Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 1
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE INOVAÇÃO PEDAGÓGICA NA
FORMAÇÃO DE PROFESSORES: PRÁTICAS, SABERES E RECURSOS
LAS REPRESENTACIONES SOCIALES DE LA INNOVACIÓN PEDAGÓGICA EN LA
FORMACIÓN DOCENTE: PRÁCTICAS, CONOCIMIENTOS Y RECURSOS
THE SOCIAL REPRESENTATIONS OF PEDAGOGICAL INNOVATION IN TEACHER
TRAINING: PRACTICES, KNOWLEDGE AND RESOURCES
Silvio Duarte DOMINGOS1
e-mail: silvio.duartte@gmail.com
Edna Maria Querido de Oliveira CHAMON2
e-mail: edna.chamon@gmail.com
Como referenciar este artigo:
DOMINGOS, S. D.; CHAMON, E. M. Q. O. As Representações
Sociais de inovação pedagógica na formação de professores:
Práticas, saberes e recursos. Rev. Educação e Fronteiras,
Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN: 2237-258X. DOI:
https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893
| Submetido em: 25/07/2022
| Revisões requeridas em: 15/09/2022
| Aprovado em: 20/11/2022
| Publicado em: 16/03/2023
Editor:
Profa. Dra. Alessandra Cristina Furtado
Editor Adjunto Executivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
Universidade Estácio de (UNESA), Petrópolis RJ Brasil. Pesquisador e Professor Titular 3. Pós-
Doutorando em Políticas Públicas (UFRJ).
Universidade Estácio de (UNESA), Petrópolis RJ Brasil. Professora Permanente. Pós-doutorado em
Educação (UNICAMP).
As Representações Sociais de inovação pedagógica na formação de professores: Práticas, saberes e recursos
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 2
RESUMO: As pesquisas sobre formação e trabalho docentes dizem que os professores não têm
sido preparados para o complexo contexto profissional contemporâneo que vem transformando a
escola. Sugere-se que isso se deve a uma formação de professores tradicional. Para fazer frente a
essas demandas, é indicada a inovação pedagógica. Assim, o objetivo foi explicar as representações
sociais que professores da graduação em Pedagogia elaboram sobre inovação pedagógica. Para isso,
implementou-se uma pesquisa qualitativa, tendo sido entrevistados 23 formadores. O material
coletado foi tratado com o apoio do programa IRaMuTeQ e, posteriormente, submetido à análise
temática de conteúdo. Os resultados indicam que uma mudança nas representações: por um lado,
quando referidas à Escola Básica, tencionam-se para “emprego de recursos”; por outro lado, quando
referidas ao trabalho na graduação, objetivam-se em “tecnologias”, “metodologias ativas” e
“melhoria pedagógica”. Conclui-se que essas representações referentes à Formação Superior se
ancoram no quadro histórico da Educação Brasileira.
PALAVRAS-CHAVE: Teoria das Representações Sociais. Formação docente. Inovação
pedagógica.
RESUMEN: Las investigaciones sobre formación y trabajo docente afirman que los docentes no
han sido preparados para el complejo contexto profesional contemporáneo que ha ido
transformando las escuelas. Se sugiere que esto se debe a la formación docente tradicional. Para
satisfacer estas demandas, se indica la innovación pedagógica. Así, el objetivo fue explicar las
representaciones sociales que los profesores de licenciatura en Pedagogía elaboran sobre la
innovación pedagógica. Para ello, se implementó una investigación cualitativa, siendo
entrevistados 23 formadores. El material recolectado fue tratado con el apoyo del programa
IRaMuTeQ y posteriormente sometido a análisis de contenido temático. Los resultados indican que
hay un cambio en las representaciones, por un lado, al referirse a la Escuela Básica, se pretenden
“aprovechamiento de recursos”, y, por otro lado, cuando, al referirse al trabajo en la graduación,
se objetivan en “tecnologías”, “metodologías activasy “mejora pedagógica”. Se concluye que
estas representaciones referentes a la Educación Superior están ancladas en el marco histórico de
la Educación Brasileña.
PALABRAS CLAVE: Teoría de las Representaciones Sociales. Formación docente. Innovación
pedagógica.
ABSTRACT: Research on teacher training and work says that teachers have not been prepared
for the complex contemporary professional context that has been transforming schools. It is
suggested that this is due to traditional teacher training. To meet these demands, pedagogical
innovation is recommended. Thus, the objective was to explain the social representations that
undergraduate professors in Pedagogy elaborate on pedagogical innovation. For this, qualitative
research was implemented, with 23 trainers being interviewed. The collected material was treated
with the support of the IRaMuTeQ program and subsequently subjected to thematic content
analysis. The results indicate that there is a change in representations, on the one hand, when
referring to the Basic School, they are intended for “use of resources”, and on the other hand,
when, referring to work in graduation, they are objectified in “technologies”, “active
methodologies” and “pedagogical improvement”. It is concluded that these representations
referring to Higher Education are anchored in the historical framework of Brazilian Education.
KEYWORDS: Theory of Social Representations. Teacher training. Pedagogical innovation.
Silvio Duarte DOMINGOS e Edna Maria Querido de Oliveira CHAMON
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 3
Introdução
Os pesquisadores que décadas vêm problematizando a relação entre formação e
trabalho docente mantêm-se atualizados, em referência a novos desafios (LÜDKE; IVENICKI,
2022; CANDAU, 2020; REIS; ANDRE; PASSOS, 2020; NÓVOA, 2019). Assim, contribuem
para o entendimento dos entraves impostos pela contemporaneidade à formação docente.
Conforme essas pesquisas, a formação dos professores brasileiros não os tem preparado
para a realidade profissional que os espera (LÜDKE; IVENICKI, 2022); portanto,
necessidade de que venha a capacitá-los para “[...] trabalhar os desafios atuais do/no cotidiano
escolar” (CANDAU, 2020, p. 29). Para o atendimento dessa necessidade, algumas questões
merecem atenção especial, como o crescente avanço das tecnologias digitais de informação e
comunicação (TDICS) e a diversidade de sujeitos nas escolas (CANDAU, 2020).
Considerando-se que nos próximos anos “[...] assistiremos a uma complexa
metamorfose da escola” (NÓVOA, 2019, p. 2), demanda-se uma formação docente que faça
frente a essas mudanças. Assim, recomenda-se que sejam formados educadores que consigam
desconstruir o que há de padronizador e uniformizante na escola.
Essa uniformidade é, em parte, atribuída a uma formação docente tradicional, que
desconsidera demandas da escola, desde o século passado, como “[...] práticas educativas
utilizando novas metodologias e materiais de apoio para a melhoria dessa aprendizagem”
(REIS; ANDRE; PASSOS, 2020, p. 40). Por isso, as autoras reivindicam uma formação docente
que considere a escola e sua capacidade de inovação.
A formação de professores, por conseguinte, não os prepara para os desafios que a
complexa sociedade contemporânea impõe à escola e ao seu trabalho (LÜDKE; IVENICKI,
2022; CANDAU, 2020; REIS; ANDRE; PASSOS, 2020; NÓVOA, 2019).
Isso posto, cabe mencionar que a literatura recomenda a inovação pedagógica na
formação de professores, para fazer frente a uma escola que demanda atualização e adaptação
a um contexto social complexo (ANDRE, 2018; CANDAU, 2020; REIS; ANDRE; PASSOS,
2020; NÓVOA, 2019). “Constata-se, pois, que os estudos sobre políticas e práticas referentes
à inovação pedagógica no ensino superior são emergentes e objeto de especial interesse”
(WAGNER; CUNHA, 2019a, p. 19).
A esse respeito, Veiga (2003) aponta duas diferentes vertentes sobre inovação
pedagógica. A primeira delas, regulatória, é alicerçada nas bases da ciência moderna,
positivista, que não admite outras formas de saber que não comunguem com seus preceitos. A
segunda, emancipatória, de aspecto mais qualitativo, tem potencial para transformar a escola.
As Representações Sociais de inovação pedagógica na formação de professores: Práticas, saberes e recursos
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 4
Isso porque tem como critérios de validade a centralidade e a participação ativa dos sujeitos
diretamente impactados pelas propostas inovadoras (VEIGA, 2003).
Centralizar os formadores de professores seria relevante, visto que, em contato direto
com seus alunos da graduação, esses docentes preparam o futuro professor para a Escola Básica.
Ademais, nos espaços formativos, eles são os únicos que podem movimentar os saberes da
docência, indispensáveis para ligar a teoria à prática (TARDIF, 2012). Não obstante sejam
insubstituíveis nas formações inicial e continuada daqueles que irão atuar nas escolas
brasileiras, para Gatti et al. (2019) existem poucas investigações sobre eles. Nessa perspectiva,
Gatti et al. (2019, p. 271) indicam que o mais “[...] obscurecido no bojo das discussões e
pesquisas no campo da formação docente é o formador”. Tal fato determinou a centralização
deste estudo no docente formador de professores no curso de Pedagogia.
Nessa perspectiva, focalizando a pesquisa sobre inovação pedagógica, urgem
investigações a respeito da subjetividade dos profissionais da educação (CAMPOLINA, 2012).
Isso porque as atitudes e as práticas dos indivíduos são orientadas pelas representações sociais
construídas pelo grupo social a que pertencem (MOSCOVICI, 2012).
As representações sociais são construções da realidade, teorias do senso comum, sempre
elaboradas e compartilhadas coletivamente no cotidiano, por intermédio das comunicações
entre os indivíduos (MOSCOVICI, 2012). Essas formulações ocorrem no plano psicossocial,
pois são consensos que regem a vida em sociedade.
Segundo Jodelet (2001), essas teorias, formadas por crenças, valores, opiniões e
atitudes, são relevantes justamente porque dão suporte para que as pessoas ajam sobre o mundo.
O estudo dessas representações permite compreender o que confere sentido às ações dos
indivíduos.
Em pesquisa sobre as representações sociais que professores da graduação em
Pedagogia elaboram sobre a própria prática profissional, Domingos e Costa (2022)
identificaram que eles se veem como um modelo para os alunos que formam. Logo, os
formadores têm grande responsabilidade, pois a “[...] natureza mesma de sua prática,
eminentemente formadora, sublinha a maneira como a realiza. Sua presença na sala é de tal
maneira exemplar” (FREIRE, 2015, p. 64). Portanto, o trabalho dos professores de Pedagogia
exemplifica como se deve fazer a docência.
Com base nessas considerações, questiona-se: Quais representações sobre inovação
pedagógica amparam o trabalho do formador de professores? Quais ações são associadas a essas
representações? O que explicaria tamanha distância entre a formação e o futuro exercício
Silvio Duarte DOMINGOS e Edna Maria Querido de Oliveira CHAMON
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 5
profissional dos professorandos, no que tange o trabalho do formador? Assim, esta pesquisa
tem como objetivo investigar as representações sociais que professores da graduação em
Pedagogia constroem sobre inovação pedagógica.
A necessidade de se jogar luz sobre os formadores de professores, diante da relevância
do seu papel e do pouco que se têm investigado sobre eles, já justificaria este trabalho (GATTI
et al., 2019). Porém, constata-se ainda que: i) a formação de professores não os tem preparado
para a escola contemporânea (CANDAU, 2020; REIS; ANDRE; PASSOS, 2020; NÓVOA,
2019); ii) é relevante a inovação pedagógica na formação docente para esse contexto (VEIGA,
2003; WAGNER; CUNHA, 2019a) e; iii) os formadores representam, em suas próprias
práticas, um modelo para os profissionais que estão preparando (DOMINGOS; COSTA, 2022).
Se as representações sociais são construções coletivas da realidade, (MOSCOVICI,
2012), então conhecer e explicar essas representações sociais pode ter significativa relevância.
Aqueles que estudam a formação e o trabalho docentes terão maior aproximação a um
importante ângulo ainda pouco investigado: os formadores e as concepções que constroem
coletivamente sobre seu trabalho. Aos formadores de professores é possível proporcionar um
vislumbre sobre as RS que guiam suas ações, o que constitui uma plataforma para que reflitam
sobre tais RS e possam modificar aspectos de seu trabalho. Além disso, este trabalho
proporciona uma aproximação teórico-metodológica a uma realidade possivelmente
interessante, a da formulação de políticas públicas para a formação de formadores de
professores.
O aporte teórico-metodológico da teoria das representações sociais
As RS são, conforme Jodelet (2001, p. 22), “[...] uma forma de conhecimento,
socialmente elaborada e partilhada, com um objetivo prático, e que contribui para a construção
de uma realidade comum a um conjunto social”. Na mesma direção, Moscovici (2012) entende
as RS como teorias do senso comum que preparam o sujeito social para a prática concreta.
Assim, as RS nascem a partir das comunicações cotidianas dos sujeitos. A
representação, como construção social da realidade, provê aos grupos um arcabouço de
informações que os apoiará nas tomadas de posição, em relação aos mais variados objetos com
os quais irão se deparar no dia a dia. Portanto, para Moscovici (2012), as RS orientam o
comportamento.
