‘Pacificando’ doutrinas cristãs: protestantismo/pentecostalismo e seu apoderamento por sociedades indígenas

Autores

  • Graziele Acçolini PPGAnt/UFGD

DOI:

https://doi.org/10.30612/nty.v6i9.9521

Palavras-chave:

Protestantismo/pentecostalismo. Terena. T. I. Vanuíre/oeste paulista.

Resumo

Neste artigo pretendo apresentar uma breve discussão acerca do protestantismo e mais especificamente do pentecostalismo e sua chegada ao Brasil, país cuja formação se deu sob o cristianismo católico, vide a atuação da companhia de jesus e suas missões ‘civilizadoras’ ainda no século xvi. Assim pretendo dar especial atenção à inserção dessas doutrinas cristãs, o protestantismo e o pentecostalismo, entre algumas sociedades indígenas. Para tanto, esboçarei posicionamentos teóricos sobre o tema, bem como apontamentos sobre o pentecostalismo presente nas terras indígenas do oeste paulista constituídas pelos terena, aqui minha inspiração a tal artigo, e também pelos guarani nhandeva, kaingáng e os krenák desde o início do século xx., são elas: Vanuíre (município de Arco-Iris/SP), Icatú (Braúna/SP) e Araribá (Avaí/SP). Particularmente, me aterei a Vanuíre, pois se trata da área a que tive maior acesso especialmente durante 2009 e 2010.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ACÇOLINI, Graziele. 2004. Protestantismo à moda Terena. Tese de Doutorado em Antropologia, Universidade Estadual Paulista.

BITTENCOURT FILHO, José. 1989. “Remédio Amargo”. In: ANTONIAZZI, Alberto et al. Nem anjos nem demônios: interpretações sociológicas do pentecostalismo. 2 ed., Petrópolis, Vozes, p. 24-33.

D’ANGELIS, 1994. “O SIL e a redução da língua Kaingang à escrita: um caso de missão ‘por tradução’”. In: WRIGHT, Robin (org.). Transformando os deuses. Igrejas evangélicas, pentecostais e neopentecostais entre os povos indígenas no Brasil. V. II, Campinas, Ed. da UNICAMP, p. 112.

FRESTON, Paul. 1994. “Breve história do pentecostalismo brasileiro”. In: ANTONIAZZI, Alberto et al. Nem anjos nem demônios: interpretações sociológicas do pentecostalismo. Petrópolis, Vozes, p. 67-99.

FRESTON, Paul. 1998. Pentecostalism in Latin America: characteristics and controversies. Social Compass. International Review of Sociology of Religion, v. 3, n.45, p. 335-358.

GARCIA, Carlos Martinez. 1994. Las iglesias indígenas protestantes y la situacion politica en Chiapas. Ponencia presentada en la Third Interamerican Missiological Consultation: the social and religious significance of the grown of Latin America Protestantism. Philadelfia, october 6-8, p.1-26.

MARIANO, Ricardo. 1999. Pentecostais. Sociologia do novo pentecostalismo no Brasil. São Paulo, Loyola.

MARIZ, Cecília Loreto. 1994. “Libertação e ética: uma análise do discurso de pentecostais que se recuperaram do alcoolismo”. In: ANTONIAZZI, Alberto. Nem anjos nem demônios: interpretações sociológicas do pentecostalismo. Petrópolis, Vozes, p. 204-224.

MENDONÇA, Antonio Gouvea e Velasques Filho. 1990. Procópio: Introdução ao protestantismo no Brasil. São Paulo, Loyola.

MENDONÇA, Antonio Gouvea. 1982. O celeste porvir: um estudo sobre a inserção do protestantismo na sociedade brasileira. Tese de doutorado em Antropologia, FFLCH/Universidade de São Paulo.

NAVARRO, Carlos Garma. 1984. Liderazgo protestante en una lucha campesina. México: América Indígena, v. 44, n. 1, enero-marzo, p. 127-141.

OLIVEIRA FILHO, João Pacheco. 1998. Uma etnologia dos “índios misturados”? Situação colonial, territorialização e fluxos culturais. MANA. Rio de Janeiro, Estudos de Antropologia Social, v. 4, n.1, p. 47-76.

PARAÍSO, Maria Hilda B. 1992. “Os Botocudos e sua trajetória histórica”. In: CUNHA, Manuela Carneiro da (org). História dos índios no Brasil. São Paulo, Cia. das Letras, FAPESP, p. 413-430.

PINHEIRO, Niminon Suzel. 1999. Vanuíre: conquista, colonização e indigenismo. Oeste paulista, 1912-1967. Tese de Doutorado em Antropologia, FCL/Universidade Estadual Paulista.

RAPPAPORT, Joanne. 1984. Las misiones protestantes y la resistencia indígena en el sur de Colombia. México. América Indígena, v. 44, n.1, enero-marzo, p. 111-141.

RODRIGUES, Robson Antonio. 2007. Os caçadores-ceramistas do sertão paulista: um estudo etnoarqueológico da ocupação Kaingang no vale do rio Feio/Aguapeí. Tese de Doutorado em Arqueologia, Universidade de São Paulo.

SCHADEN, Egon. 1969. Aculturação Indígena. São Paulo, Ed. da Universidade de São Paulo.

WRIGHT, Robin. 2004. Transformando os Deuses. Igrejas evangélicas, pentecostais e neopentecostais entre os povos indígenas no Brasil. São Paulo, Editora da Unicamp.

WRIGHT, Robin. 2004. Transformando os Deuses. 1999. Os múltiplos sentidos da conversão entre os povos indígenas no Brasil. Campinas, Editora da Unicamp.

Downloads

Publicado

2018-12-11

Como Citar

Acçolini, G. (2018). ‘Pacificando’ doutrinas cristãs: protestantismo/pentecostalismo e seu apoderamento por sociedades indígenas. Revista Ñanduty, 6(9), 87–100. https://doi.org/10.30612/nty.v6i9.9521