Continuidade e mudança na Serra do Cabral, Minas Gerais: a questão do tempo nas sociedades primitivas

Autores

  • Paulo Seda Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

Arqueologia. Caçadores-Coletores. Tempo.

Resumo

O trabalho apoia-se, basicamente, no estudo da sociedade de caçadores-coletores que, a partir de 1.600 anos atrás instalou-se na região da Serra do Cabral, em Minas Gerais. Para isto, procuramos caracterizar a arte rupestre local e utilizamos dados de escavação, objetivando entender a organização sócio-cultural dos grupos que ocuparam e pintaram os abrigos locais. A localização, na área estudada, de um único sítio com
vestígios ocupacionais profundos, em a meio a inúmeros exclusivamente com arte rupestre, nos permitiu propor um modelo de ocupação tendo um sítio central, acompanhado de diversos outros periféricos (ou satélites) e, em termos de função, classificá-los, com base em seus vestígios, como oficina lítica e cerimoniais. Por outro lado, o estudo das características ambientais da Serra do Cabral, levou-nos a considerála
como um verdadeiro refúgio para estas populações pré-históricas, permitindo a preservação de aspectos sociais arcaicos e resistentes à mudança, fazendo com que, enquanto a região central do Estado de Minas Gerais era ocupada por povos horticultores, a Serra do Cabral permanecesse ocupada pelos seus antigos povoadores.

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Publicado

2021-01-25

Como Citar

Seda, P. (2021). Continuidade e mudança na Serra do Cabral, Minas Gerais: a questão do tempo nas sociedades primitivas. Fronteiras, 3(6), 51–78. Recuperado de https://ojs.ufgd.edu.br/FRONTEIRAS/article/view/13387