As Representações Sociais de inovação pedagógica na formação de professores: Práticas, saberes e recursos
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 6
Nesse sentido, Abric (1987, p. 64) explica que as RS fornecem uma “[...] visão funcional
do mundo que permite ao indivíduo ou grupo dar sentido a suas condutas e compreender a
realidade através de seu próprio sistema de referência, logo adaptar-se e definir seu lugar nessa
realidade”. Os indivíduos, em seus grupos sociais, vão trocando informações sobre os
fenômenos e, nesse processo, vão construindo as RS.
De maneira sintética, segundo Jodelet (2001, p. 38), são “[...] constituintes da
representação (informações, imagens, crenças, valores, opiniões, elementos culturais,
ideológicos etc.)”. Portanto, as RS são compostas por elementos simbólicos, expressos pelas
comunicações sociais e negociados dialética e retoricamente, intragrupos e intergrupos.
A pesquisa aqui apresentada filia-se à abordagem processual desenvolvida por Denise
Jodelet, porque essa vertente prioriza os sentidos conduzidos nas comunicações.
A abordagem processual da TRS
Estudos vinculados à perspectiva processual buscam os processos geradores das RS,
denominados objetivação e ancoragem. A objetivação é um processo que busca “coisificar”
novas noções, dando forma a elas, tornando-as compreensíveis e comunicáveis. Para Moscovici
(2012), é o que torna real um conceito. Por meio da objetivação elementos abstratos tornam-se
concretos.
Segundo Moscovici (2012), o processo de objetivação possibilita a materialização de
uma ideação grupal. Nele, os elementos de uma representação se concretizam em palavras,
imagens ou esquemas figurativos. Assim, a objetivação materializa o fenômeno social, para que
ele possa ser compartilhado pelas pessoas, por meio das linguagens.
A objetivação ocorre em três fases: a construção seletiva elege os elementos que irão
compor a imagem final da representação, em função do sistema psicossocial do grupo; a
esquematização estruturante hierarquiza e concretiza os elementos retidos anteriormente,
produzindo um esquema figurativo do pensamento; e, a naturalização da representação permite
a categorização e a comunicação do objeto representado pelo grupo, que passa a compor seu
universo simbólico (JODELET, 2001).
No processo de objetivação, pode-se adicionar, suprimir ou mesmo distorcer atributos
inerentes ao objeto. Tais efeitos podem ocorrer devido a distorções na cognição do grupo em
relação ao objeto, repressão de normas sociais, ou mesmo preconceitos.
Silvio Duarte DOMINGOS e Edna Maria Querido de Oliveira CHAMON
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 7
O processo da ancoragem trata da acomodação de um objeto social em um conjunto de
categorias previamente existentes no universo simbólico de um dado grupo social. Ocorre a
sustentação de um conhecimento novo em uma ordem de conhecimentos preexistentes.
Segundo Jodelet (2001), nesse processo, um significado é atribuído pelo grupo ao objeto. Por
isso, torna-se um instrumento para a construção da realidade. Logo, sofre alterações para se
adequar, ao mesmo tempo em que altera o sistema preexistente.
O estudo desses dois processos geradores deve ser feito sobre materiais das
comunicações, buscando-se a materialização de noções atribuídas pelo sujeito ao objeto
(JODELET, 2001). Devem ser considerados, também, referenciais na cultura e na história
particulares dos grupos sociais. Por isso, os procedimentos metodológicos devem resgatar, no
jogo comunicativo, elementos que indiciem os processos geradores das representações sociais.
Procedimentos metodológicos
Tendo em vista a abordagem processual da TRS, realizou-se uma pesquisa qualitativa
(BAUER; GASKELL, 2015). Colaboraram com o estudo vinte e três formadores que, por
questões éticas, foram nomeados P1, P2, P3 e assim sucessivamente. Foram dezoito mulheres
e cinco homens, com idades de vinte e nove a cinquenta e oito anos e com tempo de docência
de um a trinta anos. Todos são licenciados, três são pós-graduados em nível latu-sensu, dez têm
mestrado, dez têm doutorado e todos têm experiência profissional em escolas. São atuantes na
modalidade presencial na graduação em Pedagogia em universidades privadas nas cidades de
Teresópolis, Petrópolis, Rio de Janeiro, Duque de Caxias e Nova Iguaçu, todas do Estado do
Rio de Janeiro. Optou-se pelo setor privado, que tem 697.497 matrículas nessa graduação, das
816.427 apontadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(INEP, 2022).
A coleta de dados foi feita por meio de entrevistas semiestruturadas, entre fevereiro e
abril de 2019, após aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Foi estabelecido
como critério para inclusão o fato de ser docente no curso de Pedagogia nos campi
universitários selecionados. Como critério de exclusão, a recusa do sujeito a participar. A
técnica bola de neve foi utilizada na composição da amostra (VINUTO, 2011). As entrevistas
aconteceram até a saturação da amostra (BAUER; GASKELL, 2015).
Após serem transcritas as entrevistas, o material compôs um corpus de análise que foi
inserido no IRaMuTeQ (Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de
As Representações Sociais de inovação pedagógica na formação de professores: Práticas, saberes e recursos
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 8
Questionnaires). Camargo e Justo (2013) sugerem o uso dessa ferramenta em análises do tipo
classificação hierárquica descendente. Depois do processamento no programa, os dados foram
analisados conforme a Análise de Conteúdo sugerida por Bardin (2011).
De acordo com Bardin (2011), essa análise distribui-se em três etapas: a pré-análise, a
exploração do material e o tratamento com inferência e interpretação a partir dos resultados.
Depois da Análise de Conteúdo, as categorias foram criadas e inscritas sob títulos temáticos
que as representaram significativamente, como está apresentado no item que segue.
Resultados
O corpus de análise inserido no IRaMuTeQ foi separado em 1.752 segmentos de textos
(ST), com aproveitamento de 1.504 ST (85.84%). Foram gerados quatro agrupamentos de
palavras, conforme a frequência dos radicais obtida por um teste qui-quadrado. Obtiveram-se 4
classes hierarquizadas, cada uma delas contendo um percentual de ST: a classe 1, com 18,8%;
a classe 2, com 15,1%; a classe 3, com 33,2%; e, a classe 4, com 33%.
Figura 1 Dendrograma das classes de palavras
Fonte: IRaMuTeQ
Os dados foram divididos em classes, conforme a semelhança de seus conteúdos. Assim,
primeiramente o programa dividiu o material em duas partes. A classe 4 permaneceu separada
das demais. Isso acontece quando o conjunto tem um conteúdo relativamente desarticulado do
conteúdo das demais classes. A classe 3 subdividiu-se, dando origem às classes 1 e 2. Isso
ocorreu porque, apesar de poder haver alguma diferença, os conteúdos dessas classes guardam
aproximações, conforme se discute adiante.
Silvio Duarte DOMINGOS e Edna Maria Querido de Oliveira CHAMON
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 9
Figura 2 Categorias temáticas sobre inovação pedagógica
Fonte: Elaborada pelos autores
Após ser organizado pelo programa, esse conteúdo foi analisado pelos pesquisadores,
considerando-se as orientações da AC, a perspectiva processual da TRS e a revisão de literatura
realizada. Por isso, como representa a Figura 2, os quatro agrupamentos de palavras gerados
pelo IRaMuTeQ foram transformados em três categorias temáticas sobre inovação pedagógica.
A classe 4 traz elementos representativos de saberes, a classe 3 indica recursos e as classes 1 e
2 apresentam, juntas, elementos que se referem às práticas.
Categoria 1: Saberes para a inovação pedagógica
Esta categoria temática apresenta e contextualiza os saberes que os sujeitos mobilizam
para a inovação pedagógica e oferece indícios de como eles se formulam e se transformam. O
grupo acredita que a docência na Educação Básica é relevante para seu trabalho na graduação
em Pedagogia, pois é um “pré-requisito para a docência na graduação” (P2). Isso porque,
segundo os sujeitos, essa vivência “agrega um valor muito grande a esse professor da graduação
em Pedagogia” (P2).
Os interlocutores atribuem a essa experiência profissional do início da carreira os
saberes necessários para ensinar a ser professor. Por isso, o formador fala em inovação
pedagógica, amparando seu discurso sobre a própria experiência e, a partir da comunicação
inter e intragrupal, na Educação Básica. No contexto da escola, a “inovação pedagógica,
depende do público” (P4) e dos recursos. Esclarece P4: “a experiência que eu tive com a
educação básica foi na escola pública, onde não tinha recursos”. Relata-se essa diferença, uma
vez que há inovação, “sobretudo nas escolas privadas de elite” (P8).
Os sujeitos comunicam sobre inovação com seus alunos e seus pares na universidade, e
com as famílias, na escola. Conforme exemplifica a fala de P11: “Eu trabalho numa escola que
a gente fala assim, a gente é uma escola inovadora. A gente se questiona semanalmente, se nós
As Representações Sociais de inovação pedagógica na formação de professores: Práticas, saberes e recursos
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 10
somos inovadores”. Assim, uma negociação de significados do que é inovar. Isso está
associado à disponibilidade de recursos, e esse parâmetro permite aos sujeitos avaliarem se
ou não a inovação.
Assim, no trabalho realizado na escola básica são vivenciadas experiências que
subsidiam as comunicações sobre o objeto inovação pedagógica. Por isso, infere-se que essa
vivência fornece informações para a construção de representações. Nesse sentido, a inovação
pedagógica está, necessariamente, relacionada a recursos, como indicado nas falas.
Por outro lado, o contexto universitário também subsidia saberes que influenciam as
práticas profissionais desses professores a respeito do objeto inovação pedagógica. No
ambiente universitário, esse conhecimento parece indicar algo não mais atrelado a recursos,
mas relacionado com a “mudança da prática”, mediante uma disposição do indivíduo para
inovar, como aparece no trecho que segue:
A técnica contribui para a inovação pedagógica, mas é a postura e a concepção
de aprendizagem do professor que muda o modelo de aula. Eu digo atitude no
sentido de modo de trabalho desse professor. São mais de 10 anos na
universidade, na formação de professores, no início me parece que as minhas
aulas eram mais tradicionais, hoje são bem mais inovadoras (P14).
Ao focalizar a graduação em Pedagogia, evidencia-se que inovação pedagógica parece
exercer a mesma função no discurso que “mudar o modelo de aula”. Para essa “mudança”,
hierarquizam-se, de maneira crescente, conforme a relevância para a inovação, “técnica”,
“postura” e “concepção”. É referido, também, “atitude”, como “modo de trabalhar”. Nesse
sentido, para que haja a inovação, existem a técnica, a postura e a concepção e a atitude.
Esses fragmentos ilustram como o grupo concebe o tema aqui focalizado: uma mudança
concreta no jeito de ver o próprio trabalho e no modo de trabalhar, de caráter disposicional, ou
seja, inerente ao professor. Como dizem, “minha prática mudou, inclusive hoje eu consigo olhar
a formação do meu aluno de uma maneira muito mais ampla e específica ao mesmo tempo, isso
é inovação” (P5).
O que explicaria essa mudança na concepção sobre inovação pedagógica? No contexto
da universidade, as representações que impactam as práticas desses sujeitos, gerando mudanças,
são construídos nos “espaços de diálogo, coordenação, professores, coordenador geral, todo
mundo discute as suas práticas” (P11). Além disso, relatam-se orientações institucionais, porém
“não pela questão das diretrizes da Universidade, mas também nos colegiados do curso, todas
as questões que são colocadas como uma necessidade para entender esse novo perfil de aluno”
(P5).
Silvio Duarte DOMINGOS e Edna Maria Querido de Oliveira CHAMON
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 11
Outro motivo para essa alteração na concepção sobre o objeto é a formação
continuada” (P14), que “tem sido um provocador, e a universidade nos provoca repensar nossa
metodologia [...] isso vai instigando a inovação pedagógica e transformando o modo de pensar
sobre ela” (P14). Assim, além da experiência docente na Educação Básica, as negociações de
significados que ocorrem no cotidiano do ambiente universitário também são consideradas
fundamentais para a formação do campo de informações sobre o objeto inovação pedagógica.
Então, os sujeitos explicam ser necessário entender um novo perfil de aluno, para
atender às demandas institucionais impostas pelas diretrizes. Discutem as práticas com o intuito
de atender tais exigências, que são amparadas pelas formações oferecidas pela IES. Esses
treinamentos provocam o indivíduo a “repensar as próprias práticas”. Pelas falas dos sujeitos,
e por se tratar de uma instituição privada, acredita-se que essas formações objetivam preparar
o formador para atender a demandas de um novo perfil de consumidor. Atender ao “novo
perfil”, por sua vez, exige mudanças e adaptações das práticas pedagógicas. Pautadas pelo
mercado, as mudanças institucionais influenciam as práticas dos professores, tencionando a
construção do objeto inovação pedagógica.
O que foi analisado até aqui permite a afirmação de que as RS do grupo sobre inovação
pedagógica estão vinculadas às experiências docentes, tanto na escola básica, quanto na
universidade. A categoria permite aproximar o objeto às noções de “mudança”, “adaptação” e
“adequação”, significando “melhoria pedagógica”. Porém, além de concepções do objeto no
sentido de melhoria, o grupo explica como isso se efetiva em suas práticas profissionais.
