O lugar da antropogeomorfologia no planejamento urbano de Teresina/Piauí
DOI:
https://doi.org/10.5418/ra2023.v19i40.16342Palavras-chave:
Antropoceno, Antropogeomorfologia, Planos diretores, Cidade, Teresina/PIResumo
Com a criação, consolidação e efetivação de normativas para o planejamento urbano, a exemplo dos planos diretores, é de fundamental importância reinterpretá-los em diferentes aspectos, como aqueles voltados para intervenções humanas sobre as características físico-naturais. Levando em conta a importância dos estudos sobre o Antropoceno, este estudo objetiva analisar, a partir dos Planos Urbanos de Teresina, como o poder público influencia na geração de feições antropogênicas na cidade, considerando o recorte temporal 1969-2019. Metodologicamente houve a análise em sete planos diretores (alguns concluídos e efetivados, outros não), identificação e classificação das feições antropogênicas e mapeamento utilizando-se o QGIS 3.16 e Google Earth Pro. Foi observado que, das 26 intervenções apontadas, predomina a classe made ground (voltada para aterramentos de lagoas, riachos e terrenos alagadiços) com 11 menções, seguida dos worked grounds (7), landscaped ground (5) e infilled ground (3), diversificando-se à medida que a cidade ocupa novas formas de relevo.
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