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Rev. Educação e Fronteiras,
Dourados, v. 11, n. esp. 2, e0210
33
, 2021.
e
-
ISSN:
2237
-
258X
DOI:
https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16491
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RESENHA:
FAZER CIÊNCIA E CONSTRUIR CONHECIMENTO DESDE AS
RODAS DE BRINCAR
REVISIÓN: HACER CIENCIA Y CONSTRUIR CONOCIMIENTO A PARTIR DE LAS
RUEDAS DE JUEGO
REVIEW: DOING SCIENCE AND BUILDING KNOWLEDGE FROM THE CIRCLE
GAMES
Vivian Parreira da SILVA
Universidade Federal de São Carlos
e
-
mail:
vivian@teia.org.br
Como referenciar este artigo
SILVA, V. P.
Resenha: Fazer ciência e construir conhecimento desde as rodas de brincar
.
Revista Educação e Fronteiras
, Dourados, v. 11, n. esp. 2,
e021033
, 2021. e
-
ISSN: 2237
-
258X. DOI:
https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16491
Submetido em
: 1
2
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5
/2021
Revisões requeridas em
:
16
/0
7
/2021
Aprovado em
:
19
/09/2021
Publicado em
: 30/11/2021
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Vivian Pereira da SILVA
Rev. Educação e Fronteiras,
Dourados, v. 11, n. esp. 2, e0210
33
, 2021.
e
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ISSN:
2237
-
258X
DOI:
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RESUMO
:
Esta resenha refere
-
se ao livro: Rodas de Brincar: uma experiência com atividades
lúdico
-
corporais junto aos professores
-
formadores das Oficinas Pedagógicas do DF, o qual é
resultado da dissertação de mestrado da autora, Cristina Aparecida Leite. Como apre
sentam
Hartmann e Nascimento (2019), no prefácio da obra, Cristina A. Leite é uma educadora,
pesquisadora comprometida com o brincar. Dessa forma, sua escrita nos brinda com uma
pesquisa “contagiante”, com “fome de partilha e aprendizado” e com a inteireza
de
que a autora
trata do tema demarcando seu envolvimento com a educação desde as rodas e as brincadeiras.
PALAVRAS
-
CHAVE
: Rodas de Brincar.
Oficinas Pedagógicas
. Educação.
RESUMEN
:
Esta reseña se refiere al libro: Rodas de Brincar: uma experiência com
atividades
lúdico
-
corporais junto aos professores
-
formadores das Oficinas Pedagógicas do DF, que es el
resultado de la tesis de maestría de la autora, Cristina Aparecida Leite. Como presentan
Hartmann y Nascimento (2019) en el prefacio de la obra, Cristin
a A. Leite es un educador e
investigador comprometido con el juego. De este modo, su escrito nos presenta una
investigación "contagiosa", con un "hambre de compartir y aprender" y con la integridad con
la que la autora trata el tema que demarca su implicac
ión con la educación desde las ruedas y
los juegos.
PALABRAS CLAVE
:
Ruedas de Juego.
Talleres Pedagógicos. Educación.
ABSTRACT
:
This review refers to the
book: Rodas de Brincar: uma experiência com
atividades lúdico
-
corporais junto aos professores
-
formadores das Oficinas Pedagógicas do
DF, which is the result of the master's thesis of the author, Cristina Aparecida Leite.
As
Hartmann and Nascimento (2019)
present in the preface of the work, Cristina A. Leite is an
educator, a researcher committed to the theme of playing. In this way, her writing presents us
with “contagious” research, with a "hunger for sharing and learning" and with the integrity
that the
author deals with the theme demarcating her involvement with education since the
circles and the games.
KEYWORDS
:
Circle Games
.
Pedagogical Workshops.
Education.
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Resenha: Fazer ciência e construir conhecimento desde as rodas de brincar
Rev. Educação e Fronteiras,
Dourados, v. 11, n. esp. 2, e0210
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, 2021.