Categoria 2: Práticas de inovação pedagógica
Na categoria anterior, identificou-se a equivalência entre inovação pedagógica e
melhoria pedagógica. Nesta categoria, são apresentadas as práticas que os participantes avaliam
ser necessárias para essa melhoria, bem como aquelas consideradas não inovadoras. Ao narrar
suas experiências, os participantes referem crenças, valores e atitudes que orientam suas ações,
no sentido de um exercício profissional inovador, sustentado por representações sociais. Assim,
“inovação pedagógica é uma forma diferente de se fazer a ação educativa diferente da
reprodução” (P3), é “a mudança da prática do próprio professor” (P2). No entanto, “não adianta
eu ter a vontade e o desejo de mudança, se eu não for aplicar na minha prática” (P13).
Nesse sentido, a inovação é concebida como um fazer diferente com vistas à mudança
da prática concreta. “Inovar é mudar aquela sua prática, na verdade, incluir novas práticas, não
As Representações Sociais de inovação pedagógica na formação de professores: Práticas, saberes e recursos
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 12
necessariamente mudar completamente a prática” (P13). Não se trata, assim, de uma mudança
radical, pois a inovação pedagógica é incremental ao trabalho docente, com o acréscimo de
novas práticas. Assim, trata-se de uma inovação sustentadora, pois “mudanças radicais
desestruturam, elas tiram o chão e as pessoas ficam perdidas, eu acho que as transformações
são um movimento” (P14). Nesse sentido:
Se as práticas desse professor forem tradicionais, seus alunos não irão
aprender, então a inovação pedagógica é fundamental para o aprendizado
acontecer, mas precisa estar contextualizada, aliás nem acredito que haja
inovação pedagógicas sem uma conexão com o contexto como aluno (P19).
Os sujeitos contrastam dois tipos de métodos: os tradicionais, em que o professor é o
centro do processo de ensino-aprendizado, e os inovadores, em que o aluno é o centro desse
processo. Parece haver um consenso de que não são inovadoras as práticas tradicionais. Ao
fazerem essa diferenciação, os participantes indicam ser necessário que o professor de
Pedagogia assuma uma posição secundária na sala de aula, abrindo espaço para que os
estudantes assumam o protagonismo, nesse cenário.
Nesse sentido, diante das variadas situações pedagógicas, é preciso um conjunto de
procedimentos. A metodologia empregada possibilita a inovação, que promove um processo de
ensino-aprendizado inovador. Isso porque “a metodologia que esse professor utiliza é a ponte
para construção do conhecimento [...] é uma prática que de certa maneira permite a inovação”
(P5). Torna-se importante, então, “conhecer bem elas e planejar qual seja a estratégia e a
metodologia que melhor irão se adequar, ou melhor dizendo, quais metodologias irão funcionar
nas situações específicas” (P19).
uma sequência lógica e hierarquizada de elementos, que se inicia por “conhecer
bem”, seguida da palavra “planejar”. Depois, diferencia-se estratégia” de metodologia,
utilizando-se o aditivo “e” para conectá-las. As mudanças no perfil do próprio aluno demandam
novas metodologias, visto que as tradicionais são insuficientes para vencer o desafio que se
apresenta. Desse modo, segundo o formador, “as metodologias ultrapassadas não dão conta da
realidade de hoje na universidade onde eu trabalho” (P17). Assim, o docente deixa de ser
detentor do conhecimento, de ter todas respostas, e passa a questionar-se:
Será que a prova faz sentido no modelo de educação em que várias respostas
podem estar certas, e não mais uma resposta única? Será que uma aula
expositiva da conta dessa imensidão de conteúdos, conhecimentos, interesses
e necessidades o que temos nesse novo século? (P14).
Silvio Duarte DOMINGOS e Edna Maria Querido de Oliveira CHAMON
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 13
Desse modo, apesar de compreenderem que se trata de uma prática pedagógica que
utiliza metodologias baseadas no diálogo entre professor e aluno, para a construção do
conhecimento, nota-se que, em casos específicos, a prática está em desacordo com o que se
considera certo fazer. Isso ocorre devido a imposições institucionais que direcionam a
metodologia e a prática docentes. Assim, o docente vai produzindo sua prática pedagógica a
partir das relações que estabelece com a instituição, com os alunos e com seus pares.
Quando questionados sobre o que fariam para resolver algumas barreiras à inovação
pedagógica, que identificaram na própria prática e na IES, eles disseram:
Com o passar do tempo e com a própria formação continuada apresentada pela
universidade, eu fui incluindo nas minhas aulas metodologias mais dinâmicas,
que provocam mais a participação mais ativa dos estudantes. Se não mudar
essa postura do professor, de dizer que é ele quem conduz o processo de
aprendizagem, a gente não muda o modelo de educação, a gente não altera as
metodologias e, a gente mantém então um modelo que na minha leitura não
cabe mais no século 21 (PROFESSORA 14, 10 anos de experiência nessa
universidade).
[...] O paradigma é o professor na frente dando o recado e todos aqui calados
ouvindo o professor, tudo que foge disso para mim é inovação, e metodologias
ativas são estratégias onde os alunos vão participar (PROFESSORA 3, 14 anos
de experiência nessa universidade).
Essas falas indicam evidências de que o professor de Pedagogia a metodologia
tradicional como um problema que, para ser solucionado, demanda uma adequada metodologia.
Assim, o elemento que concretiza os significados atribuídos à inovação pedagógica pelo grupo
é entendido como “metodologias ativas”.
Tais metodologias tornam os objetivos grupais exequíveis, na medida em que munem o
sujeito social de técnicas para a inovação pedagógica. Assim, são apresentadas as técnicas do
fazer pedagógico inovador. O professor surge na ideação grupal como um artesão do
conhecimento, na medida em que se inserido em um processo de construção desse
conhecimento. Para elaborar essa artesania, o sujeito lança mão de um instrumental
denominado, aqui, genericamente, como recursos.
Categoria 3: Recursos para a inovação pedagógica
A Categoria 1 mostra a concepção de inovação como melhoria, e a Categoria 2 indica
como essa melhoria é possibilitada pelas metodologias ativas. a categoria 3 indica o papel
que os recursos têm para a inovação pedagógica, no contexto da formação em Pedagogia.
As Representações Sociais de inovação pedagógica na formação de professores: Práticas, saberes e recursos
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 14
As falas dos professores indicam que os recursos não significam condição suficiente
para haver a inovação, ou seja, não constituem a inovação, mas um apoio para implementá-la.
Então, o formador explica: “a tecnologia é uma ferramenta para me ajudar a inovar, agora, ela
não é a inovação” (P9). “Então utilizar o computador em sala de aula não necessariamente é
inovação, se eu estou reproduzindo práticas pedagógicas tradicionais” (P10).
Embora não sejam inovação, os recursos fornecem indícios dela, pois, para o grupo, a
tecnologia potencializa o inovar. Nesse sentido, a pré-disposição em usá-la ou não permite aos
sujeitos diferenciar o professor inovador do professor não inovador. Segundo os sujeitos, alguns
“professores ficavam irritados porque o aluno usava o celular em sala de aula” (P23). O grupo
atribui a aversão ao uso dos recursos tecnológicos a uma concepção tradicional de docência,
pois “o professor da escola tradicional tem um controle maior” (P23). Isso indica as condutas
desejáveis pelos membros do grupo. Inclusive,
[...] os próprios alunos hoje eles conseguem fazer assim, uma comparação
entre o professor extremamente tradicional que usa as mesmas ferramentas,
que não se modifica, que não se capacita, que não se atualiza de um outro que
está sempre mudando a sua forma de agir (PROFESSORA 2, 14 anos de
experiência nessa universidade).
Esta categoria indica a instrumentalização de práticas pedagógicas relacionadas ao
fenômeno social da inovação pedagógica. Relaciona-se, portanto, a uma ligação entre a ideia
de inovação e a ação de inovar. Isso porque as falas indicam os recursos que dinamizam e
melhoram o exercício da inovação no trabalho que o grupo realiza na graduação em Pedagogia.
Assim, aparecem elementos que sugerem atitudes positivas dos participantes, em relação ao
objeto inovação pedagógica.
Então é modernizar não numa questão visual, numa questão estética, não,
a tecnologia tem que ser atrelada para trabalhar outras funções. Por exemplo,
no geoprocessamento para localização de mapas, na elaboração de vídeos, de
conteúdos. Lógico, os alunos também podem produzir! O que geralmente
acontece? pelo valor do produto, de repente é uma câmera os alunos não tem
acesso, porque alguém tem medo de quebrar, mas dar autonomia para esses
alunos utilizarem essas tecnologias, porque querendo ou não, eles estão
inseridos nesse mundo globalizado e de inteligência artificial, então é
necessário utilizar em sala de aula, então inovação pedagógica é abrir espaço
para essas tecnologias, não demonizar a utilização do celular, é lógico, uma
utilização mediada e orientada a partir dos conteúdos são propostos em sala
de aula, mas não demonizar a tecnologia (Professor 15, 1 ano de experiência
nessa universidade).
Além da tecnologia, uma variedade de recursos que o professor pode utilizar para
apoiar a inovação pedagógica: “alguns dos novos recursos me viabilizaram aulas mais
Silvio Duarte DOMINGOS e Edna Maria Querido de Oliveira CHAMON
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 15
dinâmicas, e aulas diferentes a cada semana uma aula diferente” (P13). Assim, trata-se de criar
ou utilizar recursos variados e estratégias pedagógicas para potencializar o ensino-aprendizado.
Essa carga afetiva positiva passa pelos elementos “trabalhar”, “viabilizar”, “modernizar”,
“dinâmico” “renovação”, “diferenciação” e “novidade”, significando “melhoria”, relacionada
ao uso de recursos variados, inclusive tecnológicos, como visto nesta classe.
A tecnologia mobilizada pelos formadores na ação pedagógica melhora o processo
ensino-aprendizagem. Essa utilização está vinculada ao objetivo pedagógico e centrada na
escolha e no crivo dos formadores. Para os sujeitos, a tecnologia é um elemento que pode ser
significativo para a efetivação de inovações. Tais recursos possibilitam, de certo modo,
diminuir as dificuldades relacionadas à inovação pedagógica. Nesse caso, os sujeitos mostram-
se intencionados à ação e dão indícios de predição de comportamento, conforme os
componentes de sua atitude.
Discussão
As RS são construções da realidade forjadas e compartilhadas pelas comunicações dos
sujeitos (MOSCOVICI, 2012; JODELET, 2001). São conhecimentos forjados que suportam as
práticas sociais. Para Tardif (2012), o trabalho docente é uma prática social alicerçada,
principalmente sobre bases socioculturais e da experiência. Tais saberes são “[...] os
conhecimentos, as competências e as habilidades (ou aptidões) e as atitudes dos docentes, ou
seja, aquilo que foi muitas vezes chamado de saber, de saber-fazer e de saber-ser” (TARDIF,
2012, p. 60).
Os saberes para a docência são “[...] praxiológicos, porque se relacionam ao contexto e
às condições de trabalho e possibilitam a inovação das práticas pedagógicas” (ABDALLA,
2015, p. 215). Então, considerando-se as evidências apresentadas na categoria 1, os
participantes deste estudo constroem suas RS sobre inovação pedagógica durante as
experiências que vivenciam na Educação Básica.
Quando os interlocutores falam de inovação pedagógica no contexto da Escola Básica,
apartam o contexto público do privado. Focalizando-se a escola, a inovação pedagógica
significa ter e utilizar diversos recursos. Assim, as RS desses sujeitos parecem relacionadas ao
“emprego de recursos”. Conforme Domingos e Castro (2018) e Campolina (2012), no contexto
histórico do tema no campo educacional, tanto professores da Escola Básica, quanto parte
As Representações Sociais de inovação pedagógica na formação de professores: Práticas, saberes e recursos
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 16
significativa da literatura especializada, concebem inovação pedagógica como uso de
tecnologias, desconsiderando a centralidade dos sujeitos.
Como as RS são estruturas dinâmicas, por estarem vinculadas ao mutante contexto
sociocultural dos grupos que as forjam, transformam-se conforme as pessoas interagem entre
si e com os objetos socialmente criados (LAHLOU, 2019). Também conforme Campos (2003),
representações e práticas sociais influenciam-se e autodeterminam-se. Assim, os fragmentos
das falas na categoria 1 sugerem que as representações dos sujeitos participantes se
transformam em sua atuação na graduação em Pedagogia.
Isso ocorre porque, segundo a Psicologia Social, trata-se de um outro grupo social, posto
que seu objetivo não é formar o estudante na escola, mas formar aquele que será professor na
escola (MICHENER; DELAMATER; MYERS, 2005), e também porque há um novo conjunto
de experiências, sujeitos e práticas. Então, as RS desses sujeitos sobre inovação pedagógica, no
contexto da Pedagogia, indicam o sentido de “melhoria pedagógica”. Essa construção deixa
evidentes duas representações de inovação pedagógica, estritamente vinculadas a duas
atividades profissionais, uma na escola e outra na universidade. Portanto, essas duas
construções, “emprego de recursos” e “melhoria pedagógica”, mostram dois objetos sociais
distintos representados por dois sujeitos sociais diferentes.
