image/svg+xmlRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2,e021032, 2021.e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 1| 1POSSIBILIDADES FORMATIVAS EM EDUCAÇÃO FÍSICA NA PERSPECTIVA INCLUSIVAPOSIBILIDADES DE FORMACIÓN EN EDUCACIÓN FÍSICA EN LA PERSPECTIVA INCLUSIVATRAINING POSSIBILITIES IN PHYSICAL EDUCATION IN THE INCLUSIVE PERSPECTIVEPatricia Santos de OLIVEIRAUniversidade Federal de São Carlos (UFSCAR)e-mail: patriciagorup@gmail.comJacqueline da Silva NUNESUniversidade Federal da Grande Douradose-mail: jacquelinenunes@ufgd.edu.brJosiane Fujisawa Filus de FREITASUniversidade Federal da Grande Douradose-mail: josianefffreitas@ufgd.edu.brPatricia ROSSI-ANDRIONUniversidade Federal de São Carlos (UFSCAR)e-mail: patriciarossi.pr@hotmail.comComo referenciar este artigoOLIVEIRA, P. S. de; NUNES, J. S.; FREITAS, J. F. F.; ROSSI-ANDRION, P. Possibilidades formativas em Educação Física na perspectiva inclusiva.Revista Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258X. DOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490Submetido em: 19/05/2021Revisões requeridas em: 22/07/2021Aprovado em: 17/09/2021Publicado em: 30/11/2021
image/svg+xmlPatricia Santos de OLIVEIRA; Jacqueline da Silva NUNES; Josiane Fujisawa Filus de FREITAS e Patricia ROSSI-ANDRIONRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 2| 2RESUMO:O presente trabalho é resultado dos desdobramentos do curso de extensão Corpo, Formação Humana e Sociedade, e teve como objetivo refletir sobre a formação inicial do professor de Educação Física para atuar junto às pessoas com deficiência. Assim, a partir de um ensaio teórico, as autoras iniciam refletindo sobre a temática do corpo, formação humana e sociedade e sua intersecção com a formação inicial de professores de Educação Física a partir das quais são apresentadas conceituações, bases teóricas e pesquisas recentes em formação inicial da área. Para finalizar, são apresentadas possibilidades e estratégias para formar professores sensíveis à temática da inclusão. Tais sugestões resultam de trabalhosde conclusão de curso, relatos e das experiências didáticas das pesquisadoras e estão organizadas a partir dos eixos: experiências nos estágios supervisionados, extensão universitária e formação para atuar na perspectiva do trabalho colaborativo.PALAVRAS-CHAVE:Educação Física. Formação inicial. Pessoas com deficiência. Atividade física adaptada.RESUMEN:El presente trabajo es fruto del curso de extensión Cuerpo, Formación Humana y Sociedad, y tuvo como objetivo reflexionar sobre la formación inicial del docente de Educación Física para trabajar con personas con discapacidad. Así, a partir de un ensayo teórico, los autores comienzan reflexionando sobre el tema del cuerpo, la formación humana y la sociedad y su intersección con la formación inicial de los docentes de Educación Física, donde se encuentran conceptos, bases teóricas e investigaciones recientes en formación inicial en el área. Finalmente, se presentan posibilidades y estrategias para formar docentes sensibles al tema de la inclusión. Tales sugerencias son el resultado de trabajos de finalización de cursos, informes y experiencias didácticas de los investigadores y se organizan según los temas: experiencias en pasantía supervisadas, extensión universitaria y formación para actuar en la perspectiva del trabajo colaborativo.PALABRAS CLAVE:Educación Física. Formación inicial. Personas con deficiencia. Actividad física adaptada.ABSTRACT:The present work is the result of the extension course ‘Body, Human Education and Society’, and aimed to reflect on the initial education of the Physical Education teacher to work with people with disabilities. Thus, from a theoretical essay, the authors begin by reflecting on the theme of the Body, Human Education and Society and its intersection with the initial education of Physical Education teachers, where concepts, theoretical bases and recent research in initial education in the area. Finally, possibilities and strategies to train teachers sensitive to the theme of inclusion are presented. Such suggestions result from course completion works, case reports and the researchers' didactic experiences and was organized according to the folowing axes: experiences in supervised internships, university extension and training to work in the perspective of collaborative work.KEYWORDS:Physical Education. Teacher training. People with disabilities. Adapted physical activity.
image/svg+xmlPossibilidades formativas em Educação Física na perspectiva inclusivaRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 3| 3IntroduçãoO presente artigo faz parte da construção coletiva promovida pelo Curso de Extensão Corpo, Formação Humana e Sociedade, organizado pelos grupos de pesquisa Laboratório de Estudos Corporais LEC/Unespar e Grupo de Estudo e Pesquisa em Linguagem Corporal e DiversidadeGEPL/UFGD. O curso foi estruturado por seis módulos que tratavam temáticas que promoveram diálogos e reflexões interinstitucionais acerca das diferentes concepções de pensar o corpo, formação humana e sociedade e seus desdobramentos nas práticas corporais contemporâneas. Nesse sentido, o presente estudo aborda a temática proposta na perspectiva da Formação inicial em Educação Física (EF) para atuar com pessoas com deficiência.Pensar sobre a Educação Física nessa perspectiva nos remete a refletir sobre vários conceitos, abordagens, autores, entretanto, em comum acordo, entendemos que a área está atrelada a perspectiva da inclusão em seus diferentes âmbitos e, portanto, deve ser pensada em sua totalidade. Quando discutida sobo olhar da formação humana, daconstrução da sociedade, precisamos considerar toda e qualquer pessoa em sua integridade, independentemente de conjunturas físicas ou intelectuais.Para Denari (2013),ao incluir é preciso levar em conta a possibilidade de desenvolver de acordo com suas atitudes e aptidões direcionadas à sua inserção na sociedade. Como parte do sistema educativo, sua existência está intimamente ligada a valores e virtudes, condições tais que fazem da educação uma fonte inesgotável para melhorar a qualidade de vida das pessoas em busca da autonomia. A autora elucida o que acreditamos ser um caminho em prol do bem comum:[...] em seu sentido mais abrangente, a educação garantida por todos por direito, deve permear, primeiramente os princípios de equidade e de qualidade. Em segundo lugar, deve promover o desenvolvimento de projetos educativos assentados nos pilares da (com) vivência democrática e no respeito da diversidade, nesses projetos, é fundamental a presença e o envolvimento de todos os professores, alunos, equipe escolar, famílias, e comunidade social onde se insere a escola (DENARI, 2013, p. 17).Entretanto, lançar olhares sobre isso nos faz exercitar a capacidade que temos enquanto educadores de modificar as nossas próprias atitudes na ação educativa. Segundo Freire (1996), é preciso saber escutar o outro e ter coerência entre o discurso e a ação.É escutando que aprendemos a falar com eles. Somente quem escuta paciente e criticamente o outro, fala com ele, mesmo em que, em certas condições, precise falar a ele [...]se descrimino o menino ou menina pobre, a menina ou menino negro, o menino índio, a menina rica, se descrimino a mulher, a camponesa, a operária, não posso evidentemente escutá-las e se não escuto,
image/svg+xmlPatricia Santos de OLIVEIRA; Jacqueline da Silva NUNES; Josiane Fujisawa Filus de FREITAS e Patricia ROSSI-ANDRIONRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 4| 4não posso falar com eles, mas a eles, de cima para baixo (FREIRE, 1996, p. 127-136). Nunes (2019) evidencia em sua tese que essa apropriação do professor, no que tange a compreender o sujeito, para adaptar recursos e suprir necessidades educativas, nos remete a evidenciar o pensamento de Paulo Freire (2002) de que é preciso perceber as particularidades na totalidade, pois nenhum fato se justifica por si mesmo, isolado do contexto social pelo qual foi gerado e se desenvolve. Olhar para a inclusão é compreender o que bem disse Freire (2002, p. 24), “[...] ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”.Desse modo,vamos refletindo sobre o tema central deste dossiê, em que a formação humana, o corpo e a sociedade devem ser pensados conjuntamente. Ao olharmos para as potencialidades educativas que as práticas corporais inclusivas agregam e a complexidade do tema inclusão, sentimos necessidade de estabelecermos um diálogo entre formação inicial em Educação Física, inclusão de pessoas com deficiência em atividades físicas, e as possibilidades formativas nos cursos de graduação em Educação Física.Este contexto nos remete especificamente à área da Atividade Física Adaptada, sendo o corpo em movimento entendido como objeto da educação, acreditamos em sua potencialidade para promover o exercício da empatia, fazendo com que os professores sejam capazes de se colocar no lugar de seus alunos, entender suas dificuldades e necessidades. Nunes (2019, p. 24) em sua pesquisa ressalta que: “O corpo, aqui entendido como a totalidade do homem e não apenas biológico, é capaz de propiciar o desenvolvimento afetivo e intelectual, para além do desenvolvimento físico”.Desse modo, se faz necessário repensar a formação inicial do professor de Educação Física de forma a construir atitudes favoráveis em relação a inclusão, romper com as barreiras atitudinais e fornecer subsídios para que os futuros profissionais possam se comprometer em planejar e promover atividades físicas e esportivas para todos os seus alunos, principalmente aqueles com algum tipo de deficiência. Neste sentido, Fiorini e Manzini (2014), indicam,a partir de suas pesquisas, a importância de promover a formação do professor de Educação Física contemplando a inclusão de alunos com deficiência, a partir de iniciativa de diferentes âmbitos, como as instituições superiores, as secretarias municipais de educação e as políticas públicas.Assim, o presente ensaio teórico tem como objetivo refletir sobre a formação inicial do professor de Educação Física para atuar juntoàs pessoas com deficiência, e apresentar possibilidades e estratégias de abordar essa temática nas disciplinas do curso de graduação em Educação Física.
