image/svg+xmlRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021024, 2021. e-ISSN: 2237-258X DOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.13729| 1 | 1 CORPO, SOCIEDADE E FORMAÇÃO HUMANA CUERPO, SOCIEDAD Y FORMACIÓN HUMANA BODY, SOCIETY AND HUMAN FORMATION Evanize Kelli Siviero ROMARCO Universidade Federal de Viçosa e-mail:eva.siviero@gmail.com Neil FRANCO Universidade Federal de Juiz de Fora e-mail:neilfranco010@hotmail.com Como referenciar este artigo ROMARCO, E. K. S.; FRANCO, N. Corpo, Sociedade e Formação Humana.Revista Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021024, 2021. e-ISSN: 2237-258X. DOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.13729Submetido em: 28/05/2021 Revisões requeridas em: 30/07/2021 Aprovado em: 15/11/2021Publicado em: 30/11/2021
image/svg+xmlEvanize Kelli Siviero ROMARCO e Neil FRANCO Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021024, 2021. e-ISSN: 2237-258X DOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.13729| 2 | 2 O corpo não pertence a um domínio abstrato da nossa vida; ele permanece o centro inelutável da nossa existência e da nossa experiência mais imediata do tempo e do espaço (BAVCAR, 2003, p. 183). Evgen Bavcar, iconógrafo cego como prefere se identificar , ao relatar sobre seu trabalho de captar imagens utilizando-se da máquina fotográfica se percebe como tal por entender que as imagens por ele captadas são primeiramente antecipadas em sua cabeça, portanto, um “ato mental”. Junto a essa atuação, o autor reflete sobre os desafios que lhe foram apresentados ao se tornar deficiente visual aos 11 anos de idade em uma de suas vivências na Eslovênia, Europa Central. Mediante essas experiências, Bavcar interessantemente nos fala do corpo como a marca indiscutível de nossa existência/presença no tempo e no espaço, distanciando-nos de uma perspectiva de entendê-lo e concebê-lo como pertencente a um campo abstrato da vida humana. A proposta que motivou a criação deste dossiê muito se aproxima dessa percepção de corpo anunciada por Bavcar ao reunir estudos que demarcam variedades de experiências que envolvem as relações entre corpo, sociedade e formação humana, despertadas pelas vivências de professores e professoras ao participarem do curso de extensão Corpo, Formação Humana e Sociedade,no segundo semestre de 2020. Naquele momento, os impactos gerados pela pandemia de COVID-19 tentavam situar nossos corpos num “domínio abstrato” de nossas existências. Com isso, e como único caminho, o meio remoto nos possibilitou o encontro de vários corpos, experiências e vivências que resultaram no que apresentamos aqui: uma ciranda virtual de possibilidades. Antes de iniciarmos a ciranda, fomos convidados a brincar. Meire Lóde-Nunes e Jaqueline Nunes, de mãos dadas, abrem os braços chamando-nos a integrar a roda. Assim, iniciam esta “brincadeira teórica” verificando no portal da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) se a relação entre corpo e formação humana se encontra presente no contexto da sociedade contemporânea como tema investigativo na produção do conhecimento atual. A formação humana representa, como nos contam Cristina Leite e Vivian Silva, uma “ciranda” de experiências educacionais que valorizam e reconhecem “diferentes saberes” inspirados no processo de formação docente desencadeado por “rodas e brincadeiras”. As autoras ressaltam o aprender e o ensinar como processos essencialmente significativos que se potencializam quando motivados pela presença, pelo encontro, pelo toque das mãos e pelo “olho no olho”, entretanto, em razão do contexto que nos afeta devido à crise sanitária atual, a roda tem girado de outra forma, virtualmente. Melhor ou pior? Remediável, talvez, uma vez
