A apropriação da natureza e a reinvenção do capital nas áreas protegidas do Pantanal: o caso do Parque Nacional Otuquis (Bolívia), Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense (Brasil) e o Parque Nacional Rio Negro (Paraguai)

Autores

  • Karoline Batista Gonçalves Universidade da Grande Dourados (UFGD)
  • Cecilia Aparecida Costa Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

DOI:

https://doi.org/10.30612/el.v11i22.10601

Palavras-chave:

Natureza. Apropriação. Capital. Áreas Protegidas. Pantanal.

Resumo

Este artigo visa identificar como as áreas protegidas localizadas no Pantanal (Bolívia, Brasil e Paraguai) têm sido apropriadas e reinventadas pelo capital. O objetivo principal é analisar como alguns grupos de interesse têm se apropriado destas áreas para implantar obras de infraestrutura, que em nada contribuem para a conservação. A partir da perspectiva de que, por trás do ideal conservacionista está embutido a apropriação da natureza e sua transformação, onde o capital se apropria dos recursos naturais na perspectiva de acumulação, optou-se por utilizar a concepção de natureza, enquanto uma produção social advinda das relações sociais. A metodologia utilizada foi uma combinação entre pesquisa bibliográfica, e a realização de pesquisas de campo. Portanto, esta análise surge com a possibilidade de identificar que tipo conservação está atrelada a essas áreas protegidas tendo em conta que o capital se apropria e se reinventa trazendo desdobramentos.

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Publicado

2020-12-05

Como Citar

Gonçalves, K. B., & Costa, C. A. (2020). A apropriação da natureza e a reinvenção do capital nas áreas protegidas do Pantanal: o caso do Parque Nacional Otuquis (Bolívia), Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense (Brasil) e o Parque Nacional Rio Negro (Paraguai). ENTRE-LUGAR, 11(22), 317–341. https://doi.org/10.30612/el.v11i22.10601

Edição

Seção

Artigos