Para que essa “melhoria pedagógica” seja possível, os sujeitos indicam ser relevantes
mais dois elementos: os recursos tecnológicos, na instrumentalização de práticas pedagógicas
de inovação, como visto na categoria 3; e as metodologias ativas, na concretização de uma
prática inovadora, conforme apontado na categoria 2. Logo, “tecnologias” e “metodologias
ativas” passam a fazer parte dos componentes dessa representação.
Considerando a abordagem processual da TRS, (JODELET, 2001), observa que, no
processo de objetivação dessas RS, a construção seletiva é feita com “melhoria pedagógica”,
“tecnologias” e “metodologias ativas”. Na esquematização estruturante, as “metodologias
ativas”, associadas a “tecnologias”, promovem a “melhoria pedagógica”. Conclui-se o processo
de objetivação naturalizando-se a objetivação na seguinte sentença, “as metodologias ativas e
as tecnologias melhoram a Pedagogia” (P23). O núcleo figurativo dessa objetivação está
apresentado na Figura 3. Tais achados corroboram diversas publicações, por exemplo, as de
Wagner e Cunha (2019b), Masetto (2018) e Quintanilha (2017). Esses autores exemplificam
um grupo maior, que relaciona o empenho de “tecnologias” e a mobilização das ditas
“metodologias ativas”, para que se possa melhorar o processo de ensino-aprendizagem no
ensino superior.
Silvio Duarte DOMINGOS e Edna Maria Querido de Oliveira CHAMON
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 17
Figura 3 Núcleo figurativo das representações de inovação pedagógica
Fonte: Elaborada pelos autores
A ancoragem dessas representações ocorre sobre a relação pedagogia nova e pedagogia
tradicional. Em diversos momentos, os interlocutores remetem à diferença entre o que é ou não
em relação a essa relação dual, tradicional versus novo. Essa ancoragem acomoda o objeto
social (inovação pedagógica) no universo simbólico do grupo de professores. Acredita-se que
o vínculo entre esse objeto e o repertório simbólico preexistente na memória coletiva e no
imaginário do grupo se estabeleça com os quadros histórico e cultural, mas também formativo
desse sujeito social. Especificamente, no que tange o movimento de renovação educacional
brasileiro do início do século 20 e seus representantes, os Pioneiros da Escola Nova.
Esse Manifesto instituiu “um verdadeiro arsenal simbólico que atua no imaginário
social, construindo uma memória educacional que tem no próprio Manifesto o marco da
renovação educacional no Brasil” (XAVIER, 2004, p. 5). O impacto desse movimento foi
tamanho, que marcou a cultura do grupo e incide sobre as formações inicial e continuada de
professores até a contemporaneidade.
Considerações finais
As pesquisas sobre formação e trabalho docentes dizem que os professores não têm sido
preparados para o complexo contexto profissional contemporâneo que vem transformando a
escola. Sugere-se que isso se deva a uma formação de professores tradicional. Para responder
a essa demanda, a literatura sugere uma inovação pedagógica emancipatória, que reconheça a
centralidade e a relevância dos sujeitos envolvidos.
Nessa perspectiva de inovação, não se pode ignorar o papel das representações sociais
na construção compartilhada da realidade, logo, na vida em sociedade. Contudo, poucas
As Representações Sociais de inovação pedagógica na formação de professores: Práticas, saberes e recursos
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 18
pesquisas focalizam o formador de professores e sua subjetividade, mesmo que esse sujeito seja
insubstituível e central na preparação de profissionais que irão atuar nas escolas.
Em face do exposto, na pesquisa relatada neste artigo, o objetivo foi explicar as
representações sociais que professores da graduação em Pedagogia elaboram sobre inovação
pedagógica. Para isso, implementou-se uma pesquisa qualitativa, tendo sido entrevistados 23
formadores. O material coletado foi tratado com o apoio do programa IRaMuTeQ e,
posteriormente, submetido à análise temática de conteúdo.
Os resultados indicam que uma mudança nas representações, por um lado, quando
referidas à Escola Básica, tencionam-se para “emprego de recursos”, e por outro lado, quando,
referidas ao trabalho na graduação, objetivam-se em “tecnologias”, “metodologias ativas” e
“melhoria pedagógica”. Essas representações referentes à Formação Superior ancoram-se no
quadro histórico da Educação Brasileira. Notadamente, aludem ao movimento de renovação
educacional do início do século 20, impulsionado pelos Pioneiros da Educação, e ao seu
impacto na formação docente. São essas, portanto, as representações que amparam o trabalho
do formador de professores.
Essa representação é tão forte entre os formadores de professores que parece haver uma
relação natural entre inovação e melhoria pedagógica, no entanto, não há vínculo natural entre
inovação e melhoria. Então, isso parece ser suplementado no processo de objetivação. A
perspectiva da inovação emancipatória prevê a centralidade dos sujeitos. Contudo, questiona-
se: onde está o próprio sujeito, nessas representações que foram identificadas?
É evidente que o grupo elabora essa representação, indispensável nesse processo, mas
sua fala não permite que seja identificada a centralidade do sujeito e sua criatividade docente
para a inovação pedagógica. Somente quando falam em motivação referem-se ao próprio papel
no processo inovador. Mesmo os saberes da experiência são impactados pelas diretrizes
institucionais, pela primazia do método ativo e pelo aporte dos recursos externos.
Assim, os formadores parecem atribuir a inovação pedagógica a questões
majoritariamente situacionais. Elas indicam que os sujeitos se amparam, tanto no saber oriundo
da experiência na escola, quanto na própria universidade, para o seu fazer profissional. Assim
sendo, o que explicaria tamanha discrepância entre a formação e o futuro exercício profissional
dos professorandos (CANDAU, 2020; REIS; ANDRE; PASSOS, 2020; NÓVOA, 2019), em
relação ao trabalho de seus formadores?
A TRS explica que as pessoas amparam suas práticas nas representações que comungam
com seu grupo de pertença (MOSCOVICI, 2012; JODELET, 2001). A hipótese aqui levantada
Silvio Duarte DOMINGOS e Edna Maria Querido de Oliveira CHAMON
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 19
é: por acreditar que seu trabalho é um modelo para o aluno que forma (visto que alguns desses
formadores atuaram ou ainda atuam no contexto escolar), eles agem acreditando que a própria
prática é, per se, formadora. Contudo, as práticas da formação docente não são as mesmas que
deverão ser exercidas na escola, pois os objetivos educativos desses lugares são diferentes.
Assim, parece que venha a ser interessante a realização de uma investigação sobre a
autoeficácia da prática formativa.
As próprias falas dos participantes evidenciam que o grupo profissional também não é
o mesmo, ainda que seus componentes atuem em ambos os espaços, visto que são universos
psicossociais distintos. Isso também fica claro porque o objeto inovação pedagógica, quando
perspectivado no contexto da escola, sugere emprego de recursos”, e porque, na formação
docente, vem a significar “melhoria pedagógica”. Portanto, parece haver uma dissonância
cognitiva (MICHENER; DELAMATER; MYERS, 2005) que tende a ser um grande desafio ao
trabalho de formar profissionais inovadores para uma escola em metamorfose. Os formadores
sabem que aquilo que fazem e oferecem como exemplo não será mobilizado na futura prática
dos formandos.
Com base nos resultados da pesquisa, recomenda-se cautela àqueles que formulam
políticas para formação de professores e de seus formadores, às IES e, principalmente, aos
próprios formadores, quanto à aproximação entre formação docente e contexto da escola básica.
As Licenciaturas precisam centralizar a escola na formação dos profissionais que nela atuarão,
conforme indicam Lüdke e Ivenicki (2022). Registra-se que o período destinado ao estágio é
de sobremaneira importante nesse processo.
No que diz respeito ao tema pesquisa e inovação pedagógica, parece insuficiente a
formação pelo exemplo, conforme sugerido pelos próprios sujeitos (DOMINGOS; COSTA,
2022), ou pela literatura (FREIRE, 2015). Isso se em virtude, como explica a Psicologia
Social, da abordagem processual da TRS e também, como identificado na pesquisa, ainda que
os indivíduos sejam os mesmos atuando em ambos os contextos (escola e universidade), trata-
se de grupos e objetos sociais diferentes, portanto com diferentes construções da realidade.
Recomenda-se cuidado ao se tencionar a formação docente, centralizando-a no contexto
escolar, com o pretexto de fornecer um vislumbre do que será a futura prática profissional aos
alunos, sob risco de estabelecer uma “miopia formativa”. Isso ocorre visto que não nenhuma
consequência natural entre “aproximar escola e formação docente” e “melhoria da formação”.
As possíveis relações precisam ser problematizadas, o que poderia ser feito em futuras
pesquisas. Tal fato se pois, conforme a própria literatura, a escola está em mutação
As Representações Sociais de inovação pedagógica na formação de professores: Práticas, saberes e recursos
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 20
(NÓVOA, 2019), e uma formação centrada na escola do presente talvez não atenda à escola do
futuro.
Neste artigo, o trabalho ratifica o que afirma Lüdke e Ivenicki (2022), no sentido de que
a pesquisa parece ser, até então, o melhor modo de aproximar escola e universidade, pois
permite um olhar científico sobre as aproximações e as diferenças. Acredita-se que isso é válido,
inclusive para se evitar armadilhas de “reações com consequências naturais”, porém
potencialmente enganosas, como aquela entre inovação e melhoria pedagógica, que sugere a
autoeficácia de métodos ativos e recursos tecnológicos em detrimento do próprio sujeito.
REFERÊNCIAS
ABDALLA, M. F. B. Saberes da docência: definindo pistas para inovar as práticas
pedagógicas. Revista de Educação, Campinas, v. 20, n. 3, p. 215-227, 2015. Disponível em:
https://seer.sis.puc-campinas.edu.br/reveducacao/article/view/2909. Acesso em: 12 jun. 2022.
ABRIC, J. C. Coopération, compétition et représentations sociales. Fribourg: DelVal,
1987.
ANDRÉ, M. Práticas inovadoras na formação de professores. Campinas, SP: Papirus
Editora, 2018.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.
BAUER, M. W.; GASKELL, G. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um
manual prático. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2015.
CAMARGO, B. V.; JUSTO, A. M. IRAMUTEQ: Um Software Gratuito para Pesquisa de
Dados Textuais. Temas em Psicologia, Ribeirão Preto, v. 21, n. 2, p. 513-518, 2013.
Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
389X2013000200016. Acesso em: 12 jun. 2022.
CAMPOLINA, L. O. Inovação educativa e subjetividade: a configuração da dimensão
histórico-subjetiva implicada em um projeto inovador. 2012. Tese (Doutorado em Educação).
Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2012.
CAMPOS, P. H. F. O estudo das relações entre práticas sociais e representações. Estudos
Goiânia, Goiânia, v. 30, n.1, 51-59, 2003. Disponível em: https://www.e-
publicacoes.uerj.br/index.php/psi-sabersocial/article/view/30664. Acesso em: 14 jun. 2022.
CANDAU, V. M. F. Didática, interculturalidade e formação de professores: desafios atuais.
Revista Cocar, n. 8, p. 28-44, 2020. Disponível em:
https://periodicos.uepa.br/index.php/cocar/article/view/3045. Acesso em: 10 jun. 2022.
Silvio Duarte DOMINGOS e Edna Maria Querido de Oliveira CHAMON
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 21
DOMINGOS, S. D.; CASTRO, M. R. Representações sociais de professores formadores
sobre a prática de professores da Educação Básica. Revista de Educação, Campinas, v. 22, n.
2, p. 299-315, 2017. Disponível em: https://seer.sis.puc-
campinas.edu.br/reveducacao/article/view/3704. Acesso em: 14 abr. 2022.
DOMINGOS, S. D.; COSTA, C. C. Representações sociais de professores de pedagogia sobre
suas práticas pedagógicas: o sentido de modelo. Revista Inter Ação, Goiânia, v. 47, n. 2, p.
715–730, 2022. Disponível em: https://revistas.ufg.br/interacao/article/view/71363. Acesso
em: 01 jan. 2023.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 52. ed. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 2015.
GATTI, B. A. et al. Professores do Brasil: novos cenários de formação. Brasília, DF:
UNESCO, 2019.
INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Censo do
Ensino Superior. Brasília, DF:Inep, 2022.
JODELET, D. Representações sociais: um domínio em expansão. In: JODELET, D. (org.). As
Representações sociais. Rio de Janeiro: Eduerj, 2001.
LAHLOU, S. O papel da Psicologia na construção dos Objetos. Revista Educação e Cultura
Contemporânea, v. 16, n. 45, p. 8-30, 2019. Disponível em:
http://periodicos.estacio.br/index.php/reeduc/article/viewArticle/6715. Acesso em: 14 jun.
