Geomorfologia da Mesorregião Norte de Minas Gerais – Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5418/ra2023.v19i40.17870

Palavras-chave:

Relevo. Mapeamento geomorfológico. Minas Gerais

Resumo

A mesorregião Norte de Minas Gerais, situada entre o cráton do São Francisco e o Orógeno Araçuaí, é palco de diversos processos morfogenéticos que deram origem às mais diversas formas de relevo. Através de técnicas de mapeamento geomorfológico e de controle de campo o artigo teve por objetivo elaborar uma classificação geomorfológica para essa porção do território mineiro. É possível constatar que o Cráton do São Francisco e o Orógeno Araçuaí contribuíram para a manutenção dos relevos em dois domínios distintos. O primeiro, com relevos tabulares e litologias predominantemente carbonáticas do Grupo Bambuí e da Bacia Sanfranciscana, e o segundo com relevos controlados por estruturas dobradas em litologias siliciclásticas do Grupo Macaúbas e do Supergrupo Espinhaço. Durante o Cenozoico, os cursos d´água escavaram os grandes vales na região, além de controlar a sedimentação aluvial por processos agradacionais.

Downloads

Biografia do Autor

Luis Ricardo Fernandes da Costa, Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES

Doutor em Geografia, Professor da Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES

 

João Paulo Sena Souza, Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES

Doutor em Ciências Ambientais, Professor da Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES

 

Hernando Baggio Filho, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM

Doutor em Geologia, Professor da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM

 

José Adilson Dias Cavalcanti, Serviço Geológico do Brasil – CPRM

Doutor em Geociências, Pesquisador do Serviço Geológico do Brasil – CPRM

 

Manoel Reinaldo Leite, Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES

Mestre em Geografia, Professor da Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES

Referências

AB’SABER, A. N. Formas de relevo: texto básico. São Paulo: Edart, 1975.

ALKMIM, F. F.; BRITO NEVES, B. B; ALVES, J. A. C. Arcabouço tectônico do cráton do São Francisco: uma revisão. In: Cráton do São Francisco: trabalhos apresentados na reunião Preparatória do Segundo Simpósio sobre o Cráton do São Francisco [S.l: s.n.], 1993.

ALKMIM, F. F. História Geológica de Minas Gerais. In: Recursos Minerais de Minas Gerais. CODENGE. Disponível em: http://recursomineralmg.codenge.com.br, 2018.

ALKMIM, F. F.; PEDROSA-SOARES A. C.; NOCE, C. M.; Cruz S. C. P. Sobre a evolução tectônica do Orógeno Araçuaí-Congo Ocidental. Geonomos, v. 15 n. 1, p. 25-43, 2007.

ALMEIDA, F. F. M. O cráton do São Francisco. Revista Brasileira de Geociências, v. 7, 1977. DOI: https://doi.org/10.25249/0375-7536.1977349364

ALMEIDA F. F. M. et al. Brazilian structural provinces: an introduction. Earth Science Reviews, v. 17, n. 1, p. 1-21, 1981. DOI: https://doi.org/10.1016/0012-8252(81)90003-9

BABINSKI, M. et al. Geocronologia U-Pb SHRIMP em zircões detríticos do Grupo Macaúbas: implicações na idade de deposição e proveniência dos sedimentos. In: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DE MINAS GERAIS, 14, Diamantina, Resumos..., p. 33. 2007.

BELÉM, R. A. Conceitos básicos da geologia e geomorfologia no contexto dos aspectos fisiográficos de Montes Claros e norte de Minas Gerais. Revista Cerrados, Montes Claros, v. 10, n. 1, 2012.

BRANDT, W. Aspectos geológicos de interesse para a espeleologia do norte de Minas Gerais, Brasil. Anais do 14º Congresso Nacional de Espeleologia. Belo Horizonte – MG, 1980.

CAMPOS, J. E. G; DARDENNE, M. A. Estratigrafia e sedimentação da bacia Sanfranciscana: uma revisão. Revista Brasileira de Geociências, 27(3), 1997. DOI: https://doi.org/10.25249/0375-7536.1997269282

CARNEIRO, M. F. B. Região Norte de Minas: caracterização geográfica e a organização espacial – breves considerações. Revista Cerrados, Montes Claros, v. 1, n. 1, 2003.

CHAVES, M. L. S. C; ANDRADE, K. W.; BENITEZ, L. Geologia integrada das Folhas Jequitaí, Bocaiúva e Montes Claros (1:100.000), Geonomos, Norte de Minas Gerais, v. 19, n. 2, p. 1-7, 2011.