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Cristina Aparecida Leite é uma brincante pesquisadora e uma pesquisadora
brincante; é
possível sentir e perceber a cada linha escrita, a cada palavra escolhida o cuidado e o
comprometimento que a autora tem ao nos apresentar o tema do brincar como condição e
centralidade para uma educação em favor da ludicidade; portanto, em fa
vor da vida.
O livro se estrutura em apresentação, seguida de quatro capítulos e uma parte final, em
que a autora nos indaga, de forma perspicaz: “fechando a roda (?)”. Tal indagação nos sugere
que devemos manter a roda aberta, girando,
acolhendo, partilhando, aprendendo e ensinando.
É a partir desse questionamento que seguiremos os caminhos abertos pela experiência
partilhada no referido livro. Cabe salientar que Cristina A. Leite escreve a partir de sua
experiência profissional, como pr
ofessora
-
formadora de outros professores e professoras, o que
reforça sua condição de educadora pesquisadora.
A pesquisa em questão teve como objetivo realizar reflexões sobre o brincar e propor
estratégias e ações para desenvolvimento de vivências lúdico
-
corporais, para ampliar o
repertório de atividades junto aos professores
-
formadores e professoras
-
formadoras das
Oficinas Pedagógicas do Distrito Federal.
Partindo do objetivo proposto, a autora estrutura a escrita apontando questões acerca da
pertinência
de atividades que preconizam as vivências lúdico
-
corporais como fundamento para
formação de educadores e educadoras. Deste modo, a autora
dialoga com os
conceitos e
as
experiências e nos apresenta um vasto campo de possibilidades.
É importante destacar q
ue a compreensão da experiência lúdica nesta obra é apresentada
pela autora como uma experiência interna do sujeito, ou seja, o que é lúdico para mim pode não
ser lúdico para outras pessoas e vice
-
versa. Cabe destaque
a
esta abordagem justamente pela
impor
tância da valorização das diversas experiências de vida em quaisquer processos
educativos. Quando Cristina A. Leite nos apresenta esta compreensão, ela demarca um
posicionamento em favor de uma diversidade de experiências, ou seja, é indispensável que
cons
ideremos nossas histórias, memórias e vivências nos processos de formação, sobretudo
aqueles realizados com professores e professoras.
Este é um ponto central, pois, considerando que a experiência lúdica é uma experiência
do sujeito, que vivencia, que é a
fetado e atravessado por essa experiência, então as experiências
lúdico
-
corporais também serão diversas, pois cada corpo é um corpo, e carrega em si histórias,
memórias, afetos, apegos, certezas, dúvidas, desejos e, por vezes, muitas opressões e
impediment
os. O fato de estarmos inseridos em um contexto colonial, que renega, apaga e mata
corpos, epistemologias, assimila e desumaniza povos e nações em prol de um projeto de mundo
unilateral, abrir a roda e brincar é um grito de re
-
existência. De acordo com a a
utora, brincar,
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Vivian Pereira da SILVA
Rev. Educação e Fronteiras,
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cantar e dançar são atos de humanização, são intencionalidades que nos fazem humanos uns
com os outros.
Rodas de brincar
, portanto, abre
-
nos caminhos para esta luta, de nos afirmarmos vivas
e vivos diante de tantas situações de opressão e d
esesperança. A experiência
-
pesquisa, ou a
pesquisa
-
experiência, apresentada por Cristina A. Leite é a afirmação de que, apesar dos
sistemas nos quererem tristes, inertes e mortos, nós resistimos brincando. Esta resistência, além
de se configurar como luta,
é também conhecimento, saber partilhado e enraizado nas rodas,
nos abraços, nos afetos, nas cantorias, nas memórias e histórias. Brincar é
, então,
fazer ciência,
construir e partilhar conhecimento,
logo,
este é um ponto chave desta obra.