image/svg+xmlPossibilidades formativas em Educação Física na perspectiva inclusivaRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 5| 5Para tanto, a partir do exposto, num primeiro momento vamos refletir sobre a importância da Formação inicial de professores de Educação Física na perspectiva da Educação Inclusiva, buscando conceituar essa problemática, evidenciando a trajetória histórica, e debater com pesquisas recentes, em busca de repensarmos a importância de avançar em processos formativos que considerem,na contemporaneidade,a diversidade, a inclusão e a participação de todos.Para finalizar o debate,buscamos refletir sobre as Possibilidades formativas em Educação Física: experiências na perspectiva da inclusão. O objetivo desse eixo foi apresentar estratégias de ensino que contribuíssem para o fortalecimento de atitudes favoráveis em relação à inclusão de pessoas com deficiência no processo de formação inicial do professor de Educação Física.Formação inicial de professores de Educação Física na perspectiva da Educação InclusivaNo Brasil, a formação inicial de professores de Educação Física ocorre por meio de cursos de graduação de nível superior, com habilitação nas áreas de licenciatura ou bacharelado (BRASIL, 2018a). Nos últimos anos, a formação inicial de professores de Educação Física vem passando por diversos avanços, principalmente no que se refere aos aspectos legislativos e de normatização das diretrizes de formação relacionada à atuação junto às pessoas com deficiência.A legislação mais atual, relacionada às Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Educação Física (BRASIL, 2018a), representa um avanço na formação de licenciados e bacharéis em Educação Física para atuar junto às pessoas com deficiência uma vez que legitima, assim como em versões anteriores, a necessidade de disciplinas que tratam das características, dos aspectos metodológicos e de ensino e aprendizagem das pessoas com deficiência. No referido documento,“A formação para intervenção profissional à pessoa com deficiência deve ser contemplada nas duas etapas e nas formações tanto do bacharelado, quanto da licenciatura” (p. 2).Contudo, Pletsch (2009) destaca que a falta de preparo e informação impede o professor de desenvolver uma prática pedagógica que seja atenta às necessidades dos alunos com deficiência. Dessa forma, a autora avalia que o despreparo e a falta de conhecimentos estão diretamente relacionados com a formação ou capacitação recebida no processo de formação deste professor.Gilon e Cardoso (2014) realizaram uma pesquisa com o objetivo de analisar a matriz
image/svg+xmlPatricia Santos de OLIVEIRA; Jacqueline da Silva NUNES; Josiane Fujisawa Filus de FREITAS e Patricia ROSSI-ANDRIONRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 6| 6curricular do Curso de Educação Física em Licenciatura em uma universidade do nordeste do Brasil em relação à formação para a educação inclusiva. A partir da análise dos planos de ensino de disciplinas da área de conhecimento referente ao ensino das modalidades esportivas (Jogo; Esporte; Lutas; Ginástica e Dança), os autores concluíram que há uma lacuna na articulação do ensino dos esportes e a problemática da educação inclusiva naquela universidade,uma vez que não foram encontrados, nos planos de ensino,nenhuma referência ao público com deficiência e ou necessidades especiais.Nessa direção, para Rodrigues e Lima-Rodrigues (2017) existem dois principais modelos de matriz curricular de formação de professores para atuar na perspectiva da inclusão, o modelo tradicional e o modelo de infusão: No modelo tradicional, a matriz curricular dos cursos de ensino superior é estruturada de modo que, em todo o processo de formação, o discente tenha apenas uma ou duas disciplinas específicas com o objetivo de fornecer conhecimentos sobre as características do aluno com deficiência, os processos de ensino e aprendizagem e aspectos metodológicos específicos (RODRIGUES; LIMA-RODRIGUES, 2017). Já no modelo de “infusão”, a organização curricular dos conteúdos relativos à educação de alunos com deficiência e ou necessidades educativas especiais (NEE), é abordado por todas as disciplinas de forma transversal (KOWALSKI, 1995).Ou seja, nesse modelo,as questões referentes às características do aluno com deficiência, o ensino e aprendizagem, e estratégias metodológicas específicas estão descentralizadas e são conteúdos abordados em grande parte das disciplinas que compõem a matriz curricular do curso.A partir do exposto, ainda que grande parte dos cursos de formação de professores de Educação Física tome como princípio a matriz tradicional, é fundamentalrepensarmos a importância de avançar em busca de processos formativos que considerem a diversidade, a inclusão e a participação de todos. Para tanto, um modelo de formação de infusão, no qual a maioria das disciplinas direcionam parte do conteúdo para abordar a temática da pessoa com deficiência, parece congregar de forma mais efetiva as habilidades e competências de um professor de Educação Física para atuar na perspectiva da inclusão de pessoas com deficiência.No que tange ao campo das pesquisas, a formação profissional inicial é tema recorrente nas pesquisas nacionais e internacionais envolvendo a Atividade Física Adaptada (AFA), pois é com base nessas pesquisas que podemos compreender como acontece tal ação, quais são os avanços, as limitações e de que maneira poderá interferir na futura atuação do profissional de Educação Física (EF) diante do processo de inclusão (MAHL, 2016; LOUZADA, 2016).Nesse contexto, pesquisas nacionais demonstram o despreparo ao lidar com as pessoas com deficiência decorrente da falta de experiências práticas, da precariedade do estágio
image/svg+xmlPossibilidades formativas em Educação Física na perspectiva inclusivaRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 7| 7supervisionado, da dissociação entre teoria e prática e da falta de interdisciplinaridade nos cursos superiores de formação inicial em EF, causando insegurança e dificuldades para a atuação profissional, tanto por recém-formados como por professores que já atuam na área (CHICON; PETERLE; SANTANA, 2014; ROSSI-ANDRION; VILARONGA; MUNSTER, 2019).Em estudo de revisão de literatura realizado por Rossi-Andrion, Vilaronga e Munster (2019), as autoras apresentam resultados de que os estudantes que estão em formação inicial em EF não se sentem preparados para trabalhar com as pessoas com deficiência e/ou qualquer outra Necessidade Educacional Especial (NEE) junto ao processo de inclusão, sendo ressaltado, principalmente, o pouco contato direto com esse público ao longoda jornada desses cursos superiores, ofertando pouca experiência prática.Pesquisas desenvolvidas no Brasil, EUA, Reino Unido e Itália, concluem a importância em oportunizar mais experiências práticas envolvendo o público da Educação Especial durante o processo de formação inicial em EF, pois é a partir dela que ocorre o contato direto interpessoal em ambiente real, influenciando positivamente nas atitudes e nos sentimentos dos graduandos para atuação no processo de inclusão (ROSSI-ANDRION, VILARONGA; MUNSTER, 2019).Essa experiência prática está relacionada a atividades que os estudantes possam acompanhar e vivenciar de perto o trabalho realizado com as pessoas com deficiência, TEA (Transtorno do Espectro Autista), TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), Superdotação e demais Necessidades Educacionais Especiais, como,por exemplo, os estágios supervisionados dentro e fora do campus universitário, os estágios curriculares em escolas regulares e de Educação Especial; os projetos de extensão e os projetos comunitários que envolvam essa população.Seria importante que os estágios supervisionados, tanto em escolas de ensino regular que atendem o público da Educação Especial como em escolas de Ensino Especial, fossem incorporados e oportunizados durante a graduação, para que pudessem oferecer aos estudantes em sua formação inicial em EF um treinamento adequado, proporcionando mais conhecimento e maior preparo acerca do processo de inclusão, com um consequente aumento na qualidade de ensino para todos (HODGE; TANNEHILL; KLUGE, 2002; VICKERMAN; COATES, 2009; JEONG, 2013; WILKINSON et al., 2013; NARDO et al., 2014; TINDALL et al., 2015).Além dos estágios curriculares, ressaltam-se que as experiências pessoais anteriores ao início da formação inicial,comoo fato depossuir familiares e/ou amigos com deficiência e/ou frequentar estágios em AFA fora da grade curricular em outros estabelecimentos que não a
image/svg+xmlPatricia Santos de OLIVEIRA; Jacqueline da Silva NUNES; Josiane Fujisawa Filus de FREITAS e Patricia ROSSI-ANDRIONRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 8| 8universidade, são fatores importantes que também podem acarretar uma melhoria no sentimento em relação à futura atuação frente à inclusão. Afinal, a formação profissional,além de envolver uma formação curricular básica sólida, que associe teoria e prática por meio de estágios supervisionados, ainda envolve as experiências anteriores e pessoais de cada estudante de EF advindas de outras instituições de ensino e demais atividades (CASTRO; AMORIM, 2015; DUCHENE etal.,2018).Essas experiências práticas acadêmicas e pessoais influenciam de forma positiva nasseguintes atitudes dos estudantes na sua formação inicial em EF:a mudança de discurso sobre inclusão, buscando a equidade durante as aulas; a diminuição do pré-conceito, deixando a deficiência de lado e enfatizando a funcionalidade para ir ao encontro das necessidades de cada aluno no ambiente inclusivo; e o desenvolvimento de relacionamentos e comunicação adequados tanto ao trabalhar com o público em questão como com profissionais de outras áreas com o foco na interdisciplinaridade (WOODRUFF; SINELNIKOV, 2015).Estudos afirmam que quando há a experiência prática sobre a deficiência e demais NEE, o melhor preparo acadêmico e o contato com mais conteúdos envolvendo especificamente a AFA durante a formação inicial, mais bem preparados academicamente os graduandos estarão para atuar no processo de inclusão, acarretando o aumento da confiança, a melhoria da comunicação junto aos alunos com deficiência e demais profissionais (como professores de sala de aula regular, diretores e assistentes) para um trabalho inter/multidisciplinar e a diminuição de incertezas ao se trabalhar com esse público (HODGE et al., 2002; DUCHANE et al. 2008; NARDO et al., 2014).Além dessa atenção às experiências práticas, também é importante proporcionar a associação da teoria com a prática durante os cursos de formação inicial em EF,sendo essa ação um fator relevante que deveria ocorrer junto com tais experiências, proporcionando melhoria na competência de ensino e no aumento da compreensão do processo inclusivo, ofertando o aumento do conhecimento e da conscientização sobre o assunto (COATES, 2012).Entretanto, ainda há uma sobreposição da teoria à prática. Para acontecer essa associação de forma adequada e equilibrada, o tempo dispendido nas atividades práticas durante a formação inicial em EFdeveria ser maior do que acontece atualmente, direcionada para atividades em campo, para que houvesse o aumento de tempo de instrução para proporcionar a melhoria da confiança e o entusiasmo nos estudantes dos programas de formação inicial em EF e assim, consequentemente, melhorar a instrução ao se trabalhar com alunos com deficiência (LAYNE; BLASINGAME, 2018).Juntamente com o desenvolvimento da teoria associada à prática, existe a importância
