Do tempo do viver-fazer ao tempo de Godot

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30612/rel.v14i27.17409

Palavras-chave:

Editorial, Revista Entre-Lugar, O tempo-Godot

Resumo

A Revista Entre-Lugar apresenta a todos/as o primeiro número de 2023, sua vigésima sétima edição. A publicação é resultado do empenho dos autores, dos pareceristas e do apoio técnico recebido da Editora da UFGD, a qual tem dedicado esforços para manter a qualidade e o funcionamento do portal de periódicos. Esse registro do papel desempenhado de forma institucional e coletiva se faz importante e deve ser constante em todas as edições. Iniciamos este editorial pensando em Godot, no tempo de Godot, personagem criada por Samuel Beckett e presente na peça de teatro homônima publicada no ano de 1952. Aqui e neste momento ousamos dizer que a espera por Godot é uma constante, ainda se faz presente nos desafios postos em uma sociedade na qual a construção de princípios equânimes nunca se totaliza, não são concluídos.  A ideia do tempo-Godot é que não há o tempo da espera e sim o aqui e agora; é o tempo que deve incorporar ideais e necessidades do presente, sem esquecer o pretérito.  Pensamos que o tempo-Godot está na busca de princípios ainda em construção; cuja desconstrução de conquistas e ideais insiste em serem desfeitas de tempos e tempos; na insistência e na perseverança necessária para lidar com retrocessos e na ambiguidade de uma sociedade que insiste em não se reconhecer no seu tempo histórico-social. É como se os arranjos sociais, na tessitura da vida não possam incorporar a ideia da mudança, de justiça socioambiental, de igualdades nos mais diversos aspectos e mesmo naquilo que incorpora a mobilidade social. Neste sentido que devemos pensar em Estragon, nos parece que sua fala é o fazer, a insistência do pensar e do fazer

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Biografia do Autor

Charlei Aparecido da Silva, Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

Pós-doutoramento em Geografia (2014) pela UNESP. Doutorado em Geografia pelo Instituo de Geociências da Unicamp (2006). Mestrado em Geociências (2001) pelo Instituto de Geociências e Ciências Exatas da UNESP. Graduado em Geografia nas modalidades Bacharel em Geografia (1996) e Licenciado em Geografia (1997). Docente desde 1998, atuando em cursos de Geografia e Turismo. Atualmente compõe o quadro de docentes e pesquisadores do Curso de Graduação em Geografia e do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal da Grande Dourados. 

Patrícia Silva Ferreira, Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

Bacharel em Gestão Ambiental pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD/FCBA). Mestre em Geografia - Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD/PPGG). Doutora em Geografia - Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD/PPGG). Atua como professora e pesquisadora na temática ambiental relacionada a análise espacial e modelagem ambiental em Sistemas de Informação Geográfica. 

Referências

BECKETT, Samuel. Esperando Godot. Tradução Fábio de Souza Andrade. São Paulo: Cosac Naify, 2005.

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Publicado

2023-08-16

Como Citar

Silva, C. A. da, & Ferreira, P. S. (2023). Do tempo do viver-fazer ao tempo de Godot . ENTRE-LUGAR, 14(27), 08–13. https://doi.org/10.30612/rel.v14i27.17409

Edição

Seção

Editorial

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