Por fronteiras dobráveis no limiar da linha entre o Brasil e o Paraguai
DOI:
https://doi.org/10.30612/el.v10i20.10466Palavras-chave:
Fronteiras. Brasiguaios. Entre-lugar. Fronteiriços. Inclusão.Resumo
Buscando apresentar ao leitor uma reflexão alternativa às interpretações tradicionais, rígidas e baseadas majoritariamente em políticas públicas oficiais e no discurso de gabinete e/ou da classe dominante, esse texto, então, pauta sua estrutura teórico-conceitual em análise fundamentada na concepção cultural, relacionando a teoria (obtida com fundamentação acadêmica) com a praticidade evidenciada mediante trabalho de campo e seus resultados advindos de entrevistas com moradores da Faixa de Fronteira entre o município de Sete Quedas-MS e o Distrito de Pindoty Porã, que pertence à cidade de Corpus Christi, no Paraguai. Utilizando-se da categoria (entre)lugar enquanto suas nuances em relação com o território, estabelece uma discussão que considera as simbologias, as sentimentalidades e outras formas de se entender o viver na fronteira e as dificuldades que os fronteiriços em situação de vulnerabilidade encontram. Apontar saídas aos complexos problemas dessa faixa, incide em se escutar os que nela (sobre)vivem, estabelecendo, assim, uma fronteira dobrável, solidária e inclusiva. E é esse um dos pontos cruciais desse trabalho.
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Discografia:
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