image/svg+xmlPossibilidades formativas em Educação Física na perspectiva inclusivaRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 9| 9em oferecer aos estudantes a infusão do conhecimento entre as demais disciplinas curriculares ao longo dos cursos de formação inicial,que não apenas a disciplina de AFA. Todavia, há pouca oferta de disciplinas que envolvem a AFA especificamente e disciplinas que façam a interface com essa área, o que resulta na escassez de conhecimentos teóricos e práticos. Dessa forma, seria importante defender a infusão do conhecimento sobre deficiência em outras disciplinas, pois esse movimento poderia favorecer discussões, simulações, equipamentos, modificações e estratégias de ensino e de conhecimento no que se refere ao processo de inclusão (KWON, 2018).Uma das maneiras de compreender essas lacunas, quanto às experiências práticas em estágios supervisionadoseinfusão do conhecimento e associação de teoria e prática, é analisaro currículo das instituições de ensino superior. Infelizmente, pesquisas nacionais e internacionais apresentam dados de que não há padrões curriculares para tornar os futuros profissionais preparados para atuação em AFA, não havendo delineamento de como são conduzidos os currículos, ocorrendo o distanciamento entre a formação inicial acerca dos contextos da diversidade e da inclusão, da realidade escolar e da dissociação entre teoria e prática (SILVA; DRIGO, 2012; LOUZADA, 2016; MAHL, 2016 ROSSI-ANDRION; MUNSTER, 2019).No Brasil, mesmo os cursos superiores de EF apresentando condições estruturais e curriculares para atender as demandas da inclusão e sendo obrigatória a disciplina AFA na grade curricular, ainda há carga horária reduzida e poucas disciplinasque realizam a interface/interdisciplinaridade com a AFA (ROSSI-ANDRION; MUNSTER, 2013; ROSSI-ANDRION; MUNSTER, 2019). Sendo assim, além de aumentar a carga horária para essa área, também seria importante que ocorresse a interdisciplinaridade entre a AFA e as demais disciplinas, maior articulação entre as atividades de ensino, extensão e pesquisa, e maior aproximação com o estágio curricular frente ao processo de inclusão.A compilação dessas pesquisas nacionais e internacionais demonstrou que a experiência prática é a principal responsável por relacionar várias vertentes parauma melhor formação inicial, pois são as experiências por meio de estágios em ambientes reais (que deveriam ser mais oportunizados) juntamente com a teoria, que interferem positivamente nas atitudes e nos sentimentos dos estudantes, tornando-os preparadospara a atuação paraa inclusão. Seria muito importante que os cursos de formação inicial em Educação Física oportunizassem e aprofundassem mais os conteúdos da AFA, a infusão do conhecimento e a interdisciplinaridade ao longo do curso e não apenas ofertardisciplinas isoladas com pouca intervenção prática.Diante de todo exposto, a formação inicial pautada na interdisciplinaridade e na infusão
image/svg+xmlPatricia Santos de OLIVEIRA; Jacqueline da Silva NUNES; Josiane Fujisawa Filus de FREITAS e Patricia ROSSI-ANDRIONRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 10| 10do conhecimento é defendida, na qualcada disciplina da grade curricular do curso de Educação Física desenvolva questões envolvendo alunos com deficiência e a inclusão desses na sociedade.Possibilidades formativas em Educação Física: experiências na perspectiva da inclusãoO intuito desse tópico é apresentar estratégias de ensino que contribuam para a fortalecimento de atitudes favoráveis em relação a inclusão de pessoas com deficiência nas atividades físicas. As pesquisas na área, como as publicadas por Rossi-Andrion e Munster, (2019); Salerno et al.(2013), e os anos de atuação no Ensino Superior nos permitem indicar que as maiores dificuldades de graduandos em relação a inclusão referem-se a falta de conhecimento, bem como a ausência de contato e convivência com essa população.Como apresentado no tópico anterior, a estrutura curricular dos cursos de graduação não supre tal dificuldade, uma vez que a maioria dos cursos de Educação Física destinam apenas uma disciplina isolada para tratar desses assuntos e, muitas vezes, esta fica restrita apenas aos conhecimentos teóricos sobre as deficiências e suas classificações. Como resultado disso, os conceitos e pré-conceitos relacionados a essa população continuam a limitar a prática do futuro professor de Educação Física, que,em muitos casos,não têm conteúdos e experiências durante a graduação que lhe possibilitem pensar e vivenciar na prática a diversidade e as diferenças (SALERNO et al.,2013).Conforme discutido anteriormente, a fim de superar essa limitação,os cursos de formação inicial necessitam ofertar mais momentos de convivência com as pessoas com deficiência, em queos alunos poderão pôr em prática aquilo que estudam na teoria. Em estudo recente, Salerno et al.(2018) ressaltam que,em diversas localidades do Brasil, os cursos de graduação em Educação Física passaram a incorporar as diferentes dimensões humanas como alicerces para a discussão inclusiva, como sociais, culturais, educacionais e psicológicas, alcançando compreensões mais significativas pelos discentes acerca da questão, bem como percebe-se uma aproximação inicial, ainda que discreta, da teoria com a prática por meio da implantação de ações, como visitas às instituições especializadas e às escolas regulares inclusivas, aulas práticas de simulações ou com a participação de alunos com necessidades educativas especiais.A aproximação entre teoria e prática precisa ser ponto fundamental quando se trata de formação com vistas a inclusão de pessoas com deficiência. Visitas a instituições, estágios supervisionados, projetos de extensão, aulas práticas com crianças com deficiência, propiciam
image/svg+xmlPossibilidades formativas em Educação Física na perspectiva inclusivaRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 11| 11o contato com essa população e auxiliam na quebra do estigma presente na sociedade, que refere a incapacidade das pessoas com deficiência.Pensando em contribuir de forma mais clara e objetiva com os cursos de formação inicial, destacam-se,a seguir, asexperiências que favorecem o fortalecimento da relação teoria e prática por meio de vivências com o público com deficiência.Experiências no estágio supervisionadoO estágio supervisionado é um espaço muito rico para exploração de experiências com pessoas com deficiência. Principalmente na escola, é comum encontrar crianças com deficiência incluídas em turmas regulares, e, portanto, todas as disciplinas do curso poderiam estarenvolvidas com o estágio supervisionado sendo importantes para suscitar atividades práticas e posterior reflexão sobre a atuação com a inclusão.Rodrigues (2019) aliou os conhecimentos da disciplina de Educação Adaptada onde conheceu sobre os esportes paralímpicos e teve a curiosidade de aplicar uma vivência de voleibol sentado em seu estágio supervisionado no ensino fundamental. A experiência foi relatada no trabalho de conclusão de curso e a pesquisa teve como objetivo principal verificar a percepção de crianças e adolescentes de 9 a 15 anos de idade sobre a modalidadeVoleibolSentado na aula de educação física de uma escola pública no município de Vicentina-MS. Tratou-se de uma pesquisa de campo, qualitativa, na qualparticiparam 71 alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental II, do período vespertino, que responderam a um questionário após participarem de uma aula sobre o conteúdo Voleibol sentado.Constatou-se que a atividade realizada apresentou boa aceitabilidade, as crianças e adolescentes de 9 a 14 anos puderam vivenciar uma aula de vôlei sentado, uma modalidade muito próxima daquela que eles já conhecem. As dificuldades, ao realizar os fundamentos do esporte na posição sentada, favoreceu que alunos sem deficiência vivenciassemos movimentos utilizados pelas pessoas com deficiências físicas e percebessem as possibilidades de prática, mesmo com limitações físicas. Concluiu-se que a percepção dos alunos sobre a vivência de voleibol sentado foi positiva e abrangeu não só a prática,mas também o sentimento de alteridade por parte dos alunos fazendo-os refletir sobre como a pessoa com deficiência pode se incluir neste âmbito dos esportes e das aulas de Educação Física.Destaca-se que a prática de modalidades paralímpicas na Educação Física Escolar não é comum, por isso, oportunizar àscrianças sem deficiência a se colocarem no lugar daqueles com deficiência pode propiciar um momento de reflexão sobre a condição do outro e,dessa
