Formação de professores e formação para o ensino de ciências

Autores

  • Hiraldo Serra Universidade Federal da Grande Dourados

Palavras-chave:

Formação de professores, Ensino de Ciências, Alfabetização científica.

Resumo

A formação de professores atualmente deve ser entendida como uma ação contínua, como um processo de constante desenvolvimento que acontece por toda a vida profissional. A atividade profissional docente envolve problemas de caráter instrumental que exigem aplicação de teorias para resolvê-los. No âmbito desta concepção, se torna um processo de preparação que permite compreender o funcionamento das ações reais da sala de aula e levar ao desenvolvimento das competências profissionais exigidas para um desempenho profissional eficaz. Na formação para o ensino de Ciências, a alfabetização científica se torna uma atividade essencial, pois por meio de iniciativas didático-metodológicas vinculadas à apropriação do código escrito pelos alunos, torna-se viável a interpretação de grande variedade de informações e a compreensão de seus significados para posterior participação na sociedade. Nesse texto apresento concepções de formação docente e formação para o ensino de Ciências encontradas na literatura, bem como, análise crítica de orientações preconizadas por documentos curriculares que influenciam significativamente a prática docente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BACHELARD, G. Epistemología. Barcelona: Editora Anagrama, 1973.

BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais. Secretaria de Educação

Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.

CANDAU, V. M. Reformas educacionais hoje na América latina. In:

Currículo: políticas e práticas. Campinas: Papirus, 1999. p. 29-42.

CARVALHO, A. M. P. et al. Ciências no Ensino Fundamental: O

conhecimento físico. São Paulo: Scipione, 1998.

CARVALHO, A. M. P.; GIL-PÉREZ, D. Formação de Professores de

Ciências: tendências e inovações. 7a. ed. São Paulo: Cortez Editora, 2006.

GUTIÉRREZ VÁZQUEZ, J. M. Reflexiones sobre la enseñanza de las

Ciencias Naturales en la escuela primaria. Educación, v. 8, n. 42, p. 3-32,

HARLAN, J. D.; RIVKIN, M. S. Ciências na educação infantil: uma

abordagem integrada. Porto Alegre: ArtMed, 2000.

KAMII, C.; DEVRIES, R. O Conhecimento Físico na Educação PréEscolar:

Implicações da teoria de Piaget. Porto Alegre: Artmed, 1991.

KRASILCHIK, M.; MARANDINO, M. Ensino de ciências e cidadania.

São Paulo: Moderna, 2004.

KUHN, I. S. A estrutura das resoluções científicas. São Paulo:

Perspectiva, 1998.

LAKATOS, I. La metodología de los programas de investigacíon

científica. Madri: Alianza Editorial, 1993.

LORENZETTI, L.; DELIZOICOV, D. Alfabetização científica no contexto

das séries iniciais. Ensaio, v. 3, n. 1, 2001.

MACEDO, E. F. Parâmetros curriculares nacionais: a falácia dos temas

transversais. In: Currículo: políticas e práticas. Campinas: Papirus, 1999. p. 43-58.

MIZUKAMI, M. da G. N. et. al. Escola e aprendizagem da docência:

processos de investigação e formação. São Carlos: EdFUFSCar, 2003.

PÉREZ-GOMEZ, A. O pensamento prático do professor: a formação do

professor como profissional reflexivo. In: NÓVOA, A. (Org.). Os

professores e a sua formação. 3ª ed. Lisboa: Dom Quixote, 1997. p. 95-

PIMENTA, S. G. (Org.). Saberes pedagógicos e atividade docente. São

Paulo: Cortes, 1999.

PINO, P.; OSTERMANN, F.; MOREIRA, M. A. Concepções

epistemológicas veiculadas pelos parâmetros curriculares nacionais na área de ciências naturais. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em

Ciências, v. 5, n. 2, p. 5-14, 2005.

POPPER, K. R. Conjecturas e refutações. Brasília: Ed. UNB, 1975.

RICARDO, E. C. Implementação dos PCNS em sala de aula: dificuldades

e possibilidade. A Física na Escola. São Paulo, v. 4, n. 1, 2003.

ROSA, C. W; ROSA, A. B. Ensino da Física: tendências e desafios na

prática docente. Revista Iberoamericana de Educación, v. 42, n.7, p. 1-

, 2007.

SAVIANI, D. Saberes implicados na formação do educador. In: BICUDO,

M. A. V.; SILVA JUNIOR, C. A da. (Orgs.). Formação do Educador:

dever do Estado, tarefa da Universidade. São Paulo: Editora da

Universidade Estadual Paulista, 1996. p. 145-155.

SCHNETZLER, R. P. O professor de Ciências: problemas e tendências de

sua formação. In: SCHNETZLER, R. P.; ARAGÃO, R. M. R. de. (Orgs.).

Ensino de Ciências: fundamentos e abordagens. Piracicaba:

CAPES/PROIN/UNIMEP, 2000, p. 12 - 41.

SCHÖN, D. Formar professores como profissionais reflexivos. In: NÓVOA,

A. (Org.). Os professores e a sua formação. 3. ed. Lisboa: Dom Quixote,

p. 79-91.

SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte:

Autêntica, 1998.

TOULMIN, I. La comprensión humana. El uso coletivo y la evolución de

los conceptos. Madri: Alianza Editorial, 1971.

WEISSMANN, H. Didática das Ciências Naturais: contribuições e

reflexões. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

ZEICHNER, K. M. Formando professores reflexivos para a educação

centrada no aluno: possibilidades e contradições. In: BARBOSA, R. L. L.

(Org.). Formação de educadores: desafios e perspectivas. São Paulo:

UNESP, 2003.

Downloads

Publicado

2012-12-27

Como Citar

SERRA, H. Formação de professores e formação para o ensino de ciências. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 2, n. 6, p. p.24–36, 2012. Disponível em: https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/educacao/article/view/2165. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê