Caldas alternativas e fungicidas no controle da mancha-de-estenfílio do tomateiro

Autores

  • Jéssica Coelho Melo Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
  • Carlos Antônio dos Santos Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
  • Maria do Carmo de Araújo Fernandes Empresa de Pesquisa Agropecuária do estado do Rio de Janeiro (PESAGRO-RIO)
  • Margarida Goréte Ferreira do Carmo Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

DOI:

https://doi.org/10.30612/agrarian.v12i43.7101

Palavras-chave:

Calda bordalesa, Calda viçosa, Mancozebe, Solanum lycopersicum, Stemphylium solani.

Resumo

Diante dos relatos de perdas frequentes causadas pela mancha-de-estenfílio (Stemphylium solani) no tomateiro e da necessidade de se buscar estratégias adequadas de controle nos diferentes sistemas de manejo, foi realizado o presente estudo com os objetivos de: 1) avaliar a eficiência de caldas alternativas e fungicidas no controle da doença no tomateiro e; 2) Determinar os seus efeitos sobre o acúmulo de massa seca e produção de frutos. Avaliaram-se em dois experimentos, em casa-de-vegetação e no campo, a eficiência da aplicação das caldas bordalesa, viçosa e sulfocálcica (ambas a 1%), e dos fungicidas mancozebe (750 g kg-1), tebuconazole (200 ml L-1) e oxicloreto de cobre (500 g kg-1) em dois híbridos de tomate: Dominador e Serato. No primeiro ensaio, aferiu-se o progresso da doença e calcularam-se os valores da área abaixo da curva de progresso (AACPD) e, no segundo, determinou-se a AACPD, a produção de frutos e acúmulo de massa seca nas plantas. O híbrido Dominador apresentou, independente das formulações aplicadas, menores valores de AACPD e maior produção de frutos. O mancozebe e as caldas bordalesa e viçosa, seguido de oxicloreto de cobre e tebuconazole, foram eficientes no controle da doença em ambos os ensaios. Apesar do controle da doença, estes produtos não afetaram a produção de frutos e acúmulo de massa seca pelas plantas. Conclui-se que a aplicação de mancozebe e das caldas bordalesa e viçosa é eficiente no controle da doença. Este controle, porém, é inferior ao obtido com o uso do híbrido resistente, Dominador.

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Biografia do Autor

Jéssica Coelho Melo, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

Msc em Fitotecnia (Produção Vegetal) pela UFRRJ. Engenheira agrônoma pela UFRRJ. Seropédica, RJ.

Carlos Antônio dos Santos, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

Doutorando em Fitotecnia (UFRRJ). Msc em Fitotecnia (Produção Vegetal) UFRRJ, Engenheiro agrônomo. UFRRJ, Seropédica, RJ, Brasil.

Maria do Carmo de Araújo Fernandes, Empresa de Pesquisa Agropecuária do estado do Rio de Janeiro (PESAGRO-RIO)

Doutora em Ciências Biológicas (Genética) (UFRJ). Pesagro Rio, Seropédica, RJ, Brasil.

Margarida Goréte Ferreira do Carmo, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

Doutora em Fitopatologia (UFV). UFRRJ, Seropédica, RJ, Brasil.

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Publicado

2019-09-12

Como Citar

Melo, J. C., Santos, C. A. dos, Fernandes, M. do C. de A., & Carmo, M. G. F. do. (2019). Caldas alternativas e fungicidas no controle da mancha-de-estenfílio do tomateiro. Agrarian, 12(43), 16–23. https://doi.org/10.30612/agrarian.v12i43.7101

Edição

Seção

Artigo - Fitotecnia