image/svg+xmlPatricia Santos de OLIVEIRA; Jacqueline da Silva NUNES; Josiane Fujisawa Filus de FREITAS e Patricia ROSSI-ANDRIONRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 12| 12forma,trazer à tona o sentimento da alteridade. Logo, não apenas a disciplina de Educação Física Adaptada, mas todas as demais do curso de formação inicial, poderiam versar sobre sua prática adaptada ou paralímpica, de forma que o graduando perceba que todo movimento pode ser pensado e adaptado para as potencialidades de qualquer indivíduo.A aproximação com pessoas com deficiência durante o estágio supervisionado suscitou a pesquisa de Almeida (2018), pois foi durante o estágio em uma escola que ele conheceu uma atleta de bocha adaptado. A aluna com paralisia cerebral foi “descoberta” na aula de Educação Física Escolar e passou a treinar com a equipe paralímpica da cidade. O objetivo da pesquisa de Almeida (2018) foi conhecer a prática do bocha adaptado realizado pela aluna cadeirante.Por meio de estudo de caso, a investigação revelou que a menina de 14 anos praticava bocha 2 anos, mas antes disso nunca havia praticado nenhuma modalidade esportiva.De acordo com Almeida (2018), a aluna salienta que competir nessa modalidade a faz se sentir feliz e importante. O professor e treinador da aluna destacou o avanço no desenvolvimento técnico e pessoal da aluna, citando,por exemplo,o fato de a aluna se mostrar mais desinibida nas relações interpessoais. Além disso, a prática do esporte possibilitou que a aluna viajassesem a presença dos pais para campeonatos, momentos que exigiram dela responsabilidade, autonomia e independência, fortalecendo sua segurança e autoestima.Pode-se perceber o quanto o estágio supervisionado contribuisignificativamente para uma formação com vistas a inclusão de pessoas com deficiência, no entanto, destacamos que a orientação desse processo deve ser organizada de forma a suscitar tais experiências. Ou seja, as disciplinas cursadas de forma concomitante ao estágio supervisionado podem trabalhar de forma conjunta, usando do momento de estágio como espaço de exploração dos conteúdos trabalhados nas demais disciplinas.Extensão UniversitáriaPara além do estágio supervisionado, um forte aliado da formação inicial em Educação Física é a Extensão Universitária. Projetos e eventos de extensão congregam a comunidade e são excelentes momentos de convivência e prática com pessoas com deficiência. Um exemplo disso é destacado na pesquisa de Gonzaga (2020),que teve por objetivo descrever a participação dos alunos do curso de Educação Física no evento Festival Paralímpico 2019. Esse evento ocorre anualmente em todo o Brasil e, em 2019, foi realizado em 70 cidades e, pela segunda vez, ocorreu tambémno município de Dourados-MS.A pesquisa evidenciou que a maioria do grupo participante não teve dificuldades para
image/svg+xmlPossibilidades formativas em Educação Física na perspectiva inclusivaRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 13| 13exercer suas funções no eventoe não teve dificuldades de interação com as crianças participantes, ou seja, o paradigma de que trabalhar com essa população exige uma qualificação especializada eque, portanto, seria mais difícil para o aluno de graduação, foi superado. O grupo percebeu a experiência no evento como positiva, pois a vivência resultou em conhecer melhor a população com deficiência, conhecer esportes paralímpicosevisualizar as potencialidades de crianças com deficiência para a prática de atividade física.Melo e Munster (2014) relatam a experiência do Programa de Atividades Físicas, Esportivas e de Lazer Adaptadas às Pessoas com Deficiência PROAFA desenvolvido pelo Departamento de Educação Física e Motricidade Humana da Universidade Federal de São Carlos -DEFMH/UFSCar. O PROAFA foi criado em 2006 e se configura como um projeto de extensão universitária e compreende atividades físicas, esportivas e de lazer voltado às pessoas com deficiência. O projeto conta com a participação de estudantes de graduação emEducação Física e de pós-graduação (mestrado e doutorado) em Educação Especial. Ao longo de sua história,o PROAFA vem desenvolvendo diversas atividades,dentre elas,destacam-se a Natação Adaptada e o Handebol em Cadeira de Rodas. O referido projeto de extensão contribui para a qualidade da formação dos estudantes do Curso de Educação Física da UFSCar e para o desenvolvimento de estudos/investigações relacionados à área de Atividade Física e Esportes Adaptados. Rossi e Munster (2019) relataram os impactosda participação dos graduandos no PROAFA e nos demais projetos de extensão da universidade e destacaram que estes consideraram importante a participação nos projetos, pois ampliou os conhecimentos e proporcionou uma formação profissional mais ampla e aprofundada em relação ao processo de inclusão de pessoas com deficiência na sociedade.Acredita-se que esses espaços de vivência e contato que os eventos e projetos de extensão propiciam são fundamentais para a formação inicial em Educação Física. Ressalta-se,ainda,que com a implementação da curricularização da extensão (BRASIL, 2018b), Resoluçãon.07 de 18 de dezembro de 2018, a carga horária de atividades de extensão ganha destaque na matriz do curso e pode ser utilizadas como espaço importante de formaçãona perspectiva inclusiva.Formação para atuar na perspectiva do trabalho colaborativoEm pesquisa realizada por Oliveira (2018),a autora destaca a necessidade de formar professores de Educação Física capazes de trabalhar de forma colaborativa em contextos inclusivos. A mesma autora destaca que o trabalho colaborativo pode ser compreendido como
image/svg+xmlPatricia Santos de OLIVEIRA; Jacqueline da Silva NUNES; Josiane Fujisawa Filus de FREITAS e Patricia ROSSI-ANDRIONRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 14| 14“as ações de colaboração que podem ser construídas entre professores e seus pares” (p. 15). Sendo assim, é importante incluir estratégias que estimulem uma formação para uma atuação colaborativa nas disciplinas direcionadas ao trabalho com pessoas com deficiência no currículo de formação inicial em EF.Nessa direção,os autores Lytle et al.(2003) destacam a simulação do preenchimento do Plano de Ensino Individualizado (PEI-EF) como uma das estratégias de formação para a colaboração. O Plano de Ensino Individualizado (PEI) se constitui enquanto um documento oficial que tem como objetivo estabelecer um plano de ação para professores e especialistas que atendam crianças com deficiência (KOWALSKI et al.,2005). Na Educação Física,o PEI pode se constituir enquanto uma ferramenta que norteie as práticas pedagógicas desses professores a partir dosobjetivos e metas de aprendizagem estabelecidas colaborativamente. O modelo do PEI-EF pode ser encontrado no artigo publicado por Munster et al.(2014).Assim, a simulação do preenchimento do PEI pode ser realizada de diversas formas;um dos caminhos possíveis é dividir os alunos em pequenos grupos de trabalho, com a tarefa de preencher o PEI a partir de uma situação hipotética/ caso de ensino elaborado previamente pelo professor da disciplina.Outra estratégia sugerida por Lytle et al.(2003) é a elaboração de um roteiro e aplicação de uma entrevista com professores e profissionais de outras áreas, que podem atuar colaborativamente com a área de Educação Física em diversos contextos, como por exemplo os professores de Educação Especial, Fisioterapeutas, Terapeutas Ocupacionais, dentre outros. A autora sugere que a entrevista seja conduzida pelos discentes e realizada com diferentes profissionais e que o resultado seja compartilhado posteriormente com todos da turma. Para a elaboração do roteiro, as autoras sugerem questões que abordem as experiências eaformação profissional, as estratégias para tornar o trabalho mais eficiente; opinião dos entrevistados sobre as habilidades e competências para atuar na área; Estratégias que foram desenvolvidas pelo profissional para trabalhar efetivamente com outros profissionais de forma multidisciplinar; Estratégias que o profissional/professor vem desenvolvendo para trabalhar com outros profissionais, dentre outras.Dessa forma, promover estratégias de formação para atuar colaborativamente nas disciplinas do curso de Educação Física,que abordam os aspectos didáticos pedagógicos do trabalho com pessoas com deficiência no contexto da inclusão, pode se constituir enquanto uma oportunidade de promover processos formativos que estimulem a reflexão sobre a necessidade de planejar e criar planos de ação que atendam às necessidades individuais do aluno com deficiência. Ademais, essas estratégias poderão contribuir para a formação de professores de
image/svg+xmlPossibilidades formativas em Educação Física na perspectiva inclusivaRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 15| 15EF preparados para uma atuaçãointerdisciplinar, pautadas pelo diálogo coletivo e no processo de resolução de problemas.ConsideraçõesfinaisO presente ensaio teórico teve como objetivo refletir sobre a formação inicial do professor de Educação Física para atuar junto às pessoas com deficiência. A partir do exposto, o texto aqui apresentado expõe a necessidade de se repensar a formação de professores de Educação Física para atuar com pessoas com deficiência, principalmente no que se refere a organização dos cursos, sugerindo fortemente a organização da grade curricular destes a partir do modelo de “infusão”.Portanto, destacamos que o curso de graduação necessita enveredar esforços no sentido de organizar seu currículo para uma formação com vistas inclusiva. As disciplinas não podem trabalhar de forma estanque, a interação entre todos os componentes curriculares é essencial, utilizando-se dos momentos práticos como reais espaços de vivência e convivência com a população com deficiência.Os professores do curso de graduação necessitam trabalhar conjunta e sinergicamente, oferecendo projetos de extensão e vislumbrando os momentos de prática do curso (estágios, prática como componente curricular, etc) como espaços de experimentação de suas disciplinas. Uma formação alinhada nesse sentido favorece ao acadêmico um olhar integrado da área da Educação Física, a qual demonstra sua grandeza e importância quando entende que não é importante em um segmento sozinha, mas na complementaridade das diversas áreas que a compõem.A partir do exposto, o presente texto não pretende esgotar as possibilidades de trabalho e estratégias utilizadas pelos professores dos cursos de Graduação em EF, mas sim apresentar algumas sugestões de ações que possam nortear a prática pedagógica dos professores que ministram disciplinas que tratam dequestões sobre pessoas com deficiência, diversidade, inclusão e Educação Especial no ensino superior. Assim, espera-se que o texto desperte reflexões que possam contribuir para o avanço dos debates sobre formação inicial de professores e a atuação junto à população com deficiência no campo da Educação Física.
