Distorção Idade-Série em meio às políticas educacionais neoliberais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30612/eduf.v10i30.14428

Palavras-chave:

Distorção Idade-Série. Neoliberalismo. Políticas Educacionais.

Resumo

O presente texto objetiva discutir o problema da Distorção Idade-Série no Brasil, contextualizando-o historicamente, mas focando no momento atual em que a resolução do problema se alinha com os interesses neoliberais para a educação que inclui cada vez mais o empresariamento da educação. A abordagem teórica acolhida é a que possibilita uma postura crítica com um olhar materialista histórico-dialético da realidade social, pois para compreender os fenômenos sociais é preciso compreender a realidade como resultado de um processo histórico, dialético, vivo e que precisa ser superado para fins de desalienação e emancipação humana.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Arlete Ramos dos Santos, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Pós-doutorado em Educação e Movimentos Sociais do Campo pela Universidade Estadual Paulista UNESP. Doutora e Mestre em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professora Titular da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), atuando na graduação e pós-graduação. Profressora do Programa de Pós-graduação em Educação Básica da UESC e do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (PPGED/UESB) Coordenação Grupo de Estudo e Pesquisa em Política Educacional em Educação do Campo e Cidade (GEPEMDECC).

 

Profa. Dra. Arlete Ramos dos Santos

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia | Brasil

Programa de Pós-Graduação em Educação

Universidade Estadual de Santa Cruz | Brasil

Programa de Pós-Graduação em Formação de Professores e Educação Básica

Centro de Estudos e Pesquisa em Educação e Ciências Humanas (CEPECH/CNPq)

Grupo de Pesquisa Movimentos Sociais, Diversidade e Educação do Campo e Cidade - Gepemdecc

E-mail: arlerp@hotmail.com

Valéria Prazeres dos Santos, Secretaria Municipal do município de Nazaré- Ba.

Técnica Pedagógica na Secretaria Municipal do município de Nazaré- Ba. Mestre em Educação, linha de políticas educacionais, pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Grupo de Estudos e Pesquisas Movimentos Sociais e Educação do Campo e Cidade – Gepemdecc

Referências

ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

AFONSO, A. J. Avaliação educacional: regulação e emancipação: para uma sociologia das políticas avaliativas contemporâneas. São Paulo: Cortez, 2000.

ALVES, J. S; MELO JÚNIOR, A. L. de; CAIADO, K. R. M. Um olhar sobre as políticas públicas da Educação do Campo e Educação Especial à luz da Pedagogia Histórico-Crítica. Revista Educação e Fronteiras On-Line, Dourados/MS, v.8, n.23 p.192-209, maio/ago. 2018.

ARAÚJO, L. Os fios condutores do PDE são antigos. Jornal de Políticas Educacionais, n. 2, set. 2007, p. 24–31.

BITTAR, M; BITTAR, M. História da Educação no Brasil: a escola pública no processo de democratização da sociedade. Acta Scientiarum. Education Maringá, v. 34, n. 2, p. 157-168, jul./dez. 2012.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988.

BRASIL. Decreto 6.094, de 24 de abril de 2007. Dispõe sobre a implementação do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, pela União Federal, em regime de colaboração com Municípios, Distrito Federal e Estados, e a participação das famílias e da comunidade, mediante programas e ações de assistência técnica e financeira, visando a mobilização social pela melhoria da qualidade da educação básica. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6094.htm. Acesso em: 24 out. 2018.

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 23 dez. 1996.

CARLO, M. D. Teachers Matter, But So Do Words. 14 de Julho de 2010. Disponível em http://www.shankerinstitute.org/blog/teachers-matter-so-do-words. Acesso em 25 de abr de 2019.

FREITAS, L. C. de. A reforma empresarial da educação: nova direita, velhas ideias. 1 ed. São Paulo: Expressão Popular, 2018.

FREITAS, L. C. de. Crítica da organização do trabalho pedagógico e da didática. Campinas: Papirus, 1995.

