image/svg+xmlRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021033, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16491| 1| 1RESENHA: FAZER CIÊNCIA E CONSTRUIR CONHECIMENTO DESDE AS RODAS DE BRINCARREVISIÓN: HACER CIENCIA Y CONSTRUIR CONOCIMIENTO A PARTIR DE LAS RUEDAS DE JUEGOREVIEW: DOING SCIENCE AND BUILDING KNOWLEDGE FROM THE CIRCLE GAMESVivian Parreira da SILVAUniversidade Federal de São Carlose-mail:vivian@teia.org.brComo referenciar este artigoSILVA, V. P. Resenha: Fazer ciência e construir conhecimento desde as rodas de brincar.Revista Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021033, 2021. e-ISSN: 2237-258X. DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16491Submetido em: 12/05/2021Revisões requeridas em: 16/07/2021Aprovado em: 19/09/2021Publicado em: 30/11/2021
image/svg+xmlVivian Pereira da SILVARev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021033, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16491| 2| 2RESUMO:Esta resenha refere-se ao livro: Rodas de Brincar: uma experiência com atividades lúdico-corporais junto aos professores-formadores das Oficinas Pedagógicas do DF, o qual é resultado da dissertação de mestrado da autora, Cristina Aparecida Leite. Como apresentam Hartmann e Nascimento (2019), no prefácio da obra, Cristina A. Leite é uma educadora, pesquisadora comprometida com o brincar. Dessa forma, sua escrita nos brinda com uma pesquisa “contagiante”, com “fome de partilha e aprendizado” e com a inteirezade que a autora trata do tema demarcando seu envolvimento com a educação desde as rodas e as brincadeiras.PALAVRAS-CHAVE: Rodas de Brincar. Oficinas Pedagógicas. Educação.RESUMEN:Esta reseña se refiere al libro: Rodas de Brincar: uma experiência comatividades lúdico-corporais junto aos professores-formadores das Oficinas Pedagógicas do DF, que es el resultado de la tesis de maestría de la autora, Cristina Aparecida Leite. Como presentan Hartmann y Nascimento (2019) en el prefacio de la obra, Cristina A. Leite es un educador e investigador comprometido con el juego. De este modo, su escrito nos presenta una investigación "contagiosa", con un "hambre de compartir y aprender" y con la integridad con la que la autora trata el tema que demarca su implicación con la educación desde las ruedas y los juegos.PALABRAS CLAVE:Ruedas de Juego. Talleres Pedagógicos. Educación.ABSTRACT:This review refers to thebook: Rodas de Brincar: uma experiência com atividades lúdico-corporais junto aos professores-formadores das Oficinas Pedagógicas do DF, which is the result of the master's thesis of the author, Cristina Aparecida Leite. As Hartmann and Nascimento (2019) present in the preface of the work, Cristina A. Leite is an educator, a researcher committed to the theme of playing. In this way, her writing presents us with “contagious” research, with a "hunger for sharing and learning" and with the integrity that the author deals with the theme demarcating her involvement with education since the circles and the games.KEYWORDS:Circle Games. Pedagogical Workshops. Education.