2022.
LÜDKE, M.; IVENICKI, A. Teoria e prática na formação de professores: Brasil, Escócia e
Inglaterra. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, v. 30, p. 579-597, 2022.
Disponível em: https://www.scielo.br/j/ensaio/a/kzRxZ6gdTBGSbrxJbZn8vrs/. Acesso em:
14 jun. 2022.
MASETTO, M. T. Metodologias ativas no ensino superior: para além da sua aplicação,
quando fazem a diferença na formação de profissionais? Revista e-Curriculum, v. 16, n. 3,
p. 650-667, 2018. Disponível em:
https://revistas.pucsp.br/index.php/curriculum/article/view/37099. Acesso em: 14 jun. 2022.
MICHENER, A. H.; DELAMATER, J. D.; MYERS, D. J. Psicologia Social. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2005.
MOSCOVICI, S. A psicanálise, sua imagem e o seu público. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.
NÓVOA, A. Os Professores e a sua Formação num Tempo de Metamorfose da Escola.
Educação e Realidade, v. 44, n. 3, e84910, 2019. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/edreal/a/DfM3JL685vPJryp4BSqyPZt/. Acesso em: 14 jun. 2022.
QUINTANILHA, L. F. Inovação pedagógica universitária mediada pelo Facebook e
YouTube: uma experiência de ensino-aprendizagem direcionado à geração-Z. Educação em
revista, Curitiba, n. 65, p. 249-263, 2017. Disponível em:
As Representações Sociais de inovação pedagógica na formação de professores: Práticas, saberes e recursos
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 22
https://www.scielo.br/j/er/a/DtqpqKHBLg59MMfQkKZPfZv/abstract/?lang=pt. Acesso em:
14 jun. 2022.
REIS, A.; ANDRÉ, M.; PASSOS, L. F. Políticas de formação de professores no Brasil, pós
LDB 9.394/96. Formação Docente–Revista Brasileira de Pesquisa sobre Formação de
Professores, v. 12, n. 23, p. 33-52, 2020. Disponível em:
https://revformacaodocente.com.br/index.php/rbpfp/article/view/289. Acesso em: 14 jun.
2022.
TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ: Editora Vozes,
2012.
VEIGA, I. P. A. Inovações e projeto-pedagógico: uma relação regulatória ou emancipatória?
Caderno Cedes, Campinas, v. 23, n. 61, p. 267-281, 2003. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-
32622003006100002&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 10 jan. 2020.
VINUTO, J. A amostragem em bola de neve na pesquisa qualitativa: um debate em aberto.
Temáticas, Campinas, v. 22, n. 44, p. 203-220, 2014. Disponível em:
https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/tematicas/article/download/10977/6250/1856
8. Acesso em: 14 jun. 2022.
WAGNER, F.; CUNHA, M. I. Qual a importância de inovar no ensino superior? Em Aberto,
Brasília, v. 32, n. 106, p. 19-23, set/dez. 2019a. Disponível em:
http://rbep.inep.gov.br/ojs3/index.php/emaberto/article/view/4222. Acesso em: 14 jun. 2022.
WAGNER, F.; CUNHA, M. I. Oito assertivas de inovação pedagógica na educação superior.
Em Aberto, Brasília, v. 32, n. 106, p. 27-41, 2019b. Disponível em:
http://rbep.inep.gov.br/ojs3/index.php/emaberto/article/view/4223. Acesso em: 14 abr. 2022.
XAVIER, L. N. O Manifesto dos pioneiros da educação nova como divisor de águas na
história da educação brasileira. In: XAVIER, M. C. (org.). Manifesto dos pioneiros da
educação: um legado educacional em debate. Rio de Janeiro: FGV, 2004.
Silvio Duarte DOMINGOS e Edna Maria Querido de Oliveira CHAMON
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 23
CRediT Author Statement
Reconhecimentos: Não há.
Financiamento: Não há.
Conflitos de interesse: Não há.
Aprovação ética: Sim. CAEE 21074619.6.0000.5284.
Disponibilidade de dados e material: Os dados e materiais utilizados no trabalho estão
disponíveis em: https://portal.estacio.br/media/4684198/tese_silvio_duarte_domingos.pdf.
Contribuições dos autores: Silvio Duarte Domingos concepção, idealização, escrita e
revisão; Edna Maria Querido de Oliveira Chamon orientação e colaboração na escrita
do artigo e revisão.
Processamento e edição: Editora Ibero-Americana de Educação.
Correção, formatação, normalização e tradução.
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 1
THE SOCIAL REPRESENTATIONS OF PEDAGOGICAL INNOVATION IN
TEACHER TRAINING: PRACTICES, KNOWLEDGE AND RESOURCES
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE INOVAÇÃO PEDAGÓGICA NA FORMAÇÃO
DE PROFESSORES: PRÁTICAS, SABERES E RECURSOS
LAS REPRESENTACIONES SOCIALES DE LA INNOVACIÓN PEDAGÓGICA EN LA
FORMACIÓN DOCENTE: PRÁCTICAS, CONOCIMIENTOS Y RECURSOS
Silvio Duarte DOMINGOS1
e-mail: silvio.duartte@gmail.com
Edna Maria Querido de Oliveira CHAMON2
e-mail: edna.chamon@gmail.com
How to reference this paper:
DOMINGOS, S. D.; CHAMON, E. M. Q. O. The Social
Representations of pedagogical innovation in teacher training:
Practices, knowledge and resources. Rev. Educação e Fronteiras,
Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN: 2237-258X. DOI:
https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893
| Submitted 25/07/2022
| Revisions required: 15/09/2022
| Approved: 20/11/2022
| Published: 16/03/2023
Editor:
Prof. Dr. Alessandra Cristina Furtado
Deputy Executive Editor:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
Estácio de University (UNESA), Petrópolis RJ Brazil. Researcher and Full Professor 3. Post-Doctoral
Student in Public Policy (UFRJ).
Estácio de Sá University (UNESA), Petrópolis RJ Brazil. Permanent Professor. Post-Doctorate in Education
(UNICAMP).
The Social Representations of pedagogical innovation in teacher training: Practices, knowledge and resources
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 2
ABSTRACT: Research on teacher training and work says that teachers have not been prepared for
the complex contemporary professional context that has been transforming schools. It is suggested
that this is due to traditional teacher training. To meet these demands, pedagogical innovation is
recommended. Thus, the objective was to explain the social representations that undergraduate
professors in Pedagogy elaborate on pedagogical innovation. For this, qualitative research was
implemented, with 23 trainers being interviewed. The collected material was treated with the
support of the IRaMuTeQ program and subsequently subjected to thematic content analysis. The
results indicate that there is a change in representations, on the one hand, when referring to the Basic
School, they are intended for “use of resources”, and on the other hand, when, referring to work in
graduation, they are objectified in “technologies”, “active methodologies and pedagogical
improvement”. It is concluded that these representations referring to Higher Education are anchored
in the historical framework of Brazilian Education.
KEYWORDS: Theory of Social Representations. Teacher training. Pedagogical innovation.
RESUMO: As pesquisas sobre formação e trabalho docentes dizem que os professores não têm
sido preparados para o complexo contexto profissional contemporâneo que vem transformando a
escola. Sugere-se que isso se deve a uma formação de professores tradicional. Para fazer frente a
essas demandas, é indicada a inovação pedagógica. Assim, o objetivo foi explicar as
representações sociais que professores da graduação em Pedagogia elaboram sobre inovação
pedagógica. Para isso, implementou-se uma pesquisa qualitativa, tendo sido entrevistados 23
formadores. O material coletado foi tratado com o apoio do programa IRaMuTeQ e,
posteriormente, submetido à análise temática de conteúdo. Os resultados indicam que uma
mudança nas representações: por um lado, quando referidas à Escola Básica, tencionam-se para
“emprego de recursos”; por outro lado, quando referidas ao trabalho na graduação, objetivam-se
em “tecnologias”, “metodologias ativas” e “melhoria pedagógica”. Conclui-se que essas
representações referentes à Formação Superior se ancoram no quadro histórico da Educação
Brasileira.
PALAVRAS-CHAVE: Teoria das Representações Sociais. Formação docente. Inovação
pedagógica.
RESUMEN Las investigaciones sobre formación y trabajo docente afirman que los docentes no
han sido preparados para el complejo contexto profesional contemporáneo que ha ido
transformando las escuelas. Se sugiere que esto se debe a la formación docente tradicional. Para
satisfacer estas demandas, se indica la innovación pedagógica. Así, el objetivo fue explicar las
representaciones sociales que los profesores de licenciatura en Pedagogía elaboran sobre la
innovación pedagógica. Para ello, se implementó una investigación cualitativa, siendo
entrevistados 23 formadores. El material recolectado fue tratado con el apoyo del programa
IRaMuTeQ y posteriormente sometido a análisis de contenido temático. Los resultados indican que
hay un cambio en las representaciones, por un lado, al referirse a la Escuela Básica, se pretenden
“aprovechamiento de recursos”, y, por otro lado, cuando, al referirse al trabajo en la graduación,
se objetivan en “tecnologías”, “metodologías activasy “mejora pedagógica”. Se concluye que
estas representaciones referentes a la Educación Superior están ancladas en el marco histórico de
la Educación Brasileña.
PALABRAS CLAVE: Teoría de las Representaciones Sociales. Formación docente. Innovación
pedagógica.
Silvio Duarte DOMINGOS and Edna Maria Querido de Oliveira CHAMON
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 3
Introduction
Researchers who have been problematizing the relationship between training and
teaching work for decades keep up to date, in reference to new challenges (LÜDKE;
IVENICKI, 2022; CANDAU, 2020; REIS; ANDRE; PASSOS, 2020; NÓVOA, 2019). Thus,
they contribute to the understanding of the obstacles imposed by contemporaneity to teacher
education.
According to these researches, the training of Brazilian teachers has not prepared them
for the professional reality that awaits them (LÜDKE; IVENICKI, 2022); therefore, there is a
need for it to enable them to "[...] the current challenges of/in everyday school life" (CANDAU,
2020, p. 29, our translation). To meet this need, some issues deserve special attention, such as
the increasing advance of digital information and communication technologies (TDICS) and
the diversity of subjects in schools (CANDAU, 2020).
Considering that in the coming years "[...] we will see a complex metamorphosis of the
school" (NÓVOA, 2019, p. 2, our translation), we demand a teacher training that can face these
changes. Thus, it is recommended that educators be formed who can deconstruct what is
standardized and uniformizing in school.
This uniformity is partly attributed to a traditional teacher training, which has not
considered school demands since the last century as "[...] educational practices using new
methodologies and support materials to improve this learning" (REIS; ANDRE; PASSOS,
2020, p. 40, our translation). Therefore, the authors demand a teacher training that considers
the school and its capacity for innovation.
Teacher training, therefore, does not prepare them for the challenges that the complex
contemporary society imposes on the school and its work (LÜDKE; IVENICKI, 2022;
CANDAU, 2020; REIS; ANDRE; PASSOS, 2020; NÓVOA, 2019).
This is said to mention that the literature recommends pedagogical innovation in teacher
education, in order to face a school that demands updating and adaptation to a complex social
context (ANDRE, 2018; CANDAU, 2020; REIS; ANDRE; PASSOS, 2020; NÓVOA, 2019).
"It is observed, therefore, that studies on policies and practices related to pedagogical
innovation in higher education are emerging and object of special interest" (WAGNER;
CUNHA, 2019a, p. 19, our translation).
In this regard, Veiga (2003) points out two different strands on pedagogical innovation.
The first of these, regulatory, is based on the foundations of modern, positivist science, which
does not admit other ways of knowing that they do not commune with their precepts. The
The Social Representations of pedagogical innovation in teacher training: Practices, knowledge and resources
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 4
second, emancipatory, with a more qualitative aspect, has the potential to transform the school.
This is because its validity criteria are the centrality and active participation of subjects directly
impacted by innovative proposals (VEIGA, 2003).
Centralizing teacher trainers would be relevant, since, in direct contact with their
undergraduate students, these professors prepare the future teacher for the Basic School.
Moreover, in the formative spaces, they are the only ones that can move the knowledge of
teaching, indispensable to link theory to practice (TARDIF, 2012). Nevertheless, they are
irreplaceable in the initial and continued education of those who will work in Brazilian schools,
for Gatti et al. (2019) there are few investigations into them. From this perspective, Gatti et al.
(2019, p. 271, our translation) indicate that the most "[...] obscured in the discussions and
research in the field of teacher education is the trainer". This fact determined the centralization
of this study in the teacher-trainer of teachers in the Pedagogy course.
In this perspective, focusing on research on pedagogical innovation, investigations are
urgently required about the subjectivity of education professionals (CAMPOLINA, 2012). This
is because the attitudes and practices of individuals are guided by the social representations
constructed by the social group to which they belong (MOSCOVICI, 2012).
Social representations are constructions of reality, theories of common sense, always
elaborated and shared collectively in daily life, through communications between individuals
(MOSCOVICI, 2012). These formulations occur at the psychosocial plane, as they are
consensuses that govern life in society.