Somos seres de jo
go, de ginga, de festa, de coletividade. Sabemos que o Brasil, país de
dimensões continentais, é diverso e desigual, e talvez o que nos ajude a atravessar abismos e
romper barreiras seja essa capacidade de inventividade que passa pela ludicidade. O brincar
é
um jeito de estar no mundo, é, portanto, um jeito de aprender e ensinar em diferentes contextos.
Sobre as percepções de ludicidade, corporeidade e experiências estéticas, a autora nos diz que:
As noções de corporeidade, experiência estética e ludicidade visam a uma
integração das dimensões do humano, como temos visto. Se compararmos
estas noções com o conceito de oficina pedagógica enquanto opção
metodológica para organização de uma aula, aprese
ntado no capítulo I,
veremos que todos têm o objetivo de promover a integração entre o sentir, o
pensar e o agir. Dessa forma, ouso dizer que a ludicidade nas OPs é vivenciada
de maneira orgânica nas propostas dos cursos (LEITE, 2019, p. 107).
Assim, a p
artir da compreensão da autora sobre as dimensões do humano, podemos dizer
que o sentir é condição de existência, de diálogo para estar no mundo. A racionalidade
impetrada pelo sistema que opera em favor de um projeto de morte relega o sentir ao descrédito
,
à fraqueza, ao fracasso. É justamente o contrário disso que nos afirma a autora
,
ao dizer que a
experiência estética e a ludicidade são dimensões do humano, são processos que reificam
existências.
A percepção de ludicidade também está diretamente ligada
à afetividade, aquilo que me
afeta, que afeta o outro. Quando estamos entregues ao jogo
,
somos afetados e afetamos nossas
parceiras e parceiros de brincadeira, quando exercitamos o amor, o prazer, a confiança e a
alegria nas rodas, nos encontros é também
um jeito de nos descobrirmos (LEITE, 2019).
Outro fato que merece destaque e atenção neste livro é o fato de a autora centralizar o
conceito de corporeidade e chamar a atenção para que reconheçamos o corpo como condição
de vivenciar e partilhar experiência
s. Por mais recursos que tenhamos como fitas, saias, som,
balangandãs, é com nosso corpo que experimentamos todos os processos possíveis de serem
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Resenha: Fazer ciência e construir conhecimento desde as rodas de brincar
Rev. Educação e Fronteiras,
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vivenciados nas rodas. O corpo é território cultural, expoente máximo e mínimo de todas as
experiências que vi
venciamos. De acordo com a autora, “falar de corpo brincante é falar de
corporeidade
–
experiência estética
–
ludicidade, fenômenos que acontecem simultaneamente,
enquanto se integram as dimensões humanas: sentimento, pensamento e ação” (LEITE, 2019,
p. 11
3).
No quarto capítulo, intitulado “Cantando, dançando, brincando: sendo”, a autora
reafirma seu comprometimento ético e estético com o brincar enquanto condição para sermos.
Para dialogar com outras epistemologias, visões e
percepções
de mundo, cabe ampli
armos os
diálogos a partir dos caminhos oferecidos pela autora. Em diálogo com experiências de
diferentes comunidades, nações, grupos e pessoas, reconhecemos estes valores como centrais
de existências. Ao tecer reflexões sobre diferenças e percepções de mu
ndo, Senghor (1965, p.
84) afirma: “o negro africano poderia dizer: eu sinto, eu danço o Outro; eu sou. Dançar é
descobrir e recriar”, ou seja, ele desloca a percepção centralizada apenas na razão como
condição para existir como na máxima Cartesiana do
eu
penso, logo sou
e valoriza, reconhece
outros jeitos de ser e de existir.
Outro ponto que merece nossa atenção antes de irmos às considerações finais é a alegria.