image/svg+xmlResenha: Fazer ciência e construir conhecimento desde as rodas de brincar Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021033, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16491| 3| 3Cristina Aparecida Leite é uma brincante pesquisadora e uma pesquisadora brincante; é possível sentir e perceber a cada linha escrita, a cada palavra escolhida o cuidado e o comprometimento que a autora tem ao nos apresentar o tema do brincar como condição e centralidade para uma educação em favor da ludicidade; portanto, em favor da vida.O livro se estrutura em apresentação, seguida de quatro capítulos e uma parte final, em que a autora nos indaga, de forma perspicaz: “fechando a roda (?)”. Tal indagação nos sugere que devemos manter a roda aberta, girando, acolhendo, partilhando, aprendendo e ensinando. É a partir desse questionamento que seguiremos os caminhos abertos pela experiência partilhada no referido livro. Cabe salientar que Cristina A. Leite escreve a partir de sua experiência profissional, como professora-formadora de outros professores e professoras, o que reforça sua condição de educadora pesquisadora.A pesquisa em questão teve como objetivo realizar reflexões sobre o brincar e propor estratégias e ações para desenvolvimento de vivências lúdico-corporais, para ampliar o repertório de atividades junto aos professores-formadores e professoras-formadoras das Oficinas Pedagógicas do Distrito Federal. Partindo do objetivo proposto, a autora estrutura a escrita apontando questões acerca da pertinênciade atividades que preconizam as vivências lúdico-corporais como fundamento para formação de educadores e educadoras. Deste modo, a autora dialoga com osconceitos e as experiências e nos apresenta um vasto campo de possibilidades. É importante destacar que a compreensão da experiência lúdica nesta obra é apresentada pela autora como uma experiência interna do sujeito, ou seja, o que é lúdico para mim pode não ser lúdico para outras pessoas e vice-versa. Cabe destaqueaesta abordagem justamente pela importância da valorização das diversas experiências de vida em quaisquer processos educativos. Quando Cristina A. Leite nos apresenta esta compreensão, ela demarca um posicionamento em favor de uma diversidade de experiências, ou seja, é indispensável que consideremos nossas histórias, memórias e vivências nos processos de formação, sobretudo aqueles realizados com professores e professoras. Este é um ponto central, pois, considerando que a experiência lúdica é uma experiência do sujeito, que vivencia, que é afetado e atravessado por essa experiência, então as experiências lúdico-corporais também serão diversas, pois cada corpo é um corpo, e carrega em si histórias, memórias, afetos, apegos, certezas, dúvidas, desejos e, por vezes, muitas opressões e impedimentos. O fato de estarmos inseridos em um contexto colonial, que renega, apaga e mata corpos, epistemologias, assimila e desumaniza povos e nações em prol de um projeto de mundo unilateral, abrir a roda e brincar é um grito de re-existência. De acordo com a autora, brincar,
image/svg+xmlVivian Pereira da SILVARev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021033, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16491| 4| 4cantar e dançar são atos de humanização, são intencionalidades que nos fazem humanos uns com os outros.Rodas de brincar, portanto, abre-nos caminhos para esta luta, de nos afirmarmos vivas e vivos diante de tantas situações de opressão e desesperança. A experiência-pesquisa, ou a pesquisa-experiência, apresentada por Cristina A. Leite é a afirmação de que, apesar dos sistemas nos quererem tristes, inertes e mortos, nós resistimos brincando. Esta resistência, além de se configurar como luta,é também conhecimento, saber partilhado e enraizado nas rodas, nos abraços, nos afetos, nas cantorias, nas memórias e histórias. Brincar é, então,fazer ciência, construir e partilhar conhecimento,logo,este é um ponto chave desta obra.Somos seres de jogo, de ginga, de festa, de coletividade. Sabemos que o Brasil, país de dimensões continentais, é diverso e desigual, e talvez o que nos ajude a atravessar abismos e romper barreiras seja essa capacidade de inventividade que passa pela ludicidade. O brincaré um jeito de estar no mundo, é, portanto, um jeito de aprender e ensinar em diferentes contextos. Sobre as percepções de ludicidade, corporeidade e experiências estéticas, a autora nos diz que:As noções de corporeidade, experiência estética e ludicidade visam a uma integração das dimensões do humano, como temos visto. Se compararmos estas noções com o conceito de oficina pedagógica enquanto opção metodológica para organização de uma aula, apresentado no capítulo I, veremos que todos têm o objetivo de promover a integração entre o sentir, o pensar e o agir. Dessa forma, ouso dizer que a ludicidade nas OPs é vivenciada de maneira orgânica nas propostas dos cursos (LEITE, 2019, p. 107). Assim, a partir da compreensão da autora sobre as dimensões do humano, podemos dizer que o sentir é condição de existência, de diálogo para estar no mundo. A racionalidade impetrada pelo sistema que opera em favor de um projeto de morte relega o sentir ao descrédito, à fraqueza, ao fracasso. É justamente o contrário disso que nos afirma a autora,ao