image/svg+xmlCorpo, Sociedade e Formação Humana Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021024, 2021. e-ISSN: 2237-258X DOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.13729| 3 | 3 que a expectativa do toque, do encontro, do unir as mãos e cantar não cessa, está remediável. Num desses encontros para “brincarmos”, Evanize Siviero e Ivana Bittencourt conduziram o “jogo” em que o uso da imagem associado ao movimento corporal inspirou possibilidades de expressão do “processo de Aprender e Ensinar”. Como ver e pensar uma mesma imagem ou movimento corporal numa atividade coletiva? A “Rotina de pensamento zoom” foi eixo norteador das atividades propostas,descritas e analisadas no estudo que integra este dossiê. Adiantamos que, segundo as autoras, “o olharpara aprender é processual”, nisso, formulamos e transmitimos conhecimentos a partir de nossas lembranças, “nos transformando em outros ‘eus’”. Olhares que, ao perpassarem pelas imagens e ao se entrecruzarem nas cirandas, chegam transformados na obra das autoras Meire Lóde-Nunes, Talise Schneider, Thais Souza e Vanessa Lima. Convidam-nos a observar de forma diferente, agora, para além dos muros sociais e históricos, para um estudo de ordem iconográfica, uma análise da imagem do Crucifixo de Padova pintado por Giotto di Bondone (1266-1337), do corpo humanizado de Cristo, apresentando como indício à mudança de mentalidade, acerca dos conceitos de homem e mundo que se consolidam no Renascimento Italiano. Mudanças no olhar e no modo de compreender a imagem, o corpo, gerando o movimento e a possiblidade de reconstrução e transformações de valores e conceitos ao longo da história nos são instigadas pelas autoras. O jogo das imagens é também a proposta de Alexandre Loro ao analisar a representação do docente no Manual do Professor de Educação Física, artefato pedagógico produzido pelo Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD 2019). Imagens da atuação do professor de Educação Física escolar em oito manuais de quatro editoras foram investigadas. Ademais da pouca visibilidade do professor nesses materiais na perspectiva iconográfica, onde aparecem, sinalizam para a representação de profissionais participativos durante as aulas, o que, segundo o autor, levanta indícios de um processo de mudança, rompendo com a reprodução de estereótipos autoritários e excludentes que envolvem a atuação desses profissionais ao longo da história. Assim vão se erguendo, em outros signos, novas formas de se olhar, de se mover, de se tocar, para nos mantermos conectados nesta ciranda. Marcia Almeida, em seu artigo, nos leva para a performance-dançada, em que o conhecimento da dança é construído através do/pelo corpo sensível, que inclui ideias, conhecimentos, pensamentos, ossos, linfa, nervos, carne, gordura, pele e tudo o que tradicionalmente sabemos que o constitui, bem como desejos, amores, sensibilidade, sonhos. Marcia enfatiza que, quando dançamos, percebemos cada movimento, não só do corpo, mas também de tudo ao nosso redor a qual denomina de
image/svg+xmlEvanize Kelli Siviero ROMARCO e Neil FRANCO Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021024, 2021. e-ISSN: 2237-258X DOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.13729| 4 | 4 “inteligência corporal”, que estabelece uma ligação entre o bailarinoe o ambiente, incluindo o público, o “corpo com-tato de danse”.Pensando nesse dançar pulsante, que se conecta com a vida de quem dança e de quem a aprecia, vimos pelos depoimentos dos próprios participantes, que se envolveram na proposta de unir ginástica, atividades de lazer e arte, dos autores Neil Franco, Fernando Crescencio, Bianca de Oliveira e Gustavo Branquinho, que conseguiram deixar a timidez para trás, e pelas criações de coreografias, deram espaço a diversão e ao prazer. Este artigo vem nos trazer a percepção sensível de que a prática da ginástica vai além das proposições da aptidão física e do alto rendimento definidas pelas dimensões históricas, sociais e culturais da Educação Física, evidenciando que a perspectiva da inclusão e do respeito às diferenças, dialogadas à manifestação da cultura corporal, no espaço de formação docente, almeja a qualidade