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Rev. Educação e Fronteiras,
Dourados
, v. 1
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n. esp. 2,
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2021.
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ISSN:
2237
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DOI:
https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490
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POSSIBILIDADES FORMATIVAS EM EDUCAÇÃO FÍSICA NA PERSPECTIVA
INCLUSIVA
POSIBILIDADES DE FORMACIÓN EN EDUCACIÓN FÍSICA EN LA PERSPECTIVA
INCLUSIVA
TRAINING POSSIBILITIES IN PHYSICAL EDUCATION IN THE INCLUSIVE
PERSPECTIVE
Patricia Santos de OLIVEIRA
Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR)
e
-
mail:
patriciagorup@gmail.com
Jacqueline da Silva NUNES
Universidade Federal da Grande
Dourados
e
-
mail:
jacquelinenunes@ufgd.edu.br
Josiane Fujisawa Filus de FREITAS
Universidade Federal da Grande Dourados
e
-
mail:
josianefffreitas@ufgd.edu.br
Patricia ROSSI
-
ANDRION
Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR)
e
-
mail:
patriciarossi.pr@hotmail.com
Como referenciar este artigo
OLIVEIRA, P. S. de
;
NUNES
, J. S.;
FREITAS
, J. F. F.;
ROSSI
-
ANDRION
, P.
Possibilidades
formativas em
Educação Física na perspectiva inclusiva
.
Revista Educação e Fronteiras
,
Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021.
e
-
ISSN: 2237
-
258X. DOI:
https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490
Submetido em
:
19
/0
5
/2021
Revisões requeridas em
:
22
/0
7
/2021
Aprovado em
:
17
/09/2021
Publicado em
: 30/11/2021
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Patricia Santos de OLIVEIRA; Jacqueline da Silva NUNES; Josiane Fujisawa Filus de FREITAS e Patricia ROSSI
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ANDRION
Rev. Educação e Fronteiras,
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RESUMO
:
O presente trabalho é resultado dos desdobramentos do curso de extensão Corpo,
Formação Humana e Sociedade, e teve como objetivo refletir sobre a formação inicial do
professor de Educação Física par
a atuar junto às pessoas com deficiência. Assim, a partir de
um ensaio teórico, as autoras iniciam refletindo sobre a temática do corpo, formação humana e
sociedade e sua intersecção com a formação inicial de professores de Educação Física a partir
das qua
is são apresentadas conceituações, bases teóricas e pesquisas recentes em formação
inicial da área. Para finalizar, são apresentadas possibilidades e estratégias para formar
professores sensíveis à temática da inclusão. Tais sugestões resultam de trabalhos
de conclusão
de curso, relatos e das experiências didáticas das pesquisadoras e estão organizadas a partir dos
eixos: experiências nos estágios supervisionados, extensão universitária e formação para atuar
na perspectiva do trabalho colaborativo
.
PALAVRAS
-
CHAVE
:
Educação Física. Formação
inicial
. Pessoas com deficiência.
Atividade
física adaptada
.
RESUM
EN
:
El presente trabajo es fruto del curso de extensión Cuerpo, Formación Humana
y Sociedad, y tuvo como objetivo reflexionar sobre la
formación inicial del docente de
Educación Física para trabajar con personas con discapacidad. Así, a partir de un ensayo
teórico, los autores comienzan reflexionando sobre el tema del cuerpo, la formación humana y
la sociedad y su intersección con la form
ación inicial de los docentes de Educación Física,
donde se encuentran conceptos, bases teóricas e investigaciones recientes en formación inicial
en el área. Finalmente, se presentan posibilidades y estrategias para formar docentes sensibles
al tema de la
inclusión. Tales sugerencias son el resultado de trabajos de finalización de cursos,
informes y experiencias didácticas de los investigadores y se organizan según los temas:
experiencias en pasantía supervisadas, extensión universitaria y formación para ac
tuar en la
perspectiva del trabajo colaborativo.
PALABRAS CLAVE
:
Educación Física. Formación inicial. Personas con deficiencia.
Actividad física adaptada.
ABSTRACT:
The present work is the result of the extension course ‘Body, Human Education
and Society’, and aimed to reflect on the initial education of the Physical Education teacher to
work with people with disabilities. Thus, from a theoretical essay, the authors
begin by
reflecting on the theme of the Body, Human Education and Society and its intersection with the
initial education of Physical Education teachers, where concepts, theoretical bases and recent
research in initial education in the area. Finally, possi
bilities and strategies to train teachers
sensitive to the theme of inclusion are presented. Such suggestions result from course
completion works, case reports and the researchers' didactic experiences and was organized
according to the folowing axes: expe
riences in supervised internships, university extension and
training to work in the perspective of collaborative work.
KEYWORDS:
Physical Education. Teacher training. People with disabilities. Adapted
physical activity.
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Possibilidades formativas em Educação Física na perspectiva inclusiva
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Introdução
O presente
artigo faz parte da construção coletiva promovida pelo Curso de Extensão
Corpo, Formação Humana e Sociedade, organizado pelos grupos de pesquisa Laboratório de
Estudos Corporais
–
LEC/Unespar e Grupo de Estudo e Pesquisa em Linguagem Corporal e
Diversidade
–
GEPL/UFGD. O curso foi estruturado por seis módulos que tratavam temáticas
que promoveram diálogos e reflexões interinstitucionais acerca das diferentes concepções de
pensar o corpo, formação humana e sociedade e seus desdobramentos nas práticas corpora
is
contemporâneas. Nesse sentido, o presente estudo aborda a temática proposta na perspectiva da
Formação inicial em Educação Física (EF) para atuar com pessoas com deficiência.
Pensar sobre a Educação Física nessa perspectiva nos remete a refletir sobre v
ários
conceitos, abordagens, autores, entretanto, em comum acordo, entendemos que a área está
atrelada a perspectiva da inclusão em seus diferentes âmbitos e, portanto, deve ser pensada em
sua totalidade. Quando discutida sob
o olhar da formação humana, da
construção da sociedade,
precisamos considerar toda e qualquer pessoa em sua integridade, independentemente de
conjunturas físicas ou intelectuais.
Para Denari (2013)
,
ao incluir é preciso levar em conta a possibilidade de desenvolver
de acordo com suas a
titudes e aptidões direcionadas à sua inserção na sociedade. Como parte
do sistema educativo, sua existência está intimamente ligada a valores e virtudes, condições tais
que fazem da educação uma fonte inesgotável para melhorar a qualidade de vida das pess
oas
em busca da autonomia. A autora elucida o que acreditamos ser um caminho em prol do bem
comum:
[...] em seu sentido mais abrangente, a educação garantida por todos por
direito, deve permear, primeiramente os princípios de equidade e de
qualidade. Em s
egundo lugar, deve promover o desenvolvimento de projetos
educativos assentados nos pilares da (com) vivência democrática e no respeito
da diversidade, nesses projetos, é fundamental a presença e o envolvimento
de todos os professores, alunos, equipe escol
ar, famílias, e comunidade social
onde se insere a escola (DENARI, 2013, p. 17).
Entretanto, lançar olhares sobre isso nos faz exercitar a capacidade que temos enquanto
educadores de modificar as nossas próprias atitudes na ação educativa. Segundo Freire
(199
6
),
é preciso saber escutar o outro e ter coerência entre o discurso e a ação.
É escutando que aprendemos a falar com eles. Somente quem escuta paciente
e criticamente o outro, fala com ele, mesmo em que, em certas condições,
precise falar a ele [...]
se descrimino o menino ou menina pobre, a menina ou
menino negro, o menino índio, a menina rica, se descrimino a mulher, a
camponesa, a operária, não posso evidentemente escutá
-
las e se não escuto,
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Patricia Santos de OLIVEIRA; Jacqueline da Silva NUNES; Josiane Fujisawa Filus de FREITAS e Patricia ROSSI
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não posso falar com eles, mas a eles, de cima para baixo
(FREIRE, 199
6
, p.
127
-
136).
Nunes (2019) evidencia em sua tese que essa apropriação do professor, no que tange a
compreender o sujeito, para adaptar recursos e suprir necessidades educativas, nos remete a
evidenciar o pensamento de Paulo Freire
(2002) de que é preciso perceber as particularidades
na totalidade, pois nenhum fato se justifica por si mesmo, isolado do contexto social pelo qual
foi gerado e se desenvolve. Olhar para a inclusão é compreender o que bem disse Freire (2002,
p. 24), “[...
] ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre
si, mediatizados pelo mundo”
.
Desse modo
,
vamos refletindo sobre o tema central deste dossiê, em que a formação
humana, o corpo e a sociedade devem ser pensados conjuntamente. Ao
olharmos para as
potencialidades educativas que as práticas corporais inclusivas agregam e a complexidade do
tema inclusão, sentimos necessidade de estabelecermos um diálogo entre formação inicial em
Educação Física, inclusão de pessoas com deficiência em
atividades físicas, e as possibilidades
formativas nos cursos de graduação em Educação Física.
