A face da modernização “sobre-exploração e restrição ao acesso”
uma proposta de compreensão da desterritorialização dos pesqueiros tradicionais a partir do diálogo entre geografia e pesca artesanal brasileira
DOI:
https://doi.org/10.5418/ra2023.v19i38.15245Palavras-chave:
Pesca Artesanal. Território. Sobre-exploração. Acesso.Resumo
Este texto propõe compreender como a face da sobre-exploração e restrição ao acesso evidentes nos territórios e territorialidades da pesca artesanal brasileira. Metodologicamente as faces da modernização são analisadas a partir do diálogo entre propostas e abordagens da Geografia, e relatos ou denúncias dos movimentos sociais da pesca. A face da sobre-exploração e restrição ao acesso resulta de impactos ambientais, disputas no território e conflitos por território, em processos de desterritorialização pesqueiros tradicionais. Compreende-se a continuidade entre pesqueiros tradicionais e territórios de moradia e de vivência como fundamentais para a continuidade da pesca artesanal e dos modos de viver relacionados. As comunidades pesqueiras artesanais dependem dos recursos locais, ou seja, o pescado precisa estar disponível e acessível no território. A pesca predatória – industrial e comercial – hidronegócio, e portos, indústria naval e plataforma de petróleo são apontadas como atividades geradoras de contextos de sobre-exploração e restrição ao acesso.
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