Hidroresfriamento e embalagens na conservação pós-colheita de cebolinha (Allium schoenoprasum)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30612/agrarian.v13i50.9478

Palavras-chave:

Atmosfera modificada. Hortaliça. Pré-resfriamento.

Resumo

A cebolinha é uma hortaliça folhosa altamente perecível, a intensa perda de água e a rápida deterioração lhe confere uma conservação de poucos dias, sendo necessário o uso de técnicas capazes de prolongar a sua vida útil pós-colheita. Desse modo, objetivou-se com a realização do presente trabalho avaliar a influência das condições de armazenamento sobre a vida útil pós-colheita da cebolinha. Adotou-se um experimento com delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 6x9 em parcelas subdivididas com três repetições, nas parcelas foram alocadas as condições de armazenamento e na subparcela os períodos de avaliação, sendo cada unidade experimental constituída por um maço com 24 folhas. As condições de armazenamento foram: sem hidroresfriamento e sem embalagem, sem hidroresfriamento e embalagem plástica, sem hidroresfriamento e PVC, hidroresfriamento sem embalagem plástica, hidroresfriamento e embalagem plástica e hidroresfriamento e PVC e armazenados a 10±2 ºC. Foram armazenadas por 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14 e 16 dias consecutivos. Foram avaliadas vida de prateleira, perda de massa fresca, teor relativo de água, clorofila total e carotenoides. Observou-se na embalagem plástica e filme PVC, independente do pré-resfriamento, menor perda de massa e aumento de 16 dias na vida de prateleira. O teor relativo de água foi influenciado pelas condições e o tempo de armazenamento. O teor de clorofila das folhas reduziu ao longo dos dias de armazenamento à 10 °C, independentemente do tratamento. O hidroresfriamento associado às embalagens e a temperatura de armazenamento foram eficientes em reduzir, temporariamente, a degradação da clorofila e o teor de carotenoides. Dessa forma, recomenda-se a adoção de embalagem plástica ou filme PVC associado ao hidroresfriamento por 30 minutos, como alternativa para prolongar a vida pós-colheita das cebolinhas.

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Biografia do Autor

Antonia Mirian Nogueira de Moura Guerra, Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB)

Professora da Universidade Federal do Oeste da Bahia, Centro Multidisciplinar Campus de Barra – UFOB/Barra, Av. 23 de Agosto s/nº, Bairro Assunção, CEP: 47100-000, Barra – BA.

Deyse dos Santos Silva Silva, Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB)

Discente da Universidade Federal do Oeste da Bahia, Centro Multidisciplinar Campus de Barra – UFOB/Barra.

Priscila Silva Santos, Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB)

Discente da Universidade Federal do Oeste da Bahia, Centro Multidisciplinar Campus de Barra – UFOB/Barra.

Lucas Barbosa dos Santos, Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB)

Discente da Universidade Federal do Oeste da Bahia, Centro Multidisciplinar Campus de Barra – UFOB/Barra.

Maria Gabriela Magalhães Silva, Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB)

Discente da Universidade Federal do Oeste da Bahia, Centro Multidisciplinar Campus de Barra – UFOB/Barra.

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Publicado

2020-11-23

Como Citar

Guerra, A. M. N. de M., Silva, D. dos S. S., Santos, P. S., Santos, L. B. dos, & Silva, M. G. M. (2020). Hidroresfriamento e embalagens na conservação pós-colheita de cebolinha (Allium schoenoprasum). Agrarian, 13(50), 567–576. https://doi.org/10.30612/agrarian.v13i50.9478

Edição

Seção

Artigo - Ciência e Tecnologia de alimentos