image/svg+xmlPatricia Santos de OLIVEIRA; Jacqueline da Silva NUNES; Josiane Fujisawa Filus de FREITAS e Patricia ROSSI-ANDRIONRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 16| 16REFERÊNCIASALMEIDA, P. P. Esporte paralímpico escolar: a experiência de uma aluna no bocha adaptado.2019.Monografia (Trabalho de Conclusão do Curso de Educação Física) Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2019.BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução n. 6, de 18 de dezembro de 2018. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Educação Física. Brasília, DF: MEC; CNE, 2018a. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2018-pdf/104241-rces006-18/file Acesso em: 16 maio 2021.BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução n. 07 de 18 de dezembro de 2018, do Conselho Nacional de Educação (CNE), estabelece as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira e regimenta o disposto na Meta 12.7 da Lei n. 13.005/14.Brasília, DF: MEC; CNE, 2018b. Disponível em: https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/55877808.Acesso em: 25 maio 2021.CASTRO; M. M. C.; AMORIM, R. M. A. A formação inicial e a continuada:diferenças conceituais que legitimam um espaço permanente de vida. Caderno Cedes, v. 35, n. 95, p. 37-55, abr. 2015.CHICON, J. F.; PETERLE, L. L.; SANTANA, M. A. G. Formação, Educação Física e Inclusão:um estudo em periódicos. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 36, n. 2, supl., p. S830-S845, abr./jun. 2014.COATES, J. K. Teaching inclusively: are secondary physical education student teachers sufficiently prepared to teach in inclusive environments? Physical Education and Sport Pedagogy, v. 17, n. 4, p. 349-365, 2012.DENARI, F. E. Diversidade, deficiência, autonomia escolar:de volta ao começo? In: MARTINS, S. E. S. O. GIROTO, C. R. M.; C.B.G. (org.). Diferentes olhares sobre a inclusão. Marília, SP: Oficina Universitária.DUCHANE, K. A. et al. Pre-service Physical Educator attitude toward teaching students with disabilities. Clinical Kinesiology, v. 3, n. 62, p. 16-20, 2008.FIORINI. M. L. S.; MANZINI, E. J. Inclusão de alunos com deficiência na aula de educação física: identificando dificuldades, Ações e Conteúdos para Prover a Formação do Professor. Rev. Bras. Ed. Esp., Marília, v. 20, n. 3, p. 387-404, jul./set. 2014. DOI: 10.1590/S1413-65382014000300006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbee/v20n3/05.pdf. Acesso em: 30 maio 2021.FREIRE, P. Pedagogia da autonomia:saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 32. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.GILON, F. S.; CARDOSO, A. L. Um olhar sobre a formação em educação inclusiva na matriz curricular do curso de Licenciatura em Educação Física. EFDeportes.com, Revista
image/svg+xmlPossibilidades formativas em Educação Física na perspectiva inclusivaRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 17| 17Digital, Buenos Aires,ano 19. n. 194, jul. 2014. Disponível em: https://efdeportes.com/efd194/educacao-inclusiva-na-matriz-curricular-em-educacao-fisica.htm. Acesso em: 30 maio 2021.GONZAGA, F. S. Festival Paralímpico: a participação dos alunos do curso de Educação Física da UFGD. 2020. Monografia (Trabalho de Conclusão do Curso de Educação Física) Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2020.HODGE, S. R.; TANNEHILL, D.; KLUGE, M. A.Exploring the meaning of practicum experiences for the PETE students. Adapted Physical Activity Quarterly,v. 20, p. 381-399, 2002.JEONG, M. Pre-service Physical Educator attributes and confidence: In teaching individuals with disabilities. Palaestra, v. 27, n. 4, p. 11-13, 2013.KOWALSKI, E. Implementing IEP or 504 goals and objectives into General Physical Education. Journal of Physical Education, Recreation & Dance,v. 76, n. 7, p. 3-37, 2005.KWON, E. H. Status of introductory APE course and infusion in PETE program. Palaestra, v. 32, n. 1, p. 32-39, 2018.LAYNE, T. E.; BLASINGAME, J. Analysis of a physical education teacher education field experience of working one-on-one with students with severe and profound. The Physical Educator, v. 75, p. 683-700, 2018.LOUZADA, J. C. A. Inclusão educacional: Em foco a formação de professores de Educação Física. 2016. 127 f. Dissertação (Mestrado em Educação) Faculdade de Filosofia e Ciência, Universidade Estadual Paulista, Marília, SP, 2016.LYTLE, R. K. Teaching collaboration and consultation skills to preservice adapted physical education teachers. Journal of Physical Education, Recreation & Dance,v. 74, n. 5, p. 49-53, 2003.MAHL, E. Programa de formação continuada para professores de Educação Física:Possibilidades para a construção de saberes sobre a inclusão de alunos com deficiência. 2016. 268f. Tese (Doutorado em Educação Especial) Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP, 2016.MELO, F. P; MUNSTER, M. A. Handebol em cadeira de rodas: caminhos percorridos pelo PROAFA/ UFSCar. Revista Adapta, Presidente Prudente, v. 10, n. 1, p. 35-40, jan./dez. 2014.MUNSTER, M. A. et al.Plano de ensino individualizado aplicado à educação física: validação de inventário na versão em português. Revista da Sobama, Marília, v. 15, n. 1, p. 43-54, jan./jun. 2014. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/sobama/article/view/4186. Acesso em: 20 maio 2021.NARDO, M. et al.Attitudes of preservice physical educators toward individuals with disabilities at University Parthenope of Napoli. Acta Gymnica, v. 44, n. 4, p. 211-221, 2014.
image/svg+xmlPatricia Santos de OLIVEIRA; Jacqueline da Silva NUNES; Josiane Fujisawa Filus de FREITAS e Patricia ROSSI-ANDRIONRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 18| 18NUNES, J. S. Formação de professores de educação física para a educação inclusiva: práticas corporais para crianças autistas.2019.221 f. Tese (Doutorado em Educação e Diversidade) Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2018.OLIVEIRA, P. S.; MUNSTER, M. A. Consultoria colaborativa como estratégia para inclusão de estudantes comdeficiência no contexto escolar. In: ALVES, M. L. T.; FIORINI, M. L; JUNIOR, R. V. (org.) Educação Física, Diversidade e Inclusão: Debates e práticas possíveis na escola.Curitiba: Appris, 2019.OLIVEIRA, P.S. Consultoria colaborativa como estratégia para promover inclusão escolar em aulas de educação física. 2018. 182 f. Tese (Doutorado em Educação Especial) Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP, 2018.PLETSCH, M. D. A formação de professores para a educação inclusiva: legislação, diretrizes políticas e resultados de pesquisas. Educ. rev., Curitiba, n. 33, p. 143-156, 2009. DOI: 10.1590/S0104-40602009000100010. Disponível em: https://www.scielo.br/j/er/a/VNnyNh5dLGQBRR76Hc9dHqQ/abstract/?lang=pt. Acesso em: 06 maio 2021.RODRIGUES, B. M. A. Uma vivência de vôlei sentado na educação física escolar. 2019.Monografia (Trabalho de Conclusão doCurso de Educação Física) Universidade Federal da Grande Dourados, MS, 2019.RODRIGUES, D; LIMA-RODRIGUES, L. Educação Física: formação de professores e inclusão. Práxis Educativa, Ponta Grossa, v. 12, n. 2, p. 317-333, maio/ago. 2017. Disponível em: http://www.revistas2.uepg.br/index.php/praxiseducativa.Acesso em: 06 jun. 2021.ROSSI-ANDRION, P. VILARONGA C. A. R.; MUNSTER, M. A. Formação Profissional Inicial em Atividade Física Adaptada: Análise da produção científica Internacional. Movimento, Porto Alegre, v. 25, e25056, 2019.ROSSI-ANDRION, P.; MUNSTER, M. A. Formação profissional em Educação Física Adaptada: um estudo de caso. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL, 8.,2013, Londrina. Anais[...].Londrina, PR, 2013.ROSSIANDRION, P.; MUNSTER, M. A. Formação inicial em educação física na perspectiva Inclusiva: A percepção de licenciandos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL, 7., 2019, Bauru. Anais[...]. Bauru, SP: UNESP, 2019. Tema: Educação pública como direito: desafios e perspectivas no Brasil Contemporâneo.SALERNO, M. B. et al. Formação profissional em educação física: questionamentos sobre inclusão educacional. In: GAIO, R.; SEABRA JUNIOR, L.; DELGADO, M. A. (org.) Formação profissional em Educação Física. 1. ed. Jundiaí, SP: Fontoura, 2013. p. 190-206.SALERNO, M. B. et al. O conceito de inclusão de discentes de educação física de universidades públicas do estado de são paulo no contexto social da sua prática. Movimento, Porto Alegre, p. 721-734, set. 2018. ISSN: 1982-8918. DOI: 10.22456/1982-8918.78055. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/Movimento/article/view/78055. Acesso em: 31 out. 2020.
image/svg+xmlPossibilidades formativas em Educação Física na perspectiva inclusivaRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 19| 19SILVA, C. S.; DRIGO, A. J. Educação Física Adaptada:Implicações curriculares e formação profissional. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012.TINDALL, D. Pre-service teachers' attitudes towards childrens with disabilities: An Irish perspective. European Physical Education Review, v. 21, n. 2, p. 206-221, 2015. DOI: 10.1177/1356336X14556861. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/1356336X14556861. Acesso em: 20 maio 2021.VICKERMAN, P.; COATES, J. K. Trainee and recently qualified physical education teachers’ perspectives on including children with special educational needs. Physical Education and Sport Pedagogy,v. 14, n. 2, p. 137-153, 2009.WILKINSON, S. et al. Student teacher experiences in a service-learning project for children with attention-deficit hyperactivity disorder. Physical Education and Sport Pedagogy, v. 18, n. 5, p. 475-491, 2013.WOODRUFF, E. A.; SINELNIKOV, O. A. Teaching young adults with disabilities through service learning. European Physical Education Review, v. 21, n. 3, p. 292-308, 2015. DOI: 10.1177/1356336X14564171. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/1356336X14564171?journalCode=epea. Acesso em: 20 maio 2021.
image/svg+xmlPatricia Santos de OLIVEIRA; Jacqueline da Silva NUNES; Josiane Fujisawa Filus de FREITAS e Patricia ROSSI-ANDRIONRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 20| 20Sobre asautorasPatricia Santos de OLIVEIRAUniversidade Federal de São Carlos (UFSCAR).Jacqueline da Silva NUNESUniversidade da Grande Dourados (UFGD).Josiane Fujisawa Filus de FREITASUniversidade da Grande Dourados (UFGD).Patricia ROSSI-ANDRIONUniversidade Federal de São Carlos (UFSCAR).Processamento e edição: Editora Ibero-Americana de Educação.Correção, formatação, normalização e tradução.