Este contexto nos remete especificamente à área da Atividade Física Adaptada, sendo o
corpo em movimento entendido como objeto da educação, acreditamos em sua po
tencialidade
para promover o exercício da empatia, fazendo com que os professores sejam capazes de se
colocar no lugar de seus alunos, entender suas dificuldades e necessidades. Nunes (2019, p. 24)
em sua pesquisa ressalta que: “O corpo, aqui entendido com
o a totalidade do homem e não
apenas biológico, é capaz de propiciar o desenvolvimento afetivo e intelectual, para além do
desenvolvimento físico
”.
Desse modo, se faz necessário repensar a formação inicial do professor de Educação
Física de forma a constru
ir atitudes favoráveis em relação a inclusão, romper com as barreiras
atitudinais e fornecer subsídios para que os futuros profissionais possam se comprometer em
planejar e promover atividades físicas e esportivas para todos os seus alunos, principalmente
aqueles com algum tipo de deficiência. Neste sentido, Fiorini e Manzini (2014), indicam
,
a
partir de suas pesquisas, a importância de promover a formação do professor de Educação Física
contemplando a inclusão de alunos com deficiência, a partir de iniciat
iva de diferentes âmbitos,
como as instituições superiores,
a
s secretarias municipais de educação e as políticas públicas.
Assim, o presente ensaio teórico tem como objetivo refletir sobre a formação inicial do
professor de Educação Física para atuar junto
às pessoas com deficiência, e apresentar
possibilidades e estratégias de abordar essa temática nas disciplinas do curso de graduação em
Educação Física.
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Para tanto, a partir do exposto, num primeiro momento vamos refletir sobre a
importância da
Formação i
nicial de professores de Educação Física na perspectiva da
Educação Inclusiva
,
buscando conceituar essa problemática, evidenciando a trajetória
histórica
,
e debater com pesquisas recentes, em busca de repensarmos a importância de avançar em
processos formativos que considerem
,
na contemporaneidade
,
a diversidade, a inclusão e a
participação de todos.
Para finalizar o debate
,
buscamos refletir sobre as
Possibilidades formativas em
Educação Física: experiências na perspectiva da inclusão.
O obj
etivo desse eixo foi apresentar
estratégias de ensino que contribuíssem para o fortalecimento de atitudes favoráveis em relação
à inclusão de pessoas com deficiência no processo de formação inicial do professor de Educação
Física.
Formação inicial de p
rofessores de Educação Física na perspectiva da Educação Inclusiva
No Brasil, a formação inicial de professores de Educação Física ocorre por meio de
cursos de graduação de nível superior, com habilitação nas áreas de licenciatura ou bacharelado
(BRASIL,
2018
a
). Nos últimos anos, a formação inicial de professores de Educação Física vem
passando por diversos avanços, principalmente no que se refere aos aspectos legislativos e de
normatização das diretrizes de formação relacionada à atuação junto às pessoas
com
deficiência.
A legislação mais atual, relacionada às Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de
Graduação em Educação Física (BRASIL, 2018
a
), representa um avanço na formação de
licenciados e bacharéis em Educação Física para atuar junto às pessoa
s com deficiência uma
vez que legitima, assim como em versões anteriores, a necessidade de disciplinas que tratam
das características, dos aspectos metodológicos e de ensino e aprendizagem das pessoas com
deficiência. No referido documento
,
“A formação para intervenção profissional à pessoa com
deficiência deve ser contemplada nas duas etapas e nas formações tanto do bacharelado, quanto
da licenciatura” (p. 2).
Contudo, Pletsch (2009) destaca que a falta de preparo e informação impede o pro
fessor
de desenvolver uma prática pedagógica que seja atenta às necessidades dos alunos com
deficiência. Dessa forma, a autora avalia que o despreparo e a falta de conhecimentos estão
diretamente relacionados com a formação ou capacitação recebida no proce
sso de formação
deste professor.
Gilon e Cardoso (2014) realizaram uma pesquisa com o objetivo de analisar a matriz
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curricular do Curso de Educação Física em Licenciatura em uma universidade do
n
ordeste do
Brasil em relação à formação para a educação inclu
siva. A partir da análise dos planos de ensino
de disciplinas da área de conhecimento referente ao ensino das modalidades esportivas (Jogo;
Esporte; Lutas; Ginástica e Dança), os autores concluíram que há uma lacuna na articulação do
ensino dos esportes e
a problemática da educação inclusiva naquela universidade
,
uma vez que
não foram encontrados
,
nos planos de ensino
,
nenhuma referência ao público com deficiência
e ou necessidades especiais.
Nessa direção, para Rodrigues e Lima
-
Rodrigues (2017) existem doi
s principais
modelos de matriz curricular de formação de professores para atuar na perspectiva da inclusão,
o modelo tradicional e o modelo de infusão: No modelo tradicional, a matriz curricular dos
cursos de ensino superior é estruturada de modo que, em t
odo o processo de formação, o
discente tenha apenas uma ou duas disciplinas específicas com o objetivo de fornecer
conhecimentos sobre as características do aluno com deficiência, os processos de ensino e
aprendizagem e aspectos metodológicos específicos (
RODRIGUES; LIMA
-
RODRIGUES,
2017). Já no modelo de “infusão”, a organização curricular dos conteúdos relativos à educação
de alunos com deficiência e ou
necessidades educativas especiais (NEE), é abordado por todas
as disciplinas de forma transversal (KOWAL
SKI, 1995).
Ou seja, nesse modelo
,
as questões
referentes às características do aluno com deficiência, o ensino e aprendizagem, e estratégias
metodológicas específicas estão descentralizadas e são conteúdos abordados em grande parte
das disciplinas que com
põem a matriz curricular do curso.
A partir do exposto, ainda que grande parte dos cursos de formação de professores de
Educação Física tome como princípio a matriz tradicional, é
fundamental
repensarmos a
importância de avançar em busca de processos forma
tivos que considerem a diversidade, a
inclusão e a participação de todos. Para tanto, um modelo de formação de infusão, no qual a
maioria das disciplinas direcionam parte do conteúdo para abordar a temática da pessoa com
deficiência, parece congregar de fo
rma mais efetiva as habilidades e competências de um
professor de Educação Física para atuar na perspectiva da inclusão de pessoas com deficiência.
No que tange ao campo das pesquisas, a formação profissional inicial é tema recorrente
nas pesquisas naciona
is e internacionais envolvendo a Atividade Física Adaptada (AFA), pois
é com base nessas pesquisas que podemos compreender como acontece tal ação, quais são os
avanços, as limitações e de que maneira poderá interferir na futura atuação do profissional de
E
ducação Física (EF) diante do processo de inclusão (MAHL, 2016; LOUZADA, 2016).
Nesse contexto, pesquisas nacionais demonstram o despreparo ao lidar com as pessoas
com deficiência decorrente da falta de experiências práticas, da precariedade do estágio
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sup
ervisionado, da dissociação entre teoria e prática e da falta de interdisciplinaridade nos
cursos superiores de formação inicial em EF, causando insegurança e dificuldades para a
atuação profissional, tanto por recém
-
formados como por professores que já at
uam na área
(CHICON; PETERLE; SANTANA, 2014; ROSSI
-
ANDRION; VILARONGA; MUNSTER,
2019).
Em estudo de revisão de literatura realizado por Rossi
-
Andrion, Vilaronga e Munster
(2019), as autoras apresentam resultados de que os estudantes que estão em formação i
nicial
em EF não se sentem preparados para trabalhar com as pessoas com deficiência e/ou qualquer
outra Necessidade Educacional Especial (NEE) junto ao processo de inclusão, sendo ressaltado,
principalmente, o pouco contato direto com esse público ao longo
da jornada desses cursos
superiores, ofertando pouca experiência prática.
Pesquisas desenvolvidas no Brasil, EUA, Reino Unido e Itália, concluem a importância
em oportunizar mais experiências práticas envolvendo o público da Educação Especial durante
o pr
ocesso de formação inicial em EF, pois é a partir dela que ocorre o contato direto
interpessoal em ambiente real, influenciando positivamente nas atitudes e nos sentimentos dos
graduandos para atuação no processo de inclusão (ROSSI
-
ANDRION, VILARONGA;
MUNS
TER, 2019).
Essa experiência prática está relacionada a atividades que os estudantes possam
acompanhar e vivenciar de perto o trabalho realizado com as pessoas com deficiência, TEA
(Transtorno do Espectro Autista), TD
A
H (Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade),
Superdotação e demais Necessidades Educacionais Especiais, como
,
por exemplo, os estágios
supervisionados dentro e fora do campus universitário, os estágios curriculares em escolas
regulares e de Educação Especial; os projetos de extensão
e os projetos comunitários que
envolvam essa população.
Seria importante que os estágios supervisionados, tanto em escolas de ensino regular
que atendem o público da Educação Especial como em escolas de Ensino Especial, fossem
incorporados e oportunizados
durante a graduação, para que pudessem oferecer aos estudantes
em sua formação inicial em EF um treinamento adequado, proporcionando mais conhecimento
e maior preparo acerca do processo de inclusão, com um consequente aumento na qualidade de
ensino para to
dos (HODGE; TANNEHILL; KLUGE, 2002; VICKERMAN; COATES, 2009;
JEONG, 2013; WILKINSON
et al
., 2013; NARDO
et al
., 2014; TINDALL
et al
., 201
5
).
Além dos estágios curriculares, ressaltam
-
se que as experiências pessoais anteriores ao
início da formação inicial,
como
o fato de
possuir familiares e/ou amigos com deficiência e/ou
frequentar estágios em AFA fora da grade curricular em outros estabelecimentos que não a
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universidade, são fatores importantes que também podem acarretar uma melhoria no sentimento
em rela
ção à futura atuação frente à inclusão. Afinal, a formação profissional
,
além de envolver
uma formação curricular básica sólida, que associe teoria e prática por meio de estágios
supervisionados, ainda envolve as experiências anteriores e pessoais de cada
estudante de EF
advindas de outras instituições de ensino e demais atividades (CASTRO; AMORIM, 2015;
DUCHENE
et
al.,
2018).
Essas experiências práticas acadêmicas e pessoais influenciam de forma positiva nas
seguintes atitudes dos estudantes na sua
formação inicial em EF
:
a mudança de discurso sobre
inclusão, buscando a equidade durante as aulas; a diminuição do pré
-
conceito, deixando a
deficiência de lado e enfatizando a funcionalidade para ir ao encontro das necessidades de cada
aluno no ambiente i
nclusivo; e o desenvolvimento de relacionamentos e comunicação
adequados tanto ao trabalhar com o público em questão como com profissionais de outras áreas
com o foco na interdisciplinaridade (WOODRUFF; SINELNIKOV, 201
5
).
Estudos afirmam que quando há a experiência prática sobre a deficiência e demais NEE,
o melhor preparo acadêmico e o contato com mais conteúdos envolvendo especificamente a
AFA durante a formação inicial, mais bem preparados academicamente os graduandos es
tarão
para atuar no processo de inclusão, acarretando o aumento da confiança, a melhoria da
comunicação junto aos alunos com deficiência e demais profissionais (como professores de sala
de aula regular, diretores e assistentes) para um trabalho inter/multi
disciplinar e a diminuição
de incertezas ao se trabalhar com esse público (HODGE
et al
., 2002; DUCHANE
et al
. 2008;
NARDO
et al.
, 2014).
Além dessa atenção
à
s experiências práticas, também é importante proporcionar a
associação da teoria com a prática dura
nte os cursos de formação inicial em EF
,
sendo essa ação
um fator relevante que deveria ocorrer junto com tais experiências, proporcionando melhoria
na competência de ensino e no aumento da compreensão do processo inclusivo, ofertando o
aumento do conhecim
ento e da conscientização sobre o assunto (COATES, 2012).
Entretanto, ainda há uma sobreposição da teoria à prática. Para acontecer essa
associação de forma adequada e equilibrada, o tempo dispendido nas atividades práticas durante
a formação inicial em EF
deveria ser maior do que acontece atualmente, direcionada para
atividades em campo, para que houvesse o aumento de tempo de instrução para proporcionar a
melhoria da confiança e o entusiasmo nos estudantes dos programas de formação inicial em EF
e assim,
consequentemente, melhorar a instrução ao se trabalhar com alunos com deficiência
(LAYNE; BLASINGAME, 2018).
Juntamente com o desenvolvimento da teoria associada à prática, existe a importância
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em oferecer aos estudantes a infusão do conhecimento entre as
demais disciplinas curriculares
ao longo dos cursos de formação inicial
,
que não apenas a disciplina de AFA. Todavia, há pouca
oferta de disciplinas que envolvem a AFA especificamente e disciplinas que façam a interface
com essa área, o que resulta na esca
ssez de conhecimentos teóricos e práticos. Dessa forma,
seria importante defender a infusão do conhecimento sobre deficiência em outras disciplinas,
pois ess
e movimento
poderia favorecer discussões, simulações, equipamentos, modificações e
estratégias de e
nsino e de conhecimento no que se refere ao processo de inclusão (KWON,
2018).
Uma das maneiras de compreender essas lacunas, quanto às experiências práticas em
estágios supervisionados
e
infusão do conhecimento e associação de teoria e prática, é analisar
o currículo das instituições de ensino superior. Infelizmente, pesquisas nacionais e
internacionais apresentam dados de que não há padrões curriculares para tornar os futuros
profissionais preparados para atuação em AFA, não havendo delineamento de como s
ão
conduzidos os currículos, ocorrendo o distanciamento entre a formação inicial acerca dos
contextos da diversidade e da inclusão, da realidade escolar e da dissociação entre teoria e
prática (SILVA; DRIGO, 2012; LOUZADA, 2016; MAHL, 2016 ROSSI
-
ANDRION;
M
UNSTER, 2019).
No Brasil, mesmo os cursos superiores de EF apresentando condições estruturais e
curriculares para atender as demandas da inclusão e sendo obrigatória a disciplina AFA na grade
curricular, ainda há carga horária reduzida e poucas disciplinas
que realizam a
interface/interdisciplinaridade com a AFA (
ROSSI
-
ANDRION
; MUNSTER, 2013; ROSSI
-
ANDRION; MUNSTER, 2019). Sendo assim, além de aumentar a carga horária para essa área,
também seria importante que ocorresse a interdisciplinaridade entre a AFA e as demais
disciplinas, maior articulação entre as atividades de ensino
, extensão e pesquisa, e maior
aproximação com o estágio curricular frente
a
o processo de inclusão.
A compilação dessas pesquisas nacionais e internacionais demonstrou que a experiência
prática é a principal responsável por relacionar várias vertentes para
uma melhor formação
inicial, pois são as experiências por meio de estágios em ambientes reais (que deveriam ser
mais oportunizados) juntamente com a teoria, que interferem positivamente nas atitudes e nos
sentimentos dos estudantes, tornando
-
os preparados
para a atuação
para
a inclusão. Seria muito
importante que os cursos de formação inicial em Educação Física oportunizassem e
aprofundassem mais os conteúdos da AFA, a infusão do conhecimento e
a
interdisciplinaridade
ao longo do curso e não apenas
ofertar
disciplinas isoladas com pouca intervenção prática.
Diante de todo exposto, a formação inicial pautada na interdisciplinaridade e na infusão
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Patricia Santos de OLIVEIRA; Jacqueline da Silva NUNES; Josiane Fujisawa Filus de FREITAS e Patricia ROSSI
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do conhecimento é defendida,
na qual
cada disciplina da grade curricular do curso de Educação
Física desenvolva qu
estões envolvendo alunos com deficiência e
a
inclusão desses na
sociedade
.
Possibilidades formativas em Educação Física: experiências na perspectiva da inclusão
O intuito desse tópico é apresentar estratégias de ensino que contribuam para a
fortalecimento de atitudes favoráveis em relação a inclusão de pessoas com deficiência nas
atividades físicas. As pesquisas na área, como as publicadas por Rossi
-
Andrion e Muns
ter,
(2019); Salerno
et al.
(2013), e os anos de atuação no Ensino Superior nos permitem indicar
que as maiores dificuldades de graduandos em relação a inclusão referem
-
se a falta de
conhecimento
,
bem como a
ausência de contato e convivência com essa popul
ação.
Como apresentado no tópico anterior, a estrutura curricular dos cursos de graduação não
supre tal dificuldade, uma vez que a maioria dos cursos de Educação Física destinam apenas
uma disciplina isolada para tratar desses assuntos e, muitas vezes, est
a fica restrita apenas aos
conhecimentos teóricos sobre as deficiências e suas classificações. Como resultado disso, os
conceitos e pré
-
conceitos relacionados a essa população continuam a limitar a prática do futuro
professor de Educação Física, que
,
em mu
itos casos
,
não têm conteúdos e experiências
durante
a graduação
que lhe possibilitem pensar e vivenciar na prática a diversidade e as diferenças
(SALERNO
et al.,
2013).
Conforme discutido anteriormente, a fim de superar essa limitação
,
os cursos de
formaç
ão inicial necessitam ofertar mais momentos de convivência com as pessoas com
deficiência,
em que
os alunos poderão pôr em prática aquilo que estudam na teoria. Em estudo
recente, Salerno
et al.
(2018) ressaltam que
,
em diversas localidades do Brasil, os c
ursos de
graduação em Educação Física passaram a incorporar as diferentes dimensões humanas como
alicerces para a discussão inclusiva, como sociais, culturais, educacionais e psicológicas,
alcançando compreensões mais significativas pelos discentes acerca
da questão, bem como
percebe
-
se uma aproximação inicial, ainda que discreta, da teoria com a prática por meio da
implantação de ações, como visitas às instituições especializadas e às escolas regulares
inclusivas, aulas práticas de simulações ou com a part
icipação de alunos com necessidades
educativas especiais.
A aproximação entre teoria e prática precisa ser ponto fundamental quando se trata de
formação com vistas a inclusão de pessoas com deficiência. Visitas a instituições, estágios
supervisionados, pro
jetos de extensão, aulas práticas com crianças com deficiência, propiciam
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o contato com essa população e auxiliam na quebra do estigma presente na sociedade, que refere
a incapacidade das pessoas com deficiência.
Pensando em contribuir de forma mais clara
e objetiva com os cursos de formação
inicial, destaca
m
-
se
,
a seguir
, as
experiências que favorecem o fortalecimento da relação teoria
e prática por meio de vivências com o público com deficiência
.
Experiências no estágio supervisionado
O estágio
supervisionado é um espaço muito rico para exploração de experiências com
pessoas com deficiência. Principalmente na escola, é comum encontrar crianças com
deficiência incluídas em turmas regulares, e, portanto, todas as disciplinas do curso poderiam
estar
envolvidas com o estágio supervisionado sendo importantes para suscitar atividades
práticas e posterior reflexão sobre a atuação com a inclusão.
Rodrigues (2019) aliou os conhecimentos da disciplina de Educação Adaptada onde
conheceu sobre os esportes par
alímpicos e teve a curiosidade de aplicar uma vivência de
voleibol sentado em seu estágio supervisionado no ensino fundamental. A experiência foi
relatada no trabalho de conclusão de curso e a pesquisa teve como objetivo principal verificar
a percepção de
crianças e adolescentes de 9 a 15 anos de idade sobre a modalidade
V
oleibol
Sentado na aula de educação física de uma escola pública no município de Vicentina
-
MS.
Tratou
-
se de uma pesquisa de campo, qualitativa,
na qual
participaram 71 alunos do 6º ao 9º
a
no do Ensino Fundamental II, do período vespertino, que responderam a um questionário após
participarem de uma aula sobre o conteúdo Voleibol sentado.
Constatou
-
se que a atividade realizada apresentou boa aceitabilidade, as crianças e
adolescentes de 9 a 14 anos puderam vivenciar uma aula de vôlei sentado, uma modalidade
muito próxima daquela que eles já conhecem. As dificuldades, ao realizar os fundamentos do
esporte na posição sentada, favoreceu que alunos sem deficiência vivenciassem
os movimentos
utilizados pelas pessoas com deficiências físicas e percebessem as possibilidades de prática,
mesmo com limitações físicas. Concluiu
-
se que a percepção dos alunos sobre a vivência de
voleibol sentado foi positiva e abrangeu não só a prática,
mas também o sentimento de
alteridade por parte dos alunos fazendo
-
os refletir sobre como a pessoa com deficiência pode
se incluir neste âmbito dos esportes e das aulas de Educação Física.
Destaca
-
se que a prática de modalidades paralímpicas na Educação F
ísica Escolar não
é comum, por isso, oportunizar
às
crianças sem deficiência a se colocarem no lugar daquele
s
com deficiência pode propiciar um momento de reflexão sobre a condição do outro e
,
dessa
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forma
,
trazer à tona o sentimento da alteridade.
Logo
, não apenas a disciplina de Educação
Física Adaptada, mas todas as demais do curso de formação inicial, poderiam versar sobre sua
prática adaptada ou paralímpica, de forma que o graduando perceba que todo mov
imento pode
ser pensado e adaptado para as potencialidades de qualquer indivíduo.
A aproximação com pessoas com deficiência durante o estágio supervisionado suscitou
a pesquisa de Almeida (2018), pois foi durante o estágio em uma escola que ele conheceu um
a
atleta de bocha adaptado. A aluna com paralisia cerebral foi “descoberta” na aula de Educação
Física Escolar e passou a treinar com a equipe paralímpica da cidade. O objetivo da pesquisa
de Almeida (2018) foi conhecer a prática do bocha adaptado realizad
o pela aluna cadeirante.
Por meio de estudo de caso, a investigação revelou que a menina de 14 anos praticava
bocha
há
2 anos, mas antes disso nunca havia praticado nenhuma modalidade esportiva.
De acordo com Almeida (2018), a aluna salienta que competir
nessa modalidade a faz
se sentir feliz e importante. O professor e treinador da aluna destacou o avanço no
desenvolvimento técnico e pessoal da aluna, citando
,
por exemplo
,
o fato d
e
a aluna se mostrar
mais desinibida nas relações interpessoais. Além disso
, a prática do esporte possibilitou
que
a
aluna viaja
sse
sem a presença dos pais para campeonatos, momentos que exigiram dela
responsabilidade, autonomia e independência, fortalecendo sua segurança e autoestima.
Pode
-
se perceber o quanto o estágio supervis
ionado
contribui
significativamente para
uma formação com vistas a inclusão de pessoas com deficiência, no entanto, destacamos que a
orientação desse processo deve ser organizada de forma a suscitar tais experiências.
Ou seja
, as
disciplinas cursadas de fo
rma concomitante ao estágio supervisionado podem trabalhar de
forma conjunta, usando do momento de estágio como espaço de exploração dos conteúdos
trabalhados nas demais disciplinas.
Extensão Universitária
Para além do estágio supervisionado, um forte a
liado da formação inicial em Educação
Física é a Extensão Universitária. Projetos e eventos de extensão congregam a comunidade e
são excelentes momentos de convivência e prática com pessoas com deficiência. Um exemplo
disso é destacado na pesquisa de Gonza
ga (2020)
,
que teve por objetivo descrever a participação
dos alunos do curso de Educação Física no evento Festival Paralímpico 2019. Esse evento
ocorre anualmente em todo o Brasil e, em 2019, foi realizado em 70 cidades e, pela segunda
vez, ocorreu também
no município de Dourados
-
MS.
A pesquisa evidenciou que a maioria do grupo participante não teve dificuldades para
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exercer suas funções no evento
e
não teve dificuldades de interação com as crianças
participantes, ou seja, o paradigma de que trabalhar com
essa população exige uma qualificação
especializada e
que
, portanto, seria mais difícil para o aluno de graduação, foi superado. O
grupo percebeu a experiência no evento como positiva, pois a vivência resultou em conhecer
melhor a população com deficiência
, conhecer esportes paralímpicos
e
visualizar as
potencialidades de crianças com deficiência para a prática de atividade física.
Melo e Munster (2014) relatam a experiência do Programa de Atividades Físicas,
Esportivas e de Lazer Adaptadas às Pessoas com Deficiência
–
PROAFA desenvolvido pelo
Departamento de Educação Física e Motricidade Humana da Universidade Federal de São
Carlos
-
DEFMH/UFSCar. O PROAFA foi criado em 2006 e se configura como um projeto de
extensão universitária e compreende atividades físicas, esportivas e de lazer voltado
às
pessoas
com deficiência. O projeto conta com a participação de estudantes de graduação em
Educação
Física e de pós
-
graduação (mestrado e doutorado) em Educação Especial. Ao longo de sua
história
,
o PROAFA vem desenvolvendo diversas atividades
,
dentre elas
,
destacam
-
se a
Natação Adaptada e o Handebol em Cadeira de Rodas. O referido projeto de e
xtensão contribui
para a qualidade da formação dos estudantes do Curso de Educação Física da UFSCar e para o
desenvolvimento de estudos/investigações relacionados à área de Atividade Física e Esportes
Adaptados. Rossi e Munster (2019) relataram os impactos
da participação dos graduandos no
PROAFA e nos demais projetos de extensão da universidade e destacaram que estes
consideraram importante a participação nos projetos, pois ampliou os conhecimentos e
proporcionou uma formação profissional mais ampla e apro
fundada em relação ao processo de
inclusão de pessoas com deficiência na sociedade.
Acredita
-
se que esses espaços de vivência e contato que os eventos e projetos de
extensão propiciam são fundamentais para a formação inicial em Educação Física. Ressalta
-
se
,
ainda
,
que com a implementação da curricularização da extensão (BRASIL, 2018
b
), Resolução
n.07 de 18 de dezembro de 2018, a carga horária de atividades de extensão ganha destaque na
matriz do curso e pode ser utilizadas como espaço importante de formação
na perspectiva
inclusiva.
Formação para atuar na perspectiva do trabalho colaborativo
Em pesquisa realizada por Oliveira (2018)
,
a autora destaca a necessidade de formar
professores de Educação Física capazes de trabalhar de forma colaborativa em conte
xtos
inclusivos. A mesma autora destaca que o trabalho colaborativo pode ser compreendido como
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“as ações de colaboração que podem ser construídas entre professores e seus pares” (p. 15).
Sendo assim, é importante incluir estratégias que estimulem uma forma
ção para uma atuação
colaborativa nas disciplinas direcionadas ao trabalho com pessoas com deficiência no currículo
de formação inicial em EF.
Nessa direção
,
os autores Lytle
et al.
(2003) destacam a simulação do preenchimento
do Plano de Ensino Individualizado (PEI
-
EF) como uma das estratégias de formação para a
colaboração. O Plano de Ensino Individualizado (PEI) se constitui enquanto um documento
oficial que tem como objetivo esta
belecer um plano de ação para professores e especialistas que
atendam crianças com deficiência (KOWALSKI
et al.,
2005). Na Educação Física
,
o PEI pode
se constituir enquanto uma ferramenta que norteie as práticas pedagógicas desses professores a
partir dos
objetivos e metas de aprendizagem estabelecidas colaborativamente. O modelo do
PEI
-
EF pode ser encontrado no artigo publicado por Munster
et al.
(2014).
Assim, a simulação do preenchimento do PEI pode ser realizada de diversas formas
;
um
dos caminhos poss
íveis é dividir os alunos em pequenos grupos de trabalho, com a tarefa de
preencher o PEI a partir de uma situação hipotética/ caso de ensino elaborado previamente pelo
professor da disciplina.
Outra estratégia sugerida por Lytle
et al.
(2003) é a elaboraç
ão de um roteiro e aplicação
de uma entrevista com professores e profissionais de outras áreas, que podem atuar
colaborativamente com a área de Educação Física em diversos contextos, como por exemplo
os professores de Educação Especial, Fisioterapeutas, Te
rapeutas Ocupacionais, dentre outros.
A autora sugere que a entrevista seja conduzida pelos discentes e realizada com diferentes
profissionais e que o resultado seja compartilhado posteriormente com todos da turma. Para a
elaboração do roteiro, as autora
s sugerem questões que abordem as experiências e
a
formação
profissional, as estratégias para tornar o trabalho mais eficiente; opinião dos entrevistados sobre
as habilidades e competências para atuar na área; Estratégias que foram desenvolvidas pelo
profi
ssional para trabalhar efetivamente com outros profissionais de forma multidisciplinar;
Estratégias que o profissional/professor vem desenvolvendo para trabalhar com outros
profissionais, dentre outras.
Dessa forma, promover estratégias de formação para at
uar colaborativamente nas
disciplinas do curso de Educação Física
,
que abordam os aspectos didáticos pedagógicos do
trabalho com pessoas com deficiência no contexto da inclusão, pode se constituir enquanto uma
oportunidade de promover processos formativos
que estimulem a reflexão sobre a necessidade
de planejar e criar planos de ação que atendam às necessidades individuais do aluno com
deficiência. Ademais, essas estratégias poderão contribuir para a formação de professores de
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EF preparados para uma atuação
interdisciplinar, pautadas pelo diálogo coletivo e no processo
de resolução de problemas.
Considerações
finais
O presente ensaio teórico teve como objetivo refletir sobre a formação inicial do
professor de Educação Física para atuar junto às
pessoas com deficiência. A partir do exposto,
o texto aqui apresentado expõe a necessidade de se repensar a formação de professores de
Educação Física para atuar com pessoas com deficiência, principalmente no que se refere a
organização dos cursos, sugerin
do fortemente a organização da grade curricular destes a partir
do modelo de “infusão”.
Portanto, destacamos que o curso de graduação necessita enveredar esforços no sentido
de organizar seu currículo para uma formação com vistas inclusiva. As disciplinas
não podem
trabalhar de forma estanque, a interação entre todos os componentes curriculares é essencial,
utilizando
-
se dos momentos práticos como reais espaços de vivência e convivência com a
população com deficiência.
Os professores do curso de graduação n
ecessitam trabalhar conjunta e sinergicamente,
oferecendo projetos de extensão e vislumbrando os momentos de prática do curso (estágios,
prática como componente curricular, etc) como espaços de experimentação de suas disciplinas.
Uma formação alinhada ness
e sentido favorece ao acadêmico um olhar integrado da área da
Educação Física, a qual demonstra sua grandeza e importância quando entende que não é
importante em um segmento sozinha, mas na complementaridade das diversas áreas que a
compõem.
A partir do ex
posto, o presente texto não pretende esgotar as possibilidades de trabalho
e estratégias utilizadas pelos professores dos cursos de Graduação em EF, mas sim apresentar
algumas sugestões de ações que possam nortear a prática pedagógica dos professores que
m
inistram disciplinas que
tratam de
questões sobre pessoas com deficiência, diversidade,
inclusão e Educação Especial no ensino superior. Assim, espera
-
se que o texto desperte
reflexões que possam contribuir para o avanço dos debates sobre formação inicial
de
professores e a atuação junto à população com deficiência no campo da Educação Física.
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Possibilidades formativas em Educação Física na perspectiva inclusiva
Rev. Educação e Fronteiras,
Dourados, v. 11, n. esp. 2, e0210
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ISSN:
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DOI:
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nalCode=epea.
Acesso em: 20 maio 2021.
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Patricia Santos de OLIVEIRA; Jacqueline da Silva NUNES; Josiane Fujisawa Filus de FREITAS e Patricia ROSSI
-
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Sobre
a
s
autor
a
s
Patricia Santos de OLIVEIRA
Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR).
Jacqueline da Silva NUNES
Universidade da Grande Dourados (UFGD).
Josiane Fujisawa Filus de FREITAS
Universidade da Grande Dourados (UFGD).
Patricia ROSSI
-
ANDRION
Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR).
Processamento e edição: Editora Ibero
-
Americana de Educação.
Correção, formatação, normalização e tradução.
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Rev. Educação e Fronteiras,
Dourados
, v. 1
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n. esp. 2,
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TRAINING POSSIBILITIES IN PHYSICAL EDUCATION IN THE INCLUSIVE
PERSPECTIVE
POSSIBILIDADES FORMATIVAS EM EDUCAÇÃO FÍSICA NA PERSPECTIVA
INCLUSIVA
POSIBILIDADES DE FORMACIÓN EN EDUCACIÓN FÍSICA EN LA PERSPECTIVA
INCLUSIVA
Patricia Santos de OLIVEIRA
Federal University of
São Carlos (UFSCAR)
e
-
mail:
patriciagorup@gmail.com
Jacqueline da Silva NUNES
Federal University of
Grande Dourados
e
-
mail:
jacquelinenunes@ufgd.edu.br
Josiane Fujisawa Filus de FREITAS
Federal University of
Grande Dourados
e
-
mail:
josianefffreitas@ufgd.edu.br
Patricia ROSSI
-
ANDRION
Federal University of
São Carlos (UFSCAR)
e
-
mail:
patriciarossi.pr@hotmail.com
How to refer to t
his article
OLIVEIRA, P. S. de
; NUNES, J. S.; FREITAS, J. F. F.; ROSSI
-
ANDRION, P.
Training
possibilities in
Physical Education
in the inclusive perspective
.
Revista Educação e
Fronteiras
, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021032, 2021.
e
-
ISSN: 2237
-
258X.
DOI:
https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.16490
Submitted
:
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/2021
Revisions required
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22
/0
7
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Approved
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17
/09/2021
Published
30/11/2021
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Patricia Santos de OLIVEIRA; Jacqueline da Silva NUNES; Josiane Fujisawa Filus de FREITAS
and
Patricia ROSSI
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ANDRION
Rev. Educação e Fronteiras,
Dourados, v. 11, n. esp. 2, e0210
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ABSTRACT
:
The present work is the result of the extension course ‘Body, Human
Education
and Society’, and aimed to reflect on the initial
education
of the Physical Education teacher to
work with people with disabilities. Thus, from a theoretical essay, the authors b
egin by
reflecting on the theme of the
B
ody,
Human
Education
and
S
ociety and its intersection with the
initial
education
of Physical Education teachers, where concepts, theoretical bases and recent
research in initial
education
in the area. Finally, possibilities and strategies to train teachers
sensitive to the theme of inclusion are presented. Such suggestions result from
course
completion works, case reports and the researchers' didactic experiences and was organized
according to the folowing axes: experiences in supervised internships, university extension and
training to work in the perspective of collaborative work.
KE
YWORDS
:
Physical Education. Teacher training. People with disabilities. Adapted
physical activity.
RESUMO
:
O presente trabalho é resultado dos desdobramentos do curso de extensão Corpo,
Formação Humana e Sociedade, e teve como objetivo refletir sobre a f
ormação inicial do
professor de Educação Física para atuar junto às pessoas com deficiência. Assim, a partir de
um ensaio teórico, as autoras iniciam refletindo sobre a temática do corpo, formação humana
e sociedade e sua intersecção com a formação inicial
de professores de Educação Física a
partir das quais são apresentadas conceituações, bases teóricas e pesquisas recentes em
formação inicial da área. Para finalizar, são apresentadas possibilidades e estratégias para
formar professores sensíveis à temátic
a da inclusão. Tais sugestões resultam de trabalhos de
conclusão de curso, relatos e das experiências didáticas das pesquisadoras e estão organizadas
a partir dos eixos: experiências nos estágios supervisionados, extensão universitária e
formação para atua
r na perspectiva do trabalho colaborativo
.
PALAVRAS
-
CHAVE
:
Educação Física. Formação
inicial
. Pessoas com deficiência.
Atividade
física adaptada
.
RESUM
EN
:
El presente trabajo es fruto del curso de extensión Cuerpo, Formación Humana
y Sociedad, y
tuvo como objetivo reflexionar sobre la formación inicial del docente de
Educación Física para trabajar con personas con discapacidad. Así, a partir de un ensayo
teórico, los autores comienzan reflexionando sobre el tema del cuerpo, la formación humana y
l
a sociedad y su intersección con la formación inicial de los docentes de Educación Física,
donde se encuentran conceptos, bases teóricas e investigaciones recientes en formación inicial
en el área. Finalmente, se presentan posibilidades y estrategias para
formar docentes sensibles
al tema de la inclusión. Tales sugerencias son el resultado de trabajos de finalización de cursos,
informes y experiencias didácticas de los investigadores y se organizan según los temas:
experiencias en pasantía supervisadas, ext
ensión universitaria y formación para actuar en la
perspectiva del trabajo colaborativo.
PALABRAS CLAVE
:
Educación Física. Formación inicial. Personas con deficiencia.
Actividad física adaptada.
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Training possibilities in Physical Education in the inclusive perspective
Rev. Educação e Fronteiras,
Dourados, v. 11, n. esp. 2, e0210
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Introduction
This article is part of the collective con
struction promoted by the Body Extension,
Human education and Society Course, organized by the research groups Laboratory of Body
Studies
-
LEC/Unespar and The Study and Research Group on Body Language and Diversity
-
GEPL/UFGD. The course was structured b
y six modules that dealt with themes that promoted
dialogues and interinstitutional reflections about the different conceptions of thinking the body,
Human education and society and its consequences in contemporary body practices. In this
sense, this study
addresses the theme proposed from the perspective of Initial Training in
Physical Education (EF) to work with people with disabilities.
Thinking about Physical Education in this perspective leads us to reflect on various
concepts, approaches, authors, how
ever, in common agreement, we understand that the area is
tied to the perspective of inclusion in its different scopes and, therefore, should be thought of
in its entirety. When discussed under the gaze of Human education, of the construction of
society, w
e need to consider anyone and everyone in their integrity, regardless of physical or
intellectual conjunctures.
For Denari (2013),by including it is necessary to take into account the possibility of
developing according to their attitudes and skills direct
ed to their insertion in society. As part
of the educational system, its existence is closely linked to values and virtues, such conditions
that make education an inexhaustible source to improve the quality of life of people in search
of autonomy. The auth
or elucidates what we believe to be a path for the common good:
[...] in its most comprehensive sense, education guaranteed by law, must
permeate, first, the principles of equity and quality. Secondly, it should
promote the development of
educational projects based on the pillars of
democratic experience and respect for diversity, in these projects, the presence
and involvement of all teachers, students, school staff, families, and the social
community where the school is included is essent
ial (DENARI, 2013, p. 17
,
o
ur translation).
However, casting our views on this makes us exercise the ability we have as educators
to modify our own attitudes in educational action. According to Freire (1996), it is necessary to
know how to listen to the o
ther and to have coherence between discourse and action.
It's listening that we learn to talk to them. Only those who listen patiently and
critically to the other, speak to him, even in which, under certain conditions,
need to speak to him [...] if I discriminate against the poor boy or girl, the girl
or black b
oy, the Indian boy, the rich girl, if I discriminate against the woman,
the peasant, the working
-
class, I can not evidently listen to them and if I do
not listen, I can not talk to them, but to them, from top to bottom (FREIRE,
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Patricia Santos de OLIVEIRA; Jacqueline da Silva NUNES; Josiane Fujisawa Filus de FREITAS
and
Patricia ROSSI
-
ANDRION
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1996, p. 127
-
136
, our trans
lation
).
Nunes (2019) points out in his thesis that this appropriation of the teacher, with regard
to understanding the subject, to adapt resources and supply educational needs, reminds us of
the thought of Paulo Freire (2002) that it is necessary to per
ceive the particularities in totality,
because no fact is justified by itself, isolated from the social context by which it was generated
and develops. To look at inclusion is to understand what Freire (2002, p. 24
, our translation
),
"[...] no one educates
anyone, no one educates himself, men educate themselves, mediated by
the world"
.
In this way, we reflect on the central theme of this dossier, in which Human education,
the body and society must be thought together. When looking at the educational potenti
alities
that inclusive body practices aggregate and the complexity of the inclusion theme, we feel the
need to establish a dialogue between initial training in Physical Education, inclusion of people
with disabilities in physical activities, and the format
ive possibilities in undergraduate courses
in Physical Education.
This context specifically refers us to the area of Adapted Physical Activity, and the body
in motion is understood as an object of education, we believe in its potentiality to promote the
ex
ercise of empathy, making teachers able to put themselves in the place of their students,
understand their difficulties and needs. Nunes (2019, p. 24
, our translation
) in his research
points out that: "The body, understood here as the totality of man and n
ot only biological, is
capable of providing affective and intellectual development, beyond physical development
".
Thus, it is necessary to rethink the initial training of the Physical Education teacher in
order to build favorable attitudes towards inclusio
n, break with the aitudinal barriers and
provide subsidies so that future professionals can commit to planning and promoting physical
and sports activities for all their students, especially those with some type of disability. In this
sense, Fiorini and Ma
nzini (2014) indicate, from their research, the importance of promoting
the education of the Physical Education teacher contemplating the inclusion of students with
disabilities, based on initiative from different areas, such as higher institutions, munici
pal
departments of education and public policies.
Thus, the present theoretical essay aims to reflect on the initial training of the Physical
Education teacher to work with people with disabilities, and to present possibilities and
strategies to address th
is theme in the disciplines of the undergraduate course in Physical
Education.
To this end, from the above, we will first reflect on the importance of initial training
of
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Physical Education teachers from the perspective of Inclusive Education
,
seeking to
conceptualize this problem, evidencing the historical trajectory, and discuss with recent
research, in search of rethinking the importance of advancing in formative processes that
consider, in contemporary times, diversity, inclusion and part
icipation of all.
To end the debate, we seek to reflect on
the formative possibilities in Physical
Education: experiences from the perspective of inclusion.
The objective of this axis was to
present teaching strategies that would contribute to the strength
ening of favorable attitudes
towards the inclusion of people with disabilities in the initial training process of the Physical
Education teacher.
Initial training of Physical Education teachers from the perspective of Inclusive Education
In Brazil, the
initial training of Physical Education teachers occurs through
undergraduate higher education courses, with qualification in the areas of bachelor's or
bachelor's degree (BRASIL, 2018a). In recent years, the initial training of physical education
teachers
has undergoing several advances, especially with regard to legislative aspects and
standardization of training guidelines related to working with people with disabilities.
The most current legislation, related to the National Curriculum Guidelines of
Under
graduate Courses in Physical Education (BRASIL, 2018a), represents an advance in the
training of graduates and graduates in Physical Education to work with people with disabilities
since it legitimizes, as well as in previous versions, the need for discipl
ines that deal with the
characteristics, methodological aspects and teaching and learning of people with disabilities. In
that document, "Training for professional intervention for persons with disabilities must be
covered in both stages and training of bo
th bachelor's and bachelor's degrees" (p. 2
, our
translation
).
However, Pletsch (2009) points out that the lack of preparation and information prevents
the teacher from developing a pedagogical practice that is attentive to the needs of students with
disab
ilities. Thus, the author evaluates that the lack of preparation and lack of knowledge are
directly related to the training or training received in the teacher's training process.
Gilon and Cardoso (2014) conducted a research with the objective of analyzin
g the
curricular matrix of the Physical Education Course in Bachelor's Degree at a university in
Brazilin relation to training for inclusive education. From the analysis of the teaching plans of
disciplines in the area of knowledge related to the teaching
of sports modalities (Game; Sport;
Fights; Gymnastics and Dance), the authors concluded that there is a gap in the articulation of
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Patricia Santos de OLIVEIRA; Jacqueline da Silva NUNES; Josiane Fujisawa Filus de FREITAS
and
Patricia ROSSI
-
ANDRION
Rev. Educação e Fronteiras,
Dourados, v. 11, n. esp. 2, e0210
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sports teaching and the problem of inclusive education in that university, since no reference to
the public with disabilitie
s or special needs was found in the teaching plans.
In this sense, for Rodrigues and Lima
-
Rodrigues (2017) there are two main models of
curriculum matrix of teacher training to act in the perspective of inclusion, the traditional model
and the infusion mod
el: In the traditional model, the curricular matrix of higher education
courses is structured so that, throughout the training process, the student has only one or two
specific disciplines with the objective of providing knowledge about the characteristics
of the
student with disabilities, teaching and learning processes and specific methodological aspects
(RODRIGUES; LIMA
-
RODRIGUES, 2017). In the "infusion" model, the curricular
organization of contents related to the education of students with disabilitie
s and or special
educational needs (NEE) is approached by all disciplines in a transversal way
(KOWALSKI,
1995). That is, in this model, the questions related to the characteristics of students
with
disabilities, teaching and learning, and specific methodo
logical strategies are decentralized and
are contents addressed in most of the disciplines that make up the curricular matrix of the
course.
From the above, although most physical education teacher training courses take the
traditional matrix as a principl
e, it is essential to rethink the importance of moving forward in
search of formative processes that consider the diversity, inclusion and participation of all. To
this end, an infusion training model, in which most disciplines direct part of the content t
o
address the theme of people with disabilities, seems to more effectively bring together the skills
and competencies of a Physical Education teacher to act from the perspective of the inclusion
of people with disabilities.
With regard to the field of
research, initial professional training is a recurring theme in
national and international research involving Adapted Physical Activity (AFA), because it is
based on these studies that we can understand how such action happens, what are the advances,
limit
ations and how it can interfere in the future performance of the Physical Education
Professional (EF) in the face of the inclusion process (MAHL, 2016; LOUZADA, 2016).
In this context, national studies demonstrate the unpreparedness in dealing with people
with disabilities due to the lack of practical experiences, the precariousness of supervised
internship, dissociation between theory and practice and lack of interdisciplinarity in higher
education courses in PE, causing insecurity and difficulties for pro
fessional performance, both
by recent graduates and by teachers who already work in the area (CHICON; PETERLE;
SANTANA, 2014; ROSSI
-
ANDRION; VILARONGA; MUNSTER, 2019).
In a literature review study conducted by Rossi
-
Andrion, Vilaronga and Munster (2019),
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Training possibilities in Physical Education in the inclusive perspective
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Dourados, v. 11, n. esp. 2, e0210
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he authors present results that students who are in initial training in EF do not feel prepared to
work with people with disabilities and/or any other Special Educational Need (NEE) along the
inclusion process, being highlighted, mainly, the little direct
contact with this public along the
journey of these higher education courses, offering little practical experience.
Research developed in Brazil, USA, UK and Italy conclude so important in
opportunities to opportunist more practical experiences involving
the public of Special
Education during the initial training process in EF, because it is from it that direct interpersonal
contact occurs in a real environment, positively influencing the attitudes and feelings of
undergraduatestudents to act in the inclus
ion process (ROSSI
-
ANDRION, VILARONGA;
MUNSTER, 2019).
This practical experience is related to activities that students can closely monitor and
experience the work done with people with disabilities, ASD (Autism Spectrum Disorder),
TDAH (Attention Deficit
Hyperactivity Disorder), Giftedness and other Special Educational
Needs, such as, for example, supervised internships on and off the university campus, curricular
internships in regular schools and Special Education; extension projects and community
proje
cts involving this population.
It would be important that supervised internships, both in regular schools that serve the
public of Special Education and in Special Education schools, were incorporated and
opportunistic during graduation, so that they could
offer students in their initial training in EF
adequate training, providing more knowledge and greater preparation about the inclusion
process, with a consequent increase in the quality of teaching for all
(HODGE; TANNEHILL;
KLUGE, 2002; VICKERMAN; COATE
S, 2009; JEONG, 2013; WILKINSON
et al
., 2013;
NARDO
et al
., 2014; TINDALL
et al
., 2015).
In addition to curricular internships, it is emphasized that personal experiences prior to
the beginning of initial training, such as having family members and/or friends with disabilities
and/or attending internships in AFA outside the curriculum in esta
blishments other than the
university, are important factors that can also lead to an improvement in feeling about future
performance in the face of inclusion. After all, professional training, in addition to involving a
solid basic curricular training, whi
ch associates theory and practice through supervised
internships, still involves the previous and personal experiences of each FS student from other
educational institutions and other activities (CASTRO; AMORIM, 2015; DUCHENE
et al.,
2018).
These academic
and personal practical experiences positively influence the following
attitudes of students in their initial training in EF: the change of discourse about inclusion,
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Patricia Santos de OLIVEIRA; Jacqueline da Silva NUNES; Josiane Fujisawa Filus de FREITAS
and
Patricia ROSSI
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seeking equity during classes; the reduction of the pre
-
concept, leaving the disability as
ide and
emphasizing the functionality to meet the needs of each student in the inclusive environment;
and the development of appropriate relationships and communication both when working with
the public in question as well as with professionals from other
areas with a focus on
interdisciplinarity (WOODRUFF; SINELNIKOV, 2015).
Studies state that when there is practical experience on disability and other SEN, better
academic preparation and contact with more content specifically involving AFA during initial
training, better academically prepared the undergraduates will be to act in the inclusion process,
resulting in increased confidence, improved communication with students with disabilities and
other professionals (such as regular classroom teachers, direc
tors and assistants) for an
inter/multidisciplinary work and the reduction of uncertainties when working with this public
(HODGE
et al
., 2002; DUCHANE
et al
. 2008; NARDO
et al.
, 2014).
In addition to this attention to practical experiences, it is also imp
ortant to provide the
association of theory with practice during initial training courses in E, being this action a
relevant factor that should occur along with such experiences, providing improvement in
teaching competence and increased understanding of
the inclusive process, offering increased
knowledge and awareness on the subject (COATES, 2012).
However, there is still an overlap from theory to practice. In order to happen this
association in an appropriate and balanced manner, the time spent on practi
cal activities during
initial training in E should be greater than what is currently the case, directed to activities in the
field, so that there is an increase in instruction time to provide the improvement of confidence
and enthusiasm in the students of
the initial training programs in Eand and thus, consequently,
improve education when working with students with disabilities (LAYNE; BLASINGAME,
2018).
Together with the development of theory associated with practice, there is the
importance of offering s
tudents the infusion of knowledge among other curricular disciplines
throughout the initial training courses, other than just the discipline of AFA. However, there is
little supply of disciplines that involve the AFA specifically and disciplines that inter
face with
this area, which results in the scarcity of theoretical and practical knowledge. Thus, it would be
important to defend the infusion of knowledge about disability in other disciplines, because this
andmovement could favor discussions, simulations,
equipment, modifications and teaching and
knowledge strategies regarding the inclusion process (KWON, 2018).
One of the ways to understand these gaps, regarding practical experiences in supervised
internships and infusion of knowledge and association of
theory and practice, is to analyze the
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Training possibilities in Physical Education in the inclusive perspective
Rev. Educação e Fronteiras,
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curriculum of higher education institutions. Unfortunately, national and international studies
present data that there are no curricular standards to make future professionals prepared to work
in AFA, with no design o
f how curricula are conducted, with a gap between initial training
about the contexts of diversity and inclusion, school reality and dissociation between theory
and practice (SILVA; DRIGO, 2012; LOUZADA, 2016; MAHL, 2016 ROSSI
-
ANDRION;
MUNSTER, 2019).
In B
razil, even the higher courses of EF presenting structural and curricular conditions
to meet the demands of inclusion and being mandatory the afa discipline in the curriculum,
there is still reduced workload and few disciplines that perform the interface /
interdisciplinarity
with the AFA (ROSSI
-
ANDRION; MUNSTER, 2013; ROSSI
-
ANDRION; MUNSTER,
2019). Thus, in addition to increasing the workload for this area, it would also be important to
have interdisciplinarity between the AFA and the other disciplines, gr
eater articulation between
teaching, extension and research activities, and greater approximation with the curricular
internship in the context ofthe inclusion process.
The compilation of these national and international researches demonstrated that
practi
cal experience is the main responsible for relating several strands to a better initial
training, because it is the experiences through internships in real environments (which should
be more opportunistic) together with the theory, which positively interfe
re in the attitudes and
feelings of students, making them prepared for action for inclusion. It would be very important
for initial training courses in Physical Education to give opportunities and further to the contents
of the AFA, the infusion of knowle
dge and interdisciplinarity throughout the course and not
only offer isolated disciplines with little practical intervention.
In view of all the above, the initial training based on interdisciplinarity and the infusion
of knowledge is defended, in which
each discipline of the curriculum of the Physical Education
course develops issues involving students with disabilities and the inclusion of these in society.
Formative possibilities in Physical Education: experiences from the perspective of
inclusion
The aim of this topic is to present teaching strategies that contribute to the strengthening
of favorable attitudes towards the inclusion of people with disabilities in physical activities.
Research in the area, such as those published by Rossi
-
Andrion an
d Munster
(2019); Salerno
et
al.
(2013), and the years of practice in Higher Education allow us to indicate that the greatest
difficulties of undergraduates in relation to inclusion refer to lack of knowledge, as well as the
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Patricia Santos de OLIVEIRA; Jacqueline da Silva NUNES; Josiane Fujisawa Filus de FREITAS
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lack of contact and coexisten
ce with this population.
As presented in the previous topic, the curricular structure of undergraduate courses
does not meet such a difficulty, since most physical education courses are intended only an
isolated discipline to deal with these issues and, of
ten, this is restricted only to theoretical
knowledge about disabilities and their classifications. As a result, the concepts and pre
-
concepts
related to this population continue to limit the practice of the future physical education teacher,
who, in many
cases, do not have contents and experiences during graduation that allow him to
think and experience in practice diversity and differences (SALERNO
et al.,
2013).
As discussed earlier, in order to overcome this limitation, initial training courses need
to
offer more moments of coexistence with people with disabilities, in which students can put
into practice what they study in theory. In a recent study, Salerno
et al.
(2018) point out that,
in several locations in Brazil, undergraduate courses in Physica
l Education began to incorporate
the different human dimensions as foundations for inclusive discussion, such as social, cultural,
educational and psychological, reaching more meaningful understandings by students about the
issue, as well as an initial, al
though discreet, approach to theory with practice through the
implementation of actions, such as visits to specialized institutions and inclusive regular
schools, practical simulation classes or with the participation of students with special
educational
needs.
The approximation between theory and practice needs to be a fundamental point when
it comes to training with a view to the inclusion of people with disabilities. Visits to institutions,
supervised internships, extension projects, practical classes w
ith children with disabilities,
provide contact with this population and help in breaking the stigma present in society, which
refers to the incapacity of people with disabilities.
Thinking of contributing more clearly and objectively with initial training
courses, the
following are the experiences that favor the strengthening of the theory and practice
relationship through experiences with the public with disabilities.
Supervised internship experiences
Supervised internship is a very rich space for
exploring experiences with people with
disabilities. Especially in school, it is common to find children with disabilities included in
regular classes, and, therefore, all subjects of the course could be involved with supervised
internship being important
to raise practical activities and further reflection on the performance
with inclusion.
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Rodrigues (2019) allied the knowledge of the discipline of Adapted Education where he
met about Paralympic sports and had the curiosity to apply an experience of volley
ball sitting
in his supervised internship in elementary school. The experience was reported in the course
conclusion work and the main objective of the research was to verify the perception of children
and adolescents from 9 to 15 years of age about the mo
dality Voleibol Sitting in the physical
education class of a public school in the municipality of Vicentina
-
MS. This was a qualitative
field research, in which 71 students from the 6th to 9th grade of Elementary School II, from the
school, who answered a
questionnaire after participating in a class on the content sat volleyball,
participated in the 6th to 9th grade of elementary school.
It was found that the activity performed presented good acceptability, children and
adolescents from 9 to 14 years old we
re able to experience a sitting volleyball class, a modality
very close to that they already know. The difficulties, when performing the fundamentals of the
sport in the sitting position, favored that students without disabilities experienced the
movements
used by people with physical disabilities and perceived the possibilities of practice,
even with physical limitations. It was concluded that the students' perception of the experience
of sitting volleyball was positive and covered not only the practice, b
ut also the feeling of
otherness on the part of the students making them reflect on how the person with disabilities
can be included in this field of sports and physical education classes.
It is noteworthy that the practice of Paralympic modalities in Scho
ol Physical Education
is not common, so it is opportunistic to children without disabilities to put themselves in the
place of those with disabilities can provide a moment of reflection on the condition of the other
and, thus, bring up the feeling of oth
erness. Therefore, not only the discipline of Adapted
Physical Education, but all the others of the initial training course, could deal with their adapted
or Paralympic practice, so that the undergraduate realizes that every movement can be thought
and ada
pted to the potentialities of any individual.
The approach with people with disabilities during the supervised internship led to
Almeida's research (2018), because it was during the internship at a school that he met an
adapted bocce athlete. The student w
ith cerebral palsy was "discovered" in the school physical
education class and began training with the city's Paralympic team. The objective of Almeida's
research (2018) was to know the practice of adapted bocce performed by the wheelchair student.
Through
a case study, the investigation revealed that the 14
-
year
-
old girl had been
practicing bocce for 2 years, but before that she had never practiced any sports.
According to Almeida (2018), the student stresses that competing in this modality makes
her feel
happy and important. The student's teacher and coach highlighted the progress in the
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technical and personal development of the student, citing, for example, the fact that d and the
student show more uninhibited interpersonal relationships. In addition, th
e practice of the sport
allowed the studentto travel without the presence of her parents for championships, moments
that required her responsibility, autonomy and independence, strengthening her safety and self
-
esteem.
It can be seen how much supervised
internship contributes significantly to training with
a view to the inclusion of people with disabilities, however, we highlight that the orientation of
this process should be organized in order to raise such experiences. That is, the subjects
attended c
oncomitantly with the supervised internship can work together, using the stage
moment as a space for exploration of the contents worked in the other disciplines.
University Extension
In addition to the supervised internship, a strong ally of
initial training in Physical
Education is the University Extension. Projects and extension events bring together the
community and are excellent moments of coexistence and practice with people with disabilities.
An example of this is highlighted in the res
earch by Gonzaga (2020),which aimed to describe
the participation of students of the Physical Education course in the Event Paralympic Festival
2019. This event takes place annually throughout Brazil and, in 2019, was held in 70 cities and,
for the second
time, it also took place in the municipality of Dourados
-
MS.
The research showed that the majority of the participating group did not have difficulties
to perform their functions in the event and did not have difficulties in interacting with the
participa
ting children, that is, the paradigm that working with this population requires a
specialized qualification and that, therefore, it would be more difficult for the undergraduate
student, was overcome. The group perceived the experience in the event as posi
tive, because
the experience resulted in knowing better the population with disabilities, knowing Paralympic
sports and visualizing the potential of children with disabilities for the practice of physical
activity.
Melo and Munster (2014) report the experi
ence of the Program of Physical, Sports and
Leisure Activities Adapted to People with Disabilities
-
PROAFA developed by the Department
of Physical Education and Human Motricity of the Federal University of São Carlos
-
DEFMH/UFSCar. PROAFA was created in
2006 and is configured as a university extension
project and comprises physical, sports and leisure activities aimed at people with disabilities.
The project has the participation of undergraduate students in Physical Education and graduate
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students (maste
r's and doctorate) in Special Education. Throughout its history, PROAFA has
been developing several activities, among them, adapted swimming and wheelchair handball.
This extension project contributes to the quality of the training of students of the Physi
cal
Education Course of UFSCar and to the development of studies/investigations related to the
area of Physical Activity and Adapted Sports. Rossi and Munster (2019) reported the impacts
of the participation of undergraduatestudents in PROAFA and other uni
versity extension
projects and highlighted that they considered important participation in the projects, as it
expanded knowledge and provided a broader and deeper professional training in relation to the
process of inclusion of people with disabilities in
society.
It is believed that these spaces of experience and contact that the events and extension
projects provide are fundamental for initial training in Physical Education. It is also noteable
that with the implementation of the curricularization of the
extension (BRASIL, 2018b),
Resolution n.07 of December 18, 2018, the workload of extension activities gains prominence
in the course matrix and can be used as an important training space from an inclusive
perspective.
Training to act from the perspectiv
e of collaborative work
In a research conducted by Oliveira (2018),the author highlights the need to train
Physical Education teachers capable of working collaboratively in inclusive contexts. The same
author points out that collaborative work can be unde
rstood as "collaborative actions that can
be constructed between teachers and their peers" (p. 15
, our translation
). Therefore, it is
important to include strategies that stimulate training for collaborative action in disciplines
directed to work with peop
le with disabilities in the initial training curriculum in EF.
In this direction, the authors Lytle
et al.
(2003) highlight the simulation of the
completion of the Individualized Teaching Plan (PEI
-
EF) as one of the training strategies for
collaboration. The Individualized Teaching Plan (Pei) is an official document that aims to
establish an action plan for te
achers and specialists who care for children with disabilities
(KOWALSKI
et al.,
2005). In Physical Education, the EIP can be constituted as a tool that
guidelines the pedagogical practices of these teachers based on the objectives and learning goals
estab
lished collaboratively. The PEI
-
EF model can be found in the article published by Munster
et al.
(2014).
Thus, the simulation of the filling of the EIP can be performed in several ways; one
of
the possible ways is to divide the students into small working groups, with the task of filling
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out the EIP based on a hypothetical situation/ teaching case previously elaborated by the teacher
of the discipline.
Another strategy suggested by Lytle
et
al.
(2003) is the elaboration of a script and
application of an interview with teachers and professionals from other areas, who can act
collaboratively with the area of Physical Education in various contexts, such as teachers of
Special Education, Physiot
herapists, Occupational Therapists, among others. The author
suggests that the interview be conducted by the students and conducted with different
professionals and that the result be shared later with everyone in the class. For the elaboration
of the sc
ript, the authors suggest questions that address experiences and professional training,
strategies to make work more efficient; opinion of the interviewees about the skills and
competencies to work in the area; Strategies that were developed by the profes
sional to work
effectively with other professionals in a multidisciplinary manner; Strategies that the
professional/teacher has been developing to work with other professionals, among others.
Thus, promoting training strategies to act collaboratively in ph
ysical education course
disciplines, which address the pedagogical didactic aspects of working with people with
disabilities in the context of inclusion, can be an opportunity to promote formative processes
that stimulate reflection on the need to plan and
create action plans that meet the individual
needs of students with disabilities. Moreover, these strategies may contribute to the education
of EF teachers prepared for interdisciplinary action, guided by collective dialogue and the
problem solving proces
s.
Final considerations
This theoretical essay aimed to reflect on the initial training of the Physical Education
teacher to work with people with disabilities. From the above, the text presented here exposes
the need to rethink the training of physical
education teachers to work with people with
disabilities, especially with regard to the organization of the courses, strongly suggesting the
organization of their curriculum from the "infusion" model.
Therefore, we highlight that the undergraduate course
needs to make efforts to organize
its curriculum for a training with inclusive views. Disciplines cannot work in a watertight way,
the interaction between all curricular components is essential, using practical moments as real
spaces of experience and coex
istence with the population with disabilities.
The professors of the undergraduate course need to work jointly and synergistically,
offering extension projects and envisioning the moments of practice of the course (internships,
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practice as a curricular com
ponent, etc.) as spaces of experimentation of their disciplines. An
education aligned in this sense favors the academic an integrated view of the area of Physical
Education, which demonstrates its greatness and importance when it understands that it is not
important in a segment alone, but in the complementarity of the various areas that compose it.
From the above, this text does not intend to exhaust the possibilities of work and
strategies used by teachers of undergraduate courses in E, but to present som
e suggestions for
actions that can guide the pedagogical practice of teachers who teach disciplines that deal with
issues about people with disabilities, diversity, inclusion and Special Education in higher
education. Thus, it is expected that the text wil
l awaken reflections that can contribute to the
progress of debates on initial teacher education and the performance with the population with
disabilities in the field of Physical Education.
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About the authors
Patricia Santos de OLIVEIRA
Federal University of São Carlos (UFSCAR).
Jacqueline da Silva NUNES
Federal University of Grande Dourados (UFGD).
Josiane Fujisawa Filus de FREITAS
Federal
University of Grande Dourados (UFGD).
Patricia ROSSI
-
ANDRION
Federal University of São Carlos (UFSCAR).
Processing and editing
: Editora Ibero
-
Americana de Educação.
Correction, formatting, normalization, and
translation
.