De acordo com Sodré (2017)
,
a alegria é o que sustenta e viabiliza o reconhecimento das
exist
ências, das relações interpessoais. O autor cunha o conceito de alacridade para demonstrar
a força, potência e grandiosidade da alegria como atitude diante da vida. Para o autor
,
a alegria
é uma responsabilidade, uma intencionalidade. No livro
Rodas de Bri
ncar: uma experiência
com atividades lúdico
-
corporais junto aos professores
-
formadores das Oficinas Pedagógicas
do DF,
a alegria se mostra como comprometimento com a vida. A autora demarca a alegria
como um tema na ação docente, e em um diálogo brilhante c
om Freire (1996), tece reflexões
acerca de nossa responsabilidade enquanto educadoras. Segundo ela:
É para partilhar saberes que nos tornamos professores. Portanto, nossa
profissão baseia
-
se na relação com o outro. Existimos em função desse outro
que leg
itima nosso ofício. Queremos acumular o máximo e o melhor que
pudermos, para poder dividir. Se compartilhar saberes já é bom, imagina
compartilhar alegrias na função docente entre nossos pares? (LEITE, 2019, p.
127).
A partir destas questões, enfatizamos a relevância deste livro: é uma pesquisa
-
experiência ou uma experiência
-
pesquisa que nos apresenta questões e, como educadoras,
sabemos que os caminhos se forjam mais em dúvidas do que em certezas. Como o próprio
Frei
re (1996, p. 50) nos diz: “a alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte
do processo da busca.” Assim, seguimos caminhando em constante busca para arrematar os
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Vivian Pereira da SILVA
Rev. Educação e Fronteiras,
Dourados, v. 11, n. esp. 2, e0210
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fios, versos e cantorias. A roda se manterá sempre aberta para receber novos v
ersos, cores,
cantigas, saberes e presenças, pois Cristina A. Leite convida
-
nos à partilha!
Este é um livro que nos encoraja e nos mostra possibilidades de caminhos. Sem
pretensão de se querer única, a experiência da autora é fonte de inspiração e
conhecimentos
construídos de maneira rigorosa, comprometida desde os afetos, alegrias, criações,
inventividade e ludicidade. Sem dúvida, é uma obra valiosa que fortalece o campo teórico
acerca da educação e do brincar em diferentes perspectivas. Partilhar
experiências em educação
é um comprometimento ético com o fazer pedagógico em quaisquer espaços.
Construir
conhecimento não é apenas partilhar livros, textos ou referências, mas, sim, mostrar caminhos,
encorajar e afirmar que é possível construir em coleti
vidade. As rodas seguem abertas!
REFERÊNCIAS
FREIRE, P.
Pedagogia da autonomia
:
Saberes necessários à prática educativa. São Paulo:
Paz e Terra, 1996.
LEITE, Cristina Aparecida.
Rodas de brincar
: Uma experiência com atividades
lúdico
-
corporais junto aos professores
-
formadores das Oficinas Pedagógicas do DF. Curitiba
:
Editora CRV, 2019.
SENGHOR, Leopold Sedar.
Um caminho do socialismo
.
Rio de Janeiro: Record
distribuidora, 1965.
SODRÉ, Muniz.
Pensar nagô
.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2017.
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Resenha: Fazer ciência e construir conhecimento desde as rodas de brincar
Rev. Educação e Fronteiras,
Dourados, v. 11, n. esp. 2, e0210
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Sobre a autora
Vivian Parreira da SILVA
Doutora em educação pela Universidade Federal de São Carlos
–
Coordenadora do Grupo de
Prática e pesquisa em danças e brincadeiras das culturas populares
–
Girafulô
–
São Carlos
–
SP.
Processamento e edição:
Editora Ibero
-
Americana de Educação.
Correção, formatação, normalização e tradução.
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REVIEW: DOING SCIENCE AND BUILDING KNOWLEDGE FROM THE CIRCLE
GAMES
RESENHA:
FAZER CIÊNCIA E CONSTRUIR CONHECIMENTO DESDE AS RODAS
DE BRINCAR
REVISIÓN: HACER CIENCIA Y CONSTRUIR CONOCIMIENTO A PARTIR DE LAS
RUEDAS DE JUEGO
Vivian Parreira da SILVA
Federal
University
of
São Carlos
e
-
mail:
vivian@teia.org.br
How to refer to t
his article
SILVA, V. P.