dizer que a experiência estética e a ludicidade são dimensões do humano, são processos que reificam existências. A percepção de ludicidade também está diretamente ligadaà afetividade, aquilo que me afeta, que afeta o outro. Quando estamos entregues ao jogo,somos afetados e afetamos nossas parceiras e parceiros de brincadeira, quando exercitamos o amor, o prazer, a confiança e a alegria nas rodas, nos encontros é também um jeito de nos descobrirmos (LEITE, 2019).Outro fato que merece destaque e atenção neste livro é o fato de a autora centralizar o conceito de corporeidade e chamar a atenção para que reconheçamos o corpo como condição de vivenciar e partilhar experiências. Por mais recursos que tenhamos como fitas, saias, som, balangandãs, é com nosso corpo que experimentamos todos os processos possíveis de serem
image/svg+xmlResenha: Fazer ciência e construir conhecimento desde as rodas de brincar Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021033, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16491| 5| 5vivenciados nas rodas. O corpo é território cultural, expoente máximo e mínimo de todas as experiências que vivenciamos. De acordo com a autora, “falar de corpo brincante é falar de corporeidade experiência estética ludicidade, fenômenos que acontecem simultaneamente, enquanto se integram as dimensões humanas: sentimento, pensamento e ação” (LEITE, 2019, p. 113).No quarto capítulo, intitulado “Cantando, dançando, brincando: sendo”, a autora reafirma seu comprometimento ético e estético com o brincar enquanto condição para sermos. Para dialogar com outras epistemologias, visões e percepçõesde mundo, cabe ampliarmos os diálogos a partir dos caminhos oferecidos pela autora. Em diálogo com experiências de diferentes comunidades, nações, grupos e pessoas, reconhecemos estes valores como centrais de existências. Ao tecer reflexões sobre diferenças e percepções de mundo, Senghor (1965, p. 84) afirma: “o negro africano poderia dizer: eu sinto, eu danço o Outro; eu sou. Dançar é descobrir e recriar”, ou seja, ele desloca a percepção centralizada apenas na razão como condição para existir como na máxima Cartesiana do eu penso, logo soue valoriza, reconhece outros jeitos de ser e de existir. Outro ponto que merece nossa atenção antes de irmos às considerações finais é a alegria. De acordo com Sodré (2017),a alegria é o que sustenta e viabiliza o reconhecimento das existências, das relações interpessoais. O autor cunha o conceito de alacridade para demonstrar a força, potência e grandiosidade da alegria como atitude diante da vida. Para o autor,a alegria é uma responsabilidade, uma intencionalidade. No livro Rodas de Brincar: uma experiência com atividades lúdico-corporais junto aos professores-formadores das Oficinas Pedagógicas do DF, a alegria se mostra como comprometimento com a vida. A autora demarca a alegria como um tema na ação docente, e em um diálogo brilhante com Freire (1996), tece reflexões acerca de nossa responsabilidade enquanto educadoras. Segundo ela: É para partilhar saberes que nos tornamos professores. Portanto, nossa profissão baseia-se na relação com o outro. Existimos em função desse outro que legitima nosso ofício. Queremos acumular o máximo e o melhor que pudermos, para poder dividir. Se compartilhar saberes já é bom, imagina compartilhar alegrias na função docente entre nossos pares? (LEITE, 2019, p. 127). A partir destas questões, enfatizamos a relevância deste livro: é uma pesquisa-experiência ou uma experiência-pesquisa que nos apresenta questões e, como educadoras, sabemos que os caminhos se forjam mais em dúvidas do que em certezas. Como o próprio Freire (1996, p. 50) nos diz: “a alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca.” Assim, seguimos caminhando em constante busca para arrematar os
image/svg+xmlVivian Pereira da SILVARev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021033, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16491| 6| 6fios, versos e cantorias. A roda se manterá sempre aberta para receber novos versos, cores, cantigas, saberes e presenças, pois Cristina A. Leite convida-nos à partilha! Este é um livro que nos encoraja e nos mostra possibilidades de caminhos. Sem pretensão de se querer única, a experiência da autora é fonte de inspiração e conhecimentos construídos de maneira rigorosa, comprometida desde os afetos, alegrias, criações, inventividade e ludicidade. Sem dúvida, é uma obra valiosa que fortalece o campo teórico acerca da educação e do brincar em diferentes perspectivas. Partilhar experiências em educação é um comprometimento ético com o fazer pedagógico em quaisquer espaços.Construir conhecimento não é apenas partilhar livros, textos ou referências, mas, sim, mostrar caminhos, encorajar e afirmar que é possível construir em coletividade. As rodas seguem abertas!REFERÊNCIASFREIRE, P. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo:Paz e Terra, 1996.LEITE, Cristina Aparecida. Rodas de brincar: Uma experiência com atividades lúdico-corporais junto aos professores-formadores das Oficinas Pedagógicas do DF. Curitiba:Editora CRV, 2019.SENGHOR, Leopold Sedar. Um caminho do socialismo.Rio de Janeiro: Record distribuidora, 1965. SODRÉ, Muniz. Pensar nagô. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017.
