Projetos e anti-projetos de colonização no sertão da Capitania dos Ilhéus: índios, colonos e a expansão da fronteira colonial
DOI:
https://doi.org/10.30612/frh.v25i45.16913Palavras-chave:
Colonização, Fronteiras, sertão, política indígena.Resumo
Este texto discorre sobre o processo de expansão da fronteira na Capitania de Ilhéus durante a segunda metade do século XVIII. Nesse contexto, a Comarca de Ilhéus era uma das mais importantes produtoras de víveres da Bahia, entretanto julgava o monarca Pedro III, que era necessário a construção de uma estrada ligando o litoral de Ilhéus às distintas regiões do sertão, para tal intento foi convocado o sertanista João Goncalves da Costa, recebendo a patente de capitão-mor. Costa deveria abrir com suas tropas vias de acesso ao interior e, caso fosse necessário, empreender a conquista dos povos indígenas dos sertões que estivesse impedindo esse projeto colonial. Contudo, os povos indígenas não assistiram bestializado a ação da Coroa portuguesa, criando, quando foi possível, estratégias para salvaguardar suas vidas e de seu território ancestral, fato que levou o confronto entre os portugueses e os povos ancestrais.
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