image/svg+xmlRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2,e021032, 2021.e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 1| 1TRAINING POSSIBILITIES IN PHYSICAL EDUCATION IN THE INCLUSIVE PERSPECTIVEPOSSIBILIDADES FORMATIVAS EM EDUCAÇÃO FÍSICA NA PERSPECTIVA INCLUSIVAPOSIBILIDADES DE FORMACIÓN EN EDUCACIÓN FÍSICA EN LA PERSPECTIVA INCLUSIVAPatricia Santos de OLIVEIRAFederal University ofSão Carlos (UFSCAR)e-mail: patriciagorup@gmail.comJacqueline da Silva NUNESFederal University ofGrande Douradose-mail: jacquelinenunes@ufgd.edu.brJosiane Fujisawa Filus de FREITASFederal University ofGrande Douradose-mail: josianefffreitas@ufgd.edu.brPatricia ROSSI-ANDRIONFederal University ofSão Carlos (UFSCAR)e-mail: patriciarossi.pr@hotmail.comHow to refer to this articleOLIVEIRA, P. S. de; NUNES, J. S.; FREITAS, J. F. F.; ROSSI-ANDRION, P. Training possibilities in Physical Education in the inclusive perspective.Revista Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258X. DOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490Submitted: 19/05/2021Revisions required: 22/07/2021Approved: 17/09/2021Published30/11/2021
image/svg+xmlPatricia Santos de OLIVEIRA; Jacqueline da Silva NUNES; Josiane Fujisawa Filus de FREITAS andPatricia ROSSI-ANDRIONRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 2| 2ABSTRACT:The present work is the result of the extension course ‘Body, Human Educationand Society’, and aimed to reflect on the initial educationof the Physical Education teacher to work with people with disabilities. Thus, from a theoretical essay, the authors begin by reflecting on the theme of the Body, Human Educationand Society and its intersection with the initial educationof Physical Education teachers, where concepts, theoretical bases and recent research in initial educationin the area. Finally, possibilities and strategies to train teachers sensitive to the theme of inclusion are presented. Such suggestions result from course completion works, case reports and the researchers' didactic experiences and was organized according to the folowing axes: experiences in supervised internships, university extension and training to work in the perspective of collaborative work.KEYWORDS:Physical Education. Teacher training. People with disabilities. Adapted physical activity.RESUMO:O presente trabalho é resultado dos desdobramentos do curso de extensão Corpo, Formação Humana e Sociedade, e teve como objetivo refletir sobre a formação inicial do professor de Educação Física para atuar junto às pessoas com deficiência. Assim, a partir de um ensaio teórico, as autoras iniciam refletindo sobre a temática do corpo, formação humana e sociedade e sua intersecção com a formação inicialde professores de Educação Física a partir das quais são apresentadas conceituações, bases teóricas e pesquisas recentes em formação inicial da área. Para finalizar, são apresentadas possibilidades e estratégias para formar professores sensíveis à temática da inclusão. Tais sugestões resultam de trabalhos de conclusão de curso, relatos e das experiências didáticas das pesquisadoras e estão organizadas a partir dos eixos: experiências nos estágios supervisionados, extensão universitária e formação para atuar na perspectiva do trabalho colaborativo.PALAVRAS-CHAVE:Educação Física. Formação inicial. Pessoas com deficiência. Atividade física adaptada.RESUMEN:El presente trabajo es fruto del curso de extensión Cuerpo, Formación Humana y Sociedad, y tuvo como objetivo reflexionar sobre la formación inicial del docente de Educación Física para trabajar con personas con discapacidad. Así, a partir de un ensayo teórico, los autores comienzan reflexionando sobre el tema del cuerpo, la formación humana y la sociedad y su intersección con la formación inicial de los docentes de Educación Física, donde se encuentran conceptos, bases teóricas e investigaciones recientes en formación inicial en el área. Finalmente, se presentan posibilidades y estrategias para formar docentes sensibles al tema de la inclusión. Tales sugerencias son el resultado de trabajos de finalización de cursos, informes y experiencias didácticas de los investigadores y se organizan según los temas: experiencias en pasantía supervisadas, extensión universitaria y formación para actuar en la perspectiva del trabajo colaborativo.PALABRAS CLAVE:Educación Física. Formación inicial. Personas con deficiencia. Actividad física adaptada.
image/svg+xmlTraining possibilities in Physical Education in the inclusive perspectiveRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 3| 3IntroductionThis article is part of the collective construction promoted by the Body Extension, Human education and Society Course, organized by the research groups Laboratory of Body Studies -LEC/Unespar and The Study and Research Group on Body Language and Diversity -GEPL/UFGD. The course was structured by six modules that dealt with themes that promoted dialogues and interinstitutional reflections about the different conceptions of thinking the body, Human education and society and its consequences in contemporary body practices. In this sense, this studyaddresses the theme proposed from the perspective of Initial Training in Physical Education (EF) to work with people with disabilities.Thinking about Physical Education in this perspective leads us to reflect on various concepts, approaches, authors, however, in common agreement, we understand that the area is tied to the perspective of inclusion in its different scopes and, therefore, should be thought of in its entirety. When discussed under the gaze of Human education, of the construction of society, we need to consider anyone and everyone in their integrity, regardless of physical or intellectual conjunctures.For Denari (2013),by including it is necessary to take into account the possibility of developing according to their attitudes and skills directed to their insertion in society. As part of the educational system, its existence is closely linked to values and virtues, such conditions that make education an inexhaustible source to improve the quality of life of people in search of autonomy. The author elucidates what we believe to be a path for the common good:[...] in its most comprehensive sense, education guaranteed by law, must permeate, first, the principles of equity and quality. Secondly, it should promote the development of educational projects based on the pillars of democratic experience and respect for diversity, in these projects, the presence and involvement of all teachers, students, school staff, families, and the social community where the school is included is essential (DENARI, 2013, p. 17, our translation).However, casting our views on this makes us exercise the ability we have as educators to modify our own attitudes in educational action. According to Freire (1996), it is necessary to know how to listen to the other and to have coherence between discourse and action.It's listening that we learn to talk to them. Only those who listen patiently and critically to the other, speak to him, even in which, under certain conditions, need to speak to him [...] if I discriminate against the poor boy or girl, the girl or black boy, the Indian boy, the rich girl, if I discriminate against the woman, the peasant, the working-class, I can not evidently listen to them and if I do not listen, I can not talk to them, but to them, from top to bottom (FREIRE,
image/svg+xmlPatricia Santos de OLIVEIRA; Jacqueline da Silva NUNES; Josiane Fujisawa Filus de FREITAS andPatricia ROSSI-ANDRIONRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 4| 41996, p. 127-136, our translation). Nunes (2019) points out in his thesis that this appropriation of the teacher, with regard to understanding the subject, to adapt resources and supply educational needs, reminds us of the thought of Paulo Freire (2002) that it is necessary to perceive the particularities in totality, because no fact is justified by itself, isolated from the social context by which it was generated and develops. To look at inclusion is to understand what Freire (2002, p. 24, our translation), "[...] no one educatesanyone, no one educates himself, men educate themselves, mediated by the world".In this way, we reflect on the central theme of this dossier, in which Human education, the body and society must be thought together. When looking at the educational potentialities that inclusive body practices aggregate and the complexity of the inclusion theme, we feel the need to establish a dialogue between initial training in Physical Education, inclusion of people with disabilities in physical activities, and the formative possibilities in undergraduate courses in Physical Education.This context specifically refers us to the area of Adapted Physical Activity, and the body in motion is understood as an object of education, we believe in its potentiality to promote the exercise of empathy, making teachers able to put themselves in the place of their students, understand their difficulties and needs. Nunes (2019, p. 24, our translation) in his research points out that: "The body, understood here as the totality of man and not only biological, is capable of providing affective and intellectual development, beyond physical development".Thus, it is necessary to rethink the initial training of the Physical Education teacher in order to build favorable attitudes towards inclusion, break with the aitudinal barriers and provide subsidies so that future professionals can commit to planning and promoting physical and sports activities for all their students, especially those with some type of disability. In this sense, Fiorini and Manzini (2014) indicate, from their research, the importance of promoting the education of the Physical Education teacher contemplating the inclusion of students with disabilities, based on initiative from different areas, such as higher institutions, municipal departments of education and public policies.Thus, the present theoretical essay aims to reflect on the initial training of the Physical Education teacher to work with people with disabilities, and to present possibilities and strategies to address this theme in the disciplines of the undergraduate course in Physical Education.To this end, from the above, we will first reflect on the importance of initial training of
image/svg+xmlTraining possibilities in Physical Education in the inclusive perspectiveRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 5| 5Physical Education teachers from the perspective of Inclusive Education, seeking to conceptualize this problem, evidencing the historical trajectory, and discuss with recent research, in search of rethinking the importance of advancing in formative processes that consider, in contemporary times, diversity, inclusion and participation of all.To end the debate, we seek to reflect on the formative possibilities in Physical Education: experiences from the perspective of inclusion.The objective of this axis was to present teaching strategies that would contribute to the strengthening of favorable attitudes towards the inclusion of people with disabilities in the initial training process of the Physical Education teacher.Initial training of Physical Education teachers from the perspective of Inclusive EducationIn Brazil, the initial training of Physical Education teachers occurs through undergraduate higher education courses, with qualification in the areas of bachelor's or bachelor's degree (BRASIL, 2018a). In recent years, the initial training of physical education teachers has undergoing several advances, especially with regard to legislative aspects and standardization of training guidelines related to working with people with disabilities.The most current legislation, related to the National Curriculum Guidelines of Undergraduate Courses in Physical Education (BRASIL, 2018a), represents an advance in the training of graduates and graduates in Physical Education to work with people with disabilities since it legitimizes, as well as in previous versions, the need for disciplines that deal with the characteristics, methodological aspects and teaching and learning of people with disabilities. In that document, "Training for professional intervention for persons with disabilities must be covered in both stages and training of both bachelor's and bachelor's degrees" (p. 2, our translation).However, Pletsch (2009) points out that the lack of preparation and information prevents the teacher from developing a pedagogical practice that is attentive to the needs of students with disabilities. Thus, the author evaluates that the lack of preparation and lack of knowledge are directly related to the training or training received in the teacher's training process.Gilon and Cardoso (2014) conducted a research with the objective of analyzing the curricular matrix of the Physical Education Course in Bachelor's Degree at a university in Brazilin relation to training for inclusive education. From the analysis of the teaching plans of disciplines in the area of knowledge related to the teaching of sports modalities (Game; Sport; Fights; Gymnastics and Dance), the authors concluded that there is a gap in the articulation of
