados os dados de cobertura da terra a partir da classificação supervisionada no sistema de informação geográfica QGIS, com imagens do satélite Landsat 7. O produto da análise espacial realizada em ambiente SIG foi uma carta de índice erosivo a partir dos fatores de erosão atribuídos a cada classe de cobertura da terra na microbacia do Ribeirão Guaiuvira. Foi constatado que maior índice erosivo ocorre nas áreas de solo exposto e pastagens degradadas com declividades médias nas vertentes, cujas áreas de declividades mais acentuadas estão protegidas por reflorestamentos.

Adeus Camponesa: o exaurimento da propriedade e a concentração fundiária no Paraná

Julio Alves-Lima — Thu, 09 May 2024 00:00:00 +0000

Este é um trabalho de cunho exploratório que visa discutir a curva de crescimento da diminuição no número de propriedades agrícolas no estado do Paraná. Tendo como base os dados dos últimos três censos agropecuários e valores comerciais extraídos da secretaria de agricultura e abastecimento do Paraná, bem como diversas outras fontes de caráter quantitativo acerca das variáveis relacionadas ou distantes, que se somam a uma profunda análise material histórica baseada numa vasta bibliografia. Parte-se da incontornável afirmação, comprovável nas linhas abaixo, de que o acesso a propriedade agrícola está beirando um caráter mítico, visto o aumento do valor da terra em descompasso ao aumento da renda da população. A concentração de terras vem como um fenômeno global, que passa a atingir inclusive países do mais alto grau de desenvolvimento no oeste europeu. E, aqui trazemos as peculiaridades do caso brasileiro em especial no que toca aos processos a incidir diretamente sobre o ente federativo paranaense. Espacializamos tal concentração no estado e amostramos o cerceamento crescente de qualquer possibilidade, que não seja a de viver na periferia urbana.

O tempo dos braços baratos nunca terminam

Charlei Aparecido da Silva — Thu, 09 May 2024 00:00:00 +0000

A Revista Entre-Lugar apresenta a todos/as o segundo número de 2023, sua vigésima oitava edição, publicada no outono de 2024 em razão da incompatibilidade dos tempos da vida e do fazer. A publicação é resultado do empenho dos/das autores/as, dos/das pareceristas e do apoio técnico recebido da Coordenadoria de Bibliotecas da UFGD. No segundo semestre de 2023 o Portal de Periódicos da UFGD migrou, passando a vincularse à Coordenadoria de Bibliotecas da UFGD, sob a supervisão de Givaldo Ramos da Silva Filho, o qual tem sido essencial para manutenção e gestão da plataforma OJS no âmbito da UFGD. Momento no qual também houve um período para atualização e manutenção do sistema. Esse é assim o primeiro número da REL editorado sob essa nova estrutura organizacional, a qual visa manter e mesmo ampliar a qualidade e o funcionamento do portal de periódicos. Esse empenho institucional, coletivo, se faz importante para manter a existência e a qualidade da REL, por isso sempre insistimos em registrá-lo.