According to Jodelet (2001), these theories, formed by beliefs, values, opinions and
attitudes, are relevant precisely because they support people to act on the world. The study of
these representations allows us to understand what gives meaning to the actions of individuals.
In research on the social representations that professors of the undergraduate degree in
Pedagogy elaborate on their own professional practice, Domingos and Costa (2022) identified
that they see themselves as a model for the students who form. Therefore, the trainers have
great responsibility, because the "[...] nature of his practice, eminently formative, underlines
the way he accomplishes it. Its presence in the room is so exemplary" (FREIRE, 2015, p. 64,
our translation). Therefore, the work of pedagogy teachers exemplifies how teaching should be
done.
Based on these considerations, the question is: What representations about pedagogical
innovation support the work of the teacher trainer? What actions are associated with these
representations? What would explain such a distance between the training and the future
Silvio Duarte DOMINGOS and Edna Maria Querido de Oliveira CHAMON
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 5
professional practice of teachers, regarding the work of the trainer? Thus, this research aims to
investigate the social representations that undergraduate professors in Pedagogy build on
pedagogical innovation.
The need to shed light on teacher trainers, given the relevance of their role and the little
that has been investigated about them, would already justify this work (GATTI et al., 2019).
However, it is also observed that: i) teacher education has not prepared them for contemporary
school (CANDAU, 2020; REIS; ANDRE; PASSOS, 2020; NÓVOA, 2019); ii) pedagogical
innovation in teacher training is relevant for this context (VEIGA, 2003; WAGNER; CUNHA,
2019a) and; iii) trainers represent, in their own practices, a model for the professionals they are
preparing (DOMINGOS; COSTA, 2022).
If social representations are collective constructions of reality, (MOSCOVICI, 2012),
then knowing and explaining these social representations can have significant relevance. Those
who study teacher education and work will be more closely approached to an important angle
that is still little investigated: the trainers and the conceptions they collectively build about their
work. Teachers' trainers can provide a glimpse into the RS that guide their actions, which
constitutes a platform for them to reflect on such RS and modify aspects of their work.
Moreover, this work provides a theoretical-methodological approach to a possibly interesting
reality, that of the formulation of public policies for the training of teacher trainers.
The theoretical-methodological contribution of the theory of social representations
The RS are, according to Jodelet (2001, p. 22, our translation), "[...] a form of
knowledge, socially elaborated and shared, with a practical objective, and which contributes to
the construction of a reality common to a social set". In the same direction, Moscovici (2012)
understands the RS as theories of common sense that prepare the social subject for concrete
practice.
Thus, the RS are born from the daily communications of the subjects. The
representation, as a social construction of reality, provides the groups with a framework of
information that will support them in taking positions, in relation to the most varied objects
with which they will come across in everyday life. Therefore, for Moscovici (2012), the RS
guide the behavior.
In this sense, Abric (1987, p. 64, our translation) explains that the RS provide a "[...]
functional vision of the world that allows the individual or group to give meaning to their
The Social Representations of pedagogical innovation in teacher training: Practices, knowledge and resources
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 6
conducts and understand reality through their own reference system, then adapt and define their
place in this reality". Individuals, in their social groups, exchange information about the
phenomena and, in this process, build the RS.
Synthetically, according to Jodelet (2001, p. 38, our translation), they are "[...]
constituents of representation (information, images, beliefs, values, opinions, cultural,
ideological elements, etc.)". Therefore, the RS are composed of symbolic elements, expressed
by social communications and negotiated dialectically and rhetorically, intragroups and
intergroups.
The research presented here is affiliated to the procedural approach developed by Denise
Jodelet, because this aspect prioritizes the meanings conducted in communications.
TRS’ procedural approach
Studies linked to the procedural perspective seek the processes that generate the RS,
called objectification and anchorage. Objectification is a process that seeks to "establish" new
notions, forming them, making them understandable and communicable. For Moscovici (2012),
it is what makes a concept real. Through objectification abstract elements become concrete.
According to Moscovici (2012), the objectification process enables the materialization
of a group ideation. In it, the elements of a representation are materialized in figurative words,
images or schemes. Thus, objectification materializes the social phenomenon, so that it can be
shared by people, through languages.
Objectification occurs in three phases: selective construction elects the elements that
will make up the final image of the representation, depending on the psychosocial system of
the group; the structuring scheme hierarchizes and concretizes the elements previously retained,
producing a figurative scheme of thought; and, the naturalization of the representation allows
the categorization and communication of the object represented by the group, which begins to
make up its symbolic universe (JODELET, 2001).
In the objectification process, one can add, suppress or even distort attributes inherent
to the object. Such effects may occur due to distortions in the group's cognition in relation to
the object, repression of social norms, or even prejudices.
The anchorage process deals with the accommodation of a social object in a set of
categories previously existing in the symbolic universe of a given social group. There is the
support of a new knowledge in an order of preexisting knowledge. According to Jodelet (2001),
Silvio Duarte DOMINGOS and Edna Maria Querido de Oliveira CHAMON
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 7
in this process, a meaning is attributed by the group to the object. Therefore, it becomes an
instrument for the construction of reality. Therefore, it undergoes changes to suit, while
changing the pre-existing system.
The study of these two generating processes should be done on communications
materials, seeking the materialization of the properties attributed by the subject to the object
(JODELET, 2001). They should also be considered references in the particular culture and
history of social groups. Therefore, methodological procedures must rescue, in the
communicative game, elements that indicate the processes that generate social representations.
Methodological procedures
In view of the procedural approach of TRS, qualitative research was carried out
(BAUER; GASKELL, 2015). Twenty-three trainers collaborated with the study who, for ethical
reasons, were appointed P1, P2, P3 and so on. Eighteen women and five men, aged from twenty-
nine to fifty-eight years and with teaching time from one to thirty years. All are graduates, three
are graduates at latu-sensu level, ten have a master's degree, ten have doctorates and all have
professional experience in schools. They are working in the face-to-face modality of the
graduation in Pedagogy in private universities in the cities of Teresópolis, Petrópolis, Rio de
Janeiro, Duque de Caxias and Nova Iguaçu, all of the State of Rio de Janeiro. We opted for the
private sector, which has 697,497 enrollments in this undergraduate course, of the 816,427
appointed by the National Institute of Educational Studies and Research Anísio Teixeira (INEP,
2022).
Data collection was performed through semi-structured interviews between February
and April 2019, after approval of the project by the Research Ethics Committee. It was
established as a criterion for inclusion the fact of being a teacher in the pedagogy course on the
selected university campuses. As an exclusion criterion, the refusal of the subject to participate.
The snowball technique was used in the sample composition (VINUTO, 2011). The interviews
took place until the saturation of the sample (BAUER; GASKELL, 2015).
After the interviews were transcribed, the material composed a corpus of analysis that
was inserted in the IRaMuTeQ (Interface of R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes
et de Questionnaires). Camargo and Justo (2013) suggest the use of this tool in analysis of the
hierarchical classification type descending. After processing in the program, the data were
analyzed according to the Content Analysis suggested by Bardin (2011).
The Social Representations of pedagogical innovation in teacher training: Practices, knowledge and resources
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 8
According to Bardin (2011), this analysis is distributed in three stages: pre-analysis,
exploration of the material and treatment with inference and interpretation from the results.
After Content Analysis, the categories were created and entered under thematic titles that
represented them significantly, as shown in the following item.
Findings
The corpus of analysis inserted in the IRaMuTeQ was separated into 1,752 text
segments (TS), using 1,504 ST (85.84%). Four groupings of words were generated, according
to the frequency of radicals obtained by a chi-square test. Four hierarchical classes were
obtained, each containing a percentage of TS: class 1, with 18.8%; class 2, with 15.1%; class
3, with 33.2%; and class 4, with 33%.
Figure 1 Dendogram of word classes
Source: IRaMuTeQ
The data were divided into classes, according to the similarity of their contents. Thus,
first the program divided the material into two parts. Class 4 remained separate from the other.
This happens when the set has relatively disjointed content from the contents of the other
classes. Class 3 was subdivided, giving rise to classes 1 and 2. This was because, although there
may be some difference, the contents of these classes keep approximations, as discussed below.
Class 3: Class, Lesson, Smartphone, to read, Technology, to use, Example, to speak; Class 2: Knowledge,
Methodology, Traditional, Active, Construction, Model, to change, Teacher; Class 1: Pedagogical, Innovation,
Innovative, to learn, ICT, Practical, Desire, to find, to utilize, to innovate; Class 4: Basic, Education, University,
Course, Public, Experience, School year, Subject, Childhood.
Silvio Duarte DOMINGOS and Edna Maria Querido de Oliveira CHAMON
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 9
Figure 2 Thematic categories on pedagogical innovation
Source: Prepared by the authors
After being organized by the program, this content was analyzed by the researchers,
considering the guidelines of the Content Analysis, the procedural perspective of the TRS and
the literature review performed. Therefore, as shown in Figure 2, the four groupings of words
generated by IRaMuTeQ were transformed into three thematic categories on pedagogical
innovation. Class 4 brings representative elements of knowledge, class 3 indicates resources,
and classes 1 and 2 together present elements that refer to practices.
Category 1: Knowledge for pedagogical innovation
This thematic category presents and contextualizes the knowledge that subjects mobilize
for pedagogical innovation and offers indications of how they formulate and transform. The
group believes that teaching in Basic Education is relevant for their work in undergraduate
pedagogy, as it is a "prerequisite for teaching in undergraduate studies" (P2). This is because,
according to the subjects, this experience "adds a great value to this professor of pedagogy"
(P2).
The interlocutors attribute to this professional experience from the beginning of the
career the knowledge necessary to teach to be a teacher. Therefore, the trainer talks about
pedagogical innovation, supporting his discourse about his own experience and, from inter and
intragroup communication, in Basic Education. In the context of the school, "pedagogical
innovation depends on the public" (P4) and resources. P4 clarifies: "the experience I had with
basic education was in public school, where I had no resources." This difference is reported,
since there is innovation, "especially in elite private schools" (P8).
Class 4: Knowledges for pedagogical innovation; Class 1 and 2: Pedagogical innovation practices; Class 3:
Resources for pedagogical innovation.
The Social Representations of pedagogical innovation in teacher training: Practices, knowledge and resources
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 10
The subjects communicate about innovation with their students and peers at the
university, and with families, at school. As p11's line exemplifies: "I work in a school that we
talk about like this, we are an innovative school. We wonder weekly, whether we are
innovators." Thus, there is a negotiation of meanings of what it is to innovate. This is associated
with the availability of resources, and this parameter allows subjects to evaluate whether or not
there is innovation.
Thus, in the work carried out in primary school, experiences are experienced that
support communications about the object pedagogical innovation. Therefore, it is inferable that
this experience provides information for the construction of representations. In this sense,
pedagogical innovation is necessarily related to resources, as indicated in the statements.
On the other hand, the university context also subsidizes knowledge that influences the
professional practices of these teachers regarding the object pedagogical innovation. In the
university environment, this knowledge seems to indicate something no longer linked to
resources, but related to the "change of practice", through a willingness of the individual to
innovate, as it appears in the following excerpt:
The technique contributes to pedagogical innovation, but it is the teacher's
posture and conception of learning that changes the class model. I say attitude
in the sense of this teacher's way of work. It is more than 10 years in the
university, in teacher training, at first it seems to me that my classes were more
traditional, today they are much more innovative (P14).
By focusing on the graduation in Pedagogy, it is evident that pedagogical innovation
seems to perform the same function in discourse as "changing the class model". For this
"change", it is increasingly hierarchical according to the relevance to innovation, "technical",
"posture" and "conception". It is also referred to as "attitude" as "way of working". In this sense,
for innovation to exist, there is technique, posture and conception and attitude.
These fragments illustrate how the group conceives the theme focused here: a concrete
change in the way of seeing one's own work and in the way of working, of a dispositional
character, that is, inherent to the teacher. As they say, "my practice has changed, even today I
can look at my student's training in a much broader and specific way at the same time, this is
innovation" (P5).
What would explain this change in the conception of pedagogical innovation? In the
context of the university, the representations that impact the practices of these subjects,
generating changes, are constructed in the "spaces of dialogue, coordination, teachers, general
coordinator, everyone discusses their practices" (P11). In addition, institutional orientations are
Silvio Duarte DOMINGOS and Edna Maria Querido de Oliveira CHAMON
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 11
reported, but "not only because of the issue of the University's guidelines, but also in the
collegiates of the course, all the questions that are posed as a need to understand this new student
profile" (P5).
Another reason for this change in the conception of the object is "continuing education"
(P14), which "has been a provocateur, and the university provokes us to rethink our
methodology [...] this instigates pedagogical innovation and transforms the way of thinking
about it" (P14). Thus, in addition to the teaching experience in Basic Education, the negotiations
of meanings that occur in the daily life of the university environment are also considered
fundamental for the education of the field of information on the object pedagogical innovation.
