Fala a mulher da rua: narrativas do feminino e saber periférico com as pombagiras
DOI:
https://doi.org/10.30612/frh.v24i43.15985Palavras-chave:
Pombagira. Mulher. Saber Periférico. Descolonização. Relação.Resumo
Este artigo é parte de uma investigação em processo que investe em pensar as narrativas e práticas relacionadas ao signo pombagira. O problema aqui proposto se situa nas dimensões do feminino, suas relações a múltiplas formas de produção de desvio/inscrição do signo. Elegemos uma identidade política subalternizada que enuncia desde as periferias do mundo para ressaltar as múltiplas faces do feminino e suas batalhas cotidianas ou, como preferimos chamar, “feminismos que não tem nome”. Assim, este texto aborda diálogos com narrativas sobre as pombagiras, suas presenças, saberes e trânsitos expressas no campo de pesquisa, conversas com as pombagiras praticantes de terreiros de umbanda e candomblé. Propomos uma reflexão sobre como ser mulher a partir dos diversos aspectos do feminino que as inscrições do signo pombagira revela. Essas performances expressas de múltiplas formas abrem caminhos para respostas à opressão e desigualdade de gênero, não a partir de um enfrentamento automático, mas no movimento de sabedorias táticas que deslocam as imposições pautadas no machismo/patriarcado/racismo/colonialismo.
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