Review: Doing
science and building knowledge from the circle games
.
Revista
Educação e Fronteiras
, Dourados, v. 11, n. esp. 2,
e021033
, 2021. e
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ISSN: 2237
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258X.
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: 30/11/2021
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ABSTRACT
:
This review refers to the book: Rodas de Brincar: uma
experiência com
atividades lúdico
-
corporais junto aos professores
-
formadores das Oficinas Pedagógicas do DF,
which is the result of the master's thesis of the author, Cristina Aparecida Leite. As Hartmann
and Nascimento (2019) present in the preface of the
work, Cristina A. Leite is an educator, a
researcher committed to the theme of playing. In this way, her writing presents us with
“contagious” research, with a "hunger for sharing and learning" and with the integrity that the
author deals with the theme d
emarcating her involvement with education since the circles and
the games.
KEYWORDS
:
Circle Games
.
Pedagogical Workshops.
Education.
RESUMO
:
Esta resenha refere
-
se ao livro: Rodas de Brincar: uma experiência com atividades
lúdico
-
corporais junto aos professores
-
formadores das Oficinas Pedagógicas do DF, o qual é
resultado da dissertação de mestrado da autora, Cristina Aparecida Leite. Como apre
sentam
Hartmann e Nascimento (2019), no prefácio da obra, Cristina A. Leite é uma educadora,
pesquisadora comprometida com o brincar. Dessa forma, sua escrita nos brinda com uma
pesquisa “contagiante”, com “fome de partilha e aprendizado” e com a inteireza
de
que a
autora trata do tema demarcando seu envolvimento com a educação desde as rodas e as
brincadeiras.
PALAVRAS
-
CHAVE
: Rodas de Brincar. Oficinas Pedagógicas. Educação.
RESUMEN
:
Esta reseña se refiere al libro: Rodas de Brincar: uma experiência com
atividades
lúdico
-
corporais junto aos professores
-
formadores das Oficinas Pedagógicas do DF, que es el
resultado de la tesis de maestría de la autora, Cristina Aparecida Leite. Como presentan
Hartmann y Nascimento (2019) en el prefacio de la obra, Cristin
a A. Leite es un educador e
investigador comprometido con el juego. De este modo, su escrito nos presenta una
investigación "contagiosa", con un "hambre de compartir y aprender" y con la integridad con
la que la autora trata el tema que demarca su implicac
ión con la educación desde las ruedas y
los juegos.
PALABRAS CLAVE
:
Ruedas de Juego.
Talleres Pedagógicos. Educación.
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Review: Doing
science and building knowledge from the circle games
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Cristina Aparecida Leite is a
“
playful
”
research
er
; it is possible to feel and perceive at
each written line, with each chosen word the care and commitment that the author has to present
to us the theme of play as a condition and centrality for an education in favor of ludicity;
therefore, in favor of lif
e.
The book is structured in presentation, followed by four chapters and a final part, in
which the author asks us, in an insightful way: "closing the wheel (?)". This inquiry suggests
that we should keep the wheel open, rotating, welcoming, sharing, learn
ing and teaching. It is
from this question that we will follow the paths opened by the experience shared in this book.
It should be noted that Cristina A. Leite writes from her professional experience, as a teacher
-
trainer of other teachers and teachers, w
hich reinforces her status as a researcher educator.
The research in question aimed to carry out reflections on play and propose strategies
and actions for the development of playful
-
body experiences, to expand the repertoire of
activities with teachers
-
tr
ainers and teacher
-
trainers of pedagogical workshops of the Federal
District.
Starting from the proposed objective, the author structures the writing pointing out
questions about the pertinence of activities that recommend the playful
-
body experiences as
a
basis for the formation of educators and educators. Thus, the author dialogues with concepts
and experiences and presents us with a vast field of possibilities.
