Soberania, poder e território: O caso do Sudeste Asiático
DOI:
https://doi.org/10.5418/ra2020.v17i30.10611Palavras-chave:
Sudeste Asiático, Poder, Soberania, TerritórioResumo
As transformações multifacetadas advindas da globalização trouxeram inovações significativas para as interações espaciais, redes e conflitos que incidem sobre a organização multiescalar do espaço, incidindo sobre as relações entre os poderes político, econômico e estratégico com o território. A suposta inexorabilidade do processo de inserção dos Estados e territórios no contexto de globalização, no entanto, mostra-se tênue quando defrontada pelas resistências de diversos atores. A Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) representa um caso emblemático dessa resistência, ao continuar, em larga medida, fundamentada pelo princípio da não intervenção em assuntos internos e pela não adesão à voga de relativização das soberanias. A perenidade desses princípios, em uma comunidade internacional cada vez mais interdependente, na qual a porosidade das fronteiras e a fluidez de pessoas, bens, serviços e capitais constituem a tônica do mundo globalizado, constitui um importante baluarte da manutenção de determinadas formas de poder expressas no território.
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