de vida de quem a pratica e engrandecem os estudos de quem a pesquisa. Por esta mesma linha, sobre a formação docente, é que a ciranda continuou a girar e a focalizar na pouca preparação prática e contato direto com pessoas com deficiência e/ou qualquer outra Necessidade Educacional Especial (NEE) dos estudantes em formação inicial em Educação Física. Como Patrícia Oliveira, Jacqueline Nunes, Josiane Freitas, Patrícia Rossi-Andrion trouxeram em seu estudo, o quão se é importante acompanhar e vivenciar de perto o trabalho realizado com as pessoas com deficiência. Apresentam-nos meios para que isso possa acontecer como os estágios supervisionados, tanto em escolas de ensino regular que atendem o público da Educação Especial, como em escolas de Ensino Especial. Fica claro que este tipo de experiência deva acontecer para que haja mudanças significativas de discurso sobre inclusão, buscando a equidade durante as aulas; perspectivas para a diminuição do pré-conceito, deixando a deficiência de lado e enfatizando a funcionalidade para ir ao encontro das necessidades de cada aluno no ambiente inclusivo; e o desenvolvimento de relacionamentos e comunicação adequados tanto ao trabalhar com o público em questão, como com profissionais de outras áreas, com foco na interdisciplinaridade, sempre de forma colaborativa e extensiva. Tudo que se inicia, se encerra! Entretanto, o encerrar geralmente é provisório, abrindo novas possiblidades, encontros e aprendizados; fato evidenciado na produção deste dossiê, que é fruto das reflexões despertadas a partir da participação das autoras e dos autores no projeto de extensão Corpo, Formação Humana e Sociedade ao assumirem o desafio de propor, em formato remoto, suas experiências presenciais na atuação docente, estabelecendo vínculos entre o ensino, a pesquisa, a extensão, a formação continuada, e tantas outras expressões da formação humana. Deste modo, pensando numa provisoriedade do fim, fechamos nossa apresentação
image/svg+xmlCorpo, Sociedade e Formação Humana Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021024, 2021. e-ISSN: 2237-258X DOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.13729| 5 | 5 resgatando as rodas, as cirandas e as brincadeiras propostas por Cristina Leite em seu livro que tematiza sobre as Rodas de Brincar, resenhado por Vívian Silva, que reafirma o corpo como “o centro inelutável da nossa existência” (BAVCAR, 2003, p. 183). Neste movimento, como nos diz Vívian ao parafrasear Cristina, as experiências lúdico-corporais fazem emergir as vivências humanas marcadas por “histórias, memórias, afetos, apegos, certezas, dúvidas, desejos e, por vezes, muitas opressões e impedimentos”, levando-nos a compreender que o “sentir” é a matriz de reificação da existência e do diálogo que nos situa no mundo. Talvez, uma possiblidade de apreensão de uma “visão tridimensional” ou “visão aberta” mencionada por Bavcar (2003) pela qual ele percebe e interage com o mundo ao seu redor pela via de outros domínios de seu corpo, uma vez que acometido pelo “problema do olhar ferido”. Por fim, mas não finalizada, nossa perspectiva é de que a roda esteja sempre aberta a novas expressões que nos corporifiquem tridimensionalmente, nos apresente versos, cores, cantigas, saberes e presenças inéditas, mas, provisórias, pois, como nos conta Vívian, “abrir a roda e brincar é um grito de re-existência.”REFERÊNCIA BAVCAR, E. O corpo, espelho partido da história. In: NOVAES, A. (org.). O Homem máquina: a ciência manipula o corpo. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
image/svg+xmlEvanize Kelli Siviero ROMARCO e Neil FRANCO Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021024, 2021. e-ISSN: 2237-258X DOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.13729| 6 | 6 Sobre os autores Evanize Kelli Siviero ROMARCO Editora. Neil FRANCO Editor. Processamento e edição: Editora Ibero-Americana de Educação. Correção, formatação, normalização e tradução.