Therefore, the subjects explain that it is necessary to understand a new student profile,
in order to meet the institutional demands imposed by the guidelines. They discuss the practices
in order to meet these requirements, which are based on the training offered by the HEI. These
trainings provoke the individual to "rethink his or her own practices". From the subjects'
statements, and because it is a private institution, it is believed that these trainings aim to prepare
the trainer to meet the demands of a new consumer profile. Meeting the "new profile", in turn,
requires changes and adaptations of pedagogical practices. Guided by the market, institutional
changes influence the practices of teachers, intending to construct the object pedagogical
innovation.
What has been analyzed so far allows the statement that the RS of the group on
pedagogical innovation are linked to the teaching experiences, both in primary school and in
the university. The category allows to approximate the object to the notions of "change",
"adaptation" and "adequacy", meaning "pedagogical improvement". However, in addition to
conceptions of the object in the sense of improvement, the group explains how this is effective
in their professional practices.
Category 2: Pedagogical innovation practices
In the previous category, the equivalence between pedagogical innovation and
pedagogical improvement was identified. In this category, the practices that the participants
consider to be necessary for this improvement are presented, as well as those considered non-
innovative. When narrating their experiences, the participants refer to beliefs, values and
attitudes that guide their actions, towards an innovative professional exercise, supported by
social representations. Thus, "pedagogical innovation is a different way of doing the
The Social Representations of pedagogical innovation in teacher training: Practices, knowledge and resources
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 12
educational action different from reproduction" (P3), is "the change of the practice of the
teacher himself" (P2). However, "there is no point in me having the will and desire for change
if I am not going to apply in my practice" (P13).
In this sense, innovation is conceived as a different doing with a view to changing
concrete practice. "To innovate is to change that practice, in fact, to include new practices, not
necessarily to completely change the practice" (P13). Thus, it is not a radical change, because
pedagogical innovation is incremental to teaching work, with the addition of new practices.
Thus, it is a sustaining innovation, because "radical changes take the ground off and people get
lost, I think transformations are a movement" (P14). In this sense:
If the practices of this teacher are traditional, his students will not learn, then
pedagogical innovation is fundamental for learning to happen, but it needs to
be contextualized, in fact I do not believe that there is pedagogical innovation
without a connection with the context as a student (P19).
The subjects contrast two types of methods: the traditional ones, in which the teacher is
the center of the teaching-learning process, and the innovators, in which the student is the center
of this process. There seems to be a consensus that traditional practices are not innovative.
When making this differentiation, the participants indicate that it is necessary that the Pedagogy
teacher take a secondary position in the classroom, making room for students to take the leading
role in this scenario.
In this sense, given the various pedagogical situations, a set of procedures is needed.
The methodology employed enables innovation, which promotes an innovative teaching-
learning process. This is because "the methodology that this teacher uses is the bridge for the
construction of knowledge [...] it is a practice that in a way allows innovation" (P5). It is
important, then, to "know them well and plan which strategy and methodology will best fit, or
rather, which methodologies will work in specific situations" (P19).
There is a logical and hierarchical sequence of elements, which begins with "knowing
well", followed by the word "plan". Then, "strategy" is differentiated from methodology, using
the additive "and" to connect them. The changes in the profile of the student himself demand
new methodologies, since the traditional ones are insufficient to overcome the challenge that
presents itself. Thus, according to the trainer, "the outdated methodologies do not account for
the reality of today at the university where I work" (P17). Thus, the teacher ceases to be the
holder of knowledge, to have all the answers, and begins to question:
Silvio Duarte DOMINGOS and Edna Maria Querido de Oliveira CHAMON
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 13
Does the proof make sense in the education model in which multiple answers
may be right, and not a single answer anymore? Does an exhibition class
account of this immensity of content, knowledge, interests and needs what we
have in this new century? (P14).
Thus, although they understand that it is a pedagogical practice that uses methodologies
based on the dialogue between teacher and student, for the construction of knowledge, it is
noted that, in specific cases, the practice is in disagreement with what is considered right to do.
This is due to institutional impositions that direct the teaching methodology and practice. Thus,
the teacher produces his pedagogical practice from the relationships he establishes with the
institution, with the students and with their peers.
When asked what they would do to solve some barriers to pedagogical innovation,
which they identified in practice and in the HEI, they said:
With the passage of time and with the very continuing education presented by
the university, I was including in my classes more dynamic methodologies,
which provoke more active participation of students. If we do not change this
attitude of the teacher, to say that it is he who leads the learning process, we
do not change the model of education, we do not change the methodologies
and, then, we maintain a model that in my reading no longer fits in the 21st
century (PROFESSOR 14, 10 years of experience in this university; our
translation).
[...] The paradigm is the teacher up front giving the message and everyone
here silent listening to the teacher, all that runs away from it for me is
innovation, and active methodologies are strategies where students will
participate (PROFESSOR 3, 14 years of experience in this university; our
translation).
These statements indicate evidence that the pedagogy teacher sees the traditional
methodology as a problem that, to be solved, demands an adequate methodology. Thus, the
element that concretizes the meanings attributed to pedagogical innovation by the group is
understood as "active methodologies".
Such methodologies make group objectives feasible, to the extent that the social subject
of techniques for pedagogical innovation is found. Thus, the techniques of innovative
pedagogical practice are presented. The teacher emerges in group ideation as a craftsman of
knowledge, to the extent that he sees himself inserted in a process of construction of this
knowledge. To elaborate this, the subject makes use of an instrumental named, here,
generically, as resources.
The Social Representations of pedagogical innovation in teacher training: Practices, knowledge and resources
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 14
Category 3: Resources for pedagogical innovation
Category 1 shows the concept of innovation as an improvement, and Category 2
indicates how this improvement is made possible by active methodologies. Category 3 indicates
the role that resources have for pedagogical innovation, in the context of pedagogy training.
The teachers' statements indicate that resources do not mean a sufficient condition for
innovation, that is, they are not innovation, but a support to implement it. Then, the trainer
explains: "technology is a tool to help me innovate, now it is not innovation" (P9). "So, using
the computer in the classroom is not necessarily innovation if I am reproducing traditional
pedagogical practices" (P10).
Although they are not innovation, the resources provide evidence of it, because for the
group, technology enhances innovation. In this sense, the predisposition to use it or does not
allow the subjects to differentiate the innovative teacher from the non-innovative teacher.
According to the subjects, some "teachers were annoyed because the student used his cell phone
in the classroom" (P23). The group attributes the aversion to the use of technological resources
to a traditional conception of teaching, because "the teacher of the traditional school has a
greater control" (P23). This indicates the desirable conducts by the members of the group.
Including
[...] the students themselves today they can do so, a comparison between the
extremely traditional teacher who uses the same tools, who does not change,
who is not empowered, who is not updated with another who is always
changing the way he acts (PROFESSOR 2, 14 years of experience in this
university; our translation).
This category indicates the instrumentalization of pedagogical practices related to the
social phenomenon of pedagogical innovation. It is related, therefore, to a link between the idea
of innovation and the action of innovating. This is because the statements indicate the resources
that boost and improve the exercise of innovation in the work that the group performs in the
undergraduate program in Pedagogy. Thus, elements that suggest positive attitudes of the
participants in relation to the object pedagogical innovation appear.
So, it is to modernize not only on a visual issue, in an aesthetic issue, no,
technology has to be tied to work other functions. For example, in
geoprocessing for map location, in the preparation of videos, of content. Of
course, students can also produce! What usually happens? by the value of the
product, suddenly it is a camera the students do not have access, because
someone is afraid to break, but give autonomy for these students to use these
technologies, because whether they want to, they are inserted in this
globalized world and artificial intelligence, so it is necessary to use in the
Silvio Duarte DOMINGOS and Edna Maria Querido de Oliveira CHAMON
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 15
classroom, so pedagogical innovation is to make room for these technologies,
not demonizing the use of the cell phone, it is logical, a mediated and oriented
use from the contents are proposed in the classroom, but not demonize the
technology (Professor 15, 1 year of experience in this university; our
translation).
In addition to technology, there are a variety of resources that the teacher can use to
support pedagogical innovation: "some of the new resources have enabled me to have more
dynamic classes, and different classes each week a different class" (P13). Thus, it is about
creating or using varied resources and pedagogical strategies to enhance teaching-learning. This
positive affective burden goes through the following elements: "work", "enable", "modernize",
"dynamic" "renewal", "differentiation" and "novelty", meaning "improvement", related to the
use of varied resources, including technological, as seen in this class.
The technology mobilized by the trainers in the pedagogical action improves the
teaching-learning process. This use is linked to the pedagogical objective and centered on the
choice and sieve of trainers. For the subjects, technology is an element that can be significant
for the realization of innovations. Such resources make it possible, in a way, to reduce the
difficulties related to pedagogical innovation. In this case, the subjects are intended to act and
give indications of behavior prediction, according to the components of their attitude.
Discussion
RS are constructions of reality forged and shared by the subjects' communications
(MOSCOVICI, 2012; JODELET, 2001). It is forged knowledge that supports social practices.
For Tardif (2012), teaching is a social practice based, mainly on sociocultural bases and
experience. Such knowledge is "[...] the knowledge, abilities and skills and attitudes of teachers,
that is, what has often been called knowledge, know-how and know-being" (TARDIF, 2012, p.
60, our translation).
The knowledge for teaching is "[...] because they relate to the context and working
conditions and enable the innovation of pedagogical practices" (ABDALLA, 2015, p. 215, our
translation). Therefore, considering the evidence presented in category 1, the participants of
this study build their RS on pedagogical innovation during the experiences they experience in
Basic Education.
When the interlocutors talk about pedagogical innovation in the context of the Basic
School, they share the public context from the private. Focusing on the school, pedagogical
innovation means having and using various resources. Thus, the RS of these subjects seem
The Social Representations of pedagogical innovation in teacher training: Practices, knowledge and resources
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 16
related to the "use of resources". According to Domingos e Castro (2018) and Campolina
(2012), in the historical context of the theme in the educational field, both teachers of the Basic
School, as a significant part of specialized literature, conceive pedagogical innovation as the
use of technologies, disregarding the centrality of the subjects.
As RSs are dynamic structures, because they are linked to the changing sociocultural
context of the groups that forge them, they are transformed as people interact with each other
and with socially created objects (LAHLOU, 2019). Also, according to Campos (2003), social
representations and practices are influenced and self-determined. Thus, the fragments of the
speeches in category 1 suggest that the representations of the participating subjects are
transformed in their performance in the pedagogy degree.
This is because, according to Social Psychology, it is another social group, since its goal
is not to train the student at school, but to train the one who will be a teacher at school
(MICHENER; DELAMATER; MYERS, 2005), and also because there is a new set of
experiences, subjects and practices. Then, the RS of these subjects on pedagogical innovation,
in the context of Pedagogy, indicate the meaning of "pedagogical improvement". This
construction makes evident two representations of pedagogical innovation, strictly linked to
two professional activities, one at school and one at the university. Therefore, these two
constructions, "resource use" and "pedagogical improvement", show two distinct social objects
represented by two different social subjects.
In case of this "pedagogical improvement" being possible, the subjects indicate that two
more elements are relevant: technological resources, in the instrumentalization of pedagogical
practices of innovation, as seen in category 3; and active methodologies, in the implementation
of an innovative practice, as pointed out in category 2. Therefore, "technologies" and "active
methodologies" become part of the components of this representation.
Considering the procedural approach of the TRS (JODELET, 2001), it observes that, in
the process of objectifying these RS, selective construction is done with "pedagogical
improvement", "technologies" and "active methodologies". In structuring schematization,
"active methodologies", associated with "technologies", promote "pedagogical improvement".
The objectification process is concluded by naturalizing the objectification in the following
sentence, "active methodologies and technologies improve pedagogy" (P23). The figurative
nucleus of this objectification is presented in Figure 3. These findings corroborate several
publications, for example, those of Wagner and Cunha (2019b), Masetto (2018) and
Quintanilha (2017). These authors exemplify a larger group, which relates the commitment to
Silvio Duarte DOMINGOS and Edna Maria Querido de Oliveira CHAMON
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 17
"technologies" and the mobilization of so-called "active methodologies, so that the teaching-
learning process can be improved in higher education.
Figure 3 Figurative nucleus of representations of pedagogical innovation
Source: Prepared by the authors
The anchoring of these representations occurs on the relationship of new pedagogy and
traditional pedagogy. At various times, the interlocutors refer to the difference between what is
or is not in relation to this dual, traditional versus new relationship. This anchorage
accommodates the social object (pedagogical innovation) in the symbolic universe of the group
of teachers. It is believed that the bond between this object and the preexisting symbolic
repertoire in the collective memory and in the group's imaginary is established with the
historical and cultural frameworks, but also formative of this social subject. Specifically, with
regard to the Brazilian educational renewal movement of the early 20th century and its
representatives, the Pioneers of the Escola Nova.
This Manifesto instituted "a true symbolic arsenal that acts in the social imaginary,
building an educational memory that has in the Manifesto itself the framework of educational
renewal in Brazil" (XAVIER, 2004, p. 5). The impact of this movement was size, which marked
the group's culture and focuses on the initial and continued formations of teachers until
contemporaneity.
