A luta dos pentecostais por terra no Brasil e a descolonização de um ethos ascético

Autores

  • Fabio Alves Ferreira UFPE

Palavras-chave:

Pós-colonialismo. Pentecostalismo. Identidade. Assentamentos.

Resumo

O presente artigo objetiva apontar como o crescimento do número de sujeitos religiosos pentecostais, em movimentos sociais de reivindicação de reforma agrária, favorece a emergência de um processo pós-colonial desses atores. Dialogamos com a temática da sociologia das ausências, sustentada por Boaventura de Sousa Santos, que aponta explicitamente a colonização em estudos que constroem teoricamente a inexistência política de identidades. Partimos do pressuposto de que, sobretudo em estudos brasileiros, há uma tendência em "invisibilizar" os elementos emancipatórios do pentecostalismo, latentes nas afirmações de dogmatismo e comunitarismo, o que leva tais estudos a não apreenderem outras facetas de um jogo de diálogos, equivalências e demandas articulatórias que imprimem uma ação contestatória, coletiva e híbrida dos pentecostais. A nossa hipótese principal a ser testada é a de que tem surgido um novo ator social pentecostal que re-elabora sua prática de fé no ato de ocupação de terra.

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Biografia do Autor

Fabio Alves Ferreira, UFPE

Bacharel em Ciências Sociais pela UFRPE, mestre em Ciências da Religião com concentração em Ciências Sociais e Religião pela UMESP e doutorando em Sociologia pela UFPE. Pesquisa nas seguintes áreas: religião, democracia, sociedade civil, movimentos sociais.

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Publicado

2013-12-02

Como Citar

Ferreira, F. A. (2013). A luta dos pentecostais por terra no Brasil e a descolonização de um ethos ascético. Revista Ñanduty, 2(2), 83–92. Recuperado de https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/nanduty/article/view/2547