Oiapoque – Saint Georges de L'oyapock: a fronteira e a COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.30612/rel.v16i31.19418Palavras-chave:
Pandemia, COVID-19, Fronteira, Fronteira SubversivaResumo
O mapeamento e a análise da COVID-19, no espaço geográfico, permitiram claramente constatar, que sua evolução, se deu estritamente associada às estruturas territoriais de circulação, que são formas fixas, associadas aos fluxos por elas conformadas. Em razão dessas características, a Geografia, pode fornecer subsídios não somente ao diagnóstico das dinâmicas territoriais, dos casos da doença, mas também a realização, de prognósticos que possam orientar as ações de saúde pública, desde que respeitadas e compreendidas, as especificidades desse fenômeno em cada lugar. A pandemia COVID-19, acentuou tensões políticas e alterou as relações geopolíticas, que mudaram rapidamente a realidade das zonas fronteiriças. A fronteira internacional, foi revivida, como um dispositivo rígido de vigilância e de controle, visando conter um vírus, visto como invasor estrangeiro. Nesse sentido, este texto se apresenta, com a perspectiva de compreender os impactos da pandemia COVID-19, na circulação transfronteiriça Brasil (Oiapoque) e França (Saint-Georges de l'Oyapock). Sendo o trabalho de campo, a análise empírica e as entrevistas, o embasamento para a discussão acerca dos impactos da pandemia COVID-19, neste espaço da fronteira internacional e na vida dos fronteiriços, o que revela uma fronteira subversiva.
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