A metáfora combatente: Interpretação literogeográfica da mineração no poema “O maior trem do mundo”, de Drummond
DOI:
https://doi.org/10.5418/ra2020.v16i31.11428Palavras-chave:
Mineração, território, literatura, DrummondResumo
O extrativismo mineral é um dos eixos centrais da formação econômica e social do Brasil. Contudo, o setor mineral e seus riscos ambientais só se tornaram conhecidos do grande público brasileiro após os rompimentos de barragens de rejeitos em Minas Gerais. Com efeito, o modelo de mineração emergiu como um problema no país, interpretado e debatido a partir de diversos campos de saberes. Neste artigo propõe-se uma interpretação literogeográfica da mineração baseada na leitura da obra de Carlos Drummond de Andrade. Para isso, a centralidade das análises apresentadas baseia-se na leitura do poema O maior trem do mundo. Revelam-se as críticas que o poeta fez ao modelo de mineração territorializado em Itabira (MG) e, por extensão, em Minas Gerais e no Brasil. A metodologia conta com revisão bibliográfica baseada na relação entre Geografia e Literatura. A interpretação literogeográfica do poema ou de qualquer texto literário consiste em adensar a leitura do território ou do espaço. E, neste caso, os resultados revelam a importância do texto poético de Drummond como instrumento de percepção crítica e ampla da mineração e suas implicações territoriais.
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