COSTA, L. R. F. et al. Geomorfologia do nordeste setentrional brasileiro: uma proposta de classificação. Revista Brasileira de Geomorfologia, [S. l.], v. 21, n. 1, 2020. DOI: 10.20502/rbg.v21i1.1447. Disponível em: https://rbgeomorfologia.org.br/rbg/article/view/1447. Acesso em: 16 set. 2023. DOI: https://doi.org/10.20502/rbg.v21i1.1447

COSTA, L. R. F. Considerações sobre as macrounidades geomorfológicas do Estado de Minas Gerais – Brasil. William Morris Davis – Revista de Geomorfologia 2, p.1-9, 2021. DOI: https://doi.org/10.48025/ISSN2675-6900.v2n1.2021.109

COSTA, A. F.; DANDERFER FILHO, A. Tectonics and sedimentation of the central sector of the Santo Onofre rift, North Minas Gerais, Brazil. Brazilian Journal of Geology, v. 47, n. 3, p. 491-519, 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/2317-4889201720160128

CPRM. Mapa geológico do Estado de Minas Gerais. Serviço Geológico do Brasil – CPRM. Escala 1:1.000.000. Edição atualizada, 2014.

DARDENNE, M. A. The Brasília Belt. In: Cordani et al. Tectonic Evolution of South America, Rio de Janeiro, p. 231-263, 2000.

DOSSIN, I. A.; DOSSIN, T. M; CHAVES, M. L. S. C. Compartimentação estratigráfica do supergrupo espinhaço em Minas Gerais – Os Grupos Diamantina e Conselheiro Mata. Revista Brasileira de Geociência, v. 20, n. 1. p. 178-186, 1990. DOI: https://doi.org/10.25249/0375-7536.1990178186

DUSSIN, I. A.; DUSSIN, T. M. Supergrupo Espinhaço: modelo de evolução geodinâmica.

Geonomos, v. 3, p. 19-26, 1995. DOI: https://doi.org/10.1080/09627259508552623

GROSSI-SAD, J. H.; CARDOSO, R. N.; COSTA, M. T. Formações cretácicas em Minas Gerais: uma revisão. Revista Brasileira de Geociências, v. 1, p. 2-13, 1971.

IGLESIAS, M; UHLEIN, A. Estratigrafia do Grupo Bambuí e coberturas fanerozóicas no vale do rio São Francisco, norte de Minas Gerais. Revista Brasileira de Geociências, v. 39, n. 2, 2009. DOI: https://doi.org/10.25249/0375-7536.2009392256266

LEITE, M. R; BRITO, J. L. S. Mapeamento morfoestrutural e morfoescultural na região de cerrado no norte de Minas Gerais. Revista Sociedade e Natureza, Uberlândia, ano 24, n. 1, 2012. DOI: https://doi.org/10.1590/S1982-45132012000100010

LIMA, S. A. A. et al. A Formação Salinas, na area-tipo, norte de Minas Gerais: uma proposta de revisão da estratigrafia da Faixa Araçuaí com base em evidências sedimentares, metamórficas e idades U-Pb SHRIMP. Revista Brasileira de Geociências, v. 32, n. 4, 491-500, 2002. DOI: https://doi.org/10.25249/0375-7536.2002324491500

MARTÍNEZ, M. I. Estratigrafia e tectônica do Grupo Bambuí no norte do Estado de Minas Gerais. 2007. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Minas Gerais, Programa de Pós-Graduação em Geologia, Belo Horizonte, 2007.

MARTINS-NETO, M.A. Tectonic and sedimentation in a Paleo/Mesoproterozoic rift-sag basin (Espinhaço basin, southeastern Brazil). Precambrian Research, 103: 147-173, 2000. DOI: https://doi.org/10.1016/S0301-9268(00)00080-2

MARTINS, M. S. Geologia dos diamantes e carbonados da bacia do Rio Macaúbas (MG). 2006. 231 p. Tese (Doutorado) – IGC/UFMG, Belo Horizonte, 2006.

MOREIRA, A. A. N; CAMELIER, C. Relevo. In: Geografia do Brasil: região sudeste. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Rio de Janeiro, 1977.

NOVO, T. A. et al. The Rio Doce Group revisited: An Ediacaran arc-related volcanosedimentary basin, Araçuaí orogen (SE Brazil). Journal of South American Earth Sciences, v. 85, p. 345-361, 2018. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jsames.2018.05.013

PEDROSA-SOARES, A. C. et al. Late Neoproterozoic – Cambrian granitic magmatism in the Araçuaí orogen (Brazil), the Eastern Brazilian Pegmatite Province and related mineral resources. In: SIAL et al. Granite-Related Ore Deposits. Geological Society, London, Special Publications, v. 350, p. 25-51, 2011. DOI: https://doi.org/10.1144/SP350.3

PEDROSA-SOARES, A. C. et al. Field Tripo Guide: Eastern Pegmatite Province. In: 4th International Symposium on Granitic Pegmatites. 28 p., 2009.