image/svg+xmlPatricia Santos de OLIVEIRA; Jacqueline da Silva NUNES; Josiane Fujisawa Filus de FREITAS andPatricia ROSSI-ANDRIONRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 6| 6sports teaching and the problem of inclusive education in that university, since no reference to the public with disabilities or special needs was found in the teaching plans.In this sense, for Rodrigues and Lima-Rodrigues (2017) there are two main models of curriculum matrix of teacher training to act in the perspective of inclusion, the traditional model and the infusion model: In the traditional model, the curricular matrix of higher education courses is structured so that, throughout the training process, the student has only one or two specific disciplines with the objective of providing knowledge about the characteristicsof the student with disabilities, teaching and learning processes and specific methodological aspects (RODRIGUES; LIMA-RODRIGUES, 2017). In the "infusion" model, the curricular organization of contents related to the education of students with disabilities and or special educational needs (NEE) is approached by all disciplines in a transversal way (KOWALSKI, 1995). That is, in this model, the questions related to the characteristics of studentswith disabilities, teaching and learning, and specific methodological strategies are decentralized and are contents addressed in most of the disciplines that make up the curricular matrix of the course.From the above, although most physical education teacher training courses take the traditional matrix as a principle, it is essential to rethink the importance of moving forward in search of formative processes that consider the diversity, inclusion and participation of all. To this end, an infusion training model, in which most disciplines direct part of the content to address the theme of people with disabilities, seems to more effectively bring together the skills and competencies of a Physical Education teacher to act from the perspective of the inclusion of people with disabilities.With regard to the field of research, initial professional training is a recurring theme in national and international research involving Adapted Physical Activity (AFA), because it is based on these studies that we can understand how such action happens, what are the advances, limitations and how it can interfere in the future performance of the Physical Education Professional (EF) in the face of the inclusion process (MAHL, 2016; LOUZADA, 2016).In this context, national studies demonstrate the unpreparedness in dealing with people with disabilities due to the lack of practical experiences, the precariousness of supervised internship, dissociation between theory and practice and lack of interdisciplinarity in higher education courses in PE, causing insecurity and difficulties for professional performance, both by recent graduates and by teachers who already work in the area (CHICON; PETERLE; SANTANA, 2014; ROSSI-ANDRION; VILARONGA; MUNSTER, 2019).In a literature review study conducted by Rossi-Andrion, Vilaronga and Munster (2019),
image/svg+xmlTraining possibilities in Physical Education in the inclusive perspectiveRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 7| 7the authors present results that students who are in initial training in EF do not feel prepared to work with people with disabilities and/or any other Special Educational Need (NEE) along the inclusion process, being highlighted, mainly, the little direct contact with this public along the journey of these higher education courses, offering little practical experience.Research developed in Brazil, USA, UK and Italy conclude so important in opportunities to opportunist more practical experiences involving the public of Special Education during the initial training process in EF, because it is from it that direct interpersonal contact occurs in a real environment, positively influencing the attitudes and feelings of undergraduatestudents to act in the inclusion process (ROSSI-ANDRION, VILARONGA; MUNSTER, 2019).This practical experience is related to activities that students can closely monitor and experience the work done with people with disabilities, ASD (Autism Spectrum Disorder), TDAH (Attention Deficit Hyperactivity Disorder), Giftedness and other Special Educational Needs, such as, for example, supervised internships on and off the university campus, curricular internships in regular schools and Special Education; extension projects and community projects involving this population.It would be important that supervised internships, both in regular schools that serve the public of Special Education and in Special Education schools, were incorporated and opportunistic during graduation, so that they couldoffer students in their initial training in EF adequate training, providing more knowledge and greater preparation about the inclusion process, with a consequent increase in the quality of teaching for all (HODGE; TANNEHILL; KLUGE, 2002; VICKERMAN; COATES, 2009; JEONG, 2013; WILKINSON et al., 2013; NARDO et al., 2014; TINDALL et al., 2015).In addition to curricular internships, it is emphasized that personal experiences prior to the beginning of initial training, such as having family members and/or friends with disabilities and/or attending internships in AFA outside the curriculum in establishments other than the university, are important factors that can also lead to an improvement in feeling about future performance in the face of inclusion. After all, professional training, in addition to involving a solid basic curricular training, which associates theory and practice through supervised internships, still involves the previous and personal experiences of each FS student from other educational institutions and other activities (CASTRO; AMORIM, 2015; DUCHENE et al.,2018).These academic and personal practical experiences positively influence the following attitudes of students in their initial training in EF: the change of discourse about inclusion,
image/svg+xmlPatricia Santos de OLIVEIRA; Jacqueline da Silva NUNES; Josiane Fujisawa Filus de FREITAS andPatricia ROSSI-ANDRIONRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 8| 8seeking equity during classes; the reduction of the pre-concept, leaving the disability aside and emphasizing the functionality to meet the needs of each student in the inclusive environment; and the development of appropriate relationships and communication both when working with the public in question as well as with professionals from otherareas with a focus on interdisciplinarity (WOODRUFF; SINELNIKOV, 2015).Studies state that when there is practical experience on disability and other SEN, better academic preparation and contact with more content specifically involving AFA during initial training, better academically prepared the undergraduates will be to act in the inclusion process, resulting in increased confidence, improved communication with students with disabilities and other professionals (such as regular classroom teachers, directors and assistants) for an inter/multidisciplinary work and the reduction of uncertainties when working with this public (HODGE et al., 2002; DUCHANE et al. 2008; NARDO et al., 2014).In addition to this attention to practical experiences, it is also important to provide the association of theory with practice during initial training courses in E, being this action a relevant factor that should occur along with such experiences, providing improvement in teaching competence and increased understanding of the inclusive process, offering increased knowledge and awareness on the subject (COATES, 2012).However, there is still an overlap from theory to practice. In order to happen this association in an appropriate and balanced manner, the time spent on practical activities during initial training in E should be greater than what is currently the case, directed to activities in the field, so that there is an increase in instruction time to provide the improvement of confidence and enthusiasm in the students of the initial training programs in Eand and thus, consequently, improve education when working with students with disabilities (LAYNE; BLASINGAME, 2018).Together with the development of theory associated with practice, there is the importance of offering students the infusion of knowledge among other curricular disciplines throughout the initial training courses, other than just the discipline of AFA. However, there is little supply of disciplines that involve the AFA specifically and disciplines that interface with this area, which results in the scarcity of theoretical and practical knowledge. Thus, it would be important to defend the infusion of knowledge about disability in other disciplines, because this andmovement could favor discussions, simulations,equipment, modifications and teaching and knowledge strategies regarding the inclusion process (KWON, 2018).One of the ways to understand these gaps, regarding practical experiences in supervised internships and infusion of knowledge and association of theory and practice, is to analyze the
image/svg+xmlTraining possibilities in Physical Education in the inclusive perspectiveRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 9| 9curriculum of higher education institutions. Unfortunately, national and international studies present data that there are no curricular standards to make future professionals prepared to work in AFA, with no design of how curricula are conducted, with a gap between initial training about the contexts of diversity and inclusion, school reality and dissociation between theory and practice (SILVA; DRIGO, 2012; LOUZADA, 2016; MAHL, 2016 ROSSI-ANDRION; MUNSTER, 2019).In Brazil, even the higher courses of EF presenting structural and curricular conditions to meet the demands of inclusion and being mandatory the afa discipline in the curriculum, there is still reduced workload and few disciplines that perform the interface /interdisciplinarity with the AFA (ROSSI-ANDRION; MUNSTER, 2013; ROSSI-ANDRION; MUNSTER, 2019). Thus, in addition to increasing the workload for this area, it would also be important to have interdisciplinarity between the AFA and the other disciplines, greater articulation between teaching, extension and research activities, and greater approximation with the curricular internship in the context ofthe inclusion process.The compilation of these national and international researches demonstrated that practical experience is the main responsible for relating several strands to a better initial training, because it is the experiences through internships in real environments (which should be more opportunistic) together with the theory, which positively interfere in the attitudes and feelings of students, making them prepared for action for inclusion. It would be very important for initial training courses in Physical Education to give opportunities and further to the contents of the AFA, the infusion of knowledge and interdisciplinarity throughout the course and not only offer isolated disciplines with little practical intervention.In view of all the above, the initial training based on interdisciplinarity and the infusion of knowledge is defended, in which each discipline of the curriculum of the Physical Education course develops issues involving students with disabilities and the inclusion of these in society.Formative possibilities in Physical Education: experiences from the perspective of inclusionThe aim of this topic is to present teaching strategies that contribute to the strengthening of favorable attitudes towards the inclusion of people with disabilities in physical activities. Research in the area, such as those published by Rossi-Andrion and Munster(2019); Salerno et al.(2013), and the years of practice in Higher Education allow us to indicate that the greatest difficulties of undergraduates in relation to inclusion refer to lack of knowledge, as well as the
image/svg+xmlPatricia Santos de OLIVEIRA; Jacqueline da Silva NUNES; Josiane Fujisawa Filus de FREITAS andPatricia ROSSI-ANDRIONRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 10| 10lack of contact and coexistence with this population.As presented in the previous topic, the curricular structure of undergraduate courses does not meet such a difficulty, since most physical education courses are intended only an isolated discipline to deal with these issues and, often, this is restricted only to theoretical knowledge about disabilities and their classifications. As a result, the concepts and pre-concepts related to this population continue to limit the practice of the future physical education teacher, who, in many cases, do not have contents and experiences during graduation that allow him to think and experience in practice diversity and differences (SALERNO et al.,2013).As discussed earlier, in order to overcome this limitation, initial training courses need tooffer more moments of coexistence with people with disabilities, in which students can put into practice what they study in theory. In a recent study, Salerno et al.(2018) point out that, in several locations in Brazil, undergraduate courses in Physical Education began to incorporate the different human dimensions as foundations for inclusive discussion, such as social, cultural, educational and psychological, reaching more meaningful understandings by students about the issue, as well as an initial, although discreet, approach to theory with practice through the implementation of actions, such as visits to specialized institutions and inclusive regular schools, practical simulation classes or with the participation of students with special educational needs.The approximation between theory and practice needs to be a fundamental point when it comes to training with a view to the inclusion of people with disabilities. Visits to institutions, supervised internships, extension projects, practical classes with children with disabilities, provide contact with this population and help in breaking the stigma present in society, which refers to the incapacity of people with disabilities.Thinking of contributing more clearly and objectively with initial trainingcourses, the following are the experiences that favor the strengthening of the theory and practice relationship through experiences with the public with disabilities.Supervised internship experiencesSupervised internship is a very rich space for exploring experiences with people with disabilities. Especially in school, it is common to find children with disabilities included in regular classes, and, therefore, all subjects of the course could be involved with supervised internship being important to raise practical activities and further reflection on the performance with inclusion.
