Morfometria da rede de drenagem da Unidade de Planejamento e Gerenciamento Iguatemi, Mato Grosso do Sul/Brasil

Autores

  • Cleiton Soares Jesus Mestrando em Geografia da Universidade Federal da Grande Dourados
  • André Geraldo Berezuk Professor do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal da Grande Dourados
  • Rafael Brugnolli Medeiros Doutor em Geografia pela Universidade Federal da Grande Dourados

DOI:

https://doi.org/10.30612/el.v12i23.12301

Palavras-chave:

Análise morfométrica, Geomorfologia, Recursos hídricos, Impactos Ambientais, Unidade de Planejamento e Gerenciamento.

Resumo

Interpretar os padrões de drenagem por meio de sua análise linear e areal permite a compreensão de um dos preceitos básicos da Geomorfologia, visto que a drenagem é um dos agentes na esculturação do relevo. Logo, esta pesquisa teve como objetivo uma análise morfométrica da rede de drenagem da UPG Iguatemi, localizada na região sul do Mato Grosso do Sul, uma região que carece de estudos inseridos no arcabouço ambiental. Como método de análise, utilizou-se Christofoletti (1980), por meio de diversos parâmetros morfométricos para se entender o comportamento e espacialização da drenagem. Os resultados apontaram uma UPG com forte controle tectônico em que o formato de seu manancial principal comprova tal questão, somado a isso, há um total de 5.557 segmentos de drenagem ao longo das nove ordens do rio Iguatemi. Isso mostra uma área com grande quantidade de drenagens devido, principalmente, à sua região sul, mais dissecada, com canais de primeira ordem pouco extensos, mas em grandes quantidades, o que refletiu em um percurso superficial do runoff em 410 metros. Dado à expansão agrícola na área, tais informações são úteis aos setores públicos, privados e à sociedade local, visando preservar a maior riqueza que os territórios possuem, a água.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ANTONELI, V.; THOMAZ, E. L. Caracterização do meio físico da bacia do Arroio Boa Vista. In: Revista Caminhos de Geografia, Uberlândia, UFU, v.8, n. 21, pp. 46-58, jun. 2007.

BACK, A.J. Análise morfométrica da Bacia do Rio Urussunga - SC. Revista Brasileira de Geomorfologia. Uberlândia. Ano 7, nº2, 2006.p. 107-115.

BEREZUK, A. G.; PEDROSO, J. H. M.; RIBEIRO, A. F. N.; LIMA, P. A. Análise morfométrica linear e areal da bacia hidrográfica do Amambai – Mato Grosso do Sul – Brasil. Revista Eletrônica da Associação dos Geógrafos Brasileiros – Seção Três Lagoas-MS, n. 20, ano 11, nov. 2014. pp. 08-38.

BRASIL. Lei 9433/1997 - Política Nacional de Recursos Hídricos. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9433.htm>. Acesso em maio 2020.

BRUGNOLLI, R. M. Zoneamento Ambiental para o Sistema Cárstico da Bacia Hidrográfica do Rio Formoso, Mato Grosso do Sul. 2020. 403p. Tese (Doutorado em Geografia) – Faculdade de Ciências Humanas, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, 2020.

CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia. 2. ed. São Paulo: Edgard Blucher Ltda, 1980. 188 p.

CHRISTOFOLLETI, A. Análise morfométrica das bacias hidrográficas do Planalto de Poços de Caldas (MG). Tese (Livre-Docência). Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Rio Claro, SP, 1970.

CHRISTOFOLETTI, A. "Análise morfométrica de bacias hidrográficas". Boletim Geográfico, v. 30 n. 220, p. 131 - 159. Rio de Janeiro: jan/fev 1971.

CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia fluvial. São Paulo, SP: Blucher, 1981.

GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B. Geomorfologia: uma atualização de bases e conceitos. 3. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995. p. 149-209.

ESRI 2011. ArcGIS Desktop: Release 10. Redlands, CA: Environmental Systems

Research Institute.

FARIAS, G. L.; BEREZUK, A. G. O Regime Pluviométrico no Extremo Sul de Mato Grosso do Sul entre os anos de 1876-2015. Dourados – MS: Entre-lugar, Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFGD, v. 9, n.17, 2018. ISSN 2176-9559.

HORTON, R.E. Erosional development of streams and their drainage basins: hydrophysical approach to quantitative morphology. Geological Society of America Bulletin. Boulder, Colorado, EUA, pp. 275-370, 1945.

IBGE CIDADES. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ms/panorama>. Acesso em maio 2020.

INPE - INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS. Catálogo de Imagens. Disponível em: <http://www.dgi.inpe.br/CDSR/>. Acesso em: maio de 2016.

PIRAJÁ, R. V.; REZENDE FILHO, A. T. Análise morfométrica da bacia hidrográfica do Córrego Ceroula em Mato Grosso do Sul. Revista GeoFronter, v.1, n. 5, p. 35-58, 2019.

MATO GROSSO DO SUL. Atlas Multirreferencial. Campo Grande-MS: Secretaria de Planejamento e Coordenacao Geral, SEPLANCT/MS, 1990. 24 p.

MATO GROSSO DO SUL. Plano Estadual de Recursos Hídricos. Editora UEMS, Campo Grande, 2010.

MATO GROSSO DO SUL. Lei Estadual 2406/2002 – Política Estadual de Recursos Hídricos. Disponível em: <http://progestao.ana.gov.br/panorama-dos-estados/ms/lei-no2406-02_ms.pdf>. Acesso em maio 2020.

MIGUEL, A. E. S.; BRUGNOLLI, R. M.; HERMILIANO F. D.; OLIVEIRA, W. Análise Morfométrica, Geológica e Hipsométrica da Bacia Hidrográfica do Rio Taquaruçu/MS. Revista Geoaraguaia, v. 4, p. 159-178, 2014.

SILVA, J. V. Classificação e análise das unidades de paisagem na bacia hidrográfica do Rio Jaguí – Sub-região de fronteira XIV Cone-Sul, Mato Grosso do Sul. Dourados-MS: Universidade Federal da Grande Dourados, Programa de Pós-Graduação em Geografia-FCH, 2019. 121 p. (Dissertação de Mestrado).

STRAHLER, A. N. Hypsometric (area-altitude) analysis of erosional topology», Geological Society of America Bulletin, 63 (11): 1117–1142, 1952.

SCHUMM, S. A. Evolution of drainage systems and slopes in badlands at Perth Amboy. Geol. Soc. America Bulletin. n. 67, p. 597-646, 1956.

VILLELA, S. M; MATTOS, A. Bacia Hidrográfica. Hidrologia Aplicada. São Paulo, McGraw-Hill, 1975. 6-27p.

ZAVATTINI, J. A. Dinâmica Atmosférica e as Chuvas no Mato Grosso do Sul. 1990. 320 f. Tese (Doutorado em Geografia). Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

Downloads

Publicado

2021-07-22

Como Citar

Jesus, C. S., Berezuk, A. G., & Medeiros, R. B. (2021). Morfometria da rede de drenagem da Unidade de Planejamento e Gerenciamento Iguatemi, Mato Grosso do Sul/Brasil. ENTRE-LUGAR, 12(23), 63–81. https://doi.org/10.30612/el.v12i23.12301

Edição

Seção

Artigos