Cavernas areníticas da cachoeira São Romão no Parque Nacional da Chapada das Mesas, da base de abrasão à espeleogênese infiltrante

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5418/ra2024.v20i43.19098

Palavras-chave:

Parque Nacional da Chapada das Mesas, cavernas, arenito, espeleogênese, uso público

Resumo

O carste em rochas não carbonáticas tem sua gênese associada preponderantemente por agentes erosivos, mais que corrosivos, dentre elas os arenitos são uma geologia que contribui na formação de cavidades, dadas as condições de sedimentação e diversidade de constituintes. O estado do Maranhão é constituído por grande variedade de formações areníticas, nesse sentido estudos revelaram que no Parque Nacional da Chapada das Mesas há uma quantidade significativa delas. Lá, sob a cachoeira São Romão há duas cavernas cuja espeleogênese se deu primeiro pelo efeito canhão das águas na base, depois com o rebaixamento dessa base, a evolução espeleogenética passou a se dar pelas águas infiltrantes no arenito. A beleza cênica da paisagem vista a partir da visitação às cavernas e a raridade são fatores a serem considerados para incorporação ao uso público do parque.

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Biografia do Autor

Claudio Eduardo de Castro, Universidade Estadual do Maranhão (UEMA)

Possui graduação em Geografia Licenciatura Plena pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Sorocaba (1988), mestrado em Geografia pela Universidade Estadual de Londrina (2004) e doutorado em Geografia pela Unesp-PP. Atualmente é professor titular da Universidade Estadual do Maranhão, na qual ocupa a Coordenação de Pesquisa. Tem experiência na área de Geografia, atuando principalmente nos seguintes temas: Gestão e manejo de Unidades de Conservação; Educação; Desenvolvimento e Meio Ambiente; Ambientes Cársticos.

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Publicado

2025-02-23

Como Citar

de Castro, C. E. (2025). Cavernas areníticas da cachoeira São Romão no Parque Nacional da Chapada das Mesas, da base de abrasão à espeleogênese infiltrante. Revista Da ANPEGE, 20(43). https://doi.org/10.5418/ra2024.v20i43.19098