"Lava e engoma para fora e recebe homens"

Racismo, Sexualidade e o Protagonismo de uma Mulher Negra no Pós-Abolição (A Preta Ana Fausta Marçal, POA, RS)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30612/rehr.v15i30.13541

Palavras-chave:

Pós-abolição, racismo, interseccionalidade

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar experiências no campo do pós-abolição sob o viés da interseccionalidade e do feminismo. Almejamos abordar as vicissitudes biográficas de uma mulher negra que gerenciava uma casa de encontros sexuais no centro da capital do estado do Rio Grande do Sul, protagonizando e performando a partir de um corpo marcado pela moralidade branca, racista e machista do período, gerando documentos com representações que mesclavam masculinidades tóxicas e racialização. O fato dela atuar pelo mercado do sexo fez com que sua cor fosse ainda mais demarcada, mostrando a associação nas mentes das elites brancas da época entre degeneração sexual / imoralidade e afrodescendência. O processo criminal, orientado por outras fontes, é uma ferramenta para estudar as agências e experiências de mulheres negras no pós-abolição, assim, esse artigo tem o intuito de analisar o protagonismo de uma personagem afamada pelos jornais e sociedade de Porto Alegre (RS) no final do século XIX, trata-se da preta Ana Fausta Marçal.

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Publicado

15-12-2021

Como Citar

Almaleh, P., & Moreira, P. R. S. (2021). "Lava e engoma para fora e recebe homens": Racismo, Sexualidade e o Protagonismo de uma Mulher Negra no Pós-Abolição (A Preta Ana Fausta Marçal, POA, RS). Revista Eletrônica História Em Reflexão, 15(30), 93–113. https://doi.org/10.30612/rehr.v15i30.13541