Fanon, os filósofos e a questão do homem negro

RESUMO: Partindo da teoria pós-colonial enquanto uma área de estudo interdisciplinar que se preocupa com as estruturas históricas, políticas, filosóficas, sociais, culturais, estéticas e seus discursos, este artigo propõe refletir sobre a questão do reconhecimento do sujeito colonial a partir do diálogo que Fanon estabelece com três filósofos (Karl Jaspers, Jean-Paul Sartre e Friedrich Hegel) em Pele negra, máscaras brancas (2008). Será dada atenção especial ao problema do reconhecimento a partir do contraponto que Fanon estabelece com Hegel e a Fenomenologia do espírito (2003), obra na qual o filósofo alemão aborda a lógica do reconhecimento, um dos pontos fulcrais do processo da dialética. Fanon adverte que o homem negro está fora do processo da história, porque é sempre apresentado dentro do circuito fechado da consciência-de-si ou “em-si” e jamais como o estágio da consciência crítica de um “ser-para-si”, uma vez que não lhe é dada a reciprocidade do reconhecimento.

PALAVRAS-CHAVE: Fanon. Hegel. Teoria pós-colonial. Homem negro. Questão do reconhecimento.



Autoria


Como citar

ANDRADE, P.; PITT, R. C. Fanon, os filósofos e a questão do homem negro. Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023013, 2023. e-ISSN: 2237-258X. DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.17799