image/svg+xmlResenha: Fazer ciência e construir conhecimento desde as rodas de brincar Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021033, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16491| 7| 7Sobre a autoraVivian Parreira da SILVADoutora em educação pela Universidade Federal de São Carlos Coordenadora do Grupo de Prática e pesquisa em danças e brincadeiras das culturas populares Girafulô São Carlos SP.Processamento e edição: Editora Ibero-Americana de Educação.Correção, formatação, normalização e tradução.
image/svg+xmlRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021033, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16491| 1| 1REVIEW: DOING SCIENCE AND BUILDING KNOWLEDGE FROM THE CIRCLE GAMESRESENHA: FAZER CIÊNCIA E CONSTRUIR CONHECIMENTO DESDE AS RODAS DE BRINCARREVISIÓN: HACER CIENCIA Y CONSTRUIR CONOCIMIENTO A PARTIR DE LAS RUEDAS DE JUEGOVivian Parreira da SILVAFederal UniversityofSão Carlose-mail:vivian@teia.org.brHow to refer to this articleSILVA, V. P. Review: Doing science and building knowledge from the circle games.Revista Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021033, 2021. e-ISSN: 2237-258X. DOI: https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16491Submitted: 12/05/2021Revisions required: 16/07/2021Approved: 19/09/2021Published: 30/11/2021
image/svg+xmlVivian Pereira da SILVARev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021033, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16491| 2| 2ABSTRACT:This review refers to the book: Rodas de Brincar: uma experiência com atividades lúdico-corporais junto aos professores-formadores das Oficinas Pedagógicas do DF, which is the result of the master's thesis of the author, Cristina Aparecida Leite. As Hartmann and Nascimento (2019) present in the preface of thework, Cristina A. Leite is an educator, a researcher committed to the theme of playing. In this way, her writing presents us with “contagious” research, with a "hunger for sharing and learning" and with the integrity that the author deals with the theme demarcating her involvement with education since the circles and the games.KEYWORDS:Circle Games. Pedagogical Workshops. Education.RESUMO:Esta resenha refere-se ao livro: Rodas de Brincar: uma experiência com atividades lúdico-corporais junto aos professores-formadores das Oficinas Pedagógicas do DF, o qual é resultado da dissertação de mestrado da autora, Cristina Aparecida Leite. Como apresentam Hartmann e Nascimento (2019), no prefácio da obra, Cristina A. Leite é uma educadora, pesquisadora comprometida com o brincar. Dessa forma, sua escrita nos brinda com uma pesquisa “contagiante”, com “fome de partilha e aprendizado” e com a inteirezade que a autora trata do tema demarcando seu envolvimento com a educação desde as rodas e as brincadeiras.PALAVRAS-CHAVE: Rodas de Brincar. Oficinas Pedagógicas. Educação.RESUMEN:Esta reseña se refiere al libro: Rodas de Brincar: uma experiência comatividades lúdico-corporais junto aos professores-formadores das Oficinas Pedagógicas do DF, que es el resultado de la tesis de maestría de la autora, Cristina Aparecida Leite. Como presentan Hartmann y Nascimento (2019) en el prefacio de la obra, Cristina A. Leite es un educador e investigador comprometido con el juego. De este modo, su escrito nos presenta una investigación "contagiosa", con un "hambre de compartir y aprender" y con la integridad con la que la autora trata el tema que demarca su implicación con la educación desde las ruedas y los juegos.PALABRAS CLAVE:Ruedas de Juego. Talleres Pedagógicos. Educación.
