Geografia, paisagem e fotogeografia: uma experiência no ensino de alunos surdos
DOI:
https://doi.org/10.30612/rel.v12i24.12743Palavras-chave:
Ensino, Paisagem, Fotogeografia, Surdos, EducaçãoResumo
Um dos grandes desafios dos professores do ensino fundamental envolve a inclusão de alunos com deficiência, portanto, a busca pelo desenvolvimento de novos procedimentos de ensino-aprendizagem deve ser uma constante no processo escolar. Esta pesquisa teve como objetivo aplicar uma proposta geoiconográfica com alunos surdos matriculados do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, em uma escola pública do Distrito Federal/Brasil. Objetivou-se encontrar as relações e possibilidades de ensino-aprendizagem baseada nos três eixos paisagem, fotogeografia e transdisciplinaridade, como instrumentos que potencializam o pensamento geográfico para alunos surdos. Os procedimentos metodológicos envolveram pesquisa qualitativa, por meio de entrevistas semiestruturadas e atividades de campo. A entrevista semiestruturada possibilitou compreender a relação entre o pertencimento do aluno surdo à Geografia, os recursos didáticos utilizados nas aulas de Geografia, as relações existentes entre o cotidiano dos alunos e as aulas de Geografia, e como os recursos imagéticos podem ser considerados facilitadores na aprendizagem desses alunos. A atividade de campo permitiu aos alunos reconhecer as diferentes paisagens existentes na sua cidade, de forma a relacioná-las com conceitos e fenómenos geográficos. Para a obtenção das imagens foram utilizadas câmeras fotográficas, distribuídas individualmente aos alunos. A partir das imagens obtidas, e utilizando Libras, foi realizada uma intervenção didática em que os alunos visualizaram as fotos, construindo/reconstruindo seus conceitos e significados geográficos. Esse processo de construção culminou na elaboração e apresentação de banners para a comunidade escolar, a partir das fotos obtidas pelos alunos.
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