Conforto térmico e diferentes tipos de tempo meteorológico na cidade do Recife (PE)

Autores

  • Pedro Felipe Cavalcanti dos Santos Universidade Federal de Pernambuco / Departamento de Geografia
  • Ayobami Badiru Moreira
  • Caio Américo Pereira de Almeida
  • Ranyére Silva Nóbrega

DOI:

https://doi.org/10.30612/el.v8i16.6269

Palavras-chave:

Clima urbano. Ritmo climático. Ilhas de calor. Técnica dos quantis. ITU.

Resumo

O presente artigo objetivou estudar do clima urbano da cidade do Recife e seus condicionantes, como a estrutura urbana e os sistemas atmosféricos atuantes, com foco na identificação espaço-temporal das áreas de maior e menor conforto térmico. Para isto, utilizou-se o método da análise rítmica e dos cálculos de quantis e de Índice de Temperatura e Umidade (ITU), tendo o mês de janeiro de 2016 como período de estudo. Foram utilizados dados meteorológicos disponibilizados pela estação 82900 do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), por dezessete estações da Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC) e de oito Estações de Coleta de Dados (ECD) além de consultas à imagens de satélite. Por fim, o nono e o vigésimo nono dias foram classificados como “extremamente chuvoso” e três dias (16, 18 e 22) como “muito chuvoso”, destes dias. Foram calculados ITU para os dias 04, 09 e 22, representando as classes "extremamente seco", "extremamente chuvoso" e "muito chuvoso" respectivamente. Os sistemas climáticos se mostraram grandes condicionantes das temperaturas e do conforto térmico na cidade do Recife, as áreas no setor leste da cidade se mostraram mais desconfortáveis que o setor oeste. O setor leste da cidade, além de mais desconfortável, se mostrou menos úmido e menos chuvoso que o setor oeste. Ainda não há como saber se esse padrão se repete nos outros meses ou se é característico do espaço recifense, mas outros estudos deverão ser desenvolvidos para investigar esse fenômeno.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALMEIDA JÚNIOR, N. L. Estudo de clima urbano: uma proposta metodológica. Dissertação. (Mestrado). Universidade Federal de Mato Grosso, 2005. 109 p.

AMORIM, M. C. C. T. Clima urbano: Estrutura térmica e ilhas de calor. In: AMORIM, M. C. T. et al. (Orgs..). Climatologia urbana e regional: questões teóricas e estudos de caso. São Paulo: Outras Expressões, 2013. 274 p.

AGÊNCIA PERNAMBUCANA DE ÁGUAS E CLIMA (APAC). 2016. Monitoramento pluviométrico, 2016.Disponível em: http://www.apac.pe.gov.br/meteorologia/> Acesso em: 22 jul. 2016.

BARBIRATO, G. M.; SOUZA, L. C. L.; TORRES, S. C. Clima e Cidade: a abordagem climática como subsídios. Maceió: EdUFAL, 2007, 2007. 154 p.

BRANDÃO, A. M. p. M. O Clima Urbano na Cidade do Rio de Janeiro. In:MONTEIRO, C. A. F.; MENDONÇA, F. (Orgs.). Clima Urbano. 2. ed. Contexto,192 p. 2011.

GOMES, E. T. A. Recortes de paisagens na cidade do Recife: uma abordagem geográfica. – Recife: Fundação Joaquim Nabuco. Massangana, 2007. 356 p., il.

HOLMER, Björn; THORSSON, Sofi a.Intra-urban nocturnal cooling – a comparison of high-latitude Göteborg, Sweden and tropical Ouagadougo, Burkina Faso.In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON URBAN CLIMATE, 20., Yokohama, Japan. 29 June-3 July 2009.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo 2010. Disponível em:<http://censo2010.ibge.gov.br/>. Acesso em: 15 set. 2015.

INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA (INMET) Normais climatológicas. Disponível em: http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=clima/normaisClimatologicas>. Acesso em:15 set. 2015.

JOLLANDS, N.; RUTH, M. C.; BERNIER, G. The climate's long-term impact on New Zealand infrastructure (CLINZI) Project A- case study of Hamilton City, New Zealand. Journal of Environmental Management, v. 83, Issue 4, pp. 460-477, 2007.

MENDONÇA, F.; DANNI-OLIVEIRA, I. M. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Ofi cina de Textos, 2007. 206 p.

MONTEIRO, C. A. de F. Análise Rítmica em Climatologia: problemas da atualidade climática em São Paulo e achegas para um programa de trabalho. São Paulo: Universidade de São Paulo/Instituto de Geografia, 1971. 21 p. (Série Climatologia n. 1).

______.; MENDONÇA, F. Clima Urbano. 2. ed. Contexto, 2011. 192 p.

NÓBREGA, Ranyére Silva; LEMOS, Thiago Verçosa da Silva. O microclima e o (des) conforto térmico em ambientes abertos na cidade do Recife. Revista de Geografia (UFPE), v. 28, n. 1, 2011.

OFFERLE, B. et al. Intraurban diferrences of surface energy fluxes in a central european city. Journal of Applied Meteorology and Climatology, v. 45, pp.125-136, 2006.

OGASHAWARA, Igor.Análise rítmica e a climatologia geográfica Brasileira. Revista Eletrônica Geoaraguaia, Barra do Garças (MT), v.2, n. 2, pp. 57-72, 2012.

TAHA, H. Urban climates and heat islands: albedo, evapotranspiration, and anthropogenicheat. Energy and Buildings, n. 25, pp. 99-103, 1997.

XAVIER, T.M.B.S. A Técnica dos quantis e suas aplicações em Meteorologia, Climatologia e Hidrologia, com ênfase para as regiões brasileiras. Brasília: Th esaurus, 2002. 143p.

Downloads

Publicado

2017-12-13

Como Citar

Santos, P. F. C. dos, Moreira, A. B., Almeida, C. A. P. de, & Nóbrega, R. S. (2017). Conforto térmico e diferentes tipos de tempo meteorológico na cidade do Recife (PE). ENTRE-LUGAR, 8(16), 12–31. https://doi.org/10.30612/el.v8i16.6269

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)