image/svg+xmlRev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021024, 2021. e-ISSN: 2237-258X DOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.13729| 1| 1BODY, SOCIETY AND HUMAN FORMATION CORPO, SOCIEDADE E FORMAÇÃO HUMANA CUERPO, SOCIEDAD Y FORMACIÓN HUMANA Evanize Kelli Siviero ROMARCO Federal University of Viçosa e-mail:eva.siviero@gmail.com Neil FRANCO Federal University of Juiz de Fora e-mail:neilfranco010@hotmail.com How to refer to this article ROMARCO, E. K. S.; FRANCO, N. Body, Society and Human Formation.Revista Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021024, 2021. e-ISSN: 2237-258X. DOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.13729Submitted: 28/05/2021 Revisions required: 30/07/2021 Approved: 15/11/2021Published: 30/11/2021
image/svg+xmlEvanize Kelli Siviero ROMARCO and Neil FRANCO Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021024, 2021. e-ISSN: 2237-258X DOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.13729| 2| 2The body does not belong to an abstract domain of our life; it remains the unseen center of our existence and our most immediate experience of time and space (BAVCAR, 2003, p. 183, our translation). Evgen Bavcar, blind iconographer – as he prefers to identify himself – when reporting on his work of capturing images using the camera is perceived as such because he understands that the images he captured are first anticipated in his head, therefore, a "mental act". Along with this performance, the author reflects on the challenges presented to him when he became visually impaired at the age of 11 in one of his experiences in Slovenia, Central Europe. Through these experiences, Bavcar interestingly speaks to us of the body as the undisputed mark of our existence/presence in time and space, distancing ourselves from a perspective of understanding it and conceiving it as belonging to an abstract field of human life. The proposal that motivated the creation of this dossier is very close to this perception of body announced by Bavcar by gathering studies that demarcate varieties of experiences that involve the relations between body, society and human education, awakened by the experiences of teachers and teachers when participating in the extension course Body, Human Education and Society,in the second half of 2020. At that time, the impacts generated by the COVID-19 pandemic tried to place our bodies in an "abstract domain" of our existences. With this, and as the only way, the remote environment enabled us to meet various bodies, experiences and experiences that resulted in what we present here: a virtual ciranda of possibilities. Before we started the discussion circle, we were invited to play. Meire Lóde-Nunes and Jaqueline Nunes, holding hands, open their arms calling us to join the wheel. Thus, this "theoretical joke" begins by verifying in the portal of the Brazilian Digital Library of Theses and Dissertations (BDTD) whether the relationship between body and human education is present in the context of contemporary society as an investigative theme in the production of current knowledge. Human education represents, as Cristina Leite and Vivian Silva tell us, a "ciranda" of educational experiences that value and recognize "different knowledge" inspired by the process of teacher training triggered by "circles and games". The authors emphasize learning and teaching as essentially significant processes that are enhanced when motivated by the presence, encounter, touch of hands and the "eye in the eye", however, due to the context that affects us due to the current health crisis, the wheel has rotated in another way, virtually. Better or worse? Remediable, perhaps, since the expectation of touch, encounter, joining hands and singing does not cease, it is remediable. In one of these meetings to "play", Evanize Siviero and Ivana Bittencourt conducted the
image/svg+xmlBody, Society and Human Formation Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021024, 2021. e-ISSN: 2237-258X DOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.13729| 3| 3"game" in which the use of image associated with body movement inspired possibilities of expression of the "Process of Learning and Teaching". How to see and think the same image or body movement in a collective activity? The "Zoom thinking routine" was the guide axis of the proposed activities, described and analyzed in the study that integrates this dossier. We added that, according to the authors, "the look to learn is procedural", in this, we formulate and transmit knowledge from our memories, "transforming ourselves into other selves". Looks that, as they go through the images and intersect in the cirandas, arrive transformed into the work of the authors Meire Lóde-Nunes, Talise Schneider, Thais Souza and Vanessa Lima. They invite us to observe differently, now, beyond the social and historical walls, for an iconographic study, an analysis of the image of the Crucifix of Padova painted by Giotto di Bondone (1266-1337), of the humanized body of Christ, presenting as an indication to the change of mentality, about the concepts of man and world that are consolidated in the Italian Renaissance. Changes in the look and way of understanding the image, the body, generating the movement and the possibility of reconstruction and transformations of values and concepts throughout history are instigated by the authors. The game of images is also the proposal of Alexandre Loro when analyzing the representation of the teacher in the Manual of the Teacher of Physical Education, pedagogical artifact produced by the National Program of Book and Didactic Material (PNLD 2019). Images of the performance of the school Physical Education teacher in eight manuals of four publishers were investigated. Moreover, the teacher's lack of visibility in these materials from the iconographic perspective, where they appear, signal to the representation of participatory