Fronteiras na cidade: das margens na margem às margens no centro
DOI:
https://doi.org/10.30612/el.v10i19.9707Palavras-chave:
Fronteira. Limite. Cidade. Espaço. Relações socioespaciais.Resumo
O presente ensaio visa a tecer algumas considerações sobre fronteira. Para além de sua dimensão geográfica, geralmente associada, no nível do senso comum, à noção de limite entre dois Estados-Nação, a fronteira carrega uma dimensão social, simbólica/imaterial que são projetadas no espaço geográfico, se desdobrando em inúmeras relações socioespaciais. Longe de darmos conta da complexidade/multiplicidade dessas inúmeras relações que produzem e se dão no espaço, propomos um ensaio dialógico, valendo-nos de duas situações/realidades socioespaciais – a conurbação Ponta Porã/MS (BR) X Pedro Juan Caballero (PY) e a cidade de Dourados/MS. A partir dessas porções do espaço trazemos alguns exemplos/situações onde são estabelecidas fronteiras às vezes materiais, outras imateriais, algumas geográficas outras simbólicas, de modo a contribuir para o entendimento dessas relações socioespaciais e também à compreensão da polissemia desse termo/noção/conceito – fronteira.Downloads
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