image/svg+xmlReview: Doing science and building knowledge from the circle games Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021033, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16491| 3| 3Cristina Aparecida Leite is a playfulresearcher; it is possible to feel and perceive at each written line, with each chosen word the care and commitment that the author has to present to us the theme of play as a condition and centrality for an education in favor of ludicity; therefore, in favor of life.The book is structured in presentation, followed by four chapters and a final part, in which the author asks us, in an insightful way: "closing the wheel (?)". This inquiry suggests that we should keep the wheel open, rotating, welcoming, sharing, learning and teaching. It is from this question that we will follow the paths opened by the experience shared in this book. It should be noted that Cristina A. Leite writes from her professional experience, as a teacher-trainer of other teachers and teachers, which reinforces her status as a researcher educator.The research in question aimed to carry out reflections on play and propose strategies and actions for the development of playful-body experiences, to expand the repertoire of activities with teachers-trainers and teacher-trainers of pedagogical workshops of the Federal District. Starting from the proposed objective, the author structures the writing pointing out questions about the pertinence of activities that recommend the playful-body experiences as a basis for the formation of educators and educators. Thus, the author dialogues with concepts and experiences and presents us with a vast field of possibilities. It is important to highlight that the understanding of playful experience in this work is presented by the author as an internal experience of the subject, that is, what is playful for me may not be playful for other people and vice versa. This approach is precisely because of the importance of valuing the various life experiences in any educational process. When Cristina A. Leite presents this understanding to us, she demarcations a position in favor of a diversity of experiences, that is, it is indispensable that we consider our histories, memories and experiences in the training processes, especially those carried out with teachers and teachers. This is a central point, because, considering that the playful experience is an experience of the subject, who experiences, who is affected and crossed by this experience, then the playful-bodily experiences will also be diverse, because each body is a body, and carries within itself stories, memories, affections, attachments, certainties, doubts, desires and, sometimes, many oppressions and impediments. The fact that we are inserted in a colonial context, which denies, erases and kills bodies, epistemologies, assimilates and dehumanizes peoples and nations in favor of a one-sided world project, opening the wheel and playing is a cry of re-existence. According to the author, playing, singing and dancing are acts of humanization, are intentions that make us human with each other.
image/svg+xmlVivian Pereira da SILVARev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021033, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16491| 4| 4Play circles, therefore, open us ways for this struggle, to assert ourselves alive and alive in the face of so many situations of oppression and hopelessness. The experience-research, or research-experience, presented by Cristina A. Leite is the statement that, despite the systems wanting us sad, inert and dead, we resist joking. This resistance, besides being configured as a struggle, is also knowledge, knowledge shared and rooted in circles, hugs, affections, singing, memories and stories. Play isthen to do science, build and share knowledge, so this is a key point of this work.We are beings of play, of ginga, of party, of collectivity. We know that Brazil, a country of continental dimensions, is diverse and unequal, and perhaps what helps us to cross chasms and break barriers is this capacity for inventiveness that passes through ludicity. Playing is a way of being in the world, it is therefore a way of learning and teaching in different contexts. On the perceptions of ludicity, corporeity and aesthetic experiences, the author tells us that:The notions of corporeity, aesthetic experience and ludicity aim at an integration of the dimensions of the human, as we have seen. If we compare these notions with the concept of pedagogical workshop as a methodological option for organizing a class, presented in chapter I, we will see that everyone has the objective of promoting the integration between feeling, thinking and acting. Thus, I dare say that the ludicity in the OPs is experienced organically in the proposals of the courses (LEITE, 2019, p. 107, our translation). Thus, from the author's understanding of the dimensions of the human being, we can say that feeling is a condition of existence, of dialogue to be in the world. The rationality brought by the system that operates in favor of a death project relegates the feeling to discredit, weakness, to failure. It is precisely the opposite of this that the author tells us, in saying that aesthetic experience and ludicity are dimensions of the human, are processes that remake existences. The perception of ludicity is also directly linked to affectivity, what affects me, which affects the other. When we are delivered to the game, we are affected and affect our partners and play partners, when we exercise love, pleasure, confidence and joy on circles, in meetings is also a way to discover ourselves (LEITE, 2019).Another fact that deserves attention and attention in this book is the fact that the author centralizes the concept of corporeity and draws attention so that we recognize the body as a condition of experiencing and sharing experiences. As many resources as we have such ribbons, skirts, sound, balangandãs, it is with our body that we experience all the possible processes to be experienced on the circles. The body is cultural territory, maximum and minimum exponent of all the experiences we experience. According to the author, "to speak of playful body is to
