Exploração aurífera artesanal e a migração de garimpeiros para o território rondoniense

Autores

  • Joiada Moreira da Silva Linhares Universidade Federal de Rondônia (UNIR)
  • Wanderley Bastos Rodrigues Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
  • José Manoel Carvalho Marta Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

DOI:

https://doi.org/10.30612/frh.v19i33.6764

Palavras-chave:

Garimpeiros. Migração. Mineração. Ciclo aurífero.

Resumo

A procura por ouro e pedras preciosas, a século impulsionam a migração de garimpeiros para a Amazônia. No sul da Amazônia as migrações de faiscadores ou garimpeiros iniciaram com a descoberta das minas auríferas cuiabanas e guaporeanas, ainda no período colonial. Estas motivaram a migração e o povoamento do vale do Rio Guaporé em especial no território rondoniense. Neste espaço, durante o século XX, houve a descoberta de novas jazidas de ouro, cassiterita e diamante; cujas auríferas têm maior importância nos estudos demográficos e econômicos regionais. Neste contexto, o objetivo do presente estudo foi analisar o ciclo de exploração aurífera artesanal e a migração de garimpeiros de 1978 a 1995 para o território rondoniense. A partir da teoria de ciclo econômico schumpeteriana foi possível reconhecer cinco ciclos de exploração aurífera em Rondônia sendo, dois relacionados à descoberta de novas fontes de matéria prima mineral (ciclo do ouro de 1721 a 1765 e, da cassiterita entre 1952 e 1970), e três pertinentes a introdução de novos métodos de produção mineral, até então não experimentados na antiga reserva garimpeira do rio Madeira, tais como: lavra manual (1978 a 1981), extração por meio de balsas (1981 a 1985) e dragas garimpeiras (1986-1992). Até hoje, não se sabe o volume exato de ouro extraído bem como, quantos garimpeiros com ou sem experiência de prospecção mineral, migraram para o território rondoniense. Apesar disso, os garimpeiros além de contribuírem no povoamento da Amazônia, também ajudaram a saldar uma parte da dívida externa do país junto aos bancos internacionais.

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Biografia do Autor

Joiada Moreira da Silva Linhares, Universidade Federal de Rondônia (UNIR)

Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente. Pesquisador de apoio técnico no Laboratório de Biogeoquímica Ambiental Wolfang C. Pfeiffer, Universidade Federal de Rondônia. Professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas, Campus Lábrea. Doutorando no Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente da Fundação Universidade Federal de Rondônia. Bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas – FAPEAM.

Wanderley Bastos Rodrigues, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Doutorado (2004) em Ciências Biológicas (Biofísica Ambiental) no Instituto de Biofísica Carlos Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente é Professor Associado II pelo Departamento de Biologia.

José Manoel Carvalho Marta, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Doutorado (2004) em Ciências Biológicas (Biofísica Ambiental) no Instituto de Biofísica Carlos Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente é Professor Associado II pelo Departamento de Biologia.

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Publicado

2017-08-21

Como Citar

Linhares, J. M. da S., Rodrigues, W. B., & Marta, J. M. C. (2017). Exploração aurífera artesanal e a migração de garimpeiros para o território rondoniense. Fronteiras, 19(33), 43–69. https://doi.org/10.30612/frh.v19i33.6764

Edição

Seção

DOSSIÊ 11: MIGRAÇÕES E FRONTEIRAS AMAZÔNICAS