A dupla vida do pesquisador: etnografia da conversão ao pentecostalismo de membros do PCC na zona leste de São Paulo

Autores

  • Vagner Aparecido Marques

Palavras-chave:

Pentecostalismo. PCC. Conversão.

Resumo

Este artigo apresenta algumas inquietações em campo, durante a pesquisa realizada para o mestrado em Ciências da Religião pela PUC-SP. Os registros apresentados são resultado de entrevistas com Kadu, personagem principal da pesquisa, membro do PCC e de uma denominação pentecostal . O objeto central da pesquisa está no questionamento referente ao ato da conversão ao pentecostalismo, sobretudo o binômio conversão = rupturas, que se sustentou como verdade fundamental ao longo de décadas na Sociologia da Religião e nos estudos sobre o pentecostalismo, mas que, em análises de campo, mostrou-se cada vez menos sólido. Ao converter-se ao pentecostalismo, Kadu não deixou de ser “irmão” do PCC para tornar-se “irmão” da igreja, e essa metamorfose em sua trajetória exigiu alguns cuidados no campo de pesquisa. Tais cuidados serão discutidos neste texto a fim de contribuir para a discussão sobre o papel do pesquisador no campo, seus posicionamentos, proximidade com o objeto e a necessidade de um distanciamento para análise dos dados e das fontes levantadas. Também serão questionados aspectos éticos e as observações (declaradas e não-declaradas) realizadas durante o momento da pesquisa.

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Como Citar

Marques, V. A. (2014). A dupla vida do pesquisador: etnografia da conversão ao pentecostalismo de membros do PCC na zona leste de São Paulo. Revista Eletrônica História Em Reflexão, 7(14). Recuperado de https://ojs.ufgd.edu.br/historiaemreflexao/article/view/2938