O rato de Clarice – cartografias de linguagem

Autores

  • Ana Carolina de Oliveira Marques Universidade Estadual de Goiás
  • Eguimar Felício Chaveiro Universidade Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.30612/el.v8i15.7279

Palavras-chave:

Geografia e Literatura. Clarice Lispector. Cartografia de Linguagem.

Resumo

De “Perdoando Deus”, conto anexado à coletânea “Felicidade Clandestina”, partiram as considerações elencadas neste artigo. Propondo uma cartografia das emoções ali enunciadas, buscou-se revelar, junto a fragmentos da trajetória de vida da escritora Clarice Lispector, o tempo social e o espaço nos quais aterrissam as sensações de paz, revolta, medo, tristeza, aceitação exprimidas no texto. Na centralidade da análise, situou-se a metáfora do rato morto no calçadão de Copacabana, no Rio de Janeiro. Tal conto traduz demandas existenciais que ultrapassam a individualidade da escritora, estendendo-se aos sujeitos e à produção do espaço urbano na contemporaneidade. “Perdoando Deus” é, acima de tudo, um chamado à vida intensa, frente a uma existência que abarca também o desorganizado, o inacabado, o devir.

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Biografia do Autor

Ana Carolina de Oliveira Marques, Universidade Estadual de Goiás

Doutora em Geografia. Professora no Curso de Geografia da Universidade Estadual de Goiás.

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Publicado

2017-08-08

Como Citar

Marques, A. C. de O., & Chaveiro, E. F. (2017). O rato de Clarice – cartografias de linguagem. ENTRE-LUGAR, 8(15), 13–24. https://doi.org/10.30612/el.v8i15.7279

Edição

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