Utilização do Índice de Área Construída (IBI) para análise da evolução espaço-temporal da Temperatura da Superfície Continental (TSC) na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ)
DOI:
https://doi.org/10.30612/rel.v12i24.15125Palavras-chave:
Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Imagens Landsat, Temperatura da Superfície Continental, Índice de Área Construída, Sensoriamento Remoto.Resumo
A região metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ) é um espaço de grandes transformações que resultam em problemas e impactos ambientais, dentre os quais aqueles relacionados ao clima das cidades. O sensoriamento remoto tem se mostrado útil para mensurar, estimar e avaliar as mudanças e impactos na atmosfera urbana e contribuído para a ciência do clima urbano. As imagens de satélite da plataforma Landsat são aquelas bastante utilizadas para este fim, especialmente quanto à utilização de índices temáticos e estimativa da temperatura. O objetivo deste trabalho é analisar a evolução do campo térmico e da área urbana na RMRJ, entre 2001 e 2020, através da Temperatura da Superfície Continental (TSC) e do Índice de Área Construída (IBI) extraídos das imagens de satélite Landsat. Foram selecionadas as três cidades mais contrastantes no espaço metropolitano e explorados o campo térmico e a sua área urbana. Os resultados mostram que as áreas urbanas evoluíram e coincidem com os mais elevados valores da TSC, dando espaço à manifestação da Ilha de Calor Urbana (ICU), ao passo que aqueles espaços de área natural sem uso urbano expõe a Ilha de Frescor Urbana (IFU). Muitos espaços na RMRJ continuam seu processo de expansão urbana e, portanto, merecem integrar o conhecimento do clima urbano ao seu planejamento.
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