It is important to highlight that the understanding of playful experience in this work is
pr
esented by the author as an internal experience of the subject, that is, what is playful for me
may not be playful for other people and vice versa. This approach is precisely because of the
importance of valuing the various life experiences in any educatio
nal process. When Cristina
A. Leite presents this understanding to us, she demarcations a position in favor of a diversity of
experiences, that is, it is indispensable that we consider our histories, memories and experiences
in the training processes, espe
cially those carried out with teachers and teachers.
This is a central point, because, considering that the playful experience is an experience
of the subject, who experiences, who is affected and crossed by this experience, then the
playful
-
bodily experi
ences will also be diverse, because each body is a body, and carries within
itself stories, memories, affections, attachments, certainties, doubts, desires and, sometimes,
many oppressions and impediments. The fact that we are inserted in a colonial contex
t, which
denies, erases and kills bodies, epistemologies, assimilates and dehumanizes peoples and
nations in favor of a one
-
sided world project, opening the wheel and playing is a cry of re
-
existence. According to the author, playing, singing and dancing a
re acts of humanization, are
intentions that make us human with each other.
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Play
circles
, therefore, open us ways for this struggle, to assert ourselves alive and alive
in the face of so many situations of oppression and hopelessness. The experience
-
resear
ch, or
research
-
experience, presented by Cristina A. Leite is the statement that, despite the systems
wanting us sad, inert and dead, we resist joking. This resistance, besides being configured as a
struggle, is also knowledge, knowledge shared and rooted
in
circles
, hugs, affections, singing,
memories and stories. Play is
then to do science, build and share knowledge, so this is a key
point of this work.
We are beings of play, of ginga, of party, of collectivity. We know that Brazil, a country
of continent
al dimensions, is diverse and unequal, and perhaps what helps us to cross chasms
and break barriers is this capacity for inventiveness that passes through ludicity. Playing is a
way of being in the world, it is therefore a way of learning and teaching in d
ifferent contexts.
On the perceptions of ludicity, corporeity and aesthetic experiences, the author tells us that:
The notions of corporeity, aesthetic experience and ludicity aim at an
integration of the dimensions of the human, as we have seen. If we co
mpare
these notions with the concept of pedagogical workshop as a methodological
option for organizing a class, presented in chapter I, we will see that everyone
has the objective of promoting the integration between feeling, thinking and
acting. Thus, I d
are say that the ludicity in the OPs is experienced organically
in the proposals of the courses (LEITE, 2019, p. 107
, o
ur translation)
.
Thus, from the author's understanding of the dimensions of the human being, we can
say that feeling is a condition of existence, of dialogue to be in the world. The rationality
brought by the system that operates in favor of a death project relegates the f
eeling to discredit,
weakness, to failure. It is precisely the opposite of this that the author tells us, in saying that
aesthetic experience and ludicity are dimensions of the human, are processes that remake
existences.
The perception of ludicity is als
o directly linked to affectivity, what affects me, which
affects the other. When we are delivered to the game, we are affected and affect our partners
and play partners, when we exercise love, pleasure, confidence and joy on
circles
, in meetings
is also a
way to discover ourselves (LEITE, 2019).
Another fact that deserves attention and attention in this book is the fact that the author
centralizes the concept of corporeity and draws attention so that we recognize the body as a
condition of experiencing and
sharing experiences. As many resources as we have such ribbons,
skirts, sound,
balangandãs
, it is with our body that we experience all the possible processes to
be experienced on the
circles
. The body is cultural territory, maximum and minimum exponent
of
all the experiences we experience. According to the author, "to speak of playful body is to
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speak of corporeity
–
aesthetic experience
–
ludicity, phenomena that happen simultaneously,
while integrating the human dimensions: feeling, thought and action" (L
EITE, 2019, p. 113
,
our translation
).
