Biomassa seca de Aspergillus niger em rações extrusadas para alevinos de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus)
DOI:
https://doi.org/10.30612/agrarian.v12i45.8744Palavras-chave:
Desempenho, Fungo, Nutrição, Piscicultura.Resumo
Visto que um dos maiores entraves na produção de organismos aquáticos são os altos custos com alimentação que podem chegar a 50% dos custos totais de produção, dietas elaboradas com ingredientes alternativos como os fungos podem auxiliar na redução de custos de fabricação e ajudar ainda mais a viabilidade dos cultivos. Diante disto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar diferentes níveis de biomassa seca de Aspergillus niger (micélio) (0, 2, 4 e 8%) em rações para alevinos de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) com peso médio de 1,72 ± 0,16 g. O experimento teve uma duração de 42 dias e foi avaliado o desempenho zootécnico, índices organo-somáticos e composição de carcaça. Em relação aos parâmetros zootécnicos não houve efeito significativo para peso final e consumo de ração. Já a conversão alimentar, ganho em peso e taxa de crescimento específico apresentaram diferenças e os melhores níveis de inclusão de biomassa seca de A. niger apontados pela regressão para esses parâmetros foram 3,75, 4,24 e 4,25%, respectivamente. Para os índices organo-somáticos como rendimento de carcaça, índice digestivo somático, quociente intestinal e índice esplenosomático não houve efeito significativo (p>0,05). No entanto pôde ser observado efeito quadrático para índice hepatossomático e índice de gordura visceral em que o melhor nível de inclusão, de acordo com a análise de regressão foram de 5 e 4,75% respectivamente. Os parâmetros de composição de carcaça não apresentaram efeito significativo. De acordo com os dados obtidos, recomenda-se um nível de inclusão de 4% de biomassa seca de A. niger em rações extrusadas para tilápia do Nilo.
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