Active methodologies + Technologies = Pedagogical advance.
The Social Representations of pedagogical innovation in teacher training: Practices, knowledge and resources
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 18
Final remarks
Research on teacher education and work says that teachers have not been prepared for
the complex contemporary professional context that has transformed the school. It is suggested
that this is because of a traditional teacher training. To respond to this demand, the literature
suggests an emancipatory pedagogical innovation, which recognizes the centrality and
relevance of the subjects involved.
In this perspective of innovation, one cannot ignore the role of social representations in
the shared construction of reality, therefore, in life in society. However, few studies focus on
the teacher trainer and their subjectivity, even if this subject is irreplaceable and central in the
preparation of professionals who will work in schools.
In view of the above, in the research reported in this article, the objective was to explain
the social representations that professors of the undergraduate degree in Pedagogy elaborate on
pedagogical innovation. For this, qualitative research was implemented, and 23 trainers were
interviewed. The collected material was treated with the support of the IRaMuTeQ program
and subsequently submitted to thematic content analysis.
The results indicate that there is a change in representations, on the one hand, when
referred to the Basic School, they are intended for "use of resources", and on the other hand,
when, referred to work in undergraduate studies, they aim at "technologies", "active
methodologies" and "pedagogical improvement". These representations related to Higher
Education are anchored in the historical framework of Brazilian Education. They allude to the
educational renewal movement of the early 20th century, driven by the Pioneers of Education,
and its impact on teacher education. These are, therefore, the representations that amend the
work of the teacher trainer.
This representation is so strong among teacher trainers that there seems to be a natural
relationship between innovation and pedagogical improvement, however, there is no natural
link between innovation and improvement. So, this seems to be supplemented in the
objectification process. The perspective of emancipatory innovation predicts the centrality of
the subjects. However, the question is: where is the subject himself, in these representations
that have been identified?
It is evident that the group elaborates this representation, indispensable in this process,
but its speech does not allow the centrality of the subject and his teacher creativity to be
identified for pedagogical innovation. Only when they speak in motivation do they refer to their
own role in the innovative process. Even the knowledge of experience is impacted by
Silvio Duarte DOMINGOS and Edna Maria Querido de Oliveira CHAMON
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 19
institutional guidelines, the primacy of the active method and the contribution of external
resources.
Thus, the trainers seem to attribute pedagogical innovation to mostly situational issues.
They indicate that the subjects are based, both in the knowledge derived from the experience in
school, and in the university itself, for their professional work. Therefore, this would explain
such a discrepancy between the training and future professional practice of teachers
(CANDAU, 2020; REIS; ANDRE; PASSOS, 2020; NÓVOA, 2019), in relation to the work of
its trainers?
TRS explains that people support their practices in the representations they share with
their group of belonging (MOSCOVICI, 2012; JODELET, 2001). The hypothesis raised here
is: because they believe that their work is a model for the student who forms (since some of
these trainers acted or still work in the school context), they act believing that the practice itself
is, per se, a trainer. However, the practices of teacher training are not the same as those that
should be exercised in school, because the educational objectives of these places are different.
Thus, it seems that it will be interesting to conduct an investigation on the self-efficacy of
formative practice.
The participants' own statements show that the professional group is also not the same,
even though its components act in both spaces, since they are distinct psychosocial universes.
This is also clear why the object pedagogical innovation, when perspective in the context of the
school, suggests "use of resources", and because, in teacher education, it comes to mean
"pedagogical improvement". Therefore, there seems to be a cognitive dissonance there
(MICHENER; DELAMATER; MYERS, 2005) that tends to be a great challenge to the work
of training innovative professionals for a school in metamorphosis. The trainers know that what
they do and offer as an example will not be mobilized in the future practice of the trainees.
Based on the results of the research, caution is recommended to those who formulate
policies for the training of teachers and their trainers, to the HEIs and, mainly, to the trainers
themselves, regarding the approximation between teacher education and the context of the basic
school. The Bachelor's Degrees need to centralize the school in the training of the professionals
who will work in it, as indicated by Lüdke and Ivenicki (2022). It is recorded that the period
destined to the internship is extremely important in this process.
With regard to the theme of pedagogical research and innovation, it seems insufficient
to train by example, as suggested by the subjects themselves (DOMINGOS; COSTA, 2022), or
by literature (FREIRE, 2015). This is due to, as social psychology explains, the procedural
The Social Representations of pedagogical innovation in teacher training: Practices, knowledge and resources
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 20
approach of TRS and also, as identified in the research, even though individuals are the same
acting in both contexts (school and university), these are different groups and social objects,
therefore with different constructions of reality.
Care is recommended when planning teacher training, centralizing it in the school
context, with the pretext of providing a glimpse of what future professional practice will be to
students, at risk of establishing a "formative myopia". This occurs since there is no natural
consequence between "approaching school and teacher training" and "improving training".
Possible relationships need to be problematized, which could be done in future research. This
fact is because, according to the literature itself, the school is changing (NÓVOA, 2019), and a
school-centered training of the present may not attend the school of the future.
In this article, the paper confirms what Lüdke and Ivenicki (2022) affirms, in the sense
that research seems to be, until then, the best way to approach school and university, because it
allows a scientific look at approximations and differences. It is believed that this is valid,
including to avoid pitfalls of "reactions with natural consequences", but potentially misleading,
such as that between innovation and pedagogical improvement, which suggests the self-efficacy
of active methods and technological resources to the detriment of the subject himself.
REFERENCES
ABDALLA, M. F. B. Saberes da docência: definindo pistas para inovar as práticas
pedagógicas. Revista de Educação, Campinas, v. 20, n. 3, p. 215-227, 2015. Available at:
https://seer.sis.puc-campinas.edu.br/reveducacao/article/view/2909. Access: 12 Jun. 2022.
ABRIC, J. C. Coopération, compétition et représentations sociales. Fribourg: DelVal,
1987.
ANDRÉ, M. Práticas inovadoras na formação de professores. Campinas, SP: Papirus
Editora, 2018.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.
BAUER, M. W.; GASKELL, G. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um
manual prático. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2015.
CAMARGO, B. V.; JUSTO, A. M. IRAMUTEQ: Um Software Gratuito para Pesquisa de
Dados Textuais. Temas em Psicologia, Ribeirão Preto, v. 21, n. 2, p. 513-518, 2013.
Available at: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
389X2013000200016. Access: 12 Jun. 2022.
Silvio Duarte DOMINGOS and Edna Maria Querido de Oliveira CHAMON
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 21
CAMPOLINA, L. O. Inovação educativa e subjetividade: a configuração da dimensão
histórico-subjetiva implicada em um projeto inovador. 2012. Tese (Doutorado em Educação).
Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2012.
CAMPOS, P. H. F. O estudo das relações entre práticas sociais e representações. Estudos
Goiânia, Goiânia, v. 30, n.1, 51-59, 2003. Available at: https://www.e-
publicacoes.uerj.br/index.php/psi-sabersocial/article/view/30664. Access: 14 Jun. 2022.
CANDAU, V. M. F. Didática, interculturalidade e formação de professores: desafios atuais.
Revista Cocar, n. 8, p. 28-44, 2020. Available at:
https://periodicos.uepa.br/index.php/cocar/article/view/3045. Access: 10 Jun. 2022.
DOMINGOS, S. D.; CASTRO, M. R. Representações sociais de professores formadores
sobre a prática de professores da Educação Básica. Revista de Educação, Campinas, v. 22, n.
2, p. 299-315, 2017. Available at: https://seer.sis.puc-
campinas.edu.br/reveducacao/article/view/3704. Access: 14 Apr. 2022.
DOMINGOS, S. D.; COSTA, C. C. Representações sociais de professores de pedagogia sobre
suas práticas pedagógicas: o sentido de modelo. Revista Inter Ação, Goiânia, v. 47, n. 2, p.
715–730, 2022. Available at: https://revistas.ufg.br/interacao/article/view/71363. Access: 01
Jan. 2023.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 52. ed. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 2015.
GATTI, B. A. et al. Professores do Brasil: novos cenários de formação. Brasília, DF:
UNESCO, 2019.
INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Censo do
Ensino Superior. Brasília, DF:Inep, 2022.
JODELET, D. Representações sociais: um domínio em expansão. In: JODELET, D. (org.). As
Representações sociais. Rio de Janeiro: Eduerj, 2001.
LAHLOU, S. O papel da Psicologia na construção dos Objetos. Revista Educação e Cultura
Contemporânea, v. 16, n. 45, p. 8-30, 2019. Available at:
http://periodicos.estacio.br/index.php/reeduc/article/viewArticle/6715. Access: 14 Jun. 2022.
LÜDKE, M.; IVENICKI, A. Teoria e prática na formação de professores: Brasil, Escócia e
Inglaterra. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, v. 30, p. 579-597, 2022.
Available at: https://www.scielo.br/j/ensaio/a/kzRxZ6gdTBGSbrxJbZn8vrs/. Access: 14 Jun.
2022.
MASETTO, M. T. Metodologias ativas no ensino superior: para além da sua aplicação,
quando fazem a diferença na formação de profissionais? Revista e-Curriculum, v. 16, n. 3,
p. 650-667, 2018. Available at:
https://revistas.pucsp.br/index.php/curriculum/article/view/37099. Access: 14 Jun. 2022.
The Social Representations of pedagogical innovation in teacher training: Practices, knowledge and resources
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 22
MICHENER, A. H.; DELAMATER, J. D.; MYERS, D. J. Psicologia Social. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2005.
MOSCOVICI, S. A psicanálise, sua imagem e o seu público. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.
NÓVOA, A. Os Professores e a sua Formação num Tempo de Metamorfose da Escola.
Educação e Realidade, v. 44, n. 3, e84910, 2019. Available at:
https://www.scielo.br/j/edreal/a/DfM3JL685vPJryp4BSqyPZt/. Access: 14 Jun. 2022.
QUINTANILHA, L. F. Inovação pedagógica universitária mediada pelo Facebook e
YouTube: uma experiência de ensino-aprendizagem direcionado à geração-Z. Educação em
revista, Curitiba, n. 65, p. 249-263, 2017. Available at:
https://www.scielo.br/j/er/a/DtqpqKHBLg59MMfQkKZPfZv/abstract/?lang=pt. Access: 14
Jun. 2022.
REIS, A.; ANDRÉ, M.; PASSOS, L. F. Políticas de formação de professores no Brasil, pós
LDB 9.394/96. Formação Docente–Revista Brasileira de Pesquisa sobre Formação de
Professores, v. 12, n. 23, p. 33-52, 2020. Available at:
https://revformacaodocente.com.br/index.php/rbpfp/article/view/289. Access: 14 Jun. 2022.
TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ: Editora Vozes,
2012.
VEIGA, I. P. A. Inovações e projeto-pedagógico: uma relação regulatória ou emancipatória?
Caderno Cedes, Campinas, v. 23, n. 61, p. 267-281, 2003. Available at:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-
32622003006100002&lng=en&nrm=iso. Access: 10 Jan. 2020.
VINUTO, J. A amostragem em bola de neve na pesquisa qualitativa: um debate em aberto.
Temáticas, Campinas, v. 22, n. 44, p. 203-220, 2014. Available at:
https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/tematicas/article/download/10977/6250/1856
8. Access: 14 Jun. 2022.
WAGNER, F.; CUNHA, M. I. Qual a importância de inovar no ensino superior? Em Aberto,
Brasília, v. 32, n. 106, p. 19-23, set/dez. 2019a. Available at:
http://rbep.inep.gov.br/ojs3/index.php/emaberto/article/view/4222. Access: 14 Jun. 2022.
WAGNER, F.; CUNHA, M. I. Oito assertivas de inovação pedagógica na educação superior.
Em Aberto, Brasília, v. 32, n. 106, p. 27-41, 2019b. Available at:
http://rbep.inep.gov.br/ojs3/index.php/emaberto/article/view/4223. Access: 14 Apr. 2022.
XAVIER, L. N. O Manifesto dos pioneiros da educação nova como divisor de águas na
história da educação brasileira. In: XAVIER, M. C. (org.). Manifesto dos pioneiros da
educação: um legado educacional em debate. Rio de Janeiro: FGV, 2004.
Silvio Duarte DOMINGOS and Edna Maria Querido de Oliveira CHAMON
Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 13, n. 00, e023004, 2023. e-ISSN:2237-258X
DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v13i00.16893 23
CRediT Author Statement
Acknowledgements: None.
Funding: None.
Conflicts of interest: None.
Ethical approval: Yes. CAEE 21074619.6.0000.5284.
Availability of data and material: The data and materials used in the work are not
available at: https://portal.estacio.br/media/4684198/tese_silvio_duarte_domingos.pdf.
Authors' contributions: Silvio Duarte Domingos design, idealization, writing and
review; Edna Maria Querido de Oliveira Chamon guidance and collaboration in the
writing of the article and review.
Processing and publishing: Editora Ibero-Americana de Educação.
Proofreading, formatting, normalization and translation.