PENTEADO, M. M; RANZANI, G. Relatório de viagem ao médio vale do rio São Francisco. Instituto de Geografia. Universidade de São Paulo, 40 – Geomorfologia, São Paulo, 1973.

PIMENTEL, M. M et al.. The tectonic evolution of the Neoproterozoic Brasilia Belt, central Brazil, based on SHRIMP and LA-ICPMS U-Pb sedimentary provenance data: a review. Journal of South American Earth Sciences, v. 31, p. 345-357, 2011. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jsames.2011.02.011

PINTO, C. P.; SILVA, M. A. Mapa Geológico do Estado de Minas Gerais, Escala 1:1.000.000. Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Codemig e Serviço Geológico do Brasil, CPRM, 2014.

RODRIGUES, S. C.; HELENA RIBEIRO ROCHA AUGUSTIN, C.; ISABELA SILVA MARTINS NAZAR, T. Mapeamento Geomorfológico do Estado de Minas Gerais: uma proposta com base na morfologia. Revista Brasileira de Geomorfologia, [S. l.], v. 24, n. 1, 2023. DOI: 10.20502/rbg. v24i1.2233. Disponível em: https://rbgeomorfologia.org.br/rbg/article/view/2233. Acesso em: 4 set. 2023. DOI: https://doi.org/10.20502/rbg.v24i1.2233

ROSS, J. L. S. O Relevo Brasileiro nas Macroestruturas Antigas. Revista Continentes (UFRRJ), v. 2, 2013.

SAADI, A. Ensaio sobre a morfotectônica de Minas Gerais: tensões intraplaca, descontinuidades crustais e morfogênese. 1991. Tese (Doutorado) – Instituto de Geociências, Belo Horizonte, 1991.

SAADI, A. Neotectônica da plataforma brasileira: esboço e interpretação preliminares. Geonomos – Revista de Geociências, v. 1, p. 1-15, 1993. DOI: https://doi.org/10.18285/geonomos.v1i1e2.233

SALGADO-LABOURIAU, M, L. História ecológica da terra. 2. ed. São Paulo: Edgar Blucher, 1998.

SANTOS, R. F.; ALKMIM, F. F.; PEDROSA-SOARES, A. C. A Formação Salinas, Orógeno Araçuaí (MG): história deformacional e significado tectônico. Revista Brasileira de Geociências, v. 39, n. 1, p. 81-100, 2009. DOI: https://doi.org/10.25249/0375-7536.200939181100

SENA-SOUZA, J. P. et al. Influência do Relevo na Dinâmica Temporal do Uso e Cobertura da Terra no Norte de Minas Gerais, Brasil. Revista Brasileira de Geografia Física, v. 15, n. 5, 2022. DOI: https://doi.org/10.26848/rbgf.v15.5.p2475-2485

SGARBI G. N. C. et al. Bacia Sanfranciscana: o registro fanerozóico da Bacia do São Francisco. In: PINTO, C.P.; MARTINS-NETO, M. A. (ed.). Bacia do São Francisco: geologia e recursos naturais. Belo Horizonte: SBG/MG, 2001. p. 93-138.

SILVA, M. L. Mapeamento de superfícies aplainadas no norte de Minas Gerais. Revista Brasileira de Geografia Física, v. 9, n. 2, 2016. DOI: https://doi.org/10.26848/rbgf.v9.2.p526-545

SILVA, L. C et al. Disclosing the Paleoarchean to Ediacaran history of the São Francisco craton basement: The Porteirinha domain (northern Araçuaí orogen, Brazil). Journal of South American Earth Sciences, v. 68, p. 50-67, 2016. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jsames.2015.12.002

UHLEIN, A; TROMPETTE, R.; SILVA, M. E. Estruturação tectônica do Supergrupo Espinhaço na região de Diamantina. Revista Brasileira de Geociências, v. 16, n. 2, p. 212-216, 1986. DOI: https://doi.org/10.25249/0375-7536.1986212216

VALADÃO, R. C. Geodinâmica de superfícies de aplanamento, desnudação continental e tectônica ativa como condicionantes da megageomorfologia do Brasil oriental. Revista Brasileira de Geomorfologia, v. 10, n. 2, 2009. DOI: https://doi.org/10.20502/rbg.v10i2.132

VIEIRA, V. S. Significado do Grupo Rio Doce no contexto do Orógeno Araçuaí. 2007. Tese (Doutorado) – Instituto de Geociências da UFMG, Belo Horizonte-MG, 129 p., 2007.

Downloads

Publicado

2024-02-02

Como Citar

Costa, L. R. F. da, Sena Souza, J. P., Baggio Filho, H., Cavalcanti, J. A. D., & Leite, M. R. (2024). Geomorfologia da Mesorregião Norte de Minas Gerais – Brasil. Revista Da ANPEGE, 19(40). https://doi.org/10.5418/ra2023.v19i40.17870