image/svg+xmlReview: Doing science and building knowledge from the circle games Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021033, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16491| 5| 5speak of corporeity aesthetic experience ludicity, phenomena that happen simultaneously, while integrating the human dimensions: feeling, thought and action" (LEITE, 2019, p. 113, our translation).In the fourth chapter, entitled "Singing, dancing, joking: being", the author reaffirms her ethical and aesthetic commitment to playing as a condition to be. To dialogue with other epistemologies, visions and perceptions of the world, it is worth expanding the dialogues from the paths offered by the author. In dialogue with experiences of different communities, nations, groups and people, we recognize these values as central to existences. In weaving reflections on differences and perceptions of the world, Senghor (1965, p. 84, our translation) states: "the black African could say: I feel, I dance the Other; I am. Dancing is discovering and recreating", that is, it displaces the perception centered only on reason as a condition to exist as in the Cartesian quoteofI think, therefore I amandvalue, recognize other ways of being and existing. Another point that deserves our attention before we go to the final considerations is joy. According to Sodré (2017), joy is what sustains and enables the recognition of existences, interpersonal relationships. The author wedges the concept of alacrity to demonstrate the strength, power and grandeur of joy as an attitude towards life. For the author, joy is a responsibility, an intentionality. In the Rodas de Brincar: uma experiência com atividades lúdico-corporais junto aos professores-formadores das Oficinas Pedagógicas do DF, joy is shown as a commitment to life. The author demarcates joy as a theme in teaching action, and in a brilliant dialogue with Freire (1996), she reflections about our responsibility as educators. According to her: It's to share that we've become teachers. Therefore, our profession is based on the relationship with the other. We exist because of this other that legitimizes our office. We want to accumulate as much and as much as we can, so we can share. If sharing knowledge is goodenough, can you imagine sharing joys in the teaching function among our peers? (LEITE, 2019, p. 127, our translation). From these questions, we emphasize the relevance of this book: it is a research-experience or an experience-research that presents us with questions and, as educators, we know that the paths are forged more in doubts than in certainties. As Freire himself (1996, p. 50, our translation) tells us: "joy does not arrive only in the encounter of the find, but is part of the search process." Thus, we continue to walk in constant search to round the threads, verses and singing. The wheel will always remain open to receive new verses, colors, songs, knowledge and presences, because Cristina A. Leite invites usto share! This is a book that encourages us and shows us possibilities of paths. Without claiming
image/svg+xmlVivian Pereira da SILVARev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021033, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16491| 6| 6to want unique, the author's experience is a source of inspiration and knowledge built rigorously, committed from affections, joys, creations, inventivenessand ludicity. Undoubtedly, it is a valuable work that strengthens the theoretical field about education and play in different perspectives. Sharing experiences in education is an ethical commitment to pedagogical practice in any space. Building knowledge is not just sharing books, texts or references, but showing ways, encouraging and affirming that it is possible to build in collectivity. The playful circles are still open!REFERENCESFREIRE, P. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo:Paz e Terra, 1996.LEITE, Cristina Aparecida. Rodas de brincar: Uma experiência com atividades lúdico-corporais junto aos professores-formadores das Oficinas Pedagógicas do DF. Curitiba:Editora CRV, 2019.SENGHOR, Leopold Sedar. Um caminho do socialismo.Rio de Janeiro: Record distribuidora, 1965. SODRÉ, Muniz. Pensar nagô. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017.
image/svg+xmlReview: Doing science and building knowledge from the circle games Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021033, 2021. e-ISSN: 2237-258XDOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16491| 7| 7About the authorVivian Parreira da SILVAPhD in Education from the Federal University of São Carlos -Coordinator of the Practice Group and research in dances and games of popular cultures -Girafulô -São Carlos -SP.Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.Correction, formatting, normalization and translation.