Poder sem pudor e referenciação: sentidos e objetos de discurso em notas jornalísticas

Autores

  • Rosani Muniz Marlow UFES

DOI:

https://doi.org/10.30612/arredia.v6i11.7355

Palavras-chave:

Sentido. Objeto de discurso. Referenciação.

Resumo

Na vertente dos estudos da Linguística Textual (LT), há uma complexa relação entre linguagem, mundo e pensamento no discurso. É na interação dessas instâncias que o sentido se dá. Ao ser produzido, o discurso, veículo e produto dessa interrelação, organiza-se naturalmente numa tessitura de fenômenos que marcam os esforços dos interactantes, tanto para um querer dizer quanto para um compreender o que está sendo dito. O presente artigo aborda aspectos da construção e da negociação de sentidos no discurso, bem como descreve sobre a inserção, a manutenção, a retomada, a transformação dos objetos de discurso através dos processos de referenciação, considerando as abordagens de Cavalcante (2011; 2014), Koch (2008; 2011), Marcuschi (2000; 2005) e outros. Para esta análise, serviram de corpus notas jornalísticas não tradicionais, denominadas Poder sem pudor, devido seus textos, além de conteúdo histórico-político, reunirem aspectos multimodais, de crítica, de irreverência e de humor, os quais ampliam as possibilidades de apreensão e construção de sentido.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rosani Muniz Marlow, UFES

Mestre em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal do Espírito Santo

Referências

CAVALCANTE, M. M. Os sentidos do texto. 1ª ed. São Paulo: Contexto, 2014.

CAVALCANTE, M. M. Referenciação: sobre coisas ditas e não ditas. Fortaleza: Edições UFC, 2011.

ELIAS, V. M. Referenciação e orientação argumentativa em artigos de opinião. In: GUIMARÃES, E. (org.). Textualidade e discursividade na linguística e na literatura. São Paulo: Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2010, p. 49-63.

FERRARI, L. Introdução à Linguística Cognitiva. 1ª ed. São Paulo: Contexto, 2014.

KOCH, I. V. Como se constroem e reconstroem os objetos-de-discurso. Revista Investigações, v. 21, nº 2, 2008.

KOCH, I. V. Desvendando os segredos do texto. 7ª ed. São Paulo: Cortez, 2011.

KOCH, I. V.; MORATO, E. M; BENTES, A. C. (Orgs.). Referenciação e Discurso. 2ª ed. São Paulo: Contexto, 2013.

MARCUSCHI, L. A. Anáfora indireta: o barco textual e suas âncoras. In: KOCH, I. V.; MORATO, E. M.; BENTES, A. C. (Orgs.). Referenciação e discurso. São Paulo: Contexto, 2005.

MARCUSCHI, L. A. Referenciação e progressão tópica: aspectos cognitivos e textuais. Revista do GELNE, vol. 2, nº 2, 2000, p. 55-65.

VAN DIJK, Teun A. Contexto e cognição. In: VAN DIJK, Teun A. Discurso e contexto: uma abordagem sociocognitiva. São Paulo: Contexto, 2012.

VAN DIJK, Teun A. Cognição, discurso e interação. 7ª ed. São Paulo. Contexto: 2013.

Downloads

Publicado

2017-12-14

Como Citar

Marlow, R. M. (2017). Poder sem pudor e referenciação: sentidos e objetos de discurso em notas jornalísticas. ARREDIA, 6(11), 37–51. https://doi.org/10.30612/arredia.v6i11.7355

Edição

Seção

Artigos