In the fourth chapter, entitled "Singing, dancing, joking: being", the author reaffirms her
ethical and aesthetic commitment to playing as a condition to be. To dialogue with other
epistemologies, visions and perceptio
ns of the world, it is worth expanding the dialogues from
the paths offered by the author. In dialogue with experiences of different communities, nations,
groups and people, we recognize these values as central to existences. In weaving reflections
on diff
erences and perceptions of the world, Senghor (1965, p. 84
, our translation
) states: "the
black African could say: I feel, I dance the Other; I am. Dancing is discovering and recreating",
that is, it displaces the perception centered only on reason as a co
ndition to exist as in the
Cartesian
quote
of
I think, therefore I am
and
value, recognize other ways of being and existing.
Another point that deserves our attention before we go to the final considerations is joy.
According to Sodré (2017), joy is what sustains and enables the recognition of existences,
interpersonal relationships. The author wedges the concept of alacrity to
demonstrate the
strength, power and grandeur of joy as an attitude towards life.
For the author, joy is a
responsibility, an intentionality.
In the
Rodas de Brincar: uma experiência com atividades
lúdico
-
corporais junto aos professores
-
formadores das Ofici
nas Pedagógicas do DF
,
joy is
shown as a commitment to life.
The author demarcates joy as a theme in teaching action, and
in a brilliant dialogue with Freire (1996), she reflections about our responsibility as educators.
According to her:
It's to share t
hat we've become teachers. Therefore, our profession is based on
the relationship with the other. We exist because of this other that legitimizes
our office. We want to accumulate as much and as much as we can, so we can
share. If sharing knowledge is good
enough, can you imagine sharing joys in
the teaching function among our peers? (LEITE, 2019, p. 127
, our translation
)
.
From these questions, we emphasize the relevance of this book: it is a research
-
experience or an
experience
-
research that presents us with questions and, as educators, we know
that the paths are forged more in doubts than in certainties. As Freire himself (1996, p. 50
, our
translation
) tells us: "joy does not arrive only in the encounter of the find,
but is part of the
search process." Thus, we continue to walk in constant search to round the threads, verses and
singing. The wheel will always remain open to receive new verses, colors, songs, knowledge
and presences, because Cristina A. Leite invites us
to share!
This is a book that encourages us and shows us possibilities of paths. Without claiming
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Vivian Pereira da SILVA
Rev. Educação e Fronteiras,
Dourados, v. 11, n. esp. 2, e0210
33
, 2021.
e
-
ISSN:
2237
-
258X
DOI:
https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16491
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to want unique, the author's experience is a source of inspiration and knowledge built
rigorously, committed from affections, joys, creations, inventiveness
and ludicity.
Undoubtedly, it is a valuable work that strengthens the theoretical field about education and
play in different perspectives. Sharing experiences in education is an ethical commitment to
pedagogical practice in any space. Building knowledge
is not just sharing books, texts or
references, but showing ways, encouraging and affirming that it is possible to build in
collectivity.
The playful circles are still open!
REFERENCES
FREIRE, P.
Pedagogia da autonomia
:
Saberes necessários à
prática educativa. São Paulo:
Paz e Terra, 1996.
LEITE, Cristina Aparecida.
Rodas de brincar
: Uma experiência com atividades lúdico
-
corporais junto aos professores
-
formadores das Oficinas Pedagógicas do DF. Curitiba
:
Editora CRV, 2019.
SENGHOR, Leopold Sedar.
Um caminho do socialismo
.
Rio de Janeiro: Record
distribuidora, 1965.
SODRÉ, Muniz.
Pensar nagô
. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017.
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Review: Doing
science and building knowledge from the circle games
Rev. Educação e Fronteiras,
Dourados, v. 11, n. esp. 2, e0210
33
, 2021.
e
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ISSN:
2237
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258X
DOI:
https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16491
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About the author
Vivian Parreira da SILVA
PhD in
E
ducation from the Federal University of São Carlos
-
Coordinator of the Practice
Group and research in dances and games of popular cultures
-
Girafulô
-
São Carlos
-
SP.
Processing and editing:
Editora
Ibero
-
Americana de Educação
.
Correction, formatting, normalization and translation.