FREITAS, L. C. de. Os reformadores empresariais da educação e a disputa pelo controle do processo pedagógico na escola. Educ. Soc., Campinas, v. 35, nº. 129, p. 1085-1114, out.-dez., 2014.

Fundação Lemann e Meritt (2012): portal QEdu.org.br. Acesso em 18 de set. 2019.

GIL, N. de L. Reprovação escolar no Brasil: história da configuração de um problema político-educacional. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 23. 2018.

GROPPO, L. A. Das origens ao colapso do estado de bem-estar: uma recapitulação desmistificadora. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.20, p. 68 - 75, dez. 2005 - ISSN: 1676-2584.

KOSIK, K. Dialética do concreto. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.

LIMA, I. G. de; HYPOLITO, A. M. A expansão do neoconservadorismo na educação brasileira. Educ. Pesqui., São Paulo, v. 45, e190901, 2019.

MAINARDES, J. A escola em ciclos: fundamentos e debates. São Paulo: Cortez, 2009.

MANDELERT, D. Reprovação em escolas de prestígio. Est. Aval. Educ., São Paulo, v. 23, n. 53, p. 222-249, set./dez. 2012.

MARSIGLIA, A. C. G; PINA, L. D; MACHADO, V. de O. M; LIMA, M. A Base Nacional Comum Curricular: um novo episódio de esvaziamento da escola no Brasil. Germinal: Marxismo e Educação em Debate, Salvador, v. 9, n. 1, p. 107-121, abr. 2017. ISSN: 2175-5604.

MARX, K. O Capital: crítica da economia política, livro I. – 33 ed. – Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014.

MÉSZÁROS, I. A crise estrutural do capital. 2. ed. São Paulo: Boitempo, 2011.

OLIVEIRA, B. A. de. O Plano de Ações Articuladas - PAR: o processo de indução das Políticas Educacionais dos sistemas municipais de ensino. 2016. Tese (Doutorado em Educação) - Centro de Educação e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2016.

PARENTE, M. M. A; LÜCK, H. Aceleração da aprendizagem para corrigir o fluxo escolar: o caso do Paraná. Brasília: IPEA, 2007.

PATTO, M. H. S. A produção do fracasso escolar: histórias de submissão e rebeldia. São Paulo: Intermeios, 2015.

REDE VENCER. Políticas de aprendizagem escolar. [S.d]. Disponível em:http://www.redevencer.org.br/sme/conteudoinstitucional/menuesquerdo/SandBoxItemMenuPaginaConteudo.ew?idPaginaItemMenuConteudo=7349. Acesso em: 26 nov. 2018.

SANTOS, V. P. dos. A Distorção Idade-Série nas escolas do campo: um estudo sobre os anos iniciais do ensino fundamental em Nazaré-Ba. Dissertação de Mestrado. Ilhéus-Ba, UESC, 2019. 217 F.

SANTOS, Valéria Prazeres dos; SANTOS, Arlete Ramos dos . DISTORÇÃO IDADE-SÉRIE: estado do conhecimento. In: XXIV Encontro de Pesquisa Educacional do Nordeste, 2018, João Pessoa. Anais das Reuniões Regionais da ANPEd, 2018.

SOUZA, T. G. de; MOREIRA, J. A. da. S. Políticas de privatização na educação pública e a atuação de grupos educacionais privados. Revista Práxis Educacional, Vitória da Conquista–Bahia –Brasil, v. 16, n. 39, p. 421-449, abr./jun. 2020.

Downloads

Publicado

2020-12-04

Como Citar

SANTOS, A. R. dos; SANTOS, V. P. dos. Distorção Idade-Série em meio às políticas educacionais neoliberais. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 10, n. 30, p. 75–89, 2020. DOI: 10.30612/eduf.v10i30.14428. Disponível em: https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/educacao/article/view/14428. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê “Neoconservadorismo e Educação: reflexões sobre justiça social, inclusão e democracia”

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)