image/svg+xmlTraining possibilities in Physical Education in the inclusive perspectiveRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 11| 11Rodrigues (2019) allied the knowledge of the discipline of Adapted Education where he met about Paralympic sports and had the curiosity to apply an experience of volleyball sitting in his supervised internship in elementary school. The experience was reported in the course conclusion work and the main objective of the research was to verify the perception of children and adolescents from 9 to 15 years of age about the modality Voleibol Sitting in the physical education class of a public school in the municipality of Vicentina-MS. This was a qualitative field research, in which 71 students from the 6th to 9th grade of Elementary School II, from the school, who answered a questionnaire after participating in a class on the content sat volleyball, participated in the 6th to 9th grade of elementary school.It was found that the activity performed presented good acceptability, children and adolescents from 9 to 14 years old were able to experience a sitting volleyball class, a modality very close to that they already know. The difficulties, when performing the fundamentals of the sport in the sitting position, favored that students without disabilities experienced the movementsused by people with physical disabilities and perceived the possibilities of practice, even with physical limitations. It was concluded that the students' perception of the experience of sitting volleyball was positive and covered not only the practice, but also the feeling of otherness on the part of the students making them reflect on how the person with disabilities can be included in this field of sports and physical education classes.It is noteworthy that the practice of Paralympic modalities in School Physical Education is not common, so it is opportunistic to children without disabilities to put themselves in the place of those with disabilities can provide a moment of reflection on the condition of the other and, thus, bring up the feeling of otherness. Therefore, not only the discipline of Adapted Physical Education, but all the others of the initial training course, could deal with their adapted or Paralympic practice, so that the undergraduate realizes that every movement can be thought and adapted to the potentialities of any individual.The approach with people with disabilities during the supervised internship led to Almeida's research (2018), because it was during the internship at a school that he met an adapted bocce athlete. The student with cerebral palsy was "discovered" in the school physical education class and began training with the city's Paralympic team. The objective of Almeida's research (2018) was to know the practice of adapted bocce performed by the wheelchair student.Througha case study, the investigation revealed that the 14-year-old girl had been practicing bocce for 2 years, but before that she had never practiced any sports.According to Almeida (2018), the student stresses that competing in this modality makes her feel happy and important. The student's teacher and coach highlighted the progress in the
image/svg+xmlPatricia Santos de OLIVEIRA; Jacqueline da Silva NUNES; Josiane Fujisawa Filus de FREITAS andPatricia ROSSI-ANDRIONRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 12| 12technical and personal development of the student, citing, for example, the fact that d and the student show more uninhibited interpersonal relationships. In addition, the practice of the sport allowed the studentto travel without the presence of her parents for championships, moments that required her responsibility, autonomy and independence, strengthening her safety and self-esteem.It can be seen how much supervisedinternship contributes significantly to training with a view to the inclusion of people with disabilities, however, we highlight that the orientation of this process should be organized in order to raise such experiences. That is, the subjects attended concomitantly with the supervised internship can work together, using the stage moment as a space for exploration of the contents worked in the other disciplines.University ExtensionIn addition to the supervised internship, a strong ally of initial training in Physical Education is the University Extension. Projects and extension events bring together the community and are excellent moments of coexistence and practice with people with disabilities. An example of this is highlighted in the research by Gonzaga (2020),which aimed to describe the participation of students of the Physical Education course in the Event Paralympic Festival 2019. This event takes place annually throughout Brazil and, in 2019, was held in 70 cities and, for the second time, it also took place in the municipality of Dourados-MS.The research showed that the majority of the participating group did not have difficulties to perform their functions in the event and did not have difficulties in interacting with the participating children, that is, the paradigm that working with this population requires a specialized qualification and that, therefore, it would be more difficult for the undergraduate student, was overcome. The group perceived the experience in the event as positive, because the experience resulted in knowing better the population with disabilities, knowing Paralympic sports and visualizing the potential of children with disabilities for the practice of physical activity.Melo and Munster (2014) report the experience of the Program of Physical, Sports and Leisure Activities Adapted to People with Disabilities -PROAFA developed by the Department of Physical Education and Human Motricity of the Federal University of São Carlos -DEFMH/UFSCar. PROAFA was created in 2006 and is configured as a university extension project and comprises physical, sports and leisure activities aimed at people with disabilities. The project has the participation of undergraduate students in Physical Education and graduate
image/svg+xmlTraining possibilities in Physical Education in the inclusive perspectiveRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 13| 13students (master's and doctorate) in Special Education. Throughout its history, PROAFA has been developing several activities, among them, adapted swimming and wheelchair handball. This extension project contributes to the quality of the training of students of the Physical Education Course of UFSCar and to the development of studies/investigations related to the area of Physical Activity and Adapted Sports. Rossi and Munster (2019) reported the impacts of the participation of undergraduatestudents in PROAFA and other university extension projects and highlighted that they considered important participation in the projects, as it expanded knowledge and provided a broader and deeper professional training in relation to the process of inclusion of people with disabilities insociety.It is believed that these spaces of experience and contact that the events and extension projects provide are fundamental for initial training in Physical Education. It is also noteable that with the implementation of the curricularization of theextension (BRASIL, 2018b), Resolution n.07 of December 18, 2018, the workload of extension activities gains prominence in the course matrix and can be used as an important training space from an inclusive perspective.Training to act from the perspective of collaborative workIn a research conducted by Oliveira (2018),the author highlights the need to train Physical Education teachers capable of working collaboratively in inclusive contexts. The same author points out that collaborative work can be understood as "collaborative actions that can be constructed between teachers and their peers" (p. 15, our translation). Therefore, it is important to include strategies that stimulate training for collaborative action in disciplines directed to work with people with disabilities in the initial training curriculum in EF.In this direction, the authors Lytle et al.(2003) highlight the simulation of the completion of the Individualized Teaching Plan (PEI-EF) as one of the training strategies for collaboration. The Individualized Teaching Plan (Pei) is an official document that aims to establish an action plan for teachers and specialists who care for children with disabilities (KOWALSKI et al.,2005). In Physical Education, the EIP can be constituted as a tool that guidelines the pedagogical practices of these teachers based on the objectives and learning goals established collaboratively. The PEI-EF model can be found in the article published by Munster et al.(2014).Thus, the simulation of the filling of the EIP can be performed in several ways; oneof the possible ways is to divide the students into small working groups, with the task of filling
image/svg+xmlPatricia Santos de OLIVEIRA; Jacqueline da Silva NUNES; Josiane Fujisawa Filus de FREITAS andPatricia ROSSI-ANDRIONRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 14| 14out the EIP based on a hypothetical situation/ teaching case previously elaborated by the teacher of the discipline.Another strategy suggested by Lytle et al.(2003) is the elaboration of a script and application of an interview with teachers and professionals from other areas, who can act collaboratively with the area of Physical Education in various contexts, such as teachers of Special Education, Physiotherapists, Occupational Therapists, among others. The author suggests that the interview be conducted by the students and conducted with different professionals and that the result be shared later with everyone in the class. For the elaboration of the script, the authors suggest questions that address experiences and professional training, strategies to make work more efficient; opinion of the interviewees about the skills and competencies to work in the area; Strategies that were developed by the professional to work effectively with other professionals in a multidisciplinary manner; Strategies that the professional/teacher has been developing to work with other professionals, among others.Thus, promoting training strategies to act collaboratively in physical education course disciplines, which address the pedagogical didactic aspects of working with people with disabilities in the context of inclusion, can be an opportunity to promote formative processes that stimulate reflection on the need to plan andcreate action plans that meet the individual needs of students with disabilities. Moreover, these strategies may contribute to the education of EF teachers prepared for interdisciplinary action, guided by collective dialogue and the problem solving process.Final considerationsThis theoretical essay aimed to reflect on the initial training of the Physical Education teacher to work with people with disabilities. From the above, the text presented here exposes the need to rethink the training of physicaleducation teachers to work with people with disabilities, especially with regard to the organization of the courses, strongly suggesting the organization of their curriculum from the "infusion" model.Therefore, we highlight that the undergraduate course needs to make efforts to organize its curriculum for a training with inclusive views. Disciplines cannot work in a watertight way, the interaction between all curricular components is essential, using practical moments as real spaces of experience and coexistence with the population with disabilities.The professors of the undergraduate course need to work jointly and synergistically, offering extension projects and envisioning the moments of practice of the course (internships,
image/svg+xmlTraining possibilities in Physical Education in the inclusive perspectiveRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 15| 15practice as a curricular component, etc.) as spaces of experimentation of their disciplines. An education aligned in this sense favors the academic an integrated view of the area of Physical Education, which demonstrates its greatness and importance when it understands that it is notimportant in a segment alone, but in the complementarity of the various areas that compose it.From the above, this text does not intend to exhaust the possibilities of work and strategies used by teachers of undergraduate courses in E, but to present some suggestions for actions that can guide the pedagogical practice of teachers who teach disciplines that deal with issues about people with disabilities, diversity, inclusion and Special Education in higher education. Thus, it is expected that the text will awaken reflections that can contribute to the progress of debates on initial teacher education and the performance with the population with disabilities in the field of Physical Education.REFERENCESALMEIDA, P. P. Esporte paralímpico escolar: a experiência de uma aluna no bocha adaptado.2019.Monografia (Trabalho de Conclusão do Curso de Educação Física) Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2019.BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução n. 6, de 18 de dezembro de 2018. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Educação Física. Brasília, DF: MEC; CNE, 2018a. Available: http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2018-pdf/104241-rces006-18/file Access: 16 May2021.BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução n. 07 de 18 de dezembro de 2018, do Conselho Nacional de Educação (CNE), estabelece as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira e regimenta o disposto na Meta 12.7 da Lei n. 13.005/14.Brasília, DF: MEC; CNE, 2018b. Available: https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/55877808.Access: 25 May2021.CASTRO; M. M. C.; AMORIM, R. M. A. A formação inicial e a continuada:diferenças conceituais que legitimam um espaço permanente de vida. Caderno Cedes, v. 35, n. 95, p. 37-55, abr. 2015.CHICON, J. F.; PETERLE, L. L.; SANTANA, M. A. G. Formação, Educação Física e Inclusão:um estudo em periódicos. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 36, n. 2, supl., p. S830-S845, abr./jun. 2014.COATES, J. K. Teaching inclusively: are secondary physical education student teachers sufficiently prepared to teach in inclusive environments? Physical Education and Sport Pedagogy, v. 17, n. 4, p. 349-365, 2012.
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image/svg+xmlTraining possibilities in Physical Education in the inclusive perspectiveRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490| 19| 19About the authorsPatricia Santos de OLIVEIRAFederal University of São Carlos (UFSCAR).Jacqueline da Silva NUNESFederal University of Grande Dourados (UFGD).Josiane Fujisawa Filus de FREITASFederal University of Grande Dourados (UFGD).Patricia ROSSI-ANDRIONFederal University of São Carlos (UFSCAR).Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.Correction, formatting, normalization, and translation.