professionals during classes, which, according to the author, raises indications of a process of change, breaking with the reproduction of authoritarian and excluding stereotypes that involve the performance of these professionals throughout history. Thus, in other signs, new ways of looking, of moving, of touching one another, to keep ourselves connected in this ciranda. Marcia Almeida, in her article, takes us to the performance-danced, in which the knowledge of dance is built through/by the sensitive body, which includes ideas, knowledge, thoughts, bones, lymph, nerves, flesh, fat, skin and everything we traditionally know constitutes it, as well as desires, loves, sensitivity, dreams. Marcia emphasizes that when we dance, we perceive every movement, not only of the body, but also of everything around us which she calls "body intelligence", which establishes a connection between the dancer and the environment, including the audience, the "body with danse touch". Thinking about this pulsating dance, which connects with the life of those who dance and those who appreciate it, we saw through the testimonies of the participants themselves, who
image/svg+xmlEvanize Kelli Siviero ROMARCO and Neil FRANCO Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021024, 2021. e-ISSN: 2237-258X DOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.13729| 4| 4were involved in the proposal to unite gymnastics, leisure and art activities, the authors Neil Franco, Fernando Crescencio, Bianca de Oliveira and Gustavo Branquinho, who managed to leave shyness behind, and by the creations of choreographies, gave space to fun and pleasure. This article brings us the sensitive perception that the practice of gymnastics goes beyond the propositions of physical fitness and high performance defined by the historical, social and cultural dimensions of Physical Education, evidencing that the perspective of inclusion and respect for differences, dialogued to the manifestation of body culture, in the space of teacher education, aims at the quality of life of those who practice it and enhance the studies of those who research. In this same vein, on teacher education, ciranda continued to rotate and focus on the little practical preparation and direct contact with people with disabilities and/or any other Special Educational Need (NEE) of students in initial training in Physical Education. As Patrícia Oliveira, Jacqueline Nunes, Josiane Freitas, Patrícia Rossi-Andrion brought in their study, how important it is to follow and experience closely the work done with people with disabilities. They present us with ways for this to happen as supervised internships, both in regular schools that serve the public of Special Education, as well as in special education schools. It is clear that this type of experience should happen so that there are significant changes in discourse on inclusion, seeking equity during classes; perspectives for the reduction of the pre-concept, leaving the disability aside and emphasizing the functionality to meet the needs of each student in the inclusive environment; and the development of appropriate relationships and communication both when working with the public in question, as with professionals from other areas, focusing on interdisciplinarity, always collaboratively and extensively. Everything must end one day! However, closing is usually temporary, opening new possibilities, meetings and learning; fact evidenced in the production of this dossier, which is the result of the reflections aroused from the participation of the authors and authors in the extension project Body, Human Education and Society by assuming the challenge of proposing, in a remote format, their face-to-face experiences in teaching, establishing links between teaching, research, extension, continuing education, and so many other expressions of human education. Thus, we closed our presentation rescuing the circles, the cirandas and the games proposed by Cristina Leite in her book that thematizes on the Play Circles, reviewed by Vívian Silva, which reaffirms the body as "the unavoidable center of our existence" (BAVCAR, 2003, p. 183, our translation).
image/svg+xmlBody, Society and Human Formation Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021024, 2021. e-ISSN: 2237-258X DOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.13729| 5| 5In this movement, as Vívian tells us when paraphrasing Cristina, playful-bodily experiences bring out human experiences marked by "stories, memories, affections, attachments, certainties, doubts, desires and, sometimes, many oppressions and impediments", leading us to understand that "feeling" is the matrix of reification of existence and dialogue that situates us in the world. Perhaps, a possibility of apprehension of a "three-dimensional vision" or "open vision" mentioned by Bavcar (2003) by which he perceives and interacts with the world around him through the path of other domains of his body, once affected by the "problem of the wounded gaze". Finally, our perspective is that the wheel is always open to new expressions that embody us three-dimensionally, present us with verses, colors, songs, knowledge and unprecedented presences, but provisional, because, as Vívian tells us, “Opening the wheel and playing is a cry of re-existence." REFERENCE BAVCAR, E. O corpo, espelho partido da história. In: NOVAES, A. (org.). O Homem máquina: a ciência manipula o corpo. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
image/svg+xmlEvanize Kelli Siviero ROMARCO and Neil FRANCO Rev. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 11, n. esp. 2, e021024, 2021. e-ISSN: 2237-258X DOI:https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.2.13729| 6| 6About the authors Evanize Kelli Siviero ROMARCO Editor. Neil FRANCO Editor. Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação. Correction, formatting, normalization and translation.