A Pólis e o Político
O Espectro Cidadão e Não-Cidadão na Antiguidade Grega
DOI:
https://doi.org/10.30612/rehr.v15i30.14364Palavras-chave:
Atenas, Antiguidade Grega, Cidadão, Não-cidadão, PólisResumo
No presente texto apresentamos um balanço a respeito das noções de cidadão, não-cidadão e bárbaro. Entendendo a relação cidadão e não-cidadão como uma relação conceito-constructo, propõe-se um espectro onde ambos operam como um binômio, no qual em um extremo se tem o mais civilizado e no outro o menos civilizado, ou seja, cidadão e bárbaro respectivamente. Obviamente trata-se de uma análise que parte das fontes legadas pelos próprios cidadãos da pólis grega, principalmente a ateniense, de modo que o local da mulher, da criança, do estrangeiro e do escravo é sempre secundário. Para solucionar esta problemática das fontes partimos do entendimento que as características que organizam o constructo “não-cidadão” se relacionam diretamente com as características formadoras do conceito de “cidadão”, e as constantes reformulações dos conceitos que formam o construto não-cidadão, na própria documentação antiga, correspondem a um processo de esgarçamento da capacidade de organização do espaço através do discurso. Sendo assim, o espectro proposto busca contribuir para a discussão de um modelo teórico de pólis no quão estes agentes, agrupados no constructo não-cidadão, passem a ser compreendidos como seres que viveram e experienciaram o mundo antigo de maneira ativa, e não de maneira passiva como alguns autores (antigos e modernos) compreenderam.Downloads
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