A colonização britânica e o declínio da produção de juta indiana: singularidades e possibilidades para a Amazônia
DOI:
https://doi.org/10.30612/frh.v21i37.10145Palavras-chave:
Têxteis. Fibras. Juta. Colonização britânica. Índia.Resumo
Neste texto analisamos a relação entre a colonização britânica da Índia e o processo de declínio da produção têxtil de juta local no século XIX. Trata-se de uma pesquisa documental e bibliográfica realizada em Calcutá, estado de West Bengal/Índia, a partir de uma revisão da literatura produzida em língua inglesa por estudiosos indianos e estrangeiros. Assim, este é um trabalho de interpretação, cujo objetivo é produzir novos conhecimentos acerca das singularidades e especificidades da produção têxtil no subcontinente indiano no período colonial, visto que a compreensão do passado indiano relacionado à sua produção têxtil também tem por objetivo fornecer subsídios teóricos e práticos para se analisar o declínio da produção têxtil de juta na Amazônia e, também, a possibilidade de uma possível reativação dessa atividade.Downloads
Referências
COMISSÃO ESTADUAL DE PLANEJAMENTO AGRÍCOLA/CEPA/PA: juta/malva – Situação atual. Belém: CEPA, 1978.
CHAUDHURY, Nibaran Chandra. Jute in Bengal. W. Newman & Co., Ltd.: Calcutta, 1921.
CROSBY, Alfred W. Imperialismo ecológico: a expansão biológica da Europa, 900-1900. Tradução: José Augusto Ribeiro, Carlos Afonso Malferrari. São Paulo: Companhia da Letras, 2011.
DEAN, Warren. A Botânica e a Política Imperial: introdução e adaptação de plantas no Brasil colonial e imperial. Conferência feita no Instituto de Estudos Avançados da USP no dia 21 de junho de 1989. Disponível em: http://www.iea.usp.br/publicacoes/textos/deanbotanicaimperial.pdf. Acesso em: fev. 2016.
FERRÃO, José Eduardo Mendes. As aventuras das plantas e os descobrimentos portugueses. 3 ed. Lisboa: Fundação Berard: Chaves Ferreira: IICT, 2005. 287p.
FERRÃO, José Eduardo Mendes. Na linha dos descobrimentos dos séculos XV e XVI. Intercâmbio de plantas entre a África Ocidental e a América. Revista de Ciências Agrárias, v. 36, n. 2, p. 250-269, 2013.
FERREIRA, Aldenor da Silva; BERGAMASCO, Sonia Maria Pessoa Pereira; HOMMA, Alfredo Kingo Oyama. Estado e Agroindústria de juta na Índia: lições para a Amazônia. Revista de Economia e Agronegócio, Viçosa, v. 16, n. 3, 2018, p. 402-421.
FERREIRA, A. S. da; Homma, A. K. O. Ryota Oyama: uma biografia. In: HOMMA, A. K. O. et al. Imigração japonesa na Amazônia: contribuição na agricultura e vínculo com o desenvolvimento regional. Manaus: EDUA, 2011. p.377-397.
FERREIRA, Aldenor da Silva; HOMMA, Alfredo Kingo Oyama. Índia e Japão no percurso histórico de desenvolvimento da cultura da juta no Brasil. Revista Querubim, Niterói, v.1, n. 31, ano 13, fev. 2017, p. 4-10.
FERREIRA, Aldenor da Silva. Fios dourados dos trópicos: culturas, histórias, singularidades e possibilidades (juta e malva - Brasil e Índia). 488 f. Tese (doutorado) – Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, SP, 2016.
HOMMA, Alfredo Kingo Oyama. A imigração japonesa no estado do Amazonas e a expansão da juta no médio e Baixo Solimões. In: WITKOSKI et al. A cultura da juta e da malva na Amazônia Ocidental: sementes de uma nova racionalidade ambiental? São Paulo: Annablume,
INSTITUTO DE FOMENTO À PRODUÇÃO DE FIBRAS VEGETAIS NA AMAZÔNIA. As fibras vegetais da Amazônia e a atuação do IFIBRAM. Manaus, 1976.
JORNAL DO AGRICULTOR, ano IV, Tomo VII, n. 171 de 7 de outubro
de 1882.
NEPOMUCENO, Rosa. O Brasil na rota das especiarias: o leva e traz de cheiros, as surpresas da nova terra. Rio de Janeiro: José Olympio, 2005.
NODA, Sandra do Nascimento. As relações de trabalho na produção amazonense de juta e malva. 1985. 159f. Dissertação (Mestrado em Agronomia) – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo, Piracicaba, São Paulo.
PRAKASH, Om. From Market-Determined to Coercion-Based: Textile Manufacturing in Eighteenth-Century Bengal. In: RIELLO, Giorgio; ROY, Tirthankar (Ed.). How India Clothed the World: the world of south Asian textiles, 1500-1850. Global Economic History Series, v.4. Leiden/Boston: Brill, 2009.
RIELLO, Giorgio; ROY, Tirthankar. (Ed.). How India Clothed the World: the world of south Asian textiles, 1500-1850. Global Economic History Series, v. 4. Leiden/Boston: Brill, 2009.
SARKAR, Pulin Behari. Science and Technology. Section III. In: KUNDU, Balai Chand; BASAK, Kiran Chandra; SARKAR, Pulin Behari (Orgs). Jute in India. Calcutta: Indian Central Jute Committee, 1959.
SUBRAMANIAN, Lakshmi. The Political Economy of Textiles in Western India: weavers, merchants and the transition to a colonial economy. In: RIELLO, Giorgio; ROY, Tirthankar. (Ed.). How India Clothed the World: the world of south Asian textiles, 1500-1850. Global Economic History Series, v. 4. Leiden/Boston: Brill, 2009.
THE JUTE PACKAGING MATERIALS ACT. Disponível em: http://www.jutecomm.gov.in/acts1.htm. Acesso em: 12. mai. 2016.
THE ESSENTIAL COMMODITIES, ACT, 1955. Disponível em:
http://legislative.gov.in/sites/default/files/A1955-10.pdf. Acesso em 14. Mai. 2016.
THOMAS, Adrian. P. The Establishment of Calcutta Botanic Garden: Plant Transfer, Science and the East India Company, 1786–1806, Journal of the Royal Asiatic Society, Cambridge University Press, v. 16, 2006, p. 165-177. Disponível em: http://journals.cambridge.org. Acesso em: fev. 2016.
WENDT, Ian C. Four Centuries of Decline? Understanding the Changing Structure of the South Indian Textile Industry. In: RIELLO, G.; ROY, T. (Ed.). How India Clothed the World: the world of south Asian textiles, 1500-1850. Global Economic History Series, v. 4. Leiden/Boston:
Brill, 2009.
WRIGHT, Rita P.; LENTZ, David L.; BEAUBIEN, Harriet F.; KIMBROUGH, Christine. K. New evidence for jute (Corchorus capsularis L.) in the Indus civilization. Archaeological and Anthropological Sciences, v. 4, n. 2, jun. 2012, p. 137-143.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autoras e autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autoras e autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autoras e autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online, como em repositórios institucionais ou em páginas pessoais, a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).