RECENTE DESEMPENHO DA DINÂMICA PRODUTIVA E A DIFUSÂO TERRITORIAL DA AGROPECUÁRIA MARANHENSE

Autores

  • Roberto César Costa Cunha Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

DOI:

https://doi.org/10.30612/el.v11i21.12052

Palavras-chave:

Desempenho produtivo. Estruturas produtivas territoriais. Diferenciação regional.

Resumo

A agropecuária no estado do Maranhão constitui-se em um dos principais setores econômicos geradores da economia estadual. Entre 2009-2018, o Valor Bruto da Produção dos principais produtos da agropecuária do Maranhão cresceu de R$ 5,1 bilhões para R$ 7,6 bilhões. Nas exportações, o valor gerado em 2018, foi de US$ 1,9 bilhão, o que representa 51% do valor total do estado, e 2% do valor total da agropecuária brasileira. Desse modo, como a agropecuária no estado do Maranhão, com ocorrência inequívoca, conseguiu dar um impulso dinâmico na sua estrutura de produção e difundir-se territorialmente? Assim sendo, a resposta para esse questionamento central é objetivada na identificação do desempenho produtivo da agropecuária do estado com base nos indicadores de área plantada, valor bruto da produção, produtividade e participação na pauta exportadora. Para alcançar essa resposta, usou-se a categoria formação socioespacial como método de análise. Toda essa performance veio acompanhada da irresignação significativa das estruturas produtivas das mesorregiões através dos processos de: concentração, desconcentração, especialização, disseminação e exclusão territoriais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Roberto César Costa Cunha, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Mestre em Geografia e doutorando em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Referências

ABREU, C. de. Capítulos de história colonial e Caminhos antigos e povoamento do Brasil. Brasília, editora UNB, 1982.

ANDRADE, M. C. Nordeste. Espaço e Tempo. Petrópolis: Vozes, 1995.

BARBOSA, N. Dez anos de Política Econômica. In: SADER, E. (Org.). 10 anos de governos pós-neoliberais no Brasil: Lula e Dilma. São Paulo; Rio de Janeiro: Boitempo; Flacso, 2013. p. 63-101.

BIELSCHOWSKY, R. Estratégia de Desenvolvimento e as Três Frentes de Expansão no Brasil: um desenho conceitual. Texto para Discussão. n. 1828, Brasília: IPEA. abr. 2013. p. 1-27. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/td_1828.pdf. Acesso em: 06 jan. 2020.

BRASIL, Ministério da Economia, Industria, Comércio Exterior e serviços. Balança comercial. 2020a. Disponível em: http://www.mdic.gov.br/balanca-comercial.

Acesso em: 01 jan. 2020.

BRASIL. Estatísticas de comércio exterior do agronegócio brasileiro. 2020b. Disponível em: http://sistemasweb.agricultura.gov.br/pages/AGROSTAT.html. Acesso em: 01 jan. 2020.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Valor Bruto da Produção Agropecuária. 2020c. Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/. Acesso em: 03 jan. 2020.

CARDOSO, C. Pastos Bons. Rio de Janeiro: IBGE, 1947. (Série Municípios Maranhenses).

CARVALHO, C. O Sertão. Rio de Janeiro: Obras Scientíficas e Literárias, 1924.

CASTRO, A. B. de. 7 ensaios sobre a economia brasileira.Vol 2. 3 ed. Rio de Janeiro, Forense Universitária, 1980.

CHOLLEY, A. Observações sobre alguns pontos de vista geográficos. Boletim Geográfico, Rio de Janeiro, n. 180, p. 267-276, 1964.

CONAB. Companhia Nacional de Abastecimento. Governo reajusta preços mínimos das culturas de verão. Brasília, 2018. Disponível em: https://www.conab.gov.br/ultimas-noticias/1782-governo-reajusta-precos-minimosdas-culturas-de-verao-20160708. Acesso em: 01 jan. 2020.

CONTINI, E. et al. Evolução recente e tendências do agronegócio. Revista de Política Agrícola, Brasília, CONAB, ano XV, n. 1, jan.-fev.-mar. 2006, p. 5-28. Disponível em: https://seer.sede.embrapa.br/index.php/RPA/article/view/475. Acesso em: 10 jan. 2020.

COUTINHO, M. A revolta de Bequimão. São Luís. Instituto Géia, 2004.

CUNHA, R. C. Ocupação e desenvolvimento das duas formações sócio espaciais do Maranhão. Cadernau- Cadernos do Núcleo de Análises Urbanas, Rio Grande, v. 8, n. 1, p.133-152, jan. 2015.

CUNHA, R. C.; ESPÍNDOLA, C. J. A geoeconomia da produção de soja no sul do Maranhão: características sociais e territoriais. Revista da ANPEGE, São Paulo, ANPEGE, n. 16, v.11, p. 37-65, jul./dez., 2015.

CUNHA, R. C.; ESPÍNDOLA, C. J. Dinâmica econômica da cadeia produtiva da soja no sul do Maranhão. Boletim Gaúcho de Geografia, Porto Alegre, v. 43, n. 2, p. 187-207, 2016a.

CUNHA, R. C.; ESPÍNDOLA, C. J. A Relevância do progresso técnico na consolidação da cadeia produtiva da soja no Sul do estado do Maranhão (Brasil). Geografia (Londrina), v. 25. n. 1. p. 87- 106, jan./jun., 2016b.

CUNHA, R. C.; ESPÍNDOLA, C. J.; FARIAS, F. R. Dinâmica produtiva e ordenamento territorial dos agronegócios do Mato Grosso do Sul pós-2003. Geosul, Florianópolis, v. 34, n. 71, p.130-153, mai 2019.

ESPÍNDOLA, C. J. A dispersão territorial dos investimentos do agronegócio de carne. Anais de Geografia Econômica e Social, v. 2, Florianópolis: GCN, 2009. p. 251-281. Disponível em: http://cadernosgeograficos.ufsc.br/aquisicao/revista-geografiaeconomica/. Acesso em: 20 jan. 2020.

ESPÍNDOLA, C. J. A dinâmica geoeconômica do agronegócio brasileiro de carnes e soja. In: LAMOSO, L. P. (Org.). Temas do desenvolvimento econômico brasileiro e suas articulações com o Mato Grosso do Sul. Curitiba: Íthala, 2016. p. 19-53.

ESPÍNDOLA, C. J. CUNHA, R. C. C. A dinâmica geoeconômica recente da cadeia produtiva de soja no Brasil e no Mundo. Geotextos, v. 11, n. 1, p. 217-238, Salvador, UFBA, 2015.

FARIA, L.A.E. Sobre o conceito de valor agregado: uma interpretação. Ensaios FEE, Porto Alegre, v.3, n.2, p. 109-118,1983.

FURTADO, C. Formação econômica do Brasil. 34. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. Atlas: São Paulo, 1994.

GONÇALVES, J. S. Agricultura sob a égide do capital financeiro: passo rumo ao aprofundamento do desenvolvimento dos agronegócios. Informações econômicas, São Paulo, IEA, v. 35, p. 7-36, abr. 2005. Disponível em: http://www.iea.sp.gov.br/out/publicacoes/pdf/tec1-0405.pdf. Acesso em: 10 jul. 2020.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Divisão regional do Brasil em mesorregiões e microrregiões geográficas. v. I. Rio de Janeiro, 2012. Disponível em: http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/monografias/GEBIS%20- %20RJ/DRB/Divisao%20regional_v01.pdf. Acesso em: 04 jan. 2020.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Agrícola Municipal. Rio de Janeiro, 2020a. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/pam/tabelas. Acesso em: 06 jan. 2020.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Pecuária Municipal. Rio de Janeiro, 2020b. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/ppm/quadros/brasil/2016. Acesso em: 07 jan. 2020.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa da Produção Vegetal e da Silvicultura. Rio de Janeiro, 2020c. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/abate/tabelas. Acesso em: 03 jan. 2020.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Produto Interno Bruto dos Municípios. Rio de Janeiro, 2020d. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/tabela/5938. Acesso em: 03 jan. 2020.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Agropecuário 2017. Rio de Janeiro, 2020e. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/censo-agropecuario/censo-agropecuario-2017. Acesso em: 02 jan. 2020.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades. Rio de Janeiro, 2020f. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/pevs/quadros/brasil/2017. Acesso em: 03 jan. 2020.

MALUF, R. S. J. A expansão do capitalismo no campo: o arroz no Maranhão. 1977. 142 f. Dissertação (Mestrado em Economia) – Instituto de Economia, Unicamp, Campinas, 1977.

MEIRELES, Mário M. História do Maranhão. 3. ed. São Paulo: Siciliano, 1960.

PADILHA, W.; ESPÍNDOLA, C. J. Prodecoop e Procap-agro e o crescimento das cooperativas agroindustriais da região sul. In: ENANPEGE, 11., 2015, Presidente Prudente. Anais... . Presidente Prudente: Edufgd, 2015. v. 1, p. 6187- 6198.

PRADO JR, Caio. Formação do Brasil contemporâneo. Cia das Letras, São Paulo, 2011. RANGEL, I. A singularidade do pensamento de Ignácio Rangel. V. 2 São Luís: IMESC, 2008.

SANTOS, M. Sociedade e espaço: A formação social como teoria e como método. Boletim Paulista de Geografia, São Paulo, v. 54, p. 81-100, jun. 1977.

VIVEIROS, Jerônimo. História do comércio do Maranhão-1612/1895. São Luís: Associação Comercial do Maranhão/Lithograf, 1954.

Downloads

Publicado

2020-06-01

Como Citar

Cunha, R. C. C. (2020). RECENTE DESEMPENHO DA DINÂMICA PRODUTIVA E A DIFUSÂO TERRITORIAL DA AGROPECUÁRIA MARANHENSE. ENTRE-LUGAR, 11(21), 128–158. https://doi.org/10.30612/el.v11i21.12052

Edição

Seção

Artigos