Análise das relações geoeconômicas Brasil – China no período 2013 – 2023

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30612/rel.v15i30.18786

Palavras-chave:

Brasil, China, Geoeconomia, Geopolítica, Relações Internacionais

Resumo

Com um Produto Interno Bruto de, aproximadamente, US$ 2,1 trilhões em 2023, o Brasil se posiciona como a nona maior economia do mundo e a primeira da América Latina. Esse resultado está diretamente relacionado ao crescimento econômico observado ao longo das últimas duas décadas quando, em apenas três ocasiões, o país apresentou crescimento negativo. Nos últimos anos, o país estabeleceu laços comerciais relevantes com a China, que se tornou sua principal parceira em importações e exportações. A China, sendo a segunda maior economia global em valores absolutos, continua seu processo de crescimento e inserção internacional alavancado, principalmente, pós o período de reformas iniciado em 1978.  Desde então, o país apresentou crescimento médio do Produto Interno Bruto de, aproximadamente, 9% a.a., se postando como o principal parceiro econômico de inúmeros países e blocos econômicos. Brasil dentre eles. Este trabalho analisa o avanço das relações geoeconômicas do Brasil com a China entre os anos 2013 e 2023.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rafael Bernardo Silveira, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense - Campus Rio do Sul

Possui graduação em Geografia pela Universidade da Região de Joinville  e graduação em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Santa Catarina.  Mestre em Assuntos Europeus pela Universidade Aberta (Lisboa - Portugal), reconhecido no Brasil como Mestre em Ciências Humanas e Sociais pela UFABC - Universidade Federal do ABC. Doutorando em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina. Atualmente é professor efetivo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense - Campus Rio do Sul

Otávio Cascaes Montanha, Universidade Federal de Santa Catarina

Mestrando em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina (PPGEO-UFSC) na linha de pesquisa Formação Sócio Espacial: Mundo/Brasil/Regiões. Graduado em Geografia-Bacharelado pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Atualmente cursa geografia-licenciatura na mesma universidade na qual recebeu o título de bacharel e integra o Grupo de Pesquisa Natureza e Sociedade: Autonomia e Relação.

Referências

ALMEIDA, M. D. S. Elaboração de projeto, TCC, dissertação e tese. São Paulo, SP: Atlas, 2011.

ANDERSON, P. Duas revoluções: Rússia e China. São Paulo, SP: Boitempo, 2018.

ARROYO, M. América Latina na aurora do século XXI: por uma busca de consensos ativos. Ciência Geográfica. Bauru, SP. v. 19. p. 16-23, 2015. Disponível em: http://www.agbbauru.org.br/publicacoes/revista/anoXIX_1/agb_xix1_versao_internet/Revista_AGB_dez2015-02.pdf. Acesso em: 8 jul. 2024.

AZEVEDO, B. Brasil: inserção internacional pragmática; uma reflexão dos governos Geisel e Lula. Curitiba: Appris, 2020.

BERNSTEIN, T. The Socialist Modernization of China Between Soviet Model and National Specificity 1949–1960s. In NAIMARK, N.; PONS, S.; JUDGE, S. Q. The Cambridge History of Communism. Cambridge: Cambridge University Press, p. 196-219, 2017.

BOER, R. Socialism with Chinese characteristics: A guide for foreigners. Singapura: Springer, 2021.

BRASIL. Agenda China: Ações Positivas para as Relações Econômico-Comerciais Sino-Brasileiras. 2008. Disponível em: https://www.cebc.org.br/sites/default/files/agenda-china.pdf. Acesso em: 04 jul. 2024.

CARIELLO, T. Crescimento econômico qualitativo, inovação e meio ambiente estarão no centro do desenvolvimento chinês entre 2021 e 2025. Rio de Janeiro, RJ: Conselho Empresarial Brasil – China, 2021.

CARIELLO, T. Investimentos chineses no Brasil 2022: tecnologia e transição energética. Rio de Janeiro, RJ: Conselho Empresarial Brasil-China, 2023.

CHINA. 12th Five-Year Plan (2011-2015) for National Economic and Social Development. 2011. Disponível em: https://www.greenpolicyplatform.org/sites/default/files/downloads/policy-database//CHINA%29%20The%2012th%20Five-Year%20Plan%20%282011-2015%29.pdf. Acesso em: 23 jul. 2024.

COMEXSTAT. Ministério da Indústria. Comércio Exterior e Serviços–MDIC. Exportação e importação geral. 2024. Disponível em: https://comexstat.mdic.gov.br/pt/geral. Acesso em 03 jul. 2024.

FAIRBANK, J. K. China: A new history. Boston: Belknap Press of Harvard University Press, 1992.

FERNANDES, L. E. Ofensiva imperialista e políticas públicas anticorrupção no Brasil. L. Entropia. Rio de Janeiro, RJ. v. 3. n. 6. p. 180-199, 2019. Disponível em: http://entropia.slg.br/index.php/entropia/article/view/141. Acesso em: 6 jul. 2024.

FIORI, J. L. Brasil e América do Sul: o desafio da inserção internacional soberana. Textos para Discussão CEPAL-IPEA. Brasília. v. 42. 34 p., 2011.

FIORI, J.L. História, estratégia e desenvolvimento: para uma geopolítica do capitalismo. São Paulo, SP: Boitempo, 2014.

FOLHA DE SÃO PAULO. Leia a íntegra do Consenso de Buenos Aires. São Paulo, SP. 16 de outubro de 2003. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u54487.shtml. Acesso em: 6 jul. 2024.

FRISCHTAK, C.; SOARES, A.; O’CONORT, T. Uma análise dos investimentos chineses no Brasil: 2007-2012. Rio de Janeiro, RJ: Conselho Empresarial Brasil-China, 2013.

GABRIELE, A. Enterprises, Industry and Innovation in the People´s Republic of China. Singapura: Springer Nature, 2020.

HARVEY, D. A Brief History of Neoliberalism. Oxford: Oxford University Press. Oxford, Oxford University Press. 2005.

HUANG, B.; LE, X. ODI from the Middle Kingdom: What’s next after the big turnaround? China Economic Watch, BBVA, 2018. Disponível em: https://www.bbvaresearch.com/wpcontent/uploads/2018/02/201802_ChinaWatch_Chin%20%20a-Outward-Investment_EDI.pdf . Acesso em: 06 jul. 2024.

JABBOUR, E. K. Projeto nacional, desenvolvimento e socialismo de mercado na China de hoje. São Paulo, SP: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas – USP – Universidade de São Paulo, 2010. 389p. Tese (Doutorado em Geografia – Geografia Humana).

JABBOUR, E. K. China Socialismo e Desenvolvimento – sete décadas depois. São Paulo, SP: Anita Garibaldi, 2019.

JABBOUR, E. K.; DANTAS, A. The Political Economy of Reforms and the Chinese Present Transition. Revista de Economia Política. v. 37. n. 4 (149). p. 789-807, 2017.

JABBOUR, E. K.; DANTAS, A.; ESPÍNDOLA, C.; VELLOZO, J. A Nova Economia do Projetamento: Reflexões sobre o Desenvolvimento Econômico Chinês. Geosul. Florianópolis, SC. v. 35. n. 77. p. 17-48, 2020.

LAMOSO, L. P. Reprimarização no território brasileiro. Espaço e Economia. n. 19. 32p, 2020. Disponível em: https://journals.openedition.org/espacoeconomia/15957. Acesso em: 06 jul. 2024.

LARDY, N. Agriculture in China’s Modern Economic Development. Cambridge: Cambridge University Press, 1983.

LEÃO, A. P. F. Política Externa Brasileira para a América do Sul: uma análise comparada entre os primeiros mandatos dos governos Lula e Dilma. Boletim de Economia e Política Internacional. n. 22. 2016.

LOSURDO, D. Has China Turned to Capitalism? — Reflections on the Transition from Capitalism to Socialism. International Critical Thought. v. 7. 2017.

MEDEIROS, C. A. Padrões de investimento, mudança institucional e transformação estrutural na economia chinesa. In: GALVÃO, A. C. F.; BIELSCHOWSKY, R. Padrões de desenvolvimento econômico (1950–2008): América Latina, Ásia e Rússia. Brasília, DF: Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, 2013.

MEDEIROS, C. A. Desenvolvimentismo com Características Chinesas. Petrolina, PB: Mimeo, 2022.

MIER, B. The US & Brasil’s Coup of 2016. 2017. Disponível em: https://www.brasilwire.com/us-brasil-coup/. Acesso em: 6 jul. 2024.

MINISTÉRIO DA FAZENDA. Ministério da Fazenda amplia estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto de 2024 para 3,3%. Disponível em: https://www.gov.br/fazenda/pt-br/assuntos/noticias/2024/novembro/ministerio-da-fazenda-amplia-estimativa-de-crescimento-do-produto-interno-bruto-de-2024-para-3-3 . Acesso em: 18 nov. 2024.

MINISTRY OF COMMERCE, PEOPLE’S REPUBLIC OF CHINA. MOFCOM. Department Official of Outward Investment and Economic Cooperation. Disponível em: http://english.mofcom.gov.cn/. Acesso em: 10 jun. 2022.

MÜLLER, P. N. Negócio da China: a relação entre mídia e poder na diplomacia do Governo Geisel (1974-1979). Revista Crítica Histórica. v. 10. n. 20. p. 137-155, 2019.

MURTA, L. R.; BRASIL, G. H.; SAMOHYL, R. W. Crise monetário brasileira de 1999: uma análise econométrica da desvalorização do real em 1999. XXXV SBPO. Natal, RN. 2003.

NAUGHTON, B.; TSAI, K. S. State Capitalism, Institutional Adaptation, and the Chinese Miracle. Cambridge: Cambridge University Press, 2015.

NEDOPIL W. C. China’s Investments in the Belt and Road Initiative (BRI) in 2020. Green BRI Center – International Institute of Green Finance (IIGF). Pequim. 2021. Disponível em: https://green-bri.org/wp-content/uploads/2021/01/China-BRI- Investment-Report-2020.pdf . Acesso em: 29 mai. 2022.

NOGUEIRA, I. Acumulação, Distribuição e Estratégia sob Mao: Legados do maoísmo para o desenvolvimento da China. Revista Carta Inter. Belo Horizonte, MG. v. 14. n. 2. p. 27-51, 2019.

PAULA, L. F.; JABBOUR, E. A China e seu catching up: uma análise desenvolvimentista clássica. Prêmio ABDE-BID. Edição 2016 (coletânea de trabalhos). Rio de Janeiro, RJ: ABDE-BID, 2017.

POZO, J. del. História da América Latina e do Caribe: dos processos de independência aos dias atuais. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

RISKIN, C. China’s Political Economy: The Quest for Development since 1949. Oxford: Oxford University Press, 1987.

RONG, Z. et al. Agriculture in Contemporary China. Pequim: Contemporary China Press, 1992.

SCISSORS, D. China’s global investment vanishes under COVID-19. Washington: American Enterprise Institute, 2020.

SILVEIRA, R. B. Parlamento do Mercosul: gênese, avanços e recuos e a influência na superestrutura do Mercosul. Florianópolis, SC: Centro de Filosofia e Ciências Humanas - UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina, 2021. 416p. Tese (Doutorado em Geografia).

SILVEIRA, R. B. Análise das relações geoeconômica China – Mercosul pós 2003. Geosul. Florianópolis, SC. v. 38. n. 86. p. 370-400, 2023.

SPENCE, J. D. The Search for Modern China. New York: Norton, 1990.

UN COMTRADE. United Nations Commodity Trade, New York, 2024. Disponível em: https://comtradeplus.un.org/. Acesso em: 13 jul. 2024.

XIAOPING, D. Selected works of Deng Xiaoping: Vol. 4 (1992-1995). Pequim: Foreign Languages Press, 2011.

WORLD BANK. DataBank. 2024. Disponível em: https://databank.worldbank.org/. Acesso em: 04 jul. 2024.

WORLD INTELLECTUAL PROPERTY. Geneva, [2022]. Disponível em: https://www3.wipo.int/contact/en. Acesso em: 5 jul. 2024.

Downloads

Publicado

2024-12-12

Como Citar

Silveira, R. B., & Cascaes Montanha, O. (2024). Análise das relações geoeconômicas Brasil – China no período 2013 – 2023. ENTRE-LUGAR, 15(30), 108–139. https://doi.org/10.30612/rel.v15i30.18786

Edição

v. 15 n. 30 (2024): Dossiê Brasil-China

Seção

